Cocoa Beach
Luke não conseguia se lembrar a última vez que esteve dentro de um avião antes de ir para Orlando. O voo estava previsto para durar cerca de três horas e o relógio em seu pulso marcava que, em alguns minutos, o avião ia pousar.
E apesar de saber que nada aconteceria com ele enquanto, talvez, ele não conseguisse cumprir a missão, Luke foi o caminho inteiro de Nova York à Orlando com o coração acelerado a cada balanço da aeronave.
Ele tinha levado apenas o básico e o essencial: Uma muda de roupas, dinheiro e dragmas de ouro, duas adagas e algumas comidas como biscoitos e barrinhas de cereal. Quíron também tinha sido bastante generoso quando deu a ele um pouco de Ambrosia e Néctar para alguma emergência.
E claro, Luke esperava que o fato do Senhor D ter comprado passagens especificamente para Orlando, talvez fosse um indicativo de onde, exatamente, esse tesouro estava.
Luke também tinha comprado um desses Mapas vendidos em aeroportos com rotas e roteiros para chegar mais rápido em lugares estratégicos e decidiu que, já que estava indo para Orlando, iria vasculhar cada grão de areia, de cada praia existente.
Olhando novamente o mapa, Luke percebeu que a praia mais próxima do Aeroporto Internacional de Orlando era Cocoa Beach, uma praia de ondas calmas, boa para ser frequentada em família, segundo o Mapa.
Tentando não pensar muito sobre, o rapaz largou o mapa dentro da mochila e ajeitou o corpo na poltrona macia, fechando os olhos por alguns instantes, se sentindo mais cansado e mais velho do que realmente era.
-Senhores Passageiros… - A voz do Piloto do Avião interrompeu o silêncio do local e Luke abriu os olhos, assustado. - Informamos que dentro de cinco minutos, estaremos pousando no Aeroporto Internacional de Orlando. Pedimos que todos apertem os cintos, fiquem em seus lugares, desliguem os celulares e confiram sua bagagem de mão.
O homem continuou dando instruções para os passageiros pelos próximos dois minutos, mas Luke quase não conseguia ouvir, tamanha ansiedade para que o avião pousasse logo. Afinal, talvez, tivesse acabado de descobrir que odiava voar. Ou pelo menos, estava com medo de que Zeus explodisse o avião com ele dentro.
No entanto, não tinha sido o caso: Cinco minutos depois, Luke estava erguendo o corpo da Poltrona, em terra firme, enquanto jogava a mochila por sobre o ombro. Seguindo as pessoas para fora do avião, Luke realizou o desembarque e parou em frente ao aeroporto, sentindo o calor de Orlando soprar uma brisa morna em seu rosto, meio perdido, sem saber o que fazer.
Pegando o mapa, ele circulou a rota que fez, apesar das letras embaralharem suas vistas. Primeiro Cocoa Beach e, para isso, precisava de um carro.
Olhando ao redor, há uns cem metros dali, Luke achou uma frota de táxi e se pôs a caminhar para lá. Havia uma fila formada por uma dúzia de pessoas e famílias esperando e o rapaz ficou, pacientemente, na fila, aguardando sua própria vez. Demorou, mas enfim, chegou e Luke se enfiou dentro do carro, encarando o motorista pelo retrovisor.
O homem, que já era quase um Senhor, ergueu uma sobrancelha, meio sem paciência, perguntando:
-Você é mudo, é?
-Que? Não… - Luke franziu a testa, levemente confuso.
-Então, por que ainda não abriu a boca para dizer o destino, Rapaz?
Luke se deu conta de que, realmente, não tinha dito nada. Apenas revirou os olhos, demonstrando impaciência, enquanto dava de ombros.
-O Senhor não perguntou. Mas para sua informação, é Cocoa Beach.
O homem marcou um chiclete, talvez, e colocou o táxi para andar, enquanto continuava falando no mesmo tom de voz estressado.
-Vai dar uns Onze a Doze Dólares.
-Certo. - Luke franziu a testa, encarando as notas que puxou do bolso. - Espero que o Senhor tenha troco!
Luke não entendeu a resposta que o homem resmungou, mas esperava que fosse um sim. Continuou se esforçando para contar as notas do Dinheiro Mortal e percebeu que tinha bastante coisa. Ou pelo menos, ele achava que era bastante coisa. Quer dizer… Luke tinha ficado tanto tempo dentro do Acampamento Meio Sangue que quase se esquecera que era tão disléxico quanto qualquer outro semideus. Números e letras normais eram um desafio bem grande para ele.
Bem, ele sabia que levaria quase uma hora até chegar a Cocoa Beach, segundo o mapa que comprou, então, apenas encostou a testa no vidro do carro e focou na paisagem ao redor: Prédios se misturavam com a natureza. Eles passaram por uma Reserva Florestal e Luke precisou olhar duas vezes pois achava que tinha visto um Pégasus voando próximo ao carro, quando na verdade, ao olhar novamente, percebeu que era apenas uma estátua de um cavalo no meio da estrada, equilibrada em cima de um caminhão.
Balançando a cabeça, Luke resolveu fechar os olhos para tentar relaxar novamente. Estava acostumado a ficar sozinho, mas sentia falta do barulho e do Caos do Acampamento, para ser sincero. Meio que o ajudava a se distrair e a abafar os próprios pensamentos.
Era quase meio dia em ponto quando, faltando apenas alguns minutos, quando Luke percebeu a Orla pela janela. O mar se estendia, glorioso, azul claro, e a areia branca chamava a atenção mesmo que ele não quisesse olhar para lá e, por alguns segundos, Luke ficou maravilhado com a vista.
-Onde em Cocoa? - A Voz rouca do motorista interrompeu seu fascínio maritimo.
-Qualquer lugar está bom! - Luke deu de ombros, batendo com a mão no ombro do motorista, em um gesto amigável. - Você entrega muitos passageiros aqui, é?
O homem assentiu, mascando ainda o mesmo chiclete que, com certeza, já estava sem gosto.
-Bastante gente.
-Legal, sabe me dizer onde posso almoçar por aqui? Sabe como é… Meio dia, voo longo… Tô morto de fome!
O homem olhou ao redor e apontou para algum ponto mais a frente.
-Point da Claire’s. Comida de excelente qualidade.
-Point da Claire’s, é? Hmmm… Certo. Obrigado pela corrida, meu chapa. Ah, e pode ficar com o troco, viu?
Antes que o homem pudesse raciocinar, Luke saltou do carro e foi em direção ao tal Point da Claire’s. No entanto, assim que o taxista abaixou a cabeça, procurando, provavelmente, pelo dinheiro que Luke não deu, ele se enfiou no meio de uma família de turistas, tirou o casaco, ficando apenas com uma blusa azul, e deu meia volta, enquanto via o motorista acelerar na direção que, supostamente, Luke deveria ter ido.
Ao invés disso, Luke correu para o lado contrário, indo em direção à praia. Afinal, não sabia quanto tempo aquela missão levaria e precisaria de cada centavo que pudesse economizar.
Além disso, Luke não era filho do Deus da Trapaça à toa.
Tirando os tênis, Luke resolveu começar a vasculhar a praia. Primeiro, ele sentiu os grãos de areia, quentes, entre seus dedos e se pôr a caminhar com um pouco de dificuldade, afinal, não estava acostumado a andar na areia, principalmente descalço. Depois, quando pegou o jeito, ele passou a ignorar os olhares tortos por ele estar de calça jeans, blusa e casaco na praia, e caminhou a esmo, esquadrinhando o chão com os olhos.
Deveria procurar por algum tipo de moeda? Ou seria outro tipo de tesouro? Ou talvez, devesse procurar no mar? Por Zeus… Por que não haviam mandado Percy Jackson naquela missão? E se ele tivesse que entrar no mar? E se ele nunca descobrisse o que era o tal tesouro?
Luke já sentia o suor escorrendo pelo meio das costas, então fez o mais lógico: Parou a caminhada, tirou a blusa e a enfiou junto do casaco dentro da mochila. O sol queimava sua pele mas de alguma forma, o vento, mesmo quente, a refrescava.
Então, o semideus voltou a andar, empurrando a areia com o pé, enquanto tentava não se irritar. Essa era a missão mais ridícula que ele já tinha visto, por Deuses!
Olhando ao redor, Luke percebeu que, realmente, estava com fome. E que havia um quiosque por perto. Abandonando a tarefa de se concentrar em procurar pelo Tesouro, ele caminhou até lá, decidido a gastar as primeiras moedas. O cheiro de frutos do mar fazia a boca dele salivar e Luke se deu conta de que só comeu durante o Café da manhã daquele dia.
Já eram quase uma hora da tarde quando, enfim, descansado e de barriga cheia, Luke se perguntou o que aconteceria caso não tivesse êxito nessa missão. Ficaria no Acampamento Meio Sangue para sempre? Teria uma morte lenta? Ou rápida? Seria reduzido à pó? Teria uma segunda chance?
Bem, sua vontade era de sair gritando pelos quatro ventos, esbravejando e xingando todos os deuses existentes, mas quase que conseguia ouvir a voz de Annabeth Chase falando “que não seria prudente e que se eles deram essa missão a ele, era porque Luke conseguiria”. Percebendo que havia um pequeno sorriso em seu rosto, Luke o tirou assim que sentiu a pontada de dor e culpa que sempre vinha em seu peito ao pensar em Annabeth.
Com toda a certeza, aquela era a perda da qual ele mais sentia falta.
Decidindo ouvir sua “Annabeth” interior, ele pagou pela refeição, pegou a mochila e voltou a caminhar pela praia, mas depois de alguns minutos, simplesmente parou o que fazia e começou a encarar o mar.
Havia algo de atraente, quase irresistível naquelas ondas calmas e constantes, no azul claro que brilhava tal qual diamantes quando o Sol entrava em contato com a superfície líquida. A água parecia tão gelada e o sol estava tão quente…
Luke se aproximou de onde as ondas quebravam, sentindo a água o molhar até o meio das canelas. O cheiro de maresia era um pouco enjoado, mas naquele momento, ele se sentia vivo, como há anos não se sentia. Fechando os olhos, Luke conseguia sentir o balanço das ondas, conseguia sentir a areia entre os dedos, o vento que balançava seus cabelos castanhos… De repente, ele estava muito consciente de si e do lugar que ocupava no mundo e sentiu uma imensa vontade de chorar, mas não sabia porquê.
Luke estava tão distraído e completamente entregue à uma sensação única que ele nunca achou que experimentaria, que nem mesmo percebeu que as ondas começaram a se agitar e a quebrar com mais força, molhando até o meio das coxas dele, aí invés do meio das canelas.
Ele também não percebeu quando uma jovem levou um caldo de uma das ondas e foi, praticamente, arremessada pelas ondas em sua direção com força e velocidade, até que ela parou, em suas pernas.
No entanto, com o susto, Luke meio que agiu por reflexo ao sentir algo se chocar contra ele e sua primeira reação foi enfiar um chute no que quer que fosse. Em sua cabeça, talvez fosse um tubarão ou qualquer outro bicho marítimo estranho.
No entanto, ao ser derrubado no meio do chute e ser molhado por inteiro, Luke percebeu, enquanto as ondas o puxavam, que um tubarão não poderia ter longos cabelos ruivos avermelhados, e muito menos, olhos azuis oceânicos, quase da mesmo cor dos olhos de Percy.
-Meus deuses! - Luke exclamou, tentando levantar de debaixo da garota.
-Você me chutou?! - A voz estridente e claramente irritada dela soou alta, enquanto a mesma também erguia o corpo da areia, assim que a onda recuou. - Eu deveria chutar as suas bolas também, sabia? Seu maluco!
Luke franziu a testa, mantendo uma distância de dois passos da garota. Ela deveria ter a sua idade, embora talvez, parecesse um pouco mais nova. Naquele momento, vestia um vestido branco colado em seu corpo e tinha mesmo longos cabelos vermelhos, tais quais os de uma Princesa encharcada, mas ainda assim, uma Princesa. Era, talvez, a garota mais linda que Luke já tinha visto na sua vida.
-Ah… Me desculpa! Eu só… Achei que você era um tubarão!
A garota franziu a testa, erguendo lentamente os olhos para Luke, enquanto torcia as pontas do cabelo, incrédula.
-Um tubarão?!
-É… Ou algo assim. Não estou acostumado com o mar…
-E você acha que seria prudente chutar um tubarão?!
Luke deu de ombros. Realmente, se fosse um tubarão, teria perdido a perna ao chutá-lo. Revirando os olhos, a ruiva largou os cabelos e o encarou.
-Você é um idiota. Meus Deuses…
Luke franziu a testa ao ouvir a expressão. Meus deuses? Ele mesmo usava essa expressão, mas… Porque ele era um meio Sangue. Ela também era? Ou apenas tinha dito errado?
-Bem… - Luke exclamou, catando a mochila que pingava água da areia úmida. - Não tive culpa, não sou eu quem controlo as ondas, sabe?
A ruiva assentiu, finalmente, desistindo de tentar tirar o excesso de água das roupas e o encarou nos olhos, como se tivesse visto Luke pela primeira vez na vida.
-A não ser que você fosse Poseidon, eu não teria achado isso! - Ela reclamou, cruzando os braços em frente aos seios.
Luke tentou não transparecer a surpresa. Ao invés disso, perguntou:
-Acredita em Poseidon, Princesa?
-Um: Não sou Princesa. - Ela reclamou, ficando da cor de seus cabelos quase que instantaneamente. - Dois: Você não?
Luke observou a ruiva se afastar dele. Ou ao menos, tentar. Ela andou, no máximo, seis passos e, então, o mar se agitou novamente. Uma onda forte arrastou a ruiva para perto de Luke novamente, mas por estar esperando dessa vez, ele conseguiu se equilibrar no último instante, esticando a mão para pegar a dela, enquanto a garota se debatia, tentando não se afogar.
-Peguei você, Princesa! - Luke exclamou, dando a outra mão para levantar ela. - Parece que o mar não está para peixe, não acha?
Cuspindo uma grande quantidade de areia e água, a garota simplesmente guinchou de raiva e chutou a água, com toda a força, ainda de mãos dadas com Luke.
-Eu não preciso da sua ajuda! - A Ruiva reclamou, soltando a mão de Luke, para tirar o cabelo molhado da frente do rosto. - Eu sei nadar e muito bem! Obrigada!
Luke controlou a vontade de falar um “Tô vendo” e apenas deixou com que ela fosse embora, mas enquanto a Observava se afastar, dessa vez, foi ele quem foi derrubado por uma onda tão grande e forte, que Luke só conseguiu se debater, sendo arrastado por ela até…
-Puta que pariu!
A voz da ruiva soou altamente irritada, enquanto eles rolavam pela areia, tentando se agarrar a ela. Deitados no chão, esticados, Luke encarou o mar recuando novamente e, então, a voz de Rachel soou em seus ouvidos: Para o Sul você voará, Em busca de um Tesouro há muito perdido. Em ondas calmas encontrará, O que foi por anos escondido.
-Mas qual a porra do seu problema, Garoto?!
Luke saiu do transe e encarou a garota, sentada ao seu lado, com cabelos desgrenhados, a cara cheia de areia, pingando água. Será que…?
-Oi? - Luke perguntou, ainda com as engrenagens em sua cabeça funcionando.
-É a segunda vez que você me derruba!
-Na verdade, é a primeira. - Luke corrigiu, alcançando a bolsa antes que ela fosse em direção ao mar, levada por uma ondinha. - Antes, foi você quem me derrubou.
-Que Hades o carregue! Ainda por cima, é um mentiroso!
A ruiva se levantou e espanou o excesso de areia molhada da roupa, quase que em vão. Incomodada pelo olhar intenso de Luke, ela franziu a testa e perguntou:
-O que foi?
-Okay… - Luke deveria estar maluco, mas ele apenas levantou da areia, espanou a mão, e continuou. - Eu não sei quem você é, mas acho que sei o que você é, Ruivinha! E você vem comigo!
Luke pegou o pulso da garota e começou a arrastar ela para longe do mar, mas a ruiva apenas puxou o pulso e, de alguma forma que Luke não estava esperando, se virou de costas e fez Luke voar por cima dela, caindo tal qual uma estrela do mar, com as costas na areia.
-Você é mesmo maluco se acha que eu vou em algum lugar contigo! - A Ruiva exclamou, ajoelhando ao lado dele.
Luke somente percebeu que havia uma caça enfiada em sua garganta quando a lâmina gelada encostou em sua pele quente, fazendo ele engolir em seco.
Os dois jovens se encararam e a ruiva perguntou:
-Quem é você?
-O que é você? - Luke rebateu.
-O que eu sou? O que eu deveria falar? Humana? Golfinho? Baleia?
Luke franziu a testa, aproveitando o instante de distração da ruiva com uma bola jogada por uma criança por perto e, com um movimento rápido, apenas puxou a ruiva e inverteu as posições, pressionando a própria faca dela contra a garganta da mesma.
Seus olhos foram parar no punhal: Haviam conchas e ondas ornamentado todo o cabo e ela parecia ser feita de aço, mas era um pouco mais pesada do que o normal.
-Luke Castellan. - Luke respondeu a pergunta dela, mas ao ver que a ruiva franziu a testa, confusa, ele esclareceu. - Meu nome. Você perguntou quem eu sou, meu nome é Luke.
-Nunca ouvi falar em nenhum Luke Castellan em Elysian. - A Ruiva respondeu, séria. - Como me encontrou, Luke?
-Você quem me atropelou. E estou em desvantagem. Qual seu nome?
A ruiva pôs a mão sobre a de Luke, mas ele continuou agarrando o punhal contra a garganta dela, firme.
-Você queria me sequestrar e nem sabe meu nome?
-Eu não queria sequestrar você. É… Complicado. Mas eu tenho quase certeza de que você precisa vir comigo. - Luke respondeu, dando de ombros. - Quero um nome, Senhorita…?
-Holt. - Ela respondeu, dando de ombros. - Me chamo Thalassa Holt, mas meus amigos me chamam de Lassie.
Luke ergueu as sobrancelhas, surpreso.
-Lassie? Tipo o cachor…?
Thalassa conseguiu aproveitar o microsegundo de distração e puxou a faca da mão de Luke, cortando a pele dele. Luke xingou e apertou o ferimento, reparando que Thalassa simplesmente saiu correndo de perto dele, como as almas fugiam do Cérbero, no Submundo.
Thalassa… Luke conhecia aquela palavra. Era grega. E era uma das primeiras personificações gregas dos Oceanos. Se ela não era o tesouro que Luke procurava, ele estava ficando maluco.
Segundos depois, Luke saiu em disparada. Thalassa era rápida, mas ele era um filho de Hermes e, segundos depois, os dois estavam rolando na areia novamente, até Luke prender Thalassa embaixo dele, com pernas e mãos, apesar da garota se debater.
Luke não fazia ideia do que os Mortais estavam vendo através da névoa, mas sabia que não haviam muitos prestando atenção neles, apesar da praia estar um pouco movimentada.
-Para de se debater, garota! - Luke arriscou soltar uma das mãos dela e por na sua boca, mas ela o mordeu, então Luke gritou.- Deixa de ser idiota, Caramba!
-Idiota? Você quer me sequestrar e eu que sou idiota? Eu já disse que não vou voltar para as Ilhas enquanto não achar minha mãe!
Luke hesitou, confuso.
-Eu não quero te levar para Ilha nenhuma, sua pirada! Você é a minha missão e preciso te levar para o Acampamento…
No entanto, o som de algo bem raivoso chamou a atenção de Luke e de Thalassa. Não era exagero algum dizer que todo o sangue do rosto de ambos se esvaiu quando, ao encararem o mar, viram sair de dentro dele uma enorme Serpente marinha, com exatas seis cabeças, cada qual contendo bocas enormes e cheias de dentes.
-Aí, Meus Deuses! -Thalassa exclamou, aflita. - Isso é a Hidra?
-É… - Luke respondeu, com a voz fraca. -Thalassa… Eu acho melhor você correr como se não houvesse amanhã!
E assim, tanto Luke, quanto Thalassa simplesmente saíram correndo, desesperados, para bem longe da praia, sem perceber que o monstro havia voltado para debaixo d'água quase que instantaneamente.
Oiie, Pessoal! ❤️
Tudo bem com vocês?
Nossa, mas eu tô muito empolgada com essa fanfic e esse foi um dos capítulos que eu mais amei escrever, de verdade!
E sim, foi muito rapidinho que o Luke achou a Thalassa, mas lembrem-se: Os deuses queriam que ela fosse achada bem rápido, então deram uma ajudinha
Ai, aí... Esse Dionísio muito certeiro e esse Mar meio revolto, né, gente?
Bem, espero que vocês tenham gostado! Em breve, os próximos estão vindo!
Beijos 💋 💋
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