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Capítulo 60 - Tudo o que precisa ser dito I.

Simon estava preocupado com as reservas do navio, Victhor ainda não havia voltado da dispensa e ele resolveu checar se estava tudo bem. Desceu as escadas fazendo barulho com as botas, ele era grande e pesado e a não ser que não quisesse, por onde passava fazia bastante barulho. Pelas coordenadas passadas pelo Capitão Soo Yang logo chegariam ao local onde Lantis deveria fazer o que quer que fosse e Simon queria ter certeza que logo depois daquilo eles poderiam partir para a Ilha Esmeralda o mais depressa possível.

"Quando ver Ana, tenho certeza que ela irá ficar muito feliz." – Ele pensava. "Imagino que seus cabelos já passem da cintura agora, ela deve estar tão linda!"

E ele teria continuado seus pensamentos sobre Ana que vivia na Ilha se não fosse a cena que viu logo que entrou na dispensa.

Se houvesse algum modo de apagar memórias, Simon certamente não se importaria com o procedimento que fosse, ele iria querer. Ele viu as costas nuas de Victhor com os braços de Will atracados em seu pescoço havia marcas vermelhas em sua clavícula, a bunda do amigo de tantos anos estava muito exposta e se Simon tivesse chegado um pouco mais perto poderia ver também a de Will sendo segurada por duas mãos delicadas que mal tinham calos. Se os dois perceberam que ele estava ali, não se importaram porque continuaram fazendo como se estivessem em uma cama de plumas, havia o som das costas de Will batendo na madeira do navio e das arfadas satisfeitas de Victhor. Simon deu um passo para trás tapando os ouvidos, iria ter pesadelos com os gemidos de Will, com certeza. Mais tarde ele teria uma conversa muito séria com Victhor sobre os lugares que ele usa para seus prazeres, definitivamente a dispensa não era o local mais indicado, os sacos de batatas poderiam concordar com Simon se lhes fosse dado a chance. No entanto, Simon teve sorte, se tivesse chegado um pouco depois teria visto a perna esquerda de Will sendo erguida por Victhor - para facilitar a passagem e a cena o deixaria com pesadelos por algumas noites, não é todo mundo que tem apreço em ver o amigo transando.

Simon subia para ao convéns, voltou o mais silencioso que pode e fechou a porta que dava ao corredor da dispensa, pouparia outros de verem as intimidades de Vichtor e Will, de lá rumou para a proa e foi ocupar-se com os homens que vadiavam ao invés de trabalhar em suas próprias designações.

Jane e Lantis estavam na cabine da capitã, antes de Simon descer para a dispensa ele viu quando a capitã entrou com o tritão, ela estava com uma expressão incerta e preocupada. Simon não iria se meter entre eles agora, talvez mais tarde perguntasse a Jane o que haviam decidido, ou deixaria a pergunta morrer em sua garganta caso a situação não fosse boa.

— Estou pensando demais em coisas que não me dizem respeito. – Ele murmurou para si mesmo. Os homens a sua frente raspavam a madeira do navio com objetos de metal, o limo escorria e o mal cheiro impregnava o nariz, as cracas estavam por toda parte subindo pelo casco.

A cabine da capitã já não tinha aquele cheiro horrível deixado pelos homens de Markus e Benjair, ainda não tinha o cheiro agradável dos cabelos de Jane, ou do vinho, ou da madeira, mas Lantis sentiu que seu trabalho estava valendo a pena, mais alguns dias e Jane poderia voltar a dormir ali. O tritão parou bem no meio do cômodo, o lugar estava vazio, num canto havia alguns tecidos esticados no chão, um embrulhinho com mais tecidos dentro e tudo estava bagunçado. "Ah, que teimosa. Ela deve ter dormido ali esta noite, por isso Simon estava preocupado de manha." – Lantis pensou. "Ah, isso é mal. – Ele ainda olhava para o mesmo canto. – Eu tenho vontade de ir até lá e me enfiar debaixo daqueles panos."

— Ei, Lantis! – Jane estava de braços cruzados, seu corpo ainda estava dolorido pelo que ocorrera antes. — Você está bem?

Lantis não entendeu a pergunta, sabia o que havia causado aquelas dores em Jane, já havia um tempo que ele sentia que podia fazer mais do que transformar seu corpo e reparando bem, haviam algumas manchas roxas começando a aparecer no braço dela.

Ele inspirou o ar com pesar, andou até ela.

— Deixe-me resolver isso pra você. – O tritão impôs a mão sobre a pele do braço dela, Jane sentiu a região ficar quente e seu corpo foi sentindo-se melhor, relaxado, letárgico.

— Vai usar somente as mãos dessa vez? – Ela disse, havia rubor em suas bochechas, até seus lábios estavam mais avermelhados.

Lantis olhava para seu braço, levou os olhos para encontrar os seus. Ele não sabia se aquelas palavras eram reais ou causadas involuntariamente por ele.

— Me desculpe por isso. – Ele disse pensando ser a segunda opção.

— Já passou. – Jane disse por imaginar se tratar das dores que ele a fez sentir antes.

— Eu o convidaria para uma taça de vinho, mas – Ela olhou ao redor. — Mal tenho duas cadeiras agora.

Lantis puxou as duas cadeiras para perto sem deixar de olhar para os lençóis ao chão próximo demais dele.

— Por enquanto elas vão servir.

Ambos se sentaram ali, o movimento das ondas lá fora estava leve, o navio mantinha-se bastante estável. Alguns homens passaram rindo próximos a cabine, os dois de dentro não conseguiram ouvir o motivo, escutaram o nome de Theodora e Darren, deviam estar fazendo fofocas como gostavam de fazer.

— Jane...

— Eu não sei por onde começar. – Ela disse. — Estou um pouco perdida.

Ela o encarava.

— O que foi? – Lantis perguntou, a voz soou um pouco mais grave e baixa.

— É que já aconteceram tantas coisas. – Jane olhava cada parte do rosto dele, era um rosto muito bonito, mas não só isso, havia mais por trás daquele par de olhos azuis e Jane queria decifrar tudo o que ainda não podia ver. — É como se eu pudesse me perder.

— Você pode pensar e se organizar primeiro.

E vendo que Lantis não entendia do que ela realmente falava Jane sorriu.

— Não, estou falando de outra coisa. – Chega de mal entendidos.

Lantis sentiu a ponta das orelhas queimarem um pouco.

— Eu já contei sobre a primeira sereia que eu vi. – Jane finalmente começou, ela desejava muito ter uma garrafa – ou duas, de vinho ali. Lantis fez que sim. — Depois daquilo meu interesse pelo seu povo aumentou e eu fui procurar informações sobre vocês. Minha mãe queria que eu ajudasse mais na loja, você viu como ela gosta de vender. – Lantis riu. — Eu não podia deixar ela na mão, nessa época meu pai já não estava muito bem e ela não estava bem com isso.

— O que houve com seu pai?

— Resumindo: Ele acredita que viu um dragão branco no fundo do mar e depois que contou para os pescadores e todo mundo disse que ele estava louco ele meio que ficou obsecado em provar que eles estavam errados. – Ela disse sem parar para respirar, mas foi clara o suficiente para que Lantis pudesse entender.

— E estão mesmo.

— O que? – Ela piscou algumas vezes sem acreditar no que ele disse.

— Seu pai.

— Sim?

—Ele está certo.

— O que você quer dizer com isso, Lantis?

O tritão se perguntava se toda vez que Jane dissesse seu nome seu corpo se comportaria daquele jeito estranho.

— Há mesmo dragões no mar, mas eles não são vistos há muitos e muitos anos. – Jane estava boquiaberta. — Se seu pai viu um, ele pode ser considerar um homem de sorte.

Jane ficou muito animada, iria contar ao pai e os ririam um bocado dos homens que o chamavam de louco, mal sabia ela que a essa altura George já estava morto.

— Como eu passava a maior parte do tempo na loja, sempre que alguém ia até lá eu tentava perguntava sobre as sereias. – Ela olhava para as paredes do navio, as cenas voltavam a sua mente. – A primeira que eu vi era tão linda, tão serena, foi difícil eu entender que as sereias eram vistas como objeto pelas pessoas, como tributos da guerra. Eu pensei que as sereias eram muito fracas, que não sabiam nada sobre se defender já que eram violentadas com muita facilidade. Até o dia que fui ao porto, minha mãe me pediu uma encomenda e eu aproveitei enquanto ela estava sendo preparada para ir vadiar no porto. Haviam muitos homens da marinha por lá, muitos grumetes e todo tipo de gente perambulando. Hoje eu dia eu penso, eu corri um grande perigo indo pra lá tão pequena e sozinha.

— E sendo mulher.

— Sim, mas foi a minha sorte. Um dos marinheiros falava sobre os piratas que emboscavam navios dos nobres e haviam sido pegos, a carga roubada estava toda exposta no porto e haviam alguns livros por lá, eu fui dar uma olhada neles e vi um sem título. Parecia de alguém que estudava animais marinhos e nele falava sobre as sereias.

Lantis bufou.

— Não somos animais.

— Eu sei disso, mas não é o que todos pensam, você sabe. – Jane esperou para saber se ele diria mais alguma coisa. Ele não disse nada. —Bem, aquele livro era muito bem escrito, havia até alguns desenhos ali, eu demorei muito tempo para conseguir ler tudo, minha leitura era péssima naquela época. Ali dizia algumas coisas sobre os corpos das sereias, sobre a velocidade na água, sobre a capacidade de nadar bem fundo e relatava sobre o confronto com alguns sereias machos, - Lantis a olhou. — Tritões, sobre a força deles e sobre o modo como eram selvagens, havia até o relato de uma sereia contra um tubarão, eu achei aquilo fantástico! Naquela época eu fiquei muito confusa, nada do que estava escrito ali se parecia com a sereia que eu havia visto e depois daquele dia todas as sereias que eu via se pareciam muito mais com bonecas de porcelana do que com selvagens na água. Eu queria ver as sereias descritas naquele livro, como elas eram de verdade. – Ela fez uma pausa, levantou da cadeira, o móvel todo destruído de sua cabine estava pelo menos limpo, ela abriu uma das portas e tirou uma garrafa na metade. — Não da pra continuar sem nada. — Ela voltou a sentar e tirou a rolha, levou o bico da garrafa a boca de bebeu, passou o dorso da mão na boca e deslizou a garrafa sob a mesa. — Bebe aí. — Lantis pegou a garrafa, olhou para o bico, o odor do álcool era forte e a bebida devia ser horrível. Ele bebeu um grande gole. — Não sei quanto tempo depois a minha mãe recebeu uma das esnobes condessas do Império Sul, a bela e recatada dama ouvia falar dos tecidos da minha mãe e queria algumas peças. Foi uma correria na loja, eu fiquei de cabelo em pé com tanto trabalho. Servir chá, sorrir, elogiar, levar os melhores tecidos, sorrir, servir mais chá, foi muito cansativo. – Jane pressionou o indicador na região entre os olhos. — Muito cansativo. – Lantis passou a ela novamente a garrafa, ela bebeu e um pouco do liquido escorreu no canto de sua boca, ela passou a língua e depois a ponta dos dedos. Lantis a olhava com grande interesse. — Bem, como é de se imaginar ela tinha sereias, eram três sereias lindas, deviam ter pouca idade, eu olhava para elas sempre que podia, acho que a condessa percebeu e começou a falar delas para mim, do quanto elas custavam, de como era duro ter que mandar elas fazerem tudo, de como ela era invejada por ter sereias tão jovens e mais um monte de baboseiras, mas então ela falou algo interessante. Ela me contou sobre a Ilha das Bruxas, sobre o local para onde as sereias eram levadas para serem "domesticadas". – No rosto de Lantis ainda havia o pavor sobre aquela Ilha, ele tentou não demonstrar tanto. — Ela me contou como foi para chegar até lá, que apesar de todos irem ainda era considerado um lugar ilegal e muito custoso, que ela mesma não saiu do navio e que as sereias voltaram de lá doceis e sorridentes "como devem ser". A partir desse dia eu sabia que precisava salvar as sereias, se irem até aquele lugar era o que as deixava daquele jeito apático e sem vida, então eu faria o que fosse necessário para livra-las disso.

— Você era uma boa menina.

— Eu era alguém que não sabia nada do mundo fora da minha vila. Embora eu não gostasse nada das mulheres nobres que iam na loja, eu comecei a fazer perguntas a elas sobre as sereias e sobre a tal Ilha, bolei um plano e escrevi uma carta de muitas páginas. Quando minha mãe me pediu para ir de novo na feira eu desviei o caminho e levei a carta com todas as referências sobre a tal ilha para os marinheiros do Porto. Você deve fazer idéia da minha cara quando eles passaram os olhos pelas linhas da carta e jogaram o papel no chão. – Jane passou a mão no cabelo, levando algumas mexes para trás. — Eles ignoraram tudo que estava ali, aliás, eles já sabiam de tudo aquilo e simplesmente não faziam nada. Mesmo que o pessoal da alta hierarquia não possua nenhuma sereia dentro de seus palácios e castelos, eles ainda as têm em suas cidades.

— Um de meus antigos mestres cedia sempre uma das suas sereias para alguém no Império Central. Eles podem não ter nenhuma sereia mantida lá formalmente, mas por trás dos olhos eles fazem todo tipo de coisa.

— Isso é evidente, só que nenhum homem tem coragem de se opor a eles.

— É pra isso que existem as mulheres.

Jane riu.

— Deve ser.

— Continue, não quero perder nada.

Jane deu mais um gole na bebida, faltava bem pouco para acabar.

— Desse ponto em diante eu sabia que nunca ia poder contar com a Marinha Imperial ou com qualquer pessoa que fosse do lado da lei, com o passar do tempo eu fui prestando mais atenção no que ocorria a minha volta. Subornos, vista grossa, troca de favores, acontecia de tudo no meio do exército e marinha Imperial, eles não eram tão diferentes dos homens que eles mesmos prendiam, a única diferença eram quem tinha o melhor contato ali. – Jane fez uma pausa, como se lembrasse de algo. — Acho que você conheceu Clara quando esteve na loja.

— Uma das ajudantes de sua mãe.

— Sim, ela teve a infância muito difícil e foi viver conosco em casa, a essa altura meu pai já estava na cabana na praia e nós duas íamos sempre lá levar comida e roupas limpas pra ele.

— Por que seu pai foi pra lá?

— Eu não sei bem o que houve com a cabeça dele, mas ouvir todas as pessoas dizendo que ele era louco realmente o afetou, ele passou a ser agressivo e arisco, minha mãe ficou com medo de que ele pudesse fazer algo conosco e pediu que ele ficasse na cabana alguns dias até que ele resolveu não voltar mais.

— Deve ter sido difícil.

— Foi demais. – Jane olhava para Lantis, seus lábios retos, o semblante distante. — Mas de toda forma, foi melhor assim. Se ele tivesse feito algo a nós teria sido muito pior, eu acho. Então, numa das vezes que eu e Clara fomos a cabana ficamos brincando na praia e perdemos a noção da hora, ficou tarde e quando estávamos voltando três homens começaram a nos seguir da praia até a rua. Assim que percebemos começamos a andar mais rápido, mas não éramos tão espertas e entramos num beco para despistar eles. Foi a pior burrice, o beco era sem saída, não sei como fui tão burra de entrar ali, eu cresci na Vila do Porto... Eles cercaram a gente e começaram a tentar tirar nossas roupas, nós duas gritávamos, mas eles tapavam a nossa boca e nos batiam, foi horrível ver Clara naquela situação, ela já tinha sofrido tanto, eu queria protege-la, os meus socos e pontapés eram menos que nada, eu era muito fraca e não era capaz de porra nenhuma. Eles socaram meu rosto e me jogaram na parede, Clara era linda e meiga, eles a acharam bem mais interessante e foram para cima dela.

Lantis era bastante capaz de entender aquele sentimento, numa outra oportunidade gostaria de falar com Jane sobre isso também.

— Foi sorte nossa alguém aparecer, ele era bastante forte, alto, cheio de brincos pelo rosto e muitas tatuagens. Ele tirou um dos homens de cima de Clara antes que o pior acontecesse e socou tanto a cara dele que a própria mãe não o reconheceria, os outros dois tentaram ir pra cima dele, mas não tiveram chance. Enquanto os dois caras colocaram o terceiro no ombro e foram embora, o homem levantou Clara do chão e ajudou a arrumar a roupa dela, ela estava tremendo, chorando, muito assustada. Depois, ele veio até onde eu estava, minha cabeça estava sangrando, acho que bati com muita força na parede. O homem disse que ia levar nós duas pra casa, ele acompanhou a gente até a rua da loja, minha mãe estava na porta chorando, quando viu a gente com aquele homem correu e abraçou a gente, eu ainda estava tonta, mas consegui dizer que ele tinha ajudado, ele já havia dado as costas para ir embora, minha mãe foi até ele e o convenceu a entrar, ela pode ser bem persuasiva, você sabe. Ele ficou três dias lá em casa, ajudou a consertar algumas coisas, desde que meu pai havia saído o telhado estava uma porcaria, ele fazia algumas coisas para nós até que o navio dele ficasse pronto e voltasse para o mar. Minha mãe não perguntou nada sobre ele, ela dizia que saber que ele havia nos salvado já era suficiente. É claro que eu não desgrudei dele nenhum minuto, todo dia antes e depois de ir pra loja eu fazia muitas perguntas, ele falava bem pouco. – Jane sorriu. — Simon iria se dar bem com ele. Eu só fiquei sabendo que ele era um pirata no último dia quando o acompanhei até seu navio, fui escondida, mas ele sabia que eu o seguia. Quando ele foi em direção ao escaler no cais eu gritei com toda força "Obrigada!" Ele virou para mim nessa hora "Eu ainda não tinha dito." Ele acenou com a cabeça e voltou a andar, não olhou pra trás nenhuma vez. Eu chorei tanto que achei que a água do meu corpo não seria suficiente.

— Parece que ele foi seu primeiro amor.

Jane riu.

— Não, ele pode ter sido o segundo, mas eu amei aquela sereia antes dele.

Lantis sorriu.

— Eu passei a ver os piratas de um jeito diferente, todo mundo sempre falava deles como sendo maus e cruéis, mas foi um pirata que me salvou de três homens que andavam pelas ruas cumprimentando a todos como se fossem as melhores pessoas do mundo. Mas o ponto final foi saber que os piratas não aceitavam escravos. Veja só como o mundo é: os homens bons mantinham sereias em coleiras e os piratas eram contra a escravidão de qualquer povo. Quase hilário, não é? Foi quando eu soube disse que decidi que seria uma pirata, que se danasse o mundo ideal, eu queria estar do lado daqueles que fazem o que acham certo. Mesmo que houvesse muitas pessoas fazendo o bem, eu queria fazer mais rápido e ser um pirata me daria a chance de fazer da forma que eu quisesse, sem precisar da permissão de ninguém.

— Parece fácil.

— Parece, né? Mas nada é simples. Eu fugi de casa quando soube de um navio pirata no porto, eu entrei escondido no navio pensando que o capitão iria adorar as minhas ideias sobre libertar as sereias. O que eu ganhei foi uma boa surra, uma doença terrível e uma quase morte afogada no mar.

Jane olhou para Lantis, queria ver bem o rosto dele quando ouvisse a frase a seguir.

— Foi quando Ellyn me salvou.

A reação nos olhos deleforam bem melhores do que ela havia imaginado.

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