05
— Já sei! Podemos ir de ônibus! Tão óbvio! — digo, batendo palmas.
— Óbvio de mais. Não temos dinheiro, lembra? — diz Helena, como sempre cortando meu barato.
— Isso não é problema. Eu tenho meus meios. Só preciso saber quanto custa e problema resolvido.
— Como assim "eu tenho meus meios" Sophia? — pergunta Emanuel.
— Calado! O que importa é que eu tenho o dinheiro então pesquisa aí o valor total das passagens que eu cuido do resto.
— Tá bom. Vou ser ignorado. Ok! — Emanuel levanta as mãos em rendição.
Subo as escadas e vou até o meu quarto. Pego uma mochila e todo o dinheiro que estava dentro de uma caixa no guarda-roupas.
No total tenho cento e oitenta e cinco reais, e alguns centavos e desço as escadas apressada.
— Quanto deu? — pergunto a Emanuel.
— Bem para uma pessoa está trinta e seis reais. Como estamos em três vai dar mais ou menos...
— Cento e oito reais. Ótimo! Tenho dinheiro o bastante. E ainda vai sobrar uns setenta e sete reais para o táxi da rodoviária até o sítio. — digo, animada.
— A onde você arranjou tanto dinheiro? — diz Helena, limpando algumas migalhas de biscoito da roupa.
— Digamos que eu ando economizando.
— E digamos que você mente muito mal. — diz Emanuel com os olhos vidrados no celular — Ah! Que hora nós vamos?
— O mais breve possível.
— Tá que horas são?
— Cinco e trinta e oito. — diz Helena.
— Ótimo! O próximo ônibus sai as sete em ponto. Enquanto isso ou vocês me explicam o que está acontecendo ou me dizem a onde arranjaram tanto dinheiro?
— Sono già fuori di pazienza por causa das suas perguntas Emanuel. Já disse que lhe contaremos assim que estivermos bem longe daqui.
— Tá bom! Mas que língua é essa que você está falando?
— É italiano. Eu e minha mãe brincávamos de falar usando algumas palavras italianas para que conseguíssemos melhorar nosso vocabulário na língua, pois estávamos querendo fazer uma viagem a Itália. Acabou que nós aprendemos muito mais do que o esperado. Agora eu posso falar o dia todo em italiano sem nenhuma dificuldade.
— Mas que incrível! Eu só sei falar espanhol. Além do português brasileiro, porque é meio que a nossa língua, então se eu não soubesse falar também, né? Só poderia ser muda. — diz Helena, fazendo-me rir.
— Bem a viajem vai ser longa, então descansem. E se quiserem tomar um banho antes de irmos fiquem a vontade. Eu vou dormir um pouco. E se quiserem dormir, vão para o meu quarto. Eu irei para o da minha mãe.
— Obrigado Sophia iremos te acordar quando for a hora. — diz Emanuel.
— Você quer dizer você vai nos acordar. Eu também vou dormir — diz Helena.
— Então coloquem despertador porque eu também vou dormir.
— Ok. Então eu vou colocar o despertador para seis e meia. Agora eu vou dormir. Tchau. — digo, me despedindo e subindo as escadas até o quarto de minha mãe.
(...)
Já faz dez minutos que estou deitada sem conseguir dormir, então decido tomar um pouco de água na cozinha.
— Ainda acordada milady? — diz Emanuel, dando-me um susto assim que chego na sala.
— Porque não está dormindo criatura? — digo recuperando-me do susto.
— Não vale! Eu perguntei primeiro!
— Não consegui dormir. E você?
-Helena bola muito. Não sei se é de propósito ou se ela está dormindo mesmo. — ele balança os ombros, fazendo-me rir.
— Se quiser pode dormir no quarto de minha mãe, eu meio que perdi o sono.
— Então deixe que eu a ajude a encontrar. — ele estende a mão e eu a aceito.
— Acho que eu deixei o sono por aqui em algum lugar, talvez na escada? — digo entrando na brincadeira.
— Eu acho que ficou no corredor de cima. Mas não a ajudarei a achar mais, porque se não terei de dormir com Helena novamente, e eu não quero isso.
— É bom saber que você e Helena estão se dando bem.
— É a gente conversou muito pelo telefone antes de vir pra cá, e acabamos nos entendendo.
— Que bom! Mas vou avisar logo. Se você fizer algo que magoe ou machuque Helena eu juro que acabo com você!
— Relaxa Sophia. Acima de tudo Helena é minha irmã, não sou capaz de levantar um dedo para feri-lá. Bem eu vou tentar dormir. Tchau.
— Tchau. Mas olha...eu tô de olho! — digo apontando com dois dedos, dos meus olhos a ele.
— Pode deixar.
E dito isso fico sozinha novamente e apesar do calor que faz lá fora, sinto um frio na barriga e um arrepio na nuca. Como se estivesse sendo observada.
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Sono già fuori di pazienza: Ja estou perdendo a paciência.
Hello meus queridos gostaram. Ficou meio chato porque não tô no clima hoje mais eu prometo que o próximo vai está bem melhor.
Beijos queridos. Arrivederci.
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