16
Até que, ao longe eu vi alguma coisa correndo por entre as árvores. Tinha a silhueta de uma pessoa.
Fiquei apavorada e pensei em correr, mas meu corpo não me obedecia. Eu estava paralisada! Não podia me mover.
A forma foi se aproximando mais, e mais. Cada passo da forma que me espreitava, era uma batida do meu coração.
Quando a pessoa chegou perto o suficiente para que eu pudesse a identificar, eu fiquei tremendamente aliviada, e duplamente preocupada.
Pois a tal forma, se tratava de uma garota de 6 ou 7 anos. Morena, de cabelos cacheados e olhos dourados, e usava um vestido amarelo com flores brancas.
Ela se aproximou de mim e puxou a barra do meu vestido rasgado.
Eu me abaixei e fiquei da altura dela. Henrico ficou em pé, atrás de mim.
-Qual o seu nome? - sussurrei para ela.
-Elizabetha - ela sussurrou de volta - Preciso que venha comigo.
Eu a encarei por um tempo.
Será que eu devo confiar nela?
O que uma garota de 6 ou 7 anos pode fazer? E se ela me levar para uma armadilha?
Afastei aquele pensamento e me pus em pé.
-Para aonde? - perguntei por fim.
-Para um lugar onde eles - ela apontou para onde Teodora estava atrás de nós - Não vão achar vocês!
-Ok. - olhei para Henrico que encarava a menina como se a qualquer momento ela fosse virar um monstro, e disse: - Vai na frente.
-As damas primeiro - ele sorriu e eu fiz uma cara de paisagem.
-Vamos logo! - disse Elizabetha, com sua voz doce e melodiosa.
-Tá. Mas fique sabendo Henrico, que você tem mais chance de ser pego em uma perseguição por estar atrás - e 3, 2, 1. Agora!
-Quer saber acho melhor eu ir primeiro, vai que tenha alguma coisa no caminho né? Além do mais, eu sou o mais corajoso daqui - ele entra na minha frente e foi atrás da garota.
-Sei, o mais corajoso! - fui atrás deles.
Andamos por uns 15 minutos aproximadamente, até chegarmos em uma clareira.
A menina andou mais um pouco até um pequeno vilarejo que tinha logo a frente, e entrou em uma loja de roupas.
-A gente entra? - disse Henrico.
-Eu não sei. Tenho cara de adivinha agora?! - reviro os olhos.
-Nossa! Quando eu penso que você não pode ser mais ignorante, me surpreendo por saber o quanto estou errado! - ele ri dele mesmo.
-Vocês vão entrar, ou querem que eu abra passagem? - a menina põe a cabeça para fora da loja e olha para nós dois.
-Desculpa querida, mas eu não tenho bola de cristal, pra adivinhar que você queria que entrássemos aí! - rebato.
-É, mas eu disse para vocês me seguirem, o que inclui entrar onde eu entrar! - ela revira os olhos.
-Você não específica, né minha filha! - ela da uma última revirada de olhos e nós entramos na loja.
A loja por dentro era muito bonita. Pintada de preto, com duas listras brancas no meio. Tinha muitas araras cheias de roupas, tinha também uns compartimento para se trocar, e um balcão pintado de amarelo.
Atrás do balcão tinha uma garota da mesma idade que eu. Ela usava um fone de ouvido, e mexia no celular alheia ao movimento.
Vestia uma blusa de mangas compridas azul com o desenho de uma caneca de café, e uma calça jeans.
Era bem bonita, tinha cabelos ondulados e castanhos, e olhos cor de mel, quase dourados como o de Elizabetha.
-Hanna! - chamou a menina - Hanna! - ela cantarolou - Hanna, sua anta!
-Hã, Oi - ela olhou para Elizabetha e depois para mim e Henrico - São eles?
-Sim. Estavam escondidos na parte norte da floresta. Não foi muito difícil de acha-los - respondeu ela.
-Ótimo. Vou mandar cessarem as buscas. Leve-os para o esconderijo, e dê roupas nova para eles. Eles estão péssimos! - a garota assentiu, e a tal de Hanna foi mexer em um computador do outro lado da loja.
-Me sigam! - disse Elizabetha.
-Por quê? - perguntou Henrico.
-Porque eu estou mandando! - a menina só é pequena, mas é arretada!
-Mas você não manda em mim! - resposta mais bosta em Henrico.
-Ok. Então, porque esse é o único meio de vocês não morrerem! - gostei dela.
-E se eu quiser morrer! - meu Deus, mas que menino chato.
-Quem em sã consciência, ia querer morrer? - ela parece indignada.
-Vai por mim, eu só não estou morto porque Deus não quis, porque só em dois dias eu já tive mais encontros com a morte, que você na sua vida - pior que é verdade.
-Então fica aí e espera por ela! Eu não estou nem aí! Porque se você não percebeu, eu estou tentando ajudar! E acredite, eu já nasci vendo a morte. Então não venha me dizer que eu nunca tive um encontro com a morte na vida, porque só de ir atrás de vocês, já foi quase uma missão suicida! - a essa altura eu já estava sentada na cadeira atrás do balcão, só observando a treta, e a tal de Hanna estava do meu lado com um balde de pipoca.
-Acho que a gente devia interferir - disse Hanna.
-Não, eu quero ver onde isso vai acabar. Posso? - apontei pra pipoca e ela assentiu. E nós ficamos lá. Comendo pipoca, enquanto víamos um garoto de 16 anos brigar com uma garota de 7 anos. E o mais incrível, ele que estava perdendo.
A certa altura da briga Henrico falou o meu nome, e quando se virou atrás de mim, começou a rir como um maníaco. E Elizabetha riu logo em seguida. E foi assim que acabou a briga, e a pipoca.
-Agora que a confusão acabou, - disse Hanna - Elisa fique tomando conta da loja. Daqui a pouco os outros vão chegar, diga que eu fui com os foragidos, mas que logo volto. E vocês - se referiu a nós - venham, por favor. - ela disse o por favor para evitar mais confusão.
-Ok. - respondemos em uníssono.
Ela se dirigiu a um dos compartimentos de experimentar roupas, e puxou um dos ganchos de pendurar roupas, e uma escotilha se abriu no chão. Revelando uma escada de cordas que ia para baixo e se perdía no escuro.
-Entrem! - ela apontou para a escada.
-Ok. - dei de ombros e decí.
Acho que quando eu estava na metade da escada, ouvi Hanna descer e fechar a portinha. Ficou tudo escuro, mas eu não podia parar de descer. Nem que fosse rumo ao desconhecido.
Então quando nós três chegamos no chão a coisa piorou, e muito.
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Oi my friends!
Aí está mais um CAP. Novinho.
Queria que vcs lessem o meu novo livro.
As filhas proibidas do Olimpo!
Já está disponível no meu perfil. @Clarasantos23.
E logo vai sair um novo capítulo de A agente!
Bjs!
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