Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 2

Primeira parada – Amsterdã

Chegamos ao hotel Guesthouse the Buttons por volta das 18h30.

— Com fome e sem sono. — Hoseok disse assim que abri a porta do meu quarto.

Saímos para comer e enquanto olhava o mapa pelo celular fiquei animada em perceber que Guesthouse the Buttons era perto de um monte de lugares interessantes.

— Me responde por que estamos comendo no Mcdonalds com um monte de restaurantes legais aqui perto? — Reclamei interrompendo Hoseok de morder seu sanduíche.

— Porque você veio correndo para o M vermelho e iluminado assim que dobramos a esquina. — Ele suspirou e mordeu seu hambúrguer. Era verdade. — E estou sentindo que daqui a pouco você vai perguntar: o que estamos fazendo mesmo na Holanda?

Espirrei ketchup em seu rosto e comecei a rir quando ele fez uma careta.

Prendi meus cabelos curtos num rabo de cavalo, querendo afastá-los do meu rosto, mas algumas mexas soltaram-se voltando para minha nuca. Eu até tentei manter os cabelos longos, mas além de ser desleixada, tinha sérios problemas quando estava escrevendo, porque costumava esquecer o mundo e meu cabelo tornava-se uma tragédia.

— Quem é a pessoa que iremos procurar em Amsterdã? — Ele perguntou limpando seu rosto com um guardanapo.

Peguei meu celular e acessei minha lista.

— Agnes Wang. — Falei acessando a rede social da garota. — Ela esteve no... — Espremi os olhos. — Museu de Van Gogh hoje de tarde! – Aumentei a voz com as últimas palavras. — Foi com a turma da escola.

— Você está rastreando a menina? — Ele mordeu mais um pedaço do sanduíche. — Estou com medo de você. — Completou com a boca cheia.

— Redes sociais, meu querido. — Dei de ombros. — Este é um talento para ser stalker, ou talvez em outra vida eu fosse uma detetive. O museu de Van Gogh fica aqui pertinho, 12 minutos daqui, e ainda está aberto.

Arrastei o Hoseok até o museu depois de comer e fomos andando observando como a cidade ficava bonita pela noite. O clima de estar numa viagem já era muito agradável por si só, e pensei que se não encontrasse um fim para minha tão sonhada história, talvez pudesse escrever sobre a busca daquela história.

— Você cortaria sua orelha se não conseguisse desenhá-la? — Hoseok disse concentrado no quadro Auto-Retrato Diante do Cavalete de Van Gogh.

— Não, porque bonecos de pauzinhos não precisam de orelhas. — Respondi e ele riu pressionando os lábios em seguida quando um grupo de pessoas se aproximou. — Mas essa história me parece uma lenda. Aposto que Van Gogh tinha levado um pé na bunda, e cortou sua orelha com raiva.

— Aposto que ele se cansou de ter costeletas e como não sabia que precisava de óculos, passou a navalha no lugar errado. — Comecei a rir me apoiando em seu braço.

— Ele precisava de óculos... — Refleti divertida. — Isso explica essas partes confusas em suas pinturas.

— Na verdade, — Hoseok acrescentou sem conseguir segurar sua risada. Ele era péssimo em contar piadas, mas era engraçado do mesmo jeito. — Van Gogh resolveu colocar um piercing quando estava bêbado. — Pressionei os lábios segurando minha gargalhada. — E no dia seguinte, sóbrio, ele ficou com medo da sociedade e decepou a orelha para esconder.

Continuamos rindo enquanto passávamos pelas as outras obras. Agnes havia postado uma foto com algumas colegas há algumas horas atrás.

Olhamos o museu um pouco mais e depois caminhamos pela rua. Eu não sabia explicar direito, mas estar ali com o Hoseok me causava uma sensação muito gostosa. Nossa convivência sempre foi muito boa e eu perdi a conta de quantas vezes passamos a noite em claro conversando por ligação. Estava feliz de tê-lo convencido a ir comigo.

— Devemos passar a noite em claro? – Sugeri na entrada da Guesthouse the Buttons. Hoseok sorriu, mas negou com a cabeça.

— Acho que precisamos tentar regular nosso sono. — Respondeu sem me encarar.

Acabei ligando para ele por não conseguir dormir e quando vi nossa conversa tinha durado mais de 3 horas.

— Boa noite, Soo Yeon. — Foi a última coisa que ouvi antes de pegar no sono, numa voz agradável que me fez sorrir com os olhos fechados.

***

Meu celular tocou umas mil vezes até eu conseguir atender. Caramba, foi difícil abrir os olhos. Era o Hoseok.

— Morreu dentro do quarto? — Ele perguntou quando atendi.

— Quase. — Ri ainda jogada na cama. — Que tal um café da manhã?

— Já é hora do almoço. — Hoseok gargalhou e afastei o celular do ouvido para ver as horas. Putz. — Te espero lá fora.

Fomos comer num restaurante e enquanto Hoseok estava distraído no cardápio, dei uma olhada no perfil da Agnes, mas não havia nenhuma postagem nova.

— O que é Kaassoufflé? — Hoseok se embolou com a última palavra lendo o cardápio. Eu ri e me encostei para ler também, a qual nem saiu da minha boca. Ele ficou repetindo tentando acertar a pronúncia.

— Gostei do preço desse aqui. — Apontei para um item no cardápio. — Frikandel.

Acabamos pesquisando na internet, mas pedimos Stamppot, que era um purê de batatas com queijo Gouda, bacon tostado e escarola, acompanhado por salsichas defumadas. A cena do pedido foi muito divertida, e o garçom acabou nos dando várias dicas do que pedir na próxima vez. Peguei meu celular enquanto Hoseok mastigava com uma expressão duvidosa. Agnes postou uma foto com uma legenda que me fez ficar entretida.

— Ela está numa visita na Casa de Anne Frank. — Falei e Hoseok ficou me observando. — E parece que vai tomar sorvete com as amigas depois. Adoro como adolescentes postam tudo nas redes sociais. — Sorri. — Qual a sorveteria mais próxima da Casa de Anne Frank?

Eu me assombrei com a fila para entrar no Anexo secreto, mas Hoseok estava animado porque comprou um tal bulbo de tulipa no Mercado de flores e nem prestou atenção. Passamos devagar pelo local a procura de sorveterias, o que não foi difícil encontrar. Hoseok colocou o bulbo de tulipa sobre a mesa e ficou analisando os sabores enquanto eu dava uma olhada no local.

Havia um grupinho de garotas conversando numa mesa e entre elas... A menina sorridente de olhos puxados. Agnes era exatamente como em suas fotos, seus traços asiáticos a destacava das demais. Mas a conversa delas parou quando Hoseok desfilou pela sorveteria segurando uma bandeja com duas taças. E essa era a influência dos k-idols na Europa. Sorri observando o rostinho delas.

Hoseok parecia um idol, qualquer roupa que usasse lhe caia bem. Naquele dia ele estava com uma camisa jeans com as mangas enroladas até o cotovelo sobre uma camiseta branca, e calças escuras, em conjunto com um coturno marrom.

— Você me ignorou, mas peguei os seus sabores favoritos. — Ele disse empurrando uma taça para mim. Agradeci e fiquei olhando para ele de forma sugestiva. Hoseok olhou em volta e as meninas continuaram encarando mesmo que ele tivesse visto. — O que é isso?

— Isso é você sendo charmoso e chamando atenção. — Apoiei o rosto nas mãos e ele sorriu sem graça. — E ali está a nossa possível anônima Wang. — Hoseok enfiou um pouco do sorvete na boca. — Finge que vai pedir uma informação, por favor.

— Não. — Ele negou com a cabeça. Pisquei para ele. — Não. — Continuei fingindo estar magoada e ele suspirou. — Tá bom.

Hoseok andou até a mesa delas parecendo perdido. Ansiosa, comecei a tomar meu sorvete.

— Vocês falam inglês? — Hoseok perguntou em inglês, meio nervoso, mas estava indo bem. — Vim da Coreia, e estou um pouco perdido. Alguém poderia me ajudar?

Fiquei de boca aberta em como a situação ficou interessante. Um pedido de informação se transformou numa aula de coreano. Hoseok acabou sentando-se com elas e começaram as perguntas. Como é "viagem" em coreano? Como se diz "eu te amo" em coreano? Como se pergunta "você é solteiro" em coreano?

— Você deveria ensinar suas amigas. — Hoseok brincou apontando para a Agnes. Ele era muito fofo apostando no inglês, e que sorte que na Holanda a maioria das pessoas domina essa língua.

— Eu? — Ela riu sem graça. — Não conheço coreano. Minha família veio da China.

Hoseok deu uma olhada para mim e levantei as sobrancelhas com a surpresa. Que burra, Soo Yeon! Wang era um sobrenome antigo na Coreia, porém muito comum na China. Hoseok me mostrou suas covinhas e eu sorri para ele aceitando minha falta de sorte.

— Aquela é a Soo Yeon. — Hoseok disse apontando para mim. — Ela é uma escritora famosa na Coreia, e estamos em busca de uma história juntos. — As meninas se viraram para mim e acenei sem graça.

— Tipo uma história de amor? — Agnes colocou a mão no peito parecendo comovida. — Ah, vocês são um casal?!

— Bem... — Hoseok coçou a cabeça e riu parecendo sem graça.

Um casal? Que hilário! Acabei rindo, mas parei percebendo que o Hoseok mostrava não saber o que responder, como se "não" em inglês fosse difícil de pronunciar. No, we are friends. Friends.

— Não. — Ele concluiu finalmente, e elas largaram um "Ahhhhh" parecendo desapontadas.

Acabamos tomando sorvete todos juntos e a Agnes me contou sobre seu pai arriscar uma vida nova em Amsterdã, porque morar lá era o sonho da sua mãe, e que ela nasceu pouco tempo depois. Ela parecia ser uma garota romântica e otimista.

— Espero que encontre sua história. — Ela disse quando já estávamos de saída. — A Holanda é um ótimo lugar para se apaixonar. — Dei risada quando ela fez um gesto com o queixo apontando para o Hoseok.

***

Depois de um banho demorado eu coloquei meu notebook sobre minhas pernas esticadas na cama e comecei a transcrever a história da anônima Wang, pelo menos até onde eu tinha.

Ouvi umas batidas na porta e o Hoseok pediu para ficar comigo até sentir sono. Ele deitou na cama ao meu lado e ficou acompanhando o que eu estava escrevendo.

— Ficaremos mais quanto tempo em Amsterdã? — Ele perguntou com a voz rouca. Parei de digitar e olhei para seu rosto encostado no travesseiro.

— Bom, já vimos a orelha cortada de Van Gogh, contemplamos a fila para entrar na casa de Anne Frank, comemos umas comidinhas, andamos por aí, e você comprou seu bulbo de tulipa... — Fiquei pensando e ele riu.

— Não vai começar a caçoar do meu bulbo. — Ri bagunçando seu cabelo. Hoseok pegou minha mão e a puxou até sua boca, onde deixou um beijinho. Bom, aquela era uma cena nova para mim. — Obrigado. — Disse do nada me causando uma sensação estranha, até porque eu que deveria estar agradecendo por ele ter embarcado numa aventura louca e imprevisível. — Às vezes é bom fazer loucuras.

— É o que sempre digo. — Sorri um pouco.

Alguns minutos depois puxei minha mão com a desculpa de que iria usá-la para continuar escrevendo. Mas acabei abrindo uma página do Google e digitando nossa próxima cidade. Hoseok olhou para a tela depois de bocejar.

— É pertinho de Amsterdã. — Falei apontando o local. — Podemos voltar para cá se a gente quiser.

— Qual o nome da próxima vítima? — Fiz uma careta e ele gargalhou.

— Heide Wang. —Respondi depois de conferir no perfil da próxima menina.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro