Acordo naquela manhã plenamente feliz, antes mesmo de abrir os olhos já sinto meus braços ao redor do corpo nu da S/n, sinto um cheiro de seus cabelos e pescoço antes de finalmente abrir meus olhos.

Minha pequena ainda dormia profundamente, seus cabelos estavam bagunçados e seu pescoço se encontrava cheio de marcas, o que me fez sorrir ainda mais, ela finalmente é minha, depois de meses imaginando como seria a noite de ontem eu nunca imaginei que seria tão perfeito como de fato fora.

Solto S/n com cuidado e me levanto da cama, coloco somente a minha calça de moletom, aproveito que a minha pequena continua a dormir e desço as escadas para preparar o café da manhã.

Ao chegar na cozinha preparo um café da manhã brasileiro para a minha pequena, com pão, presunto, queijo, um pedaço de bolo de banana, uma maçã e também um copo de suco de laranja.

Volto para o quarto com a bandeja em minhas mãos, coloco a mesma em cima da cômoda e depois vou até a cama, me sento e começo a fazer um carinho na cintura da S/n e logo após começo a distribuir vários beijos pelo seu rosto, sei que ela acordou ao ouvir sua risada gostosa.

Me afasto e vejo aqueles olhos lindos me fitando, inclino-me e selo nossos lábios brevemente, a felicidade no ar parecia ser coisa de filme, mas era real, o que torno tudo ainda mais belo.

- Bom dia meu amor – digo ao me afastar.

- Bom dia – responde ela se espreguiçando.

- Trouxe o nosso café – digo e vejo ela paralisar e depois me encarar surpresa.

- Você trouxe o café na cama? – ela questionou se sentando na cama, ao se sentar ela puxou o lençol consigo para cobrir seu corpo.

- Sim, e amor não há nada aí que eu já não tenha visto, não precisa ficar com vergonha – digo brincando e acabo por levar um tapa de leve no ombro.

- Não tem graça Jin– diz ela corada.

Me levanto da cama e vou até a minha gaveta, pego uma camisa social preta minha e estendo para ela, que coloca a mesma em seguida, sorrio ao ver ela vestida daquela forma, inúmeras foram as vezes na qual eu a imaginei assim.

- Vamos comer, depois tomaremos um banho e passearemos o resto do final de semana agarradinhos, o que acha? – questiono enquanto vou pegar a bandeja e logo a coloco na cama para nós dois.

- Adorei a ideia – responde a S/n.

Passamos todo o final de semana juntos, parecia que estávamos dentro de um bolha, longe de tudo e de todos, nada nos atingia, nem os problemas, nem a correria, nem as expectativas das pessoas, porque agora temos um ao outro e isso é o que importa afinal, entretanto o final de semana passou rápido e quando me dei conta já era segunda de manhã.

Assim que eu e a S/n nos arrumamos para o trabalho, saímos juntos do apartamento, hoje eu irei leva-la na escola e após irei direto para a Big Hit.

- O que acha de comprarmos uma casa maior amor? Eu ia gostar de morar em um casa grande e aconchegante, onde nossos filhos vão poder correr e brincar pelo quintal - digo e logo vejo a S/n sorrir.

- Eu gosto da ideia de uma casa - ela responde.

Estaciono do outro lado da rua, bem em frente a escola na qual a S/n trabalha, damos um último beijo antes dela descer do carro, fico esperando ela atravessar a rua e entrar a escola, mas meu mundo para no instante seguinte.

Um veículo que estava estacionado próximo a escola, começa a vir em direção a minha pequena, saio do meu carro, mas não tenho tempo nem de gritar antes de ver o mesmo atingir a minha pequena e ela cair desacordada no asfalto.

- S/N - grito e corro até ela desesperado.

Ao chegar ao lado da minha pequena vejo ela desacordada, seu corpo estava cheio de machucados e uma enorme poça de sangue começava a se formar em baixo do seu corpo, coloco minha mão em seu pescoço e vejo que ainda tem pulso e isso me deixa um pouco mais tranquilo.

Dois pais de alunos começam a seguir o carro que havia atropelado a minha pequena, enquanto eu ligava para a emergência.

Quando a ambulância chegou eles logo prestaram atendimento e colocaram a S/n em uma maca.

- Quem vai acompanhar a senhorita? - perguntou o paramédico.

- Eu vou, ela é minha namorada - respondo

Mesmo surpreso o paramédico me permitiu entrar na ambulância com a minha pequena, pego meu celular e ligo avisando os meninos e o meu irmão, então quando chegamos no hospital todos já estavam lá.

Caio de joelhos no chão enquanto vejo os médicos levarem a S/n para a sala de cirurgia, os meninos me abraçam forte, mas nada consegue fazer me parar de chorar neste momento.

- Eu não posso perde-la - falo para meus amigos entre soluços.

- Você não vai perde-la Jin, calma - diz Taehyung.

- A S/n está sendo bem cuidada agora, ela vai ficar bem - fala Jungkook.

- Pense positivo meu amigo, agora nós precisamos descobrir o que aconteceu - diz Yoongi.

- O carro apareceu do nada, foi muito rápido - respondo.

As horas que se seguiram se arrastaram, o médico veio nos informar que a S/n havia quebrado a perna esquerda, duas costelas e estava com uma lesão na cabeça, diante disso ela ia passar por uma longa cirurgia e desde então eu e os meninos estamos sentados na sala de espera do hospital.

A noticia do acidente da S/n já estampava todos os meios de comunicação e com ela a informação de que a mesma era minha nova namorada, ante a isso a Big Hit soltou uma nota de esclarecimento sobre a minha relação com a minha pequena o que ocasionou no Army começado uma rede de oração pelo mundo todo.

Quando o médico retorna todos nós ficamos de pé e olhamos para ele com ansiedade.

- Então Doutor, como ela está? - questiono.

- A cirurgia foi bem sucedida, podem ficar tranquilos.

Ao ouvir aquilo começo a chorar novamente, dessa vez de alívio, eu e meus amigos nos abraçamos forte.

- Nós podemos vê-la? - perguntou Hobi para o médico.

- Apenas um de vocês, ela está na UTI sedada, colocamos ela em coma induzido por enquanto - explica o médico.

- Coma Induzido? Porque? - questionou Jimin.

- Por conta da lesão que ela teve na cabeça o encéfalo da paciente inchou, vamos deixar ela em coma induzido por alguns dias até esse inchaço diminuir, evitando assim dores de cabeça para a jovem, se tudo ocorrer bem acordaremos ela em cerca de três dias - responde o doutor.

- Ficamos mais tranquilos - fala Namjoon.

- Quem irá ver a paciente? - perguntou o médico.

- Eu vou - respondo.

Depois disso sigo o doutor pelos corredores do hospital, assim que chegamos na UTI troco de roupa para assim conseguir entrar lá.

Ao ver a minha pequena desacordada mais viva meu coração se encheu de esperança e alegria, nós ficaremos juntos.

Me sento ao lado da cama de hospital, seguro a sua mão e logo depois a levo aos meus lábios.

- Você vai ficar bem meu amor - digo baixinho mesmo sabendo que ela não está consciente.

Fico fazendo carinho nas mãos dela por um tempo, ouvir as batidas do coração da S/n através do aparelho hospitalar me tranquiliza muito.

Olho para o seu rosto sereno e sorrio, ela se tornou o que tenho de mais precioso na minha vida tão rápido.

- Jin oppa, você deve sair agora - diz a enfermeira. 

Olho para a jovem e vejo o anel do Army em seu dedo.

- Cuida dela pra mim? - pergunto em lágrimas.

- Nós sempre cuidaremos dela, desde que ela cuide de você também - respondeu a jovem.

Beijo suavemente a testa da minha pequena e depois saio da UTI, haja vista que não pode ter acompanhantes nessa ala do hospital.

Assim que retorno a recepção do hospital vejo os meninos, o Bang, alguns staffs e a polícia.

- O que houve agora? - pergunto.

- Foi a Hana Jin, foi ela que atropelou a S/n - diz Jimin.

Ouvir aquilo me deixou com muita, mais muita raiva.

Já não basta ela ter quebrado meu coração ao me trair, de ter preferido a sua sensação de independência a se abrir comigo, agora ela tenta matar a minha mulher.

Fecho os meus olhos e os meus punhos e tento me controlar.

- Eu quero ela na cadeia - falei quando abri os olhos.

- Infelizmente isso não será possível Senhor Kim - falou um dos policiais.

- COMO ASSIM NÃO É POSSÍVEL? AQUELA LOUCA QUASE MATOU A S/N ATROPELADA - gritou Yoongi com raiva.

- O Yoongi tem razão, ela precisa ser presa - diz Namjoon mais controlado.

- Não será possível isso senhores, a Senhorita Hana se suicidou, ela se jogou com carro e tudo de cima do viaduto - esclareceu o policial e todos ficamos chocadas.

- Aquela vadia se matou para não pagar pelos seus atos - falou Jimin revoltado.

- Nós entramos no apartamento dela e havia um bilhete para o Senhor Kim Seokjin - diz o Policial que logo me entrega uma pequena folha de papel, abro a mesma e vejo apenas uma frase "não posso viver sem você, me desculpa".

01 Ano Depois

- S/n, quando eu escutei o seu nome pela primeira vez uma chama de esperança surgiu dentro do meu peito, de alguma forma eu soube naquele instante que finalmente havia encontrado a mulher na qual irei dividir o resto dos meus dias, por que ali eu já te amava. Quando nos conhecemos você achou que eu havia bebido e que era louco, ante ao fato de que eu disse que queria me casar com você, mas com o tempo você me aceitou em sua vida eu nem consigo descrever a alegria que senti, naquele momento eu decidi lutar para que me amasse o quanto eu já te amava. No dia do seu acidente eu entrei em pânico, fiquei com muito medo de te perder, mas a cada progresso da sua recuperação eu me sentia ainda feliz e realizado, diante do fato de que tive o privilegio de ver você lutando como verdadeira guerreira. Eu tenho muito orgulho de você meu amor. Você se tornou a minha gravidade, o meu chão, o meu recomeço. Eu te amo.

- Jin, confesso que nunca imaginei que os meus sentimentos por você se tornariam assim, tão fortes, firmes e profundos, pouco a pouco você foi conquistando o meu coração e quando me dei conta eu já te amava. Você acreditou em mim, confiou em mim, cuidou de mim e fez eu me sentir mais mulher, mais amada e mais segura. O seu amor me transformou. Obrigado por ter me escolhido. O que você não sabe meu amor, é que você também é o meu recomeço, graças a você eu voltei a pensar em construir uma família, voltei sorrir o que eu já não fazia desde a morte da minha mãe. Você se tornou um sopro de alegria, luz e amor na minha vida. Eu te amo.

- Pelo poder investido a mim, pela lei, eu vós declaro marido e mulher, pode beijar a noiva meu rapaz - diz o juiz de paz.

Então eu beijo pela primeira vez os lábios da minha esposa.