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Capítulo 7

Quinta parada – Arnhem

Eu nunca havia parado para pensar até onde minha curiosidade e ambição me levariam. A viagem de trem foi muito melancólica, e eu não conseguia parar de pensar em Hoseok, em sua declaração, em sua expressão triste, em seu orgulho ferido por minha causa. Eu queria poder voltar no tempo e me segurar antes de magoá-lo. Ele não havia respondido minhas mensagens e àquela altura já devia estar num voo de volta para Coréia do Sul.

A anônima Wang respondeu minha mensagem naquele dia. Edith Wang entrou em contato falando que era a dona do blog e que residia em Arnhem.

Cheguei a pensar em punir a mim mesma e não ir até ela, voltar para a Coréia e implorar perdão ao Hoseok. Mas depois de gastar quase duas horas olhando para a parede do quarto vazio, lembrando da noite que passei ao lado do meu amigo, resolvi que seria melhor pensar um pouco mais sobre aquilo e descobrir o que eu estava sentindo. Então fui até Edith, um pouco desesperada para encontrar a solução em suas mãos, e quem sabe ganhar meu amigo de volta como se tudo não tivesse passado de um pesadelo.

Eu não precisei sair procurando a garota, pois ela havia se oferecido para me buscar na estação, e rapidamente identifiquei Edith acenando para mim. Ela tinha muitos traços europeus, começando pelos cabelos claros e ondulados, mas seus olhos ainda eram mais puxados que redondos.

— Você deve ser Soo Yeon. — Ela disse, e acabei sorrindo em perceber que seu coreano era estranho. — Desculpe, não estudei coreano direito.

— Sem problemas, podemos conversar em inglês se preferir. Sou a escritora Lee Soo Yeon, agradeço por ter respondido minha mensagem.

Enquanto saíamos da estação, Edith me contou que seu celular estava quebrado e acabou não podendo acompanhar suas redes sociais por um tempo.

— Achei muito inusitada sua mensagem. — Ela riu me guiando pelas ruas. — Mostrei a vovó e até ela ficou curiosa.

— Sua escrita acabou me chamando atenção também. — Admiti, o que fez a garota parecer ainda mais empolgada. — E sou bem louca, acabei vindo atrás.

Eu não tinha pensado onde ficaria hospedada em Arnhem, minha cabeça estava atordoada e alguns detalhes pareciam tão pouco importantes naquele momento que deixei passar. Tentei conversar casualmente com Edith no caminho, mas até o encanto da minha curiosidade havia sido perdido.

— Essa é a casa da vovó. — Edith disse antes de apertar a campainha de uma casa, a qual parecia conter aspectos de uma arquitetura antiga.

Assenti com a cabeça e logo uma senhora surgiu para atender. Fui muito bem recebida pela senhora Wang Ha Ram, a verdadeira dona da história, uma idosa de 80 anos. Eu não havia me atentado para as horas naquele dia, perdi uma manhã sofrendo num quarto em Lisse, e pela tarde viajei despreparada para Arnhem. Pela janela da casa da senhora Wang eu pude ver o sol se despedindo enquanto conversávamos.

— Ele era meu melhor amigo. — A senhora Wang disse sentada no sofá coberto por um forro rendado, ao lado de sua neta. — Edith enfeitou um pouco a história, provavelmente ela fez parecer mais emocionante do que realmente foi.

A garota sorriu brincalhona e roubou outro biscoito que me foi oferecido. Eu peguei um caderno e me deixei alerta para não deixar passar nada.

— Perdi meus pais ainda criança, e durante minha adolescência fui levada para trabalhar na casa de uma família rica. Wang Sung Min era sobrinho da dona da casa, ele era jovem, curioso... Diria que revolucionário para aquela época. Em pouco tempo nos tornamos amigos, e ele não suportava me ver sofrer lá, e sua tia odiava sua amizade comigo. Também nunca fui uma garota de talentos, eu errava muito, e nunca foi de propósito, mas sempre era punida. Me recordo muito bem de uma noite em especial, — A velhinha olhou para a janela e pude imaginar que a cena se projetou diante de seus olhos. — depois de ser surrada pela senhoria, ela me trancou no quartinho no fundo da casa, eu quis morrer naquele dia mais do que nos outros, porque percebia o tempo passando e não queria viver daquela forma. Mas Sung Min apareceu para cuidar de mim, ele sempre vinha, sempre enxugava minhas lágrimas, me contava histórias engraçadas para esquecer os problemas, ele era minha única esperança.

Inevitavelmente a imagem do Hoseok se projetou em minha mente.

— E então vocês se apaixonaram e fugiram juntos? — Perguntei amassando a ponta da caneta no papel.

— Não foi bem assim. — A senhora sorriu um pouco. — Eu não sabia que amava Sung Min dessa forma, mesmo que ele tivesse se declarado. Uma coisa daquela não parecia ser possível em minha vida, e foi extremamente sincera com ele, mesmo não querendo magoá-lo. Além de que eu desejava que ele conseguisse alguém melhor que eu.

Senti meu coração doer. Era como se nem mesmo o que eu estava procurando iria me perdoar por magoar Hoseok.

Ouvi atentamente o resto da história que eu tanto queria, mas não senti o que achei que sentiria. Minha mente ainda estava no coração machucado do meu amado amigo, e eu só queria me punir, não fazia sentido me sentir feliz naquele momento.

Ela contou tudo, sobre Sung Min mesmo assim levá-la para Holanda quando ele resolveu ir morar com um amigo, que ele cuidou dela, e que o amor entre dois surgiu aos poucos, seu melhor amigo sempre esteve de braços abertos para recebê-la. E pensar que eu queria tudo com tantos detalhes, que estava ansiosa, mas... Não fazia mais sentido.

Apesar de que eu consegui imaginar aquela história num livro, com um toque de romance numa grande aventura, o que eu particularmente curtia. Eu gostava muito de contar as histórias dos outros, de conversar e descobrir, mas eu não era mais merecedora daquela história.

E quando a noite caiu por completo a senhora Wang perguntou se eu não queria dormir por lá, o que foi ótimo, pois estaria totalmente perdida pelas ruas. Ela me cedeu um quarto e jantamos juntas quando Edith precisou voltar para casa de seus pais.

— Muita coragem sua viajar sozinha atrás de uma história. — A velhinha soltou uma risadinha enquanto a ajudava para tirar a mesa.

— Eu não vim sozinha. Meu melhor amigo veio comigo. — Murmurei e sorri, mesmo triste.

— Oh, e onde ele está agora?

— Ele foi embora...

Ha Ram me analisou um pouco e continuou com um olhar sugestivo. Coloquei os pratos sobre a pia e estava pronta para começar a lavá-los.

— Soo Yeon, deixe aí, vamos tomar um chá. — Ela segurou meu braço, já me puxando de volta para a sala.

Ha Ram nos serviu um chá e logo me encarou novamente, como se estivesse me analisando.

— Te contei toda minha história. — Ela disse. — Quer me contar alguma coisa? Só para dividir o peso.

— Ele disse que estava apaixonado por mim, que sempre esteve. — Soltei as palavras, e dizer aquilo em voz alta era ainda mais louco. — E eu o magoei, porque eu não sei o que estou sentindo. Eu fui má e egoísta, mereço um destino cruel.

— Está tudo bem, querida. — Ela se inclinou no sofá para alcançar minha mão. — Talvez você precise de mais tempo para saber o que realmente quer, não é culpa sua.

— Mas ele não vai me perdoar. — Lamentei. — E depois do que aconteceu, depois de pensar sobre isso, eu realmente não sei o que quero. Como nunca percebi isso acontecendo? Eu... Não sei o que fazer, porque parece que estive o magoando o tempo inteiro sem saber.

— Se deixe sentir, o tempo te dirá. Sou suspeita a dizer que melhores amigos são os verdadeiros amores de nossas vidas. — Afagou minha mão e sorri um pouco. — Sou muito grata pela vida que levei com meu melhor amigo, e não consigo superá-lo.

Acompanhei o momento em que os olhos dela se encheram de lágrimas. O senhor Wang havia falecido há alguns anos, e eu não soube o que dizer para consolá-la. Ver Hoseok indo embora naquela manhã doeu, mas eu não podia comparar o tamanho da minha dor com a dela, que nunca mais o veria.

— Quando Sung Min se declarou eu fiquei tão assustada, e por um momento achei que ele queria apenas brincar com a criada da casa e logo depois iria embora para sempre. — Ela contou ainda emocionada.

— Mas você nunca tinha pensado sobre sentir algo por ele?

— Eu não tinha grandes expectativas para minha vida, sabe? Mas uma coisa é real: eu sempre fui encantada por ele.

Encanto era uma palavra que definia bem o Hoseok. Seu sorriso era encantador, de tirar o fôlego para quem estivesse assistindo.

— E então? Vai contar a minha história? — Ela mudou de assunto, já me apresentando um sorriso. — Me parece que tem outra coisa em mente...

Fui deitar pensando sobre aquilo, mas não consegui dormir, o que rendeu um longo momento refletindo. Hoseok ainda não havia respondido minhas mensagens, e eu só me sentia ansiosa para conversar com ele, e sem querer digitei mais mensagens enchendo ainda mais a lista de coisas que ele não responderia.

Soo Yeon: Desculpa

Soo Yeon: Embora sei que não mereço seu perdão

Soo Yeon: Hope, o que eu faço agora?

Soo Yeon: Preciso de você

— Tem certeza que não quer dar uma volta pela cidade? — Edith perguntou na manhã seguinte, quando veio se despedir de mim.

— É hora de ir. — Afaguei o ombro da garota. — Você escreve muito bem, Edith.

— Você achou mesmo? — Ela piscou um pouco e vi nela minha versão adolescente, aspirante a escritora. Assenti com a cabeça e seu sorriso se abriu, o que me fez sorrir também. — Mas eu tirei nota baixa no trabalho de inglês, porque não consegui concluir a história a tempo. Acabei deixando o blog ativado mesmo assim, e você encontrou.

— Por que não termina de escrever? Acho que sua avó ficaria muito feliz.

— Mas e você? — Ela franziu a testa parecendo preocupada.

— Eu já tenho uma história. 

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