Capítulo 47 - Tapetes Dourados.
Olá! Aqui estou com mais um capítulo já editado. Ainda preciso verificar a ortografia, então se virem algo estranho ignorem por favor xD
Quando a Guerra contra os demônios terminou, o povo da água perdeu as suas duas Imperatrizes. As sereias e os tritões, como eram chamados na época, sofreram tanto que um vazio tomou conta de seus corações. Todos amavam Azah e Ellyn e tinham nelas a visão materna que cuida, acalenta e protege. Muitos dos que lutaram ao lado de Azah sabiam que a Imperatriz estava enganada, mas eles não a deixariam sozinha. Eles permaneceram fieis ao lado dela até o momento de sua morte. Infelizmente, Ellyn não foi encontrada depois da quase morte da humanidade e a esperança das sereias de voltarem a ter um lar se foi junto com ela. As sereias não tinham para onde voltar, ficaram perdidas entre o mar e a terra. Com o coração partido as sereias esqueceram da força e do poder que tem o povo do mar e deixaram desmoronar o maior entre todos os Impérios sob a água.
As pequenas embarcações costumavam ser mais rápidas do que as maiores, eram mais leves e tinham os ventos e as ondas ao seu favor. Elas eram utilizadas pela maioria para levar e trazer informações de todos os lugares. E depois da invenção dos "Pelagornis" como correios, os navios a vapor vindos do Oeste, as notícias corriam mais rápido, principalmente as más, essas têm pressa de chegar em todos os cantos do planeta.
"Então a filhinha sereia dela também foi levada as bruxas? Oh, coitadinha da Imperatriz!"
"Há, bem feito para ela, se achava muito importante por ter uma sereia boazinha grudada na barra de sua saia, agora tá ai o porquê!"
"Então o marido dela foi expulso do palácio? Se ele quiser abrigo a minha casa está à disposição. Hihihi"
"Ora, você não ficou sabendo? Parece que a Imperatriz do Leste pediu o prazo de um ano para erradicar as sereias de todos os Impérios! Não era pra ninguém saber mesmo, mas alguém de lá de dentro deu com a língua nos dentes e agora a coisa está se espalhando por aí..."
"Ah, mas será que ela não sabia mesmo? E estava só fazendo de sonsa? Aquela ali nunca me enganou."
"Estava tudo por baixo dos tapetes!"
E mais e mais fofocas iam de canto em canto sobre as novidades no Império Leste. A Imperatriz Priyanka sabia que isso ocorreria e tomou providencias junto ao seu Conselho para que dentro do Império Leste fosse mantida a ordem e não houve mais que duas ou três reuniões para decidirem o destino das coisas. Por fim foi decidido que Khan, ainda marido da Imperatriz, firmaria morada permanentemente numa das casas de Verão do Leste e de lá continuaria encabeçando os projetos que tomava conta. Infelizmente para Priyanka não havia quem pudesse tomar parte nesse assunto e assumir o lugar de Khan em tarefas tão importantes e que ele manejava tão bem no pouco tempo em que as coisas aconteceram. A responsabilidade dele era repassar todos os assuntos e logo o mais breve possível seria exilado.
O homem que antes esbanjava sorrisos e falava sobre as maravilhas do otimismo estava agora cabisbaixo e choroso, suas olheiras marcavam fundo ao redor de seus olhos e era evidente o seu emagrecimento. Priyanka que era boa toda vida manteve à vontade dele tudo que ele mais precisava e não lhe negou mesa farta e boas condições. Nessa parte Khan não poderia reclamar de forma alguma, mas o sofrimento em seu coração era claro como a luz do dia e ele implorou incessantemente para que a Imperatriz o perdoasse alegando ter feito o que fez em nome do amor.
— Não ouse pronunciar essas palavras em minha presença nunca mais. – A Imperatriz lhe disse no último dia em que se viram, as veias saltando em suas têmporas numa raiva que mal cabia dentro de si. — Não justifique sua traição ou qualquer outro sentimento imoral como esse com o amor. – Khan poderia dizer que nunca antes foi tratado com tamanho desprezo pela mulher que amava. — O amor deve ser leal, valente, firme, quem diz amar não quer ver a tristeza do outro, quem ama deve cuidar e zelar, deve estar junto. – Ela fechou o semblante como se fosse um estranho ali a sua frente. — O que você fez foi ser covarde. Preferiu a saída mais fácil do que persistir e estar ao meu lado. Você tornou a nossa vida uma mentira. – Ela balançou a cabeça em negação, como se não acreditasse no que aconteceu, no homem que lhe jurou fidelidade diante do sagrado. — Como você pode ser tão cruel?
O olhar de Khan poderia ter causado piedade em qualquer outra pessoa, mas Priyanka havia calejado seu coração, ela não ficaria com pena dele, não depois do que ele a fez passar, não depois do que submeteu a própria filha a passar... se é que ele a considerava como filha realmente.
— Alguma vez você a considerou mesmo sua filha? – Seria a pergunta final. — Alguma vez, Khan?
— Mas Priyanka...
_Responda! – Ela alterou a voz novamente com ele.
As lágrimas do homem encontravam-se em seu queixo, sua voz embargada pelo desespero de ter a esposa de volta.
— Ela é uma sereia, como eu poderia considera-la como nossa filha legitima? – Ele disse num tom tão alto quanto o dela. — Eu só queria te ver feliz!
As lágrimas de Priyanka ardiam em seus olhos, no entanto elas se recusavam a cair na presença daquele homem.
— Como você acha que eu me senti vendo você sofrer todos os dias por ela? – Ele gesticulava e passava a mão nos cabelos meio ensebados. — Você estava tão triste, tão acabada, eu não aguentei... eu só queria te ver feliz, mesmo que isso custasse um pouco mais dos anos de uma sereia. – Ele olhou para Priyanka como ela nunca havia visto antes. — É isso o que ela é, uma sereia, mesmo que você a enfeite como uma humana, ela nunca será sua filha de verdade.
As marcas dos dedos da Imperatriz ficaram gravados no rosto amendoado de Khan e a partir desse dia Priyanka nunca mais o viu.
E a notícia se espalhou por todos os lugares como iria mesmo acontecer.
Em Sunacai a notícia foi recebida com grande revolta.
— Aquele traste! – Foi a primeira coisa que Aurora disse quando ficou sabendo. — Como ele teve a coragem de trair a própria esposa desse jeito? – Ela acariciava a cabeça de uma das bestas ao seu lado direito, a outra estava deitada ao lado esquerdo e bocejava mostrando todos os seus incontáveis dentes afiados. — Se fosse comigo, as minhas belezinhas dariam conta dele num piscar de olhos e não iria sobrar nada de sua alma para contar história!
No Norte, a Imperatriz quase mandou dar uma festa.
— Bem feito para aquelazinha lá! – Ela ria alto. — Se acha tão superior, santificada e não via o que acontecia debaixo do próprio nariz! – Ela riu tanto que sua barriga levou um pequeno chutezinh. — Até meu bebê está achando graça dessa cena toda!
No Sul a preocupação era com a "chantagem" que a Imperatriz havia imposto.
— Depois dessa, ela não poderá continuar com aquela ideia estupida de libertar as sereias! Se ela própria houvera levado a sua sereia a Ilha das Bruxas e a mantinha em casa como dama de companhia, ela não pode exigir nada de nenhum de nós! – Dizia Estevão com um sorriso de canto.
No Oeste, Hathor deu pouca atenção aquelas notícias, tinha mais o que pensar e o que fazer do que lidar com as fofocas de outro povo.
No Império Central, o burburinho não causou tanta comoção quanto nos outros Impérios, o povo já estava acostumado com os escândalos e notícias de última hora já que a maioria dos dois iniciava-se ali. O próprio Imperador Idris já tomava medidas preventivas sobre as exigências de Priyanka e mesmo após receber os comunicados em relação ao que acontecera no Leste não mudou os seus planos. Como um dos Impérios mais poderosos ele deveria dar o exemplo e havia reunido os principais Reinos para elaborarem um novo conjunto de leis protetivas às sereias que aliviassem a situação com o Leste, não era ainda o Ideal que a Imperatriz havia proposto, mas seria uma forma de agradar e amenizar os dois lados da moeda.
Nem todos concordavam com o que foi pré-estabelecido, mas Idris foi firme em suas palavras e convenceu aqueles que se opunham.
— O Leste é valioso demais e não pode deixar de suprir o Império Central. – Ele dizia. - A maior parte dos alimentos e sementes vem de lá, os estudos no Leste são sempre avançados e perder o que eles podem prover está fora de cogitação. – Ele tinha a voz e o olhar firme, ao seu lado Zahra acompanhava o discurso do pai. — Além disso, é no Leste que fica a maior parte da agua potável entre todos os seis Impérios, e num mundo tomado pela água salgada do mar, a água doce é quase, – Ele fez uma pequena pausa como se tomasse conhecimento de algo novo. — Não, é mais preciosa que o ouro.
Eles estavam na mesma sala de reunião da Cúpula Imperial, havia menos pessoas para servir e menos comoção, mas a reunião ali era tratada com a mesma importância. Idris jamais deixava transparecer ser descortês, se fosse um pequeno reino ou até mesmo alguma aldeia, ele sempre tratava a todos com muito respeito e muita dignidade. Houvera aprendido a ser um bom líder com os manuscritos deixados pela antiga Rainha Njinga e os levava em constante consideração. Para ser um bom líder é preciso saber ouvir, ser paciente, ter humildade.
— O que é uma ou duas leis sobre as sereias se comparadas ao que o Leste nos oferece? – Zhara tomou a palavra. — Não percebem como os benefícios são maiores se ficarmos a favor da Imperatriz? É necessário fazer este sacrifício para garantir um futuro para todos nós. Pensar e preparar o futuro é garantir às gerações que nos irão suceder as ferramentas adequadas para construir um algo diferente, num quadro de qualidade, responsabilidade e inovação.
— Compreendo a insatisfação dos prejudicados e concordo que, sim, alguns de vossas majestades têm razão, mas agora não podemos fazer nada. – Idris tomou de volta a palavra. — Por hora vamos adiar o nosso protesto, eu mesmo o reconheço como justo, haverá erros que teremos de corrigir, mas em breve tudo se resolverá se as pessoas tiverem calma e paciência e souberem aguardar discretamente.
Houve algum silêncio na sala, até que um dos reis, o mais velho deles, se levantou.
— Vossa Excelência, - Sua voz era rouca e carregada. — Respeito o modo como conduz o seu Império, todos aqui sabem disso. – Ele olhou para os outros homens e mulheres que estavam ali, não eram mais de sete. — Desde que assumiu o Império Central as suas decisões nunca nos desapontaram e sempre nos levou rumo a bonança. Nossos reinos prosperam a cada dia e há muitos anos não temos guerra entre nós. – Ele tomou um pouco de ar e continuou. — Dito isso, quero que saiba que tem o meu apoio nesta decisão sobre os seres do mar. Faremos como Vossa Excelência disse e seguiremos as leis, não será fácil convencer o povo, mas diante de todos eu confirmo que farei o meu melhor. – Depois de sorrir um pouco ele disse. — Mas não darei minhas sereias a ninguém, espero que isso fique claro, mesmo que elas sejam catalogadas ou o que quer que seja, elas ficarão ao meu lado.
O homem tinha a pele tão escura quanto a noite, assim como a maioria dos reis e rainhas ali presentes, assim como grande parte da população do Império Central, suas roupas eram majestosas, seus ornamentos eram coloridos e cheios de ouro e joias.
Idris concordou, haveria de bastar algumas assinaturas e palavras bem escritas para que Priyanka desse a eles um pouco mais de tempo, sendo assim, mesmo que as sereias fossem retiradas de lares nobres, ainda os de alta hierarquia conseguiriam tempo para manter as suas. O tapete do Império Central teria mais sobre o que esconder.
No fim da reunião, tudo ficou acertado como Idris esperava e a Primeira Conselheira Priscilla tomava nota para levar as novas leis para o crivo da Ordem Imperial.
Alguns poderiam achar estranho Imperadores tão poderosos precisarem de reuniões com os seus para concretizar alguma ordem, mas no caso desses seis Imperadores havia a diferença de que eles mesmos não dominaram nada, nunca haviam sequer participado de grandes batalhas e precisavam dia após dia provar seu valor perante ao povo. Imperadores e Imperatrizes deveriam prover os seus e não fomentar neles qualquer ira, afinal se muitos o querem, é porque reconhecem o valor de uma boa liderança, mas se um grupo se reúne contra o líder, pode ser o início do seu fim.
Foi confiado a cada Imperador e Imperatriz os remanescentes de várias nações, povos, tribos, reinados, aldeias todas diferentes em costumes e modos de viver, uma vez que depois da Inundação de Azah a humanidade ficou escassa e o agrupamento era necessário. Sendo assim, a confiança nessas importantes posições deveriam ser conquistadas com o tempo e com trabalho árduo. A maioria dos atuais Imperadores e Imperatrizes no poder chegaram até as cadeiras altas por hereditariedade, o que não amolecia o olhar do povo sobre eles já que cada grupo étnico que ali estava poderia oferecer um dos seus para representar o Império. Eles deveriam realizar um trabalho bem feito, obter confiança, fidelidade e o amor dedicado de seu povo para que seus cargos jamais fossem depostos e suas vidas pudessem seguir o destino que eles tinham escolhido.
Nesse interim o Oeste tinha um pequeno problema.
O Império Oeste era quase tão grande em território quanto o Sul, mas havia um grade deserto onde não se cultivava nada e poucas pessoas conseguiam viver naquele lugar. Diziam os mais antigos que ali antes era um grande mar e depois que Ellyn abaixou os níveis das águas as fontes que abasteciam o local ficaram tão minguadas que com o tempo o mar secou. Existem muitos mistérios pelo deserto chamado de Mar Seco.
Graças aos céus um grande rio ainda cortava todo o Oeste, o Rio Cobra passava por mais de dez reinos do Oeste até desaguar no mar. Grande parte da população do Oeste, com exceção de alguns eremitas e pequenos povos nômades, se instalava na margem direita do rio, a leste, pois é o onde o Sol nasce e era o mais propício para a vida. O clima árido e seco do Oeste torna a sua ocupação um grande desafio, mas, graças a este rio o Império Oeste é capaz de sobreviver.
O rio Cobra tinha sua origem em dois grandes lagos: o lago Triunfo, e o lago Nanta localizados na única grande floresta de todo Oeste. Haviam dois ou três povos que conviviam amistosamente naquela floresta e ambos tratavam com violência quaisquer invasores que se aproximassem o mínimo de seus territórios.
Era nas margens do Rio Cobra que a vida acontecia no Oeste, e acontecia da forma que o povo bem entendia e essa era a maior preocupação do Imperador Hathor. O fato é que a falta de organização e pulso do Imperador ofuscava o seu grande cargo. Dentro de seus muros era uma coisa, mas fora dele Hathor não era praticamente ninguém , apenas um nome e um rosto bonito que adornavam as bandeiras do Oeste.
O Oeste tinha grandes construções nos desertos e na maioria das vezes abaixo dessas construções haviam túneis de areia que levavam a salões imensos. Hathor tinha ciência que em alguns desses salões ocorriam reuniões para tirá-lo do poder, que ali mancomunavam uma revolução contra seu nome. Chegou certa vez a cogitar pedir ajuda para o Imperador Idris, mas ficou com tanta vergonha da sua incapacidade de liderar que mudou o assunto e não mais falou sobre ele com os outros Imperadores.
A população tinha pleno entendimento de suas capacidades e queriam sair da mesmice, sair do comodismo de só plantar e colher migalhas, eles queriam prosperar e evoluir através da razão e do senso crítico-cientifico enquanto para o Imperador estava bom do jeito que estava. Ele não fazia alianças interessantes, não financiava pesquisas, ele sempre seguia o caminho mais fácil e menos interessante e o povo estava cansado da monotonia.
Haviam grupos de estudiosos encabeçando reuniões secretas contra o Imperador, eles queriam por fim a estagnação de Hathor e ver o Oeste tomar a frente que tanto sonhavam. O Imperador subestimava a inteligência desses grupos muito bem organizados, ele supunha que todos o estimavam o suficiente para não verem os seus descuidos no poder, mas a verdade era bem o contrário e o lançamento dos navios a vapor mostrou uma ponta do que as pessoas podiam fazer. Afinal, Hathor só soube o que estava acontecendo quando a embarcação já estava bem à frente na água. Não foi tão custoso para ele cobrir tudo com seu manto dourado e as noticias diziam que o Imperador era o responsável por toda comitiva que lançava a embarcação, mas o Oeste sabia a verdade, as pessoas sabiam que Hathor não tinha nada haver com aquilo.
De dia no Oeste o clima era sempre quente, não importava qual época do ano estavam, os dias tinham o sol acima das cabeças de qualquer pessoa. As noites eram um tanto mais frescas, mas ainda assim não se via nenhum cobertor nas casas. O palácio do Imperador construído de tijolos cozidos, ficava a margem do Rio Cobra, e sempre que podia - e ele podia muitas vezes, Hathor banhava-se nas águas do rio e servia-se de variadas frutas frescas. Um grande muro de pedra circundava todo palácio e tomava para si uma boa parte daquela área do rio como particular mantendo ali diversos soldados muito armados. Andando pelas espaçosas áreas externas do palácio via-se muitos canhões estrategicamente dispostos, o Imperador apesar de nunca ter declarado qualquer vontade a guerrear precisava manter-se resguardado.
Os nomes dos antigos reis e Imperadores estavam representados junto a desenhos que simbolizam cada um na fachada do palácio, como forma de homenagear àqueles que lutaram lado a lado nas guerras e deram suas vidas em nome dos povos unidos no Oeste. Na estela do atual Imperador havia um falcão, símbolo que o protege e o próprio Imperador numa figura adornada e muito poderosa.
— Ora, o Império Oeste não é ruim de se viver! – Hathor, dizia ao seu marido, ambos em cima da cama. — Por que essas pessoas me causam tantos problemas?
— Não sei dizer, meu doce Heru. – Majed respondeu. — Com certeza não o merecem, se fosse Florence quem os guiasse eu os apoiaria, mas não sei o que podem ter contra ti.
Hathor recebeu esse apelido do amante desde a primeira vez em que se viram, Heru significa falcão e o Imperador adorava ser chamado assim pela voz doce e aveludada de seu marido.
Os dois deitados nus sobre a cama eram como duas peças esculpidas em ouro com a cor dourada em suas peles acentuadas pelo brilho do suor.
Majed ao lado de Hathor virou a barriga para baixo exibindo as nádegas redondinhas e descansou a cabeça sobre o travesseiro de plumas.
— Tem medo de que os boatos sejam verdade e que grupos organizados estejam se voltando contra o Império?
O Imperador sentou-se para apreciar melhor a vista, deslizou as pontas dos dedos pela pele da costas do marido.
— O Conselho deve estar exagerando, - Um sorriso amarelo surgiu em seus lábios enquanto Majed virou-se de lado. — Afinal eu não fiz nada a eles!
— Sim, Heru como sempre esta certo. – Majed sorriu acompanhando o olhar malicioso de Hathor por seu corpo. — Não podemos, tem um compromisso agora.
Majed disso isso, mas tocava o Imperador instigando-o a fazer o contrário de suas palavras. De fato Hathor estava animado, mas aquela conversa sempre o deixava menos disposto que o normal. Saber e fingir que não sabe. Entender o que se passa embaixo de seu nariz, mas ignorar para que possa continuar vivendo bem. O Imperador tinha receio de pensar demais e estar certo, então tudo ficava atras das cortinas e embaixo de seus tapetes de fios dourados.
Mal sabiam os dois que era exatamente esse o problema.
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