Canta Galo
A semana foi ótima para o Rey. Ele ensaiou bastante, nesses dois dias restantes, antes de ir para Canta Galo. Tudo para ficar perfeito na hora deles entrarem naquele palco.
Rey acorda cedo. Abrindo seus olhos devagar deitado na cama, ele fica bastante ansioso com o dia de hoje. Como outras vezes que ele tinha acordado de madrugada, por conta da ameaça, hoje era diferente. Dessa vez ele não lembra mas da ligação, e nem estava preocupado com isso, ele só estava preocupado com o show, que era hoje.
Finalmente, hoje era o dia que eles iam fazer um show fora da cidade deles. Com um pulo, o Rey levanta da cama, e não precisou nem da vó Cecília acordar dessa vez.
Na cama de Juliette, se via ela dormindo feito um anjo, a Thaiana estava dormindo com vó Cecília. Com delicadeza para a Juliette não acordar, Rey vai se arrumar para a viagem.
O show aconteceria a tarde, e terminaria a noite. Rey já estava imaginando que aquele dia seria muito longo para a banda.
Naquela hora, o Michel estava acordado também, pois os dois deveriam está em Canta Galo às oito horas para se preparar pro show. No show não era só eles que iam cantar, por isso era necessário comparecer às oito para se organizar. Além de Canta Galo ser bem longe da casa deles.
Depois de se arrumar e tomar café, o Rey pega sua guitarra novinha, que o Michel comprou, e vai para o carro provisório de Michel.
Chegando no lado de fora, o Rey entra no carro e espera o Tonne chegar, para que todos fossem juntos.
O Tonne aparece cedo também. Estava com uma mochila enorme, com baquetas na mão e um sorriso estampado na cara. Dentro da mochila tinha vários lanches para a viagem, que seria longa.
Quando todos estavam dentro do carro, o Michel acelera para a casa do Diego. A Juliette, vó Cecília e Sibele, iriam mais tarde, quando souberem qual horário seria a apresentação deles.
Enquanto o Michel dirigia o carro em seu bairro de origem, ele suspira ao se recordar de muitas coisas boas que já tinha acontecido naquele lugar. Brincadeiras, desavenças, paqueras e várias outras coisas.
Estacionando o carro na frente da casa do Diego, o Michel buzina e escuta um grito dele dizendo que já estava indo. Eles esperam pacientemente o Diego sair.
O Diego sai de casa, e ele estava com uma guitarra irada, a luz do sol batia na capa da guitarra fazendo ela brilhar e cintilar. Entrando no carro, o Diego contagia energia. — Eu estou pronto para queimar aquele palco com o nosso som! — Todos dão risada pela empolgação do Diego.
— Ei Diego, você não vai levar sua camisa? — pergunta o Tonne, todos da banda tinha planejado de ir com roupas combinando.
— Minha camisa está na mão de Raquel, eu acabei esquecendo na casa dela, quando eu foi ver ela ontem. — responde o Diego
— Ata, agora entendi — compreende o Tonne
Depois da conversa sobre a camisa, o Michel fala olhando para trás, já que todos estavam no banco traseiro. — Ok, estão todos prontos? Já posso ir? — Todos gritam sim, e o Michel volta a olhar para frente. Colocando suas mãos no volante, ele pisa no acelerador e dar início a viagem.
Enquanto eles davam início a viagem, o Vex, Raquel, Jennifer e Virgínia já estava no meio da viagem.
A Virgínia, mãe do Vex, aceitou a levar Jennifer e Raquel para Canta Galo, por muita perseverança do Vex.
Raquel estava usando a roupa do Diego, mas dentro da sua mochila tinha a roupa dela também. Ela tinha vestido a camisa dele porque ela achou muito bonito o caimento no corpo dela, já que era largo.
— Raquel, essa é a camisa que você vai se apresentar? — Vex pergunta sentado no banco de passageiro da frente, olhando para trás.
— Não. Essa é do Diego. Eu só estou usando porque achei bonita em mim. Mas não vou usar ela, porque fica muito grande para mim. — Raquel fala olhando para a estampa da roupa.
A viagem para Vex, Raquel e Jeniffer estava sendo ótima. Pela janela eles viam o mar batendo na areia, e várias pessoas tirando o seu fim de semana para tomar um sol, muitos ambulantes vendendo picolés na praia, e o sol quente batendo nas costas das pessoas que ali se encontrava, dava vontade de sair do carro e dar um mergulho na praia e depois voltar.
Enquanto no carro do Michel, eles estavam passando pela vila dos Cantos Da Sereia. Perto da escola de Rey, até chegar na Rua Likee, depois da rua eles passaram pela principal Av. Likee. Passaram pelo hospital onde Rey ficou internado, depois disso não se via mas a Av. Likee, de agora em diante era um novo lugar para ser explorado.
A viagem foi muito divertida, eles cantaram a viagem toda com os remix do DJ Michel, com músicas da atualidade. As batidas do Michel era muito boas, cada música mudava o ritmo, e os bits eram muito bem desenvolvidos. — Agora eu entendo o porquê ele fez tanto sucesso nos outros países. Esse som é muito bom — Rey pensa orgulhoso por ter um pai assim, além de talentoso, bastante atencioso e simpático com todos a sua volta. — Eu quero ser que nem meu pai — Rey continua pensando.
Aproveitando a agonia da viagem, o Tonne tira da mochila salgadinhos, bolo de pote, refrigerante, bolachas recheadas e suco de caixinha. Todos comeram e se deliciaram com as merendas do Tonne.
Depois de uma hora e meia, eles chegaram ao destino. Ao sair do carro todos olham em sua volta, tinha um palco enorme na frente deles, onde os funcionários estavam trabalhando, só tinha funcionários e ajudantes perto do palco. No lado do palco tinha uma paisagem linda do mar, era um barranco de frente para o mar, e mais a frente tinha três barracas onde vendia as bebidas, tinha uma faixa em cima escrita (bebidas). Banheiros públicos, barraquinhas de comida e um lugar para as crianças se divertirem, mas o que eles notaram mesmo foi no centro, onde tinha uma estátua de um galo segurando uma guitarra. era o mascote do evento.
— Uau, que lugar incrível! — fala o Diego.
— Sim, é incrível — fala o Rey admirando a estátua do galo
Do lado do Rey, a Raquel ver todos em pé parados olhando aquele lugar imenso. Ela avisa para o Vex, Jeniffer e Virgínia, que estavam descansando e tomando um sorvete perto dali. Depois de todos verem que eles chegaram, eles levantam da mesa que estava ocupada pelos quatro, e vão de encontro com eles.
— Oi, vocês chegaram! — Raquel chega no grupo já abraçando o Diego.
Diego ver Raquel vestida com a camisa dele e pensa. — Por que ela está com minha camisa? — depois de pensar, ele fala com um sorriso sincero no rosto — A camisa está linda em você.
Raquel sorrir e da um beijo na bochecha do Diego —Obrigada, vou te devolver depois.
— Sem problemas — fala o Diego com um sorriso de orelha a orelha. Ele estava mudando suas atitudes, e queria se tornar uma pessoa melhor.
Tonne corta a cena fofa dos dois, para se informar melhor. — O que é que está acontecendo aqui? A gente vai ir para onde?
— Bom... A gente chegou nessa égua bem cedo, aí a produção disse que devíamos esperar mais um pouco aqui, pois não chegaram todas as bandas para fazer a reunião — explica Virgínia. Ela tinha um sotaque bem diferente do que eles estavam acostumados de ouvir. E isso deixava o Michel bem sorridente, só olhando a explicação dela.
— Humm — o Tonne faz uma pose de pensativo.
— Mas não tem problema, estão dando sorvete de graça! Vamos lá pegar antes que acabe — Vex aponta para o carro de sorvete mais a frente.
— Opa! Eu quero! — fala o Rey olhando a fila pequena que estava tendo no carro.
— É melhor a gente correr! — fala o Diego já correndo para chegar na fila — QUEM CHEGAR POR ÚLTIMO, É UMA MULA SEM CABEÇA! — Ele grita enquanto corria.
Todos correm junto com o Diego, que estava bem mais perto que eles, enquanto o Michel e a Virgínia riam vendo as crianças sendo crianças. Até perceber que eles ficaram sozinhos.
O clima entre eles não era das melhores, pois o Michel só soube que ele era pai do Vex a poucos dias, e ele nesse exato momento estava com a mãe do Vex. Isso era bastante constrangedor, e o silêncio dos dois matava o Michel por dentro. — Oi, tudo bem? — pergunta a Virgínia para quebrar o gelo.
— Tudo sim, e com você? — Michel fala olhando para Virgínia.
— Estou bem sim. Só estou meio jacu, mas é normal. Aliás, como foi a viagem?
— Foi muito legal, as praias desse lugar são simplesmente impecáveis... Mas o que é jacu? — pergunta o Michel curioso, enquanto a Virgínia ria dessa pergunta.
Já era nove da manhã e os meninos estavam ensaiando no camarim, eles viam várias bandas passando para lá e para cá.
Foi quando um cara de uma banda, chamada No Controle, veio falar com eles. Era um vocalista principal da banda, o nome dele era Samuel. — Vocês são os TigerStars?
— Somos sim, tudo bem? — Rey responde.
— Estou, obrigado por perguntar. Eu sou super fã de vocês. E Jeniffer, você tem uma voz de anjo, sabia? — Samuel fala olhando fixamente para a Jeniffer.
A Jeniffer fica envergonhada com o que ela acaba de ouvir. — Ah, o-obrigado, eu também escuto as músicas do No Controle, e sua voz é muito bonita também, além de-e você ser um gostos.. Que dizer, de sua musica! Música, ser gostosa de escutar. — Jeniffer fala desviando o olhar penetrante do Samuel. No Controle era uma banda conhecida no estado do sul do Brasil. Era lá no Rio grande do Sul, um pouco longe do estado deles.
— Obrigado! Fico feliz em ouvir isso! E eu estou ansioso para ver vocês entrarem naquele palco. — Samuel da a ultima olhada na Jennifer, e sai de perto do grupo. A banda dele se apresentava primeiro que a do Rey, como os organizadores falaram na reunião. E isso seria bom, para eles ver como funcionava de fato as apresentações.
Jennifer se vira, e ver o grupo chocado no que tinha acabado de acontecer ali. — Jennifer! Que conexão foi essa?
A Jeniffer fica envergonhada novamente. Sorrindo ela fala. — Nada a ver, ele só foi educado — repensando melhor ela pensa, olhando para o rosto do Tonne, que parecia não ter gostado daquilo. — Será?
Enquanto o grupo via o palco a onde eles vão cantar, o Michel e a Virgínia conversavam constantemente. Passaram mais de duas horas conversando. Era muito assunto para duas pessoas que não estavam confortáveis antes.
Os dois estavam sentados no lado de fora, no banco, em uma mesa com vista para o mar. Tudo lá era de graça, para quem tinha um crachá. Então eles estavam terminando de comer um café com pão.
— Que tal a gente dar um passeio na praia? — Pergunta o Michel, que estava adorando ter uma conversa com a Virgínia.
— Acho que não seria necessário, pois a piazada estão tudo aqui. E se eles precisarem da gente? — questiona a Virgínia.
O Michel não tinha pensado nisso. — Verdade, mas é só um passeio. A gente não vai demorar.
A Virgínia pensa um pouco sobre a proposta. — Se não vai demorar... Eu vou — ela aceita.
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