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-Vocês querem comer algo? - diz ela se sentando a nossa frente.
-Não! - digo rapidamente.
-Porque não? Devem estar morrendo de fome pela corrida que deram.
-Na verdade estou mais cansada do que com fome, por isso não quero comer - e correr o risco de morrer envenenada, penso mentalmente - e Henr...Felipe! - me corrijo - Felipe também quer dormir! Não é Felipe?
-Você ia dizer outra coisa, não era? - Ela me olha desconfiada.
-Ahn... Não! Deve ser coisa da sua cabeça! - Tá agora eu estava chamando a mulher de paranóica.
-O que ela quer dizer é que, não consegue nem mais juntar as palavras que diz de tanta exaustão - completa Henrico/Felipe. Pense num garoto que mente bem.
-Isso! - finjo um bocejo, esticando os braços dramaticamente - Estou tão cansada que até abóbora em lata é bonita!
-Abóbora em lata... - sussurra a mulher - Tudo bem! Vocês estão deveras cansados. Vou ir preparar os quartos!
Ela se levanta e sobe a escadaria até onde ficava os quartos. Depois volta mais uma vez pra ter serteza se ainda estávamos lá, e some de vez.
-O que foi Sophia? - diz Henrico.
-Aquela mulher trabalha para os homens que querem nos levar. E amanhã eles virão aqui atrás de nós. Então fugiremos hoje a noite! Por volta das onze horas, meia-noite. Ouviu?
-Sim! Mas como faremos para sair da casa? Ela com certeza trancará a porta! - Por que sempre tem um pra cortar o meu barato senhor?
-Não sei! Vamos pular a janela, ou sei lá o quê. Mas o caso é: nós temos que sair daqui!
-Concordo!
-Concorda com o quê, querido? - diz Teodora.
Sério eu odeio quando a gente está falando de uma pessoa (na maioria mal) e ela aparece do nada! Ou eu quero que apareça até o papá, menos a pessoa. E quem aparece? Isso aí! A pessoa.
Que coisa boa!
-Que a sua casa é linda! Uma das melhores réplicas das casas do século XVIII que já vimos! Bem...quase...
-Quase? - pergunta Teodora, parecendo ofendida.
-Sim - diz Henrico - O revestimento é igual, mas o que estraga tudo são os quartos.
-O que tem os quartos? - diz Teodora intrigada.
-Bem...antigamente o quarto dos donos na maioria era em baixo, e o das visitas em cima. Sem contar que nenhuma tinha balanço na área - provoco ainda mais Teodora - Ah! A área! Ela era feita de madeira de lei, e não concreto.
-Como sabem tanto sobre isso?
-Minha mãe era arquiteta! E ela trabalhou um ano em Portugal. - Wow! Eu minto muito bem - Sabia que as casas lá são iguais às de antigamente?
-Sério? - pergunta Henrico.
-Sim! Só muda alguns detalhes, assim como a sua casa Teo, eles acabaram modernizando o revestimento delas e aprimorando algumas coisas aqui e ali, mas você nem nota a diferença. - É eu tinha acabado de me entregar por completo a mentiraiada, tudo que fiz desde que cheguei nessa casa.
-Hum... - Teodora parece pensar por um momento - Vocês não querem mesmo comer?
-Não obrigada - digo educadamente.
Por fora eu parecia bem amável e simpática, mas por dentro eu estava xingando aquela mulher em todos os idiomas e com todos os palavrões existentes nesse mundo.
-Então se precisarem me chamem. Venham queridos vou leva-los até os seus quartos.
-Não preci... - Tentei mante-la o mais longe possível de mim, mas ela agarrou meu braço de tal forma, que eu não consegui soltar.
-Nada disso venha. Seu amigo vai ficar bem. Falando nisso... Felipe venha seu quarto é lá em cima.
-Já vou! - Henrico/Felipe veio praticamente se arrastando.
Subi as escadas arrastada por Teodora. Ela me levou até um quarto no fim do corredor.
-Vou levar Felipe até o quarto dele e já venho te ver, tá querida? - diz ela amavelmente.
-Sim! - forço um sorriso.
Assim que ela da as costas eu entro no quarto, mas antes de tudo, pego as chaves da porta e guardo no meu bolso. Vai que ela queira me prender. Eu que não vou correr o risco.
O quarto era todo pintado da cor bege. Tinha só alguns móveis: uma cama e uma cômoda com um enorme espelho na frente. No canto tinha um pequeno guarda-roupas, e mais afastado tinha uma prateleira cheia de bonecas antigas.
-Voltei! - grita Teodora.
Sério eu nem percebi!
-Que bom. Acho melhor eu descansar. Estou exausta!
-Entendo.
Não você não entende! Me deu vontade de gritar.
-Boa noite Teodora! - digo esperando que ela saísse do quarto, porque eu acho que ela ainda não entendeu isso.
-Boa noite Jessica. - Ela se vira e vai até a porta, então olha para a fechadura e percebe que a chave não estava lá -Jessica...
-Sim? - sorrio por dentro.
-Você viu a chave do quarto?
-Não! Mas não se preocupe, você não vai precisar trancar a porta do quarto! - vejo a expressão dela passar de intrigada para surpresa - Quer dizer eu não vou precisar trancar! Porque eu vou muito no banheiro a noite.
-Ah! Mas se encontrar me avisa, tá?
-Com certeza! - só que não.
-Obrigada! - Ela sai e fecha a porta.
Fico sozinha no quarto, então resolvo me deitar um pouco, porque eu sei que apesar de está exausta não ia conseguir dormir.
Bolo, bolo e não consigo dormir de jeito nenhum. Tiro a chave do bolso do meu vestido, que a essa altura já estava todo rasgado, e fico observando.
Como estava escuro não conseguia ver direito, mas com certeza tinha mais de uma chave ali. E pelo formato que eu contornava com os dedos não eram chaves iguais.
É por isso que a Teodora ficou nervosa quando viu que as chaves não estavam na porta! Porque eram as chaves do meu quarto e do quarto de Henrico.
-Perfeito!
Desci da cama e fui até a porta. Abri a mesma o mais silenciosamente possível, e fui até o quarto de Henrico.
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Oi meus amados! E aí gostaram do capitulo? Relaxem que esse plano vai dar muito errado! E a Sophia vai se ferrar feio.
Prometo postar logo! Já que é FERIADO!!!!! HUHUUU!!!!
Então até o próximo Beijos
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