04
Assim que terminei de arrumar minha mala o telefone da cozinha tocou.
— Alou?
— Olá querida. Só para avisar escolha um de seus amigos para serem entregues a mim. Se não sua mãe sofrerá as consequências.
Demorei cinco segundos para adivinhar de quem era a voz. E mais cinco para me recuperar do susto.
— Me deixe em paz. Minha mãe já cumpriu a parte do tal acordo! Eu não vou te dar nenhum dos meus amigos! — um rancor tão grande tomou conta de mim que eu mal conseguia pensar.
— Oh, não vai dar um de seus amigos a mim. Tudo bem eu sei esperar. Mas se nenhum deles for entregues a mim irei atrás de você. O plano bobo de sua mãe falhará. Vocês nunca a acharão.
— Você é um monstro sem coração. O que eu tenho a ver com isso? Ou melhor o que os meus amigos tem a ver com isso? — digo com o mais puro ódio em cada palavra.
— Ah! Sua mãe não contou? Vocês são o acordo. Eu terei de escolher um de vocês para... digamos... trabalhos pesados. Em troca suas mães estarão livres. Ou elas trabalham ou vocês.
— Você quer que sejamos seus... — não pude terminar a frase. Só o pensamento já era ruim o bastante, mas não precisei pois o tal homem terminou por mim.
— Escravos. Sempre achei essa palavra meio forte prefiro... serviçais ou servos, até mesmo empregados.
— Que acordo você fez para chegar a isso?
— Ora! Não sou um monstro, sou um homem de negócios. E você deveria agradecer a mim por estar viva. Ajudei sua mãe no quesito você. E agora quero o meu pagamento.
— Eu vou salvar minha mãe! E acabar com você! Nem eu, nem meus amigos, nem mais ninguém será seus escravos. Nunca mais!
Eu vou te caçar e te achar nem que seja a última coisa que eu faça na vida. Ouviu?! Eu vou acabar com a sua raça. Seu brutamontes de uma figa!
— Raivosa como a mãe. Pode tentar, mas ninguém nunca conseguiu e acho que você não será a primeira. — ele disse em tom de sarcasmo antes de continuar — E falando em sua mãe. Ela não facilitou o meu serviço. Nem mesmo depois de ter levado umas boas chicotadas e uns bons chutes, não me disse aonde você vai se esconder. — ele parou por um breve momento pra ter certeza de que eu havia ouvido o que ele disse e depois continuou — Viu o que você fez com sua mãe Sophia. Agora me diga onde você é seus amigos vão!
— Nunca! E não fui eu que fiz isso com a minha mãe! Foi você! Agora me deixa em paz! Sei bastardo!
— Olhe a boca! Mas tudo bem eu vou, mas eu volto e... — antes que terminasse desliguei o telefone e comecei a chorar.
Tinha acabado de ouvir que minha mãe virara uma escrava e que ela foi chicotada só para me proteger. Me levantei rapidamente do chão e enxuguei as lágrimas. Jurei a mim mesma que não choraria por aquele desgraçado e por nenhuma palavra que ele dizia.
Subi as escadas e pegei minha mala. Depois pegei meu celular e ligei para Helena pedindo que vinhesce logo.
Dez longos minutos depois a campainha tocou. Fui ver e era Helena com duas malas do lado. Abri a porta e mandei que ela entrasse.
— Cadê o Emanuel, Helena? — pergunto assim que ela volta da cozinha com as mãos cheias de biscoitos.
— Ele disse que já estava vindo. — Ela balança os ombros indiferente. Nesse momento a campainha toca de novo. Vou atender e dou de cara com um Emanuel muito confuso.
— Oi Emanuel. — digo a ele.
— Oi Sophia. Será que dá para me explicar o quê que está acontecendo?
— Paciência Emanuel. Tudo a seu tempo. Agora o problema é saber como vamos pro sítio que fica a duas horas daqui. — diz Helena, revirando os olhos.
— Verdade não pensei nisso. — digo pensando no problema do transporte.
— Eu não vou a lugar nenhum se não me disserem o que está acontecendo. — berra Emanuel como se fosse uma criança de três anos.
— Olha temos coisas mais importantes do que te explicar passo a passo o que está acontecendo. Então deixa de ser un ragazzo rovinato, e ajuda a pensar em um jeito de irmos pro sítio. — digo quase gritando. Aquele garoto me dava nos nervos de tanto que queria se esibir.
— Tá! Mas o quê quer dizer ragazzo rovinato?
— Vai ficar fazendo perguntas ou ajudar? — pergunto já me segurando para não estapiar aquele moleque.
— Olha Emanuel eu acho melhor você não brincar com fogo. E nem fazer mais perguntas. — diz Helena.
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Sei bastardo: Seu desgraçado.
Un ragazzo rovinato: Um garoto mimado.
Olá meus queridos tudo bem com vocês?*******
Comigo está tudo ótimo.
Espero que gostem do CAP.
Ele é super especial.
Quem assiste Scooby-Doo vai desvendar esse mistério todinho. Eu não assisto muito só quando posso.
Então fiquem com Dio.
Arrivederci e muitos Baci.
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