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Capítulo 10

Oitava parada – Seus amigos estão se casando

Se eu parasse para pensar racionalmente, nunca diria com todas as palavras que aquilo era um romance. Mas eu não conseguia mais viver naquele estado de ansiedade, esperando meu melhor amigo voltar e dizer que nunca mais iria embora outra vez.

Quando Min Dae, uma amiga da faculdade, anunciou que iria se casar, estávamos novamente na primavera. O ano havia rompido, e daquela vez foi diferente. Trocamos uma mensagem singela de "feliz natal", "feliz ano novo", cheguei a perguntar se estava tudo bem e ele respondeu simplesmente "sim, e você?"... Faltou-me fôlego para puxar uma conversa engraçada ou perguntar se ele havia lido o livro.

Alguma coisa estava mudando. Eu não demorei a perceber que era eu mesma.

Minha editora enviava mensagens semanalmente perguntando se eu estava trabalhando em algo novo, e a verdade era que não. Meu estilo de escrita também estava mudando, e eu cheguei a duvidar se queria continuar na carreira.

Fui para o casamento depois de ficar sem argumentos para não ir, o grupo online das minhas amigas da faculdade estava surtado de tantas mensagens e alegria. Min Dae ia casar, e as demais ou já estavam noivas, ou sentiam que estavam prestes a noivar. Se fossem meses atrás, eu certamente estaria adversa e empolgada com uma nova aventura, o que ocuparia 100% da minha mente, mas naquela fase da minha vida, eu era apenas Lee Soo Yeon, escritora em hiatus.

Vez ou outra eu recebia um email de alguns leitores, que de alguma forma, ainda eram meus fãs. Eu queria poder continuar por eles, e queria muito que minha cabeça tivesse uma brilhante ideia.

Mas foi durante a cerimônia que meu coração estalou em ver Hoseok numa mesa do outro lado do salão. Ele parecia concentrado nos noivos trocando seus votos de casamento. E então me lembrei que o noivo da minha amiga, era amigo do Hoseok. Talvez ele também tenha esquecido esse detalhe e acabamos nos encontrando por acaso.

E eu já não estava nem aí para o bla bla bla te amo, bla bla bla vamos viver juntos para todo sempre dos noivos. Meu olhar estava no meu ex melhor amigo, que estava arrumado num terno casual, sem gravata, o cabelo partido ao lado com a franja escorrendo para a testa, e ele estava de óculos? Pior, porque ele ficou lindo.

Eu não havia me arrumado tanto, já que quase não fazia questão de ir. Havia comprado um vestido simples, azul turquesa, que ia até pouco abaixo do joelho e mostrava meus ombros. Calcei um salto que já tinha em casa. Apenas trancei meus cabelos, que cresceram com os meses, e deixei de ser a Soo Yeon de cabelos curtos. E fiz uma maquiagem simples, seguindo um tutorial da internet.

Hoseok franziu um pouco as sobrancelhas quando pareceu me enxergar, mas logo sua expressão mudou e reconheci seus olhos ansiosos (o que me fez sorrir invevitavelmente), seus lábios abriram um pouco e jurei ter lido o movimento que dizia "oi". Mas não houve um momento de troca de olhares, já que começaram a chuva de aplausos e as pessoas saíram de seus lugares, o que me fez perdê-lo de vista.

Comecei a andar pelo salão, indo de confronto com as pessoas, para encontrá-lo. Talvez tenha pisado no pé de alguém, talvez alguém tenha me xingado, mas eu não liguei. Assim que vi Hoseok entre as pessoas, eu só não queria perdê-lo de vista.

— Soo Yeon. — Eun Ji segurou meu pulso, o que me fez a encarar ferozmente. — Hora do discurso.

Ah sim, o discurso. Todas queriam discursar na festa de Min Dae, mas a noiva pediu encarecidamente que eu, a escritora do grupo, fizesse isso em nome das amigas.

— Já vou, só um segundo. — Falei tirando seus dedos do meu pulso.

— Aquele é Jung Hoseok? — Ela estreitou os olhos e olhei para trás o vendo conversando com um senhor. — Será que ele veio sozinho? Ouvi dizer que ele estava namorando.

— Namorando? — Murmurei. — Com quem? Quero dizer, que bom né? — Pigarreei.

— Ai não sei, alguém me disse. — Ela soltou uma risadinha. — É uma pena, porque ele ficou bem lindo depois da faculdade. Ele não era aquele seu melhor amigo?

— É a hora do discurso. — Mudei de assunto alterando meu caminho.

Não sabia o que estava sentindo muito bem, apenas vi alguém me dando o microfone e senti minhas pernas tremerem sobre o salto alto. Eu havia levado o discurso escrito num papel para caso eu esquecesse, e me vi amassando o papel enquanto aguardava ansiosa. Quando fui direcionada para o centro, vendo todos sentados em suas mesas, aguardando as palavras melosas de um discurso de casamento, eu apenas procurei pela fisionomia dele entre todas aquelas. Hoseok estava me observando e seus olhos piscavam curiosos.

— Boa noite. — Falei tentando sorrir. — É...

Busquei ar e quase tropecei no fio do microfone. Talvez alguém tenha dado risada, não ouvi bem. Em outro momento, eu estaria confiante, seria engraçada, e até improvisaria, mas parecia difícil para mim voltar a ser como era antes.

Não pensei muito quando arranquei os saltos dos pés.

— Espero que não se importem. — Falei tentando esconder que estava um caos por dentro. — Eu tentei gravar o discurso, mas acho que estou muito nervosa. Então vou ler.

Desdobrei o papel amassado em minhas mãos e respirei fundo antes de proferir as palavras românticas e emocionantes, que os noivos esperavam. Infelizmente não foi tão sincero assim da minha parte, mas tentei melhorar minha entonação, e ao final de tudo recebi aplausos.

E para os discursos familiares fiquei apenas sentada no lugar destinado a mim, fitando o papel amassado em minhas mãos, sentindo a vergonha que nunca senti de mim mesma.

Quando todos estavam se divertindo, bebendo, conversando e dançando, eu estava planejando ir embora. Eu queria falar com Hoseok, mas não queria ouvir sobre sua namorada.

— Hoje faz exatamente um ano que desembarcamos em Amsterdã. — Hoseok disse puxando a cadeira vazia ao meu lado.

— Pois é. — Murmurei ainda observando o papel sofrido.

— Você está bem?

— Hum, e você? — Virei meu rosto o vendo de perto. Hoseok me analisou um pouco, mas logo desviou o olhar.

— Bem.

Eu não tive coragem de perguntar mais. Aquele momento só me fez lembrar tudo de ruim que havia feito para ele, e cheguei a julgar que minha amizade era tóxica. Meus olhos se encheram de lágrimas, contra minha vontade, e estar na sua presença só agregou para eu estar ainda mais emotiva.

— Numa escala de 1 a 10... — Murmurei tentando controlar o choro em minha voz. —O quanto você...

Nem sabia se perguntava o quanto ele me odiava, ou o quanto ele ainda me amava.

— Soo Yeon. — Hoseok disse e congelei quando vi sua mão buscar a minha sobre meu colo. Deixei que ele a pegasse e fitei seu rosto. — Ainda sinto sua falta.

— Eu também. — Respondi o vendo embaçado pela camada de lágrimas. — Me desculpa... Por tudo.

— Ainda não percebeu que não é culpa sua?

— É culpa minha sim, Hoseok. — Reclamei passando as costas da minha mão livre nos olhos sem me importar se borraria a maquiagem. — Eu fui a pior amiga do mundo. E nem fui capaz de ser uma pessoa simples com você, ou apenas retribuir seus sentimentos naquele momento. Não sei se fico feliz por você estar namorando finalmente...

— Não estou namorando. — Ele respondeu parecendo confuso.

— Mas... — Abaixei a cabeça. É, fofoca nunca foi notícia confiável.

Hoseok suspirou profundamente e olhou em volta espairecendo sua expressão. Ainda não estava acostumada a vê-lo de óculos.

— Eu escrevi o livro esperando que você lesse. — Comentei envergonhada.

— Eu li. — Respondeu trazendo seu olhar para mim novamente. — Eu gostei muito, mas foi estranho convencer meu coração que não passava de ficção.

— Não era ficção. Era você.

— Não era só sobre mim. — Ele murmurou. — Eu não sabia o significado daquilo para você.

— E você não me perguntou.

— Não tive coragem. — Ele abaixou a cabeça e sorriu um pouco.

— Te esperei na minha noite de autógrafos.

— E eu fui. — Franzi as sobrancelhas tentando fazer nossos olhares se encontrarem. — Mas não sabia o que dizer, eu te vi, mas não consegui ir até você.

— Por quê?

— Porque ainda te amava. — Ele confessou ainda envolvendo minha mão entre as suas. — E agora... 10.

— O que?

— A resposta para sua pergunta. — Ele disse torcendo a boca, parecia nervoso. — Ainda gosto de você, nível 10.

Hoseok conseguiu me encarar, mesmo tímido. Mas entre todas as emoções que estava sentindo, de confusão à felicidade, agi sem pensar e abracei seu pescoço desesperada pelo seu carinho. O apertei tão forte, sentindo o medo de perdê-lo outra vez. Ele retribuiu o abraço, mesmo que nossa posição ainda estivesse esquisita, pois continuamos sentados.

— Eu fiquei triste, porque pensei que você tinha mudado quando te vi tímida no palco. — Ele murmurou ainda me abraçando.

— Eu mudei. Perdi a graça. — Respondi me afastando e vendo seu rosto próximo.

— Você ainda está aí. — Hoseok sorriu me olhando. — Ainda era você a garota que tirou os sapatos na frente de todo mundo, e ainda é você a garota que borrou toda a maquiagem sem nem se importar com isso.

Aquilo acabou me fazendo rir e ele sorriu comigo. O sorriso de Hoseok era muito mais que um enérgico para mim, era a esperança que estava faltando. Eu ainda segurava seus ombros, e Hoseok se ajeitou na cadeira, conseguindo ficar de frente para mim.

— Eu descobri que só tenho coragem quando estou com você. — Falei analisando cada detalhe do seu rosto e apenas constatando o quanto aquela pessoa era perfeita, em todos os sentidos.

Hoseok sorriu tímido e fechei os olhos quando senti seus lábios encostarem em minha bochecha.

— Eu tentei. — Ele disse levantando da cadeira, o que me forçou a fazer o mesmo. Minhas mãos desceram para seu peito, onde senti seu coração batendo forte, e o meu não estava muito diferente. — Mas só quero que tudo volte a ser como era antes. Será que podemos voltar a ser amigos?

— Não. — Falei, o que lhe causou uma careta. — Vamos tentar algo diferente.

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