Capítulo 7
Naquele momento o meu mundo parou.
Os lábios de grossos de Jin fizeram uma leve pressão sobre os meus, e eles era suaves e macios, o que me deixou embriagada no mesmo instante.
Assim que abri os meus lábios em busca de ar, Jin tratou de aprofundar aquele beijo e logo sua língua encontrou a minha, começando uma breve carícia e após uma dança lenta e sensual, me fazendo arfar.
As mãos de Jin deslizaram pelas minhas costas, como se ele tivesse acariciando a mesma, sem pressa sua mão subia e descia por toda a extensão da minha coluna, por cima do tecido fino da camisa de seda, me deixando extasiada.
Eu já havia beijado muitos homens na minha vida, mas nunca havia sido beijada assim, com tanto carinho, devoção e respeito.
Não era um beijo ardente, na verdade ele era terno, e isso me deixou fascinada.
Quando Jin se afastou, fiquei de olhos fechados enquanto recuperava o folego, porém ao abri-los me deparo com ele me olhando, seus lábios estavam mais inchados e vermelhos agora, e eu estava refletida em seus olhos.
- Por que? - questiono ainda mais confusa.
- Porque eu quero te conhecer S/n, quero ter a chance de conquistar o seu coração, pouco a pouco, dia a pós dia. Eu quero construir ao seu lado um amor de verdade, que seja forte, puro e livre. Eu quero te fazer feliz, é por isso.
- Jin ... - começo a falar mas logo me calo ao sentir os lábios dele sobre os meus novamente, agora apenas um selar demorado.
- Um amor é construído todos os dias S/n, tijolo por tijolo, e quando a gente percebe, ele é uma construção forte, na importa quantos problemas caiam sobre ela, o amor permanece em pé, firme. É isso que quero com você, eu quero construir um amor - diz Jin.
- E como se faz isso? - pergunto.
- Com carinho, respeito, compromisso, fidelidade, confiança - ele responde.
- Faltou você dizer química - falo.
- Isso eu e você temos S/n - diz ele se inclinando e unindo nossos lábios novamente, agora com mais luxúria.
Os braços de Jin me apertaram junto ao seu corpo e isso fez com que eu sentisse o quanto ele estava duro sobre as vestes, e este fato por si só me deixou molhada.
Jin se inclinou e me colocou sentada em cima da ilha, suas mãos seguravam com firmeza as minhas coxas, me deixando ainda mais quente.
Ele tem razão nós temos química.
- Sabe a diferença entre o fogo da fogueira de um acampamento e fogo de uma lareira? - ele questiona assim que nos separamos novamente.
- Não sei - respondo tentando recuperar o fôlego.
- A fogo da fogueira começa sempre grande, é lindo de se ver, além de ser muito, mais muito quente, mais ele queima a madeira rápido de mais e depois de um tempo o fogo se apaga, porque ninguém zela por ele .O fogo da lareira é sempre pequeno, acolhedor e constante, porque tem pessoas que zelam por ele - fala Jin.
- Você quer que sejamos como a lareira. Constantes - falo e vejo Jin assentir em concordância.
- Eu quero te entender mais Jin, você ainda é um mistério pra mim - digo.
- Pode me perguntar o que quiser S/n - reponde Jin.
- Acho que já ouvi o suficiente vindo de você, por isso eu marquei para conversar com o seu irmão, me desculpe se invadi a sua privacidade fazendo isso - falo sem graça.
Olho para Jin e vejo o mesmo sorrindo lindamente para mim.
- Não me peça desculpas por esse presente, saber que você já se interessa em me entender me alegra muito - responde Jin.
Com o fim daquele diálogo, Jin retorna a mexer nas panelas enquanto eu fico sentada na ilha da cozinha, fico observando o mesmo se mexer com destreza e delicadeza por todo o lugar, vê-lo cozinhar é fascinante.
Assim que Jin termina, ele vai logo colocando a mesa, ajudo no que posso e quando me dou conta estamos os dois sentados comendo o café da manhã, algo que nunca passou pela minha mente.
- Mais tarde vamos ao seu apartamento, você vai precisar trazer algumas coisas para cá - diz Jin.
- Como assim? - pergunto assustada.
- S/n aquele homem escapou, você não esta segura naquele bairro, quero que fique aqui no apartamento, por sua própria segurança e pela minha paz de espirito - ele responde.
- Jin, isso está indo muito rápido - falei apavorada.
- Eu sei, mas eu preciso que esteja segura, não se preocupe comigo, eu moro no alojamento com os meninos o apartamento será só seu durante a semana - fala Jin.
- Mas, e os finais de semana? - pergunto.
- Bom, eu quero os finais de semana para tentar te conquistar, quero estar perto de você, se me permitir isso - responde Jin.
Fico pensativa com aquela frase, Jin havia me salvado de tantas formas até agora, mesmo diante dessa ideia maluca dele que agora me aparentava ser mais racional, pelo menos na parte de construir uma relação.
O que eu não consigo entender disso tudo é, por que eu?
Olho para Jin e vejo que ele me observava com expectativa, ele queria que eu lhe desse permissão.
- Posso responder isso depois de conversar com seu irmão? - pergunto.
- Claro que pode, leve o tempo que precisar S/n - responde ele sorrindo para mim.
Terminamos de comer e logo depois de limpar tudo, subo novamente para o quarto e me arrumo para sair, já que o irmão de Jin havia me enviado uma mensagem e iria passar me buscar para tomarmos o café e conversarmos.
Assim que Seokjoon me manda uma mensagem avisando que está na frente do prédio eu me despeço de Jin e após saio do apartamento.
Ao entrar no carro vou logo cumprimentando Seokjoon e depois ele já começa a dirigir pelas ruas de Seul.
- Então o meu irmão foi mesmo procura-la - diz ele.
- Sim, quero entender como tudo aconteceu por isso quis falar com você - digo.
- O Jin não te contou? - ele perguntou confuso.
- Contou um pouco, mas acredito que a visão de uma pessoa de fora possa me ajudar mais neste caso - falo.
Assim que chegamos em uma cafeteria, sentamos nas cadeiras que ficavam de frente ao rio Han, pedimos duas xícaras de café e após elas chegarem começamos finalmente aquela conversa.
- O Jin era completamente apaixonado pela Hana, mesmo ela sendo daquela forma, fria, distante e independente. Por conta dessa paixão ele acabou mudando de muitas formas - fala Seokjoon.
- Como assim mudando? ele chegou a comentar comigo que mudou por ela - digo.
- Ela transformou ele em um homem.
- Como assim? - questiono confusa.
- O Jin antes de se apaixonar por ela era um adulto com mentalidade de criança, ele brincava, fazia muita piada sobre tudo, estava sempre rindo e tal, depois da Hana ele se transformou em um homem, ficou sério, responsável, maduro, ele deixou de pensar como uma criança e passou a ver o mundo ao redor de outra forma, uma forma mais dura e realista - respondeu Seokjoon.
- Mais isso é cruel, ele deixou de se divertir, de brincar, todo adulto deve ter um pouco de criança, crescer é bom sim, mas crescer demais é ruim, perde a pureza - digo.
- Você tem razão, o Jin perdeu a alegria, agora eu acho que ele está caminhando para um meio termo S/n, ele quer voltar a ser ele mesmo, ao mesmo tempo que quer ser um homem. Acredito que ele esteja procurando um equilíbrio e você faz parte desta busca.
- Eu? - pergunto.
- Sim, você é o recomeço do Jin S/n, é assim que ele te vê. Pode parecer estranho, mas o Jin voltou a sorrir e a brincar quando falava sobre você, mas mesmo assim ele continuou a ver o mundo de uma forma mais madura. Ele tornou você o equilíbrio dele, o porto seguro, o recomeço.
- Eu acredito que nós devemos ser nossos próprios portos seguros - digo.
- E você está certa, mas o Jin ainda não consegue fazer isso sozinho, ele precisa de alguém para apoia-lo - explica Seokjoon.
- E porque essa história de casamento? - pergunto.
- O Jin não é mais um menino S/n, ele quer construir uma família, ter filhos, e tudo o resto. Ele imaginou que iria construir isso ao lado da Hana, mas ela partiu o coração dele, foi aí que ele se segurou em você, o ideal de mulher perfeita - responde ele.
- Estou muito longe de ser uma mulher perfeita - falo.
- Para o Jin os seus defeitos são perfeitos, quando ele mandou investigar a sua vida descobriu a forma na qual você cuidou da sua mãe, a forma na qual você é amada pelos seus alunos, a forma na qual você continua firme, nunca desistindo, sempre em frente. Ele te escolheu porque sabe que você não vai abandona-lo, que não vai trai-lo, que não vai desistir de algo que você venha a desejar e amar.
- Entendi, eu não sou perfeita, mas o que eu tenho de melhor é o que ele mais valoriza. Seokjoon, só mais uma pergunta, porque dessa proteção toda? - questiono.
- A proteção é porque ele sabe que a partir do momento em que você permitir que ele entre na sua vida, ele sempre vai poder contar com você, por isso ele quer que você conte com ele, por este motivo ele quer cuidar de você, protege-la. É isso - explicou Seokjoon.
Toda aquela conversa mexeu muito comigo, agora eu entendia ele.
Eu entendia o Jin.
Um filme da minha vida passa pela minha mente e vejo que eu também havia me apegado a algo quando a minha mãe morreu, eu havia me apegado ao meu trabalho.
Foi o meu trabalho como professora que me fez voltar a vida, que me ajudou a encontrar o meu caminho de novo.
O Jin havia se agarrado a mim.
Quando Seokjoon me deixa em frente ao prédio de Jin minha cabeça está um fervendo, todas as atitudes de Jin passam pela minha mente e agora eu via as mesmas com outros olhos, agora eu entendia e me compadecia da dor dele.
Será que devo deixar ele entrar na minha vida?
Não tenho tempo de pensar em uma resposta, porque assim que entro no corredor do apartamento do Jin, escuto o mesmo gritar com alguém.
- JÁ FALEI PARA IR EMBORA.
Corro e entro no apartamento, assim que abro a porta me deparo com Jin furioso e em sua frente estava uma mulher, não precisei nem de meio segundo para entender quem ela é.
Ela é a Hana.
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