Primeira punição
Olá a todas (os). Mais um capítulo pra vocês. E como disse em uma mensagem,Thranduil vai começar a ir atrás da justiça, começando com quem ajudou Amarië. Então vamos lá ? Capítulo está sem revisão .
BOA LEITURA
Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos. Quando acordei hoje de manhã, eu sabia quem eu era, mas acho que já mudei muitas vezes desde então. A vida é uma tempestade (...) Um dia você está tomando sol e no dia seguinte o mar te lança contra as rochas.
(Autor desconhecido)
Thranduil
Terminamos o chá e nos dirigimos até o grande salão. Legolas malika e Gaërys se dirigiram até a sala onde estavam os nossos tronos. Me sentei na cadeira, cruzei as pernas os olhando. Era nítida a dor em cada movimento deles olhando o trono da mãe. Serena foi uma mãe exemplar, desde pequenos os filhos tiveram ela junto a eles. Os três tinham suas babás, mas ela sempre acordava e já ia vê_los. Tirava uma parte da tarde para eles. E eles não dormiam sem antes ela lhes dar um boa noite. Durante a manhã e a noite eu sempre estava junto, somente a tarde não ficava junto a eles. Era exigência dela a minha presença de manhã e a noite. E era a única que eu obedecia, ela foi uma rainha enérgica mas doce sempre com todos. Aryel e Ammë se sentaram próximo a mim também os observando. Olhei Ammë e seus olhos encontraram os meus. Era impossível na atualidade ficar bravo com ela. Mas o que ela tinha na cabeça ? Aliás... Ambas?
__ Ela só queria sua felicidade íon. Franzi a sobrancelha; aqueles anos fez Ammë me conhecer muito mais, e eu a ela.
__ Me liberando para outra mulher? Ou uma elfa? Vocês duas já haviam escolhido quem seria? Quando vai me apresentar ela Ammë ? Ela está por aqui? Vi Aryel dar um leve sorriso. E Ammë o cutucar séria.
__ Íon para com isso. Me endireitei no sofá a encarando.
__ A senhora melhor que ninguém deveria ter tirado isso da cabeça de Serena, Mas não, pelo jeito não, não é ? Você a incentivou, ao ponto de ela falar com os filhos, porque Ammë? Eu quis saber, os olhos de minha mãe estava tristes. Ela amava serena. As duas viviam juntas no castelo ou fora dele sempre resolvendo as coisas. O que tanto aquelas duas conversavam eu nunca sabia, mas agora, já tinha ideia do porque as vezes quando eu chegava elas paravam. Eu sabia que Ammë tinha medo de algumas coisas, inclusive...
_ Eu não vou virar um Orofer na vida Ammë, se é isso que a preocupa. Fique tranquila quanto a isso.
__ Eu sei. Porém... Ela se levantou e se sentou ao meu lado, me endireitei melhor na poltrona e ela segurou minha mão. __ É uma eternidade pra ficar ...
__ Na solidão? Olha para aquele trono? Ela o fez. __ Acha que ficarei solitário?
__ São seus filhos. Um dia criam asas e voam.
__ Voarei o voo deles. E depois
Teremos mais crianças nesse castelo Ammë . Eles podem formar família nos dar um castelo cheio de netos e bisnetos. Mas não esperem mais isso de mim. Eu já tive a minha porção de felicidade. E agora são eles que serão meu alento, minha paz, eles que me darão felicidade.
__ Depois que nos casamos, vemos um outro lado da vida. Você acha que vai conseguir ficar.... Ah você sabe. Ri irônico.
__ Por anos me achei impotente, até uma humana me tirar do eixo. Não sei o dia de amanhã Ammë. Mas não me vejo com outro alguém. Não mais.
__ E tão novo íon. Precisa de alguém pra conversar, desabafar, Não se vive sozinho. Ainda mais sendo um rei
__ Não viverei. Tenho meus afazeres justamente por ser rei. Tenho meus filhos. Tenho meu pai que me mantém sempre ocupado e a senhora pra me atazanar. O que acha? Ela deu um tapa em meu braço chamando a atenção dos três.
__ Não fale assim comigo, sou sua mãe. Eu só quero seu bem. Eles se aproximaram e Ammë se levantou e foi até junto de Aryel e os três sentaram próximo a mim.
__ O que houve pai? Disse Malika se aconchegando em meu peito.
__ Nada filha. Eu tenho o dom de tirar sua vó do sério. A abracei e pisquei para os outros dois, que sorriram.
O restante da noite foi de conversa amena, tranquila, onde os três falaram da mãe, de cada momento, era doloroso ouvir tudo aquilo, sem ela ali. Pois sempre que falavam ela estava presente e sempre ficava sem jeito quando os filhos contava suas histórias. Agora não haveria mais aquelas risadas maravilhosas e o encanto de suas expressões.
O quanto ela sonhou em ver os filhos adultos, casarem, terem seus filhos, o sonho de ver os netos. Agora ela não mais estaria ali. Logo nos recolhemos fui até o quarto de cada um sem me demorar em nenhum, eu precisava de minha solidão. Entrei em meu quarto. Precisava me acostumar a estar sem ela.
O quarto ainda continha o cheiro dela. Do perfume que quebrei. Eu não queria esquecer um minuto daquela fragrância, e o cheiro de sua pele tão distinto. Amava sua essência. Ela tinha sua graça sem precisar de adornos. Sua beleza natural que só expandida com jóias e perfumes. Como esquecer ? Não tinha como. Os ensinamentos que tive, me deram a ampla certeza que jamais me sentiria vivo novamente para outro alguém. Pois Serena estava eternizada em cada parte da minha vida, em todo meu corpo que sentiu cada toque dela, em cada parte de minha alma, que se fundiu a dela. Tirei a roupa e me deitei, puxando seu travesseiro o abraçando. Logo adormeci
SONHOS
O lugar que eu estava não cheirava bem. Aliás fedia. Jamais estive em um lugar tão podre. Olhei em volta. Pássaros mortos. Animais já em decomposição . Que lugar era aquele ?
__ Esse lugar me pertence rei Thranduil. Olhei para onde ouvi aquela voz. A raiva me atingiu. Seu sorriso de lado e cínico evidente. Eu não conseguia sair do lugar, a vontade de chegar perto e esganar , mas ao mesmo tempo estava paralisado. Ela de aproximou para mim era como ver uma cobra rastejando. Traiçoeira pronta para o bote.
__ Eu mando aqui. Aqui você e só mais um que cai em minha rede majestade.
__ Jamais. Ela gargalhou e se aproximou mais. Ergueu as mãos passando sobre meu peito , senti asco, nojo, mas não conseguia reagir. Não conseguia me mover.
__ Vê. Aqui vai fazer o que eu quiser. Vou trazer você até mim. Vou fazer de você meu capacho. Meu elfo. Finalmente será meu.
__ Nunca Amarië . Nunca.
__ Sim. Será meu majestade. Irei tirar seus filhos e sua mulher de sua mente . Farei que nunca se lembre deles. Farei que volte a ser aquele rei frio e insensível , eu serei a sua mulher. E Legolas poderá ser nosso filho, mesmo agora adulto. Sabe que tenho um carinho por ele.
__ Carinho? Nunca demonstrou nada a ele, a não ser quando queria me agradar.
__ Meros detalhes. Mas tenho sim carinho por ele. Ela passou as mãos sobre a marca que deixou em meu rosto.
__ Verá, será meu enfim. Será só meu como sempre desejei. Seu toque na marca a fez começar a esquentar, a doer. Fechei os olhos.
__ Prefiro a morte.
__ Te darei se quiser majestade, mas após ser meu. Aí te mato com gosto. A escuridão me consumiu.
Acordei e me sentei na cama, sentindo um amargor na boca. Minha face estava queimando. Que sonho maluco foi aquele? Me levantei sentindo uma dor e angústia no peito. Uma sensação amarga e cheia de dissabor. Fui até o banheiro ficando nú, entrei na banheira a água fria, ainda era cedo para trocarem a água, mas eu não me importei da água gelada. Mergulhei na banheira pra ver se aquela queimação no rosto passava. Fiquei um tempo até emergir novamente. A queimação parecia ter dimuido mas a dor estava lá. Sai da banheira e peguei a toalha me enxugando. Aquilo foi real demais pra ser um sonho. Aquela maldita agora ia entrar em meus sonhos?. Em minha mente? Como era possível aquilo? Jamais cederia a ela, jamais. Me mataria antes. Coloquei a calça o sobretudo e o manto azul. Ouvi uma batida na porta.
__ O que foi? A aspereza na voz me fez ficar em alerta. Eu jamais fui rude com meus soldados.
__ Majestade. As pessoas que o senhor mandou trazer, já estão aqui. Ouvi o guarda lá de fora. A raiva emergiu e me olhei no espelho. Os governantes da aldeia ao sul. Fiquei olhando no espelho um tempo. A marca estava nítida sobre o espelho. Ia conviver com aquela queimadura pela eternidade? Aquela marca deixada por Amarië era o responsável pelos meus sonhos de agora a pouco? Era algo dela encravada em minha pele, em meu corpo. Não gostei do que senti no sonho. Era uma impotência sem igual. Suspirei, Segundo Elrond talvez aquela marca sumisse quando encontrássemos Amarië . Ou talvez quando eu partisse daquelas terras. Partir como? Eu só conhecia aquele lugar, terras abençoadas jamais fizeram parte de meus pensamentos.
__ Mande esperarem no salão . Já subo. Respondi o guarda.
__ Sim majestade. Senti como se meus sentidos estivessem sumindo. Era como se algo estivesse forçando minha mente para tudo dentro dela desaparecer. O que ela disse no sonho? Me faria esquecer de meus filhos. De minha esposa? Olhei o quadro ao lado da minha família e o peguei, aproximando de meu peito. Olhei para o teto do castelo. __ Não permitam, Por Eru não posso jamais esquecer de tudo que conquistei. Olhei o quadro passando o polegar sobre o rosto dela e de meus filhos. __ Não posso jamais esquecer de você amor e de nossos filhos. Não quero aquele mundo sombrio de novo. Aquilo não é vida, é uma morte em vida cheia de amargor.
__ Pai abre a porta. A voz de Malika soou do lado de fora. Até parecia desesperada. Coloquei o quadro ao lado. Senti uma raiva fora do comum. Uma raiva que não era normal eu sentir. Coloquei a mão na cabeça sentindo ela doer e zumbir. Uma dor fora do padrão. Não poderia ver minha filha daquela maneira.
__ Malika sobe e fica com sua vó, agora não vou lhe atender.
__ Não. Pai abra a porta ela esmurrava a porta, e eu não aguentei a sua insistência, o barulho da porta sendo quase esmurrada me fez estremecer de raiva. "Menina insolente". Fui até a porta e abri a vontade grande de falar um monte, mal abri a porta ela entrou e me abraçou pela cintura . Do nada a raiva sumiu, aquele peso na cabeça desapareceu e meus sentidos e pensamentos voltarem a ordem. O que significou aquilo?
__ Eu tô aqui pai. Nada e nem ninguém vai tirar o senhor da gente . A abracei. O que aconteceu ali? Eu pensei realmente em chingar minha própria filha,?
__ Ela não vai tirar o senhor da gente eu juro. Eu segurei seu rosto. Olhando seus olhos.
__ Por Eru Yeldë, eu amo demais vocês, só de imaginar fazendo algo de mal a meus filhos, já me deixa louco. Ninguém vai me tirar de vcs. Que história é essa?
__ Não vamos permitir pai. Não vamos. Vamos vencer ela e tudo de mal que ela quer nos trazer. Ela me abraçou forte e eu abracei. Ela se referia a Amarië? Após uns minutos ali eu a soltei e a olhei. Acariciei seu rosto. Eu tinha que subir. Tinha que ver aqueles homens, falar com eles. Fazer o que tinha que ser feito. O tempo era nosso outro inimigo. Eu precisava começar a procurar por aquela elfa, eu não ia descansar até conseguir.
__ Fica com sua vó sim? Tenho um compromisso agora. Depois conversamos, não esperem por mim no café da manhã sim?
__ Vai ficar bem pai? Sorri segurando seu queixo.
__ Vou. Te prometo . Eu estou bem. Lhe dei um beijo no rosto e ela se agarrou a meu pescoço me abraçando e me beijando.
__ Te amo Ada. Me deu um beijo de novo e depois saiu. Suspirei. Sem dúvida aqueles três eram minha benção. Subi até o salão.
Olhei aqueles três homens e mais três casais que os acompanhava. Vi no olhar do casal curiosidade e também medo. Já dos homens... Indiferença e ódio.
__ Porque pediu pra nos trazer aqui. Disse um deles com raiva. __ Somos muito ocupados. Eu o olhei devolvendo o mesmo olhar
__ Não pedi. Mandei. Eu também sou muito ocupado, e olha só... Gesticulei na direção dele todos. __ Estou aqui tendo que falar com vocês ironia não? E ainda bem que vieram sem precisar usar de violência , pois se o fizessem, nem vocês e nem os casais ao seu lado poderiam estar vivos agora. O olhar que me lançaram todos eles já se modificou. Não havia mais desafio. E sim receio.
__ Não faria nada a nossa aldeia. Nada lhes fizemos. Me aproximei daquele homem, sua barba enorme, suas mãos que a todo momento gesticulava como se só soubesse dar ordem e não recebesse nenhuma, seu olhar de pouco caso, um mortal sem sombra de dúvidas mesquinhos arrogante e sem nenhum pudor.
__ Vocês deram passagem a alguém pela aldeia que governam. As aldeias em volta da floresta estão quase destruídas. Vai levar tempo até se reconstruirem, já a aldeia de vcs..
__ Se não fizéssemos isso seria o mesmo destino das outras. Me aproximei mais deles, ficando bem próximos.
__ Todas as aldeias que sofreram o ataque daquela víbora, terão minha ajuda para se reerguer sabe porque? Porque se negaram a ajudar_la. Já vocês...
__ Estamos vivos.. todos. A raiva me atingiu. Todos estavam vivos menos a minha esposa, menos minha mulher. O olhei da mesma maneira que ele me olhava, sua ironia me enchendo de desprezo. A ironia dele era o que tanto eu esperava. Eu tirei uma faca da cintura. A levei até sua garganta.
__ Vamos mudar isso. Todos estavam... vivos... Passei a faca sobre sua garganta sem sequer haver reação daquele ser desprezível. O grito das mulheres e o espanto no rosto de todos não me passou despercebido. Seu corpo caiu no chão o sangue escorrendo. Seu olhar arregalado e as mãos sobre a garganta. __ Vê? Agora você e mais um a dar adeus a esse mundo. Olhei um dos soldados e ele entendeu, junto a outro se aproximaram e puxaram o corpo dele.
__ Não tenham dó. Retire esse verme daqui e jogue próximo a aldeia dele. Eles o fizeram o tirando do salão, o sangue escorrendo deixando uma trilha sobre o chão. __ E seu sangue ainda vai dar trabalho pra tirar, olha que porcaria minha governanta tera que limpar. Disse irritado. Olhei os outros.
__ Joguem ao sul próximo a saída da floresta. Os monstros que um dia me atacaram naquele lugar vão adorar come_lo. Guardei a faca e a indiferença me atingiu ao olhar eles. Parei a frente deles lançando o olhar mais frio que eu poderia lançar. Misericórdia era algo que nunca esteve em meu vocabulário enquanto sozinho governava. Não teria mais nenhuma até ter o sangue de todos em minhas mãos e a cabeça de Amarië em uma bandeja como dizia Gaërys, talvez assim... Só assim... Eu me sentisse melhor.
__ Será que agora um de vcs dois vão começar a me contar como a ajudaram? Onde se encontraram antes para planejarem o ataque a minha floresta ? Ao meu castelo? Ataque que originou no ferimento de pessoas muito próximas a mim, e principalmente... Fiquei cara a cara com um deles. __ Na morte de minha esposa ? Eles arregalaram os olhos.
__ Não sabíamos alteza. Trinquei os dentes.
__ Alguns de vocês humanos são tão desprezíveis ... Não se diz alteza a um rei. Se diz.. majestade. E o que vcs não sabiam ?
__ Ela ...ela só disse.... Que nos daria a floresta. Em troca de nossa ajuda pra entrar aqui. Franzi o olhando.
__ E pra quê, pelos Valar, vcs precisam dessa floresta pode me dizer? Seus olhos já eram de puro medo. Ele ficou branco e então minhas suspeitas se confirmaram.
__ Uma floresta pra vocês destruírem. Para a colocarem no chão? Segurei seu rosto meus dedos cravarem em seu queixo o fazendo gemer. O outro quis se aproximar e foi contido por um dos guardas. __ Acaso passou pela sua cabeça que ela poderia destruir tudo e não deixar nada a vocês ?
__ Ela não faria isso. Eu trinquei os dentes novamente o olhando a fúria me consumindo, apertei mais seu queixo ficando vermelho o local.
__ Não? Se ela entrou aqui, se fez o estrago que fez, em um lugar que existe um exercito já preparado para enfrentar criaturas como ela, o que acha que ela faria com vocês depois? Acha mesmo que alguém como ela iria deixar vocês viverem livremente ? Pois eu digo... não. Não deixaria. Vocês são moscas que ela se serve e depois mata. Vocês vão pagar pelo que deixaram ela fazer. Sua aldeia não será punida, mas não terão mais acesso a minha floresta. Vou fazer com que aja um recuo enorme de nossa fronteira, não haverá frutos e nem folhas para vocês no sul. Terão que andar léguas até os alimentos. Daqui nada mais irão tirar. Nem um grão de areia, nem uma folha do chão. Soltei seu rosto e ele deu um gemido. A raiva dele não me causou medo. Olhei os casais ali presentes.
__ E quem ousar me desafiar de novo, pagará com a vida, igual aquele verme que foi tirado daqui. Olhei os guardas que se aproximaram dos dois, os segurando. A raiva deles dando lugar ao receio do desconhecido.__ Se o fizerem serão punidos, igual a vocês dois serão agora. Dei as costas a eles olhando para meu trono. Um choque me atingiu ao olhar e não ver o trono de Serena.
Mandar tirar era uma coisa, mas ver aquele local sem seu trono só aumentou o vazio dentro de mim. Eu estava cego de raiva, de ódio. Se olhasse para aqueles miseráveis eu ia os matar também, as palavras de Aryel voltaram a minha mente. "A morte é absolvição e não punição". fechei os olhos tentando me segurar. __ A partir de hoje a casa de vocês será minhas celas. Ninguém ouvirá nem a respiração de vocês quanto mais seus gritos, a não ser meus soldados é claro, que irão levar a vocês o que comer e beber. Não terão privilégios algum aqui, até que a carcaça humana de vocês apodreça e vocês morram sem sequer a chance de despedir dos seus.
__Nao pode fazer isso conosco. Somos líderes de nossa aldeia. Suas palavras só me deram mais asco, mais fúria. Líderes que tem a morte jamais pode ser chamado de líder. Não ousei sequer olha_los. Eles e nada era a mesma coisa naquele momento a mim.
__ Seus amigos ai presente irão até a aldeia e dirão justamente o que houve aqui. Eles poderão pleitear uma eleição em sua aldeia pra novos líderes. Enfim me virei e aproximei dos casais que deram um leve recuo. __ Mas que vá uma advertência junto a vocês. Se algo vier daquela aldeia novamente, eu mesmo irei até lá e acabarei com todos vocês. E assim como vocês não se importaram em nenhum momento em saber do porque da pessoa aqui querer entrar, e ela entrar matando soldados mulheres e crianças, eu também não terei dó, irei exterminar aquela aldeia inteira, sem sequer me importar com quem mora e vive lá, estamos entendidos ? Eles apenas balançaram as cabeças. Olhei os guardas;
__ Acompanhem esses casais até a saída da floresta. Aumente o recuo e afastamento da floresta no setor Sul, mantenham guardas ocultos nas proximidades, que ninguém se aproxime a pelo menos uma légua da floresta. Se acaso ocorrer? Olhei os três casais:
__ Matem. Sem piedade. Seus olhos esbugalhados me deram a certeza de mostrar a eles que nada havia de gentileza. De minha parte poderiam morrer a míngua.
__ Levem todos. Eles pras celas. Mostrei os dois homens que foram arrastados pelos guardas. __ E os casais aqui. Os olhei. __Para suas casas. Sumam da minha frente antes que eu mude de ideia. Me virei saindo dali. A partir de agora somente devolveria o que recebesse. Nada mais. Passei feito um furacão por toda a extensão do corredor do castelo. Algo estava me sufocando. Eu saí pelos fundos do castelo descendo o corredor de pedras úmidas. Ali abaixo muitas vezes desci. Antes sozinho, e depois...
Parei vendo o rio que fluía. Fiquei olhando a água que mansamente atravessava aquela parte do castelo. Olhei a frente onde havia uma cachoeira.
A cachoeira era um lugar que guardava lembranças doces e tranquilas. Muitas vezes descemos Serena e eu, outras vezes com nossos filhos e até Ammë e Aryel fazendo piqueniques. Eu não conseguiria ir até lá. Não agora. Estava inquieto. Sentindo uma angústia que jamais senti. Tirei o manto e ergui um pouco a calça e me sentei no chão úmido.
Dobrei as pernas as enlaçando. Senti meus olhos úmidos.
__ Que falta está me fazendo amor. Que dor absurda é essa? Minha alma estava despedaçada. Eu sabia que ir atrás daquela elfa por mais justiça que houvesse nessa busca, muito não voltariam, eu também poderia não voltar. Eu não ligava, não para o que aconteceria a mim, mas eu precisava de todos que pudesse nessa busca. Ao mesmo tempo que sabia que iria atrás de justiça, me atormentava o fato de muitas vidas poderem ser dizimadas. Mais vidas destruídas. Mais famílias despedaçadas. Eu estava agindo certo? Até mesmo meus filhos eu poderia perder. Pois sabia que teria que leva_los. Eles não iam sossegar se ficassem pra trás. E aquilo me agoniava. Não suportaria perder qualquer um deles. Ou derepente até...
Eu era rei daquela floresta, me tornei rei, sem nem ao menos ter ajuda e preparo do próprio rei. Eu era o Thranduil que Aryel moldou, e depois se fez sozinho. O Thranduil que jamais teve medo ou receio de nada, até conhecer uma humana, e desde então redescobrir um filho. Se apaixonar, ter filhos, e ver o mundo perfeito desmoronar por uma elfa que jamais teve amor. Qual a diferença dela pra mim? Talvez a minha salvação tenha sido Serena. Ouvi passos e me levantei, peguei o manto e me recompus, me virei e Aryel apareceu.
__ Desculpe, não queria incomodar, mas é necessário.
__ Vai me condenar pelo que fiz?
__ Não. Está no seu direito. Não e por isso que estou aqui.
__ O que houve ?
__ Mestre Elrond está aí. Me aproximei dele. __ Rápido assim?
__ Ele estava aguardando umas respostas aqui por perto. Ele não foi para Rivendel. Ele disse que tem muito que lhe dizer.
__ Vamos. Quero ouvir. Saímos dali em direção ao salão do castelo. Seja lá o que ele dissesse, algo me dizia que já poderíamos nos preparar para a busca e apreensão daquela homicida.
E assim termina mais um. Se alguém tiver dicas, e quiser me passar, sobre como seria a perseguição e justiça na captura a Amarië, estou aceitando sugestões e até alguns palpites de como seria essa mini guerra. Podem falar nas mensagens ou deixar seu watzap pra eu adicionar. Sabem que sou péssima em guerra e qualquer ajuda e bem vinda. Até mais meus amores. 😻😻😍🥰🥰🥰🥰
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