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Impossível de Evitar

"Sem essa de 'amar demais machuca'. O que dói é amar sozinho."


— É verdade que em algumas partes do seu país há sempre neve? Você voou sobre o Pólo? Não é escuro, lá, bem no norte?

Rindo, ela tentou responder suas perguntas, assim como as dos outros dançarinos e atores estrangeiros, que se interessaram pela conversa. Houve um coro de exclamações enquanto descrevia as estrelas brilhantes de Quebec. Elizabeth exagerou um pouco, fazendo com que sua viagem parecesse emocionante, e não solitária e longa.

Depois de contar mais coisas, percebeu que o grupo só estava brincando com ela.

Eram todos viajantes experimentados. O interesse por sua viagem era apenas uma proposta de amizade.

Elizabeth, ao contrário, tinha uma grande curiosidade sobre a Iugoslávia. Assim, inverteu os papéis e começou a perguntar.

Em vez de responder diretamente. Lorenzzo apontava os diversos passageiros e ada um falava da região onde tinha nascido. O avião estava lotado e a atmosfera informal, todo mundo conversando com todo mundo, andando quando puderam tirar os cintos e avisando a aeromoça que o queijo da Sérvia era muito mais gostoso do que essa massa eslovena que haviam servido. Alguns ainda gritavam em alto e bom som, que o rum deles também era extremamente melhor.

— Está escutando? — Disse Lorenzzo. — Esses sérvios pensam que são os bons. Os eslovenos é que não são cultos. Os croatas, que podem mandar em todos nós. Os montenegrinos... — E cutucou um homem a seu lado — pensam que...

O vizinho interrompeu.

— Nós não pensamos, meu caro Lorenzzo, nós sabemos que somos, os lutadores mais fortes e os mais orgulhosos. É porque somos das montanhas.

— Que nada! Sou de Sarajevo e somos guerreiros mais orgulhosos ainda.

— Esquecem os macedônios! — Gritou uma voz lá de trás ficando de pé e mostrando os punhos.

O fim dessa rivalidade brincalhona Elizabeth nunca soube, pois o avião estava chegando em ao destino. Apesar de toda a datilografia e leitura, descobriu que só tinha uma idéia muito vaga de como o país era diferente e interessante.

— Tudo a seu tempo!... — Disse, baixinho, repetindo o conselho que a tia Francesca costumava lhe dar.

— Srta. Elizabeth O"Donnell?

Mal tinha acabado de entrar no saguão do aeroporto, quando ouviu que a chamavam. Virou-se para uma mulher de uns vinte e cinco anos, bonita e elegante.

Que beleza! Foi a primeira impressão de Elizabeth. Estava bem vestida e sua voz era de contralto com forte sotaque. A maioria das pessoas do aeroporto carregava cestas, arrebanhava crianças cansadas, procurava bagagens. Todo mundo atrapalhado. Natasha Stankovie estava calma, segura e com domínio completo da situação.

Elizabeth sorriu, desajeitada, consciente do contraste entre as duas. Depois de usar a mesma roupa durante mais de vinte e quatro horas, devia estar com péssima aparência. Por um momento sentiu-se mal por ter falado tanto no avião. Devia, pelo menos, ter penteado os cabelos. Refrescado um pouco o seu rosto e feito uma leve maquiagem.

— Ficamos satisfeitos por ver que não houve nada com o avião. — Disse Natasha. — A viagem foi sem solavancos? Sem turbulência, como vocês dizem? — A mulher olhou para ela, com esperança, de ter dito a palavra certa.

Elizabeth sorriu; dessa vez, um verdadeiro sorriso. Natasha Stankovie podia ser alta, sofisticada e elegante, mas teve certeza de que iam ser amigas. Para sempre.

— Meu irmão mais velho. — Apresentou Natasha.

Era um homem simpático, bem vestido e fino. Antes que Elizabeth pudesse cumprimentar, ele pegou-lhe a mão direita, levou-a aos lábios e sua barba por fazer roçou-lhe a pele. A mão dela tinha sido beijada, como nos livros.

— Tenha cuidado, srta. O"Donnell. Meu irmão é um romântico incurável e acha o Canadá o país mais maravilhoso do mundo.

Elizabeth quase disse que estava pronta para também achar a Iugoslávia o mais maravilhoso dos países, quando o homem simpático lhe ofereceu um ramo de rosas coloridas como boas-vindas.

Podia ver Lorenzzo, rodeado de amigos, olhando em sua direção e mandando-lhe um beijo na ponta do dedo. Se era essa ou não a família Stankovie de quem ele tinha ouvido falar, Elizabeth não sabia, mas descobriu que eram gente respeitada na Iugoslávia. Enquanto outros passageiros esperavam na fila, tudo foi resolvido imediatamente para ela.

Ao se dirigirem para o carro, a bagagem apareceu no porta-malas, como num passe de mágica. Se Lydia a visse agora! Um carro blindado novinho em folha, com estofamento macio, do melhor couro. Será que tia Francesca já tinha visto um carro desses?

— Está confortável, Elizabeth?

Aparentemente, Natasha não esperava resposta, porque pôs o carro em movimento, imediatamente.

Pela primeira, e não pela última vez, Elizabeth agradeceu a Deus pelo fato de o carro ser forte, pois ela guiava como se estivesse na proa de um pequeno cruzador de guerra e cada esquina fosse um inimigo em potencial.

— Estaremos fora da cidade, logo, logo. Não se preocupe!...

Elizabeth suspirou, aliviada. Na estrada, correriam menos risco de dar uma trombada ou de atropelar alguém. Por que Natasha dirigia daquela maneira era um mistério para Elizabeth.

— Está cansada? — Perguntou a outra, ao ouvir seu suspiro.

Cansada? Sacudiu a cabeça. Como poderia estar, se pareciam em duelo com a morte a cada minuto? O modo como Natasha desviava, ultrapassava e desafiava cada carro estava lhe dando calafrios! No mínimo o seu espírito tinha ficado no aeroporto aonde era mais seguro. Olhar para os cabelos? Nunca! Aquilo era o menos preocupante agora.

Elizabeth segurava a alça do carro com toda força e pedia a Deus para não morrer tão cedo. Sua respiração estava presa sobre os pulmões que começavam a dor.

— Estamos atrasadas? — Conseguiu perguntar.

— Não, não. Mas está escuro. Não podemos ver a paisagem. Para que ficar como lesmas no asfalto quente?

Elizabeth olhou para o irmão de Natasha, que não parecia nem um pouco assustado, mas lembrou-se de que tinha estado na guerra e que a morte podia não significar nada para ele. Pois o mesmo parecia estar quase cochilando no bando da frente.

— Natasha, conte-me alguma coisa sobre você.

Queria distrair a outra, mas a tentativa fracassou. Natasha continuou correndo como um piloto de Fórmula 1, e, sem perder a pose, começou a bancar o guia turístico. Mostrou as Cavernas Postoyna.

— Uma de nossas heranças nacionais mais interessantes. Grandes cavernas. Meu irmão passou muito tempo nelas, durante a guerra. Agora, os alemães vêm como turistas e gostamos deles. É engraçado, não? Fazemos turistas onde muitos perderam suas vidas, essas terras já foram banhadas pelo vermelho do sangue de nossos irmãos e inimigos, hoje fazemos pequiniques juntos nesses lugares. Apontoou para a escuridão.

Elizabeth ficou imaginando o que seriam aquelas luzes nas montanhas. Natasha explicou que eram castelos e que, junto de cada um, havia um templo.

Passaram voando por alguns vilarejos, correram sobre pontes, aparentemente novas. Pois Elizabeth não conseguia ver nada, a não ser o perfil das florestas, onde, informou Natasha, cresciam cinquenta variedades de cogumelos. Alguns de sabor incomparável e outros extremamente venenosos. Não podia acreditar que a outra, tão ativa, conseguisse parar para colher cogumelos...

Elizabeth achou que tinha cochilado, pois a paisagem mudou de uma curva para outra de repente. Transformou-se em uma grande fila de tráfego que levava a uma cidade grande, dominada pelo porto com dezenas de navios ancorados. Na luz da tarde, podia ver as montanhas salpicadas de construções modernas, mas a alma da cidade Milica era o porto. Iluminado e ativo mesmo à noite, abrigava navios de todo tamanho e, como explicou Oliver Stankovie. sob todas as bandeiras.

Natasha foi obrigada a diminuir a velocidade por causa do trânsito congestionado.

— Um dia, Ellyus traz você aqui. É bom sentar nos cafés e ver o povo, sabe descobrir a sua cultura.

Elizabeth concordou. Apesar de não compartilhar o otimismo de Natasha de que Ellyus pararia de trabalhar para levá-la a Milica numa tarde agradável, pensou em ir sozinha, quando pudesse.

Por instinto ou habilidade, Natasha escapou de virar no chão um carrinho cheio de legumes. Gritou umas desculpas e parou o carro numa vaga onde, em tese, não caberia.

Agora, atravessariam um pedaço do Adriático, em direção a ilha onde os Stankovie moravam.

O barco que os levou era moderno, limpo e eficiente como a maioria dos passageiros. Alguns estavam vestidos como camponeses. Outros carregavam gaiolas de vime com galinhas. Oliver Stankovie foi até o barzinho e pediu três slivovitz.

— Não, Oliver. Um slivovitz e dois iurska kava.

— Mas, são as boas-vindas ao país! — Ele protestou.

— Oliver toma esse slivovitz desde que era pequeno, sentado no colo da nossa mãe. Eu sou uma iugoslava orgulhosa, mas acho que é uma bebida horrível! Super potente, como vocês dizem. Nossos ancestrais diziam que deveríamos tomar isso para não congelar até os ossos.

Apesar do turska kava ser muito menos potente do que aquilo que Oliver Stankovie bebeu de um gole só, era o café mais doce e forte que Elizabeth já tinha tomado em toda a sua vida. Aninhando a xícara nas mãos, imaginou que devia ser preparado com tanto açúcar quanto café. Bebendo devagar, escutava a descrição detalhada da ilha onde moraria pelo menos durante um mês. Caso não houvesse nenhum atraso nas gravações iniciais.

Entre o conforto do barco e o calor do café, os olhos de Elizabeth se fecharam e. sua cabeça tombou. Oliver Stankovie se aproximou e, com ternura, arrumou a cabeça dela em seu ombro, onde ela dormiu como um bebê. Natasha sorriu para o irmão e começaram a conversar baixinho. Assim, Elizabeth não viu a partida de Milica e perdeu sua primeira viagem pelo Adriático.

1585 Palavras

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