Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capitulo 13 - Cúpula Imperial


Quando a Imperatriz Azah se rebelou contra a humanidade, o Império Central foi o primeiro a se organizar e a enviar tropas de combate aos soldados da água. Na época, há duzentos anos atrás, o Império Central ainda era o Reino do Sol, mas suas riquezas já eram dignas de um Império. A Rainha Njinga, lutou bravamente ao lado de seus generais, defendendo arduamente o povo contra as loucuras de Azah, tendo ela sobrevivido a Segunda Guerra do Sangue, fundou o primeiro Conselho Central para que os novos e antigos Imperadores e Imperatrizes, Reis e Rainhas tivessem apoio e aliados uns nos outros na nova Era que os aguardava.

Evidente que não foi fácil. No início ser governado por um Imperador não era o que todo rei queria, ter que prestar contas era algo que faziam a eles e não ao contrário. Muitos reinos morrem de fome, outros foram dizimados por exércitos de antigos conflitos e muitos foram atacados por saqueadores. No final de algumas décadas todos os reinos pertenciam a algum Império e isso lhes dava segurança e condições de permanecerem vivos, seja por opção deles, seja pela conquista do mais forte. Assim como a água havia dividido as Terras, seriam divididas as responsabilidades e os reinos se uniram e os novos impérios surgiram mais fortes.

O Exército Imperial veio logo depois que Njinga fundou o Conselho e foi de grande auxilio para os novos governantes. Liderado pelo General Soo a pedido da própria Njinga, vem sendo o maior suporte à justiça em todos os impérios restantes, tendo o Império Central como norteador de suas causas, Exército e Marinha seguem firmes no objetivo de impedir os infratores da lei.

Das construções mais belas, o Palácio Central, também conhecido como Palácio do Sol era o maior e mais adornado do Império, desde a entrada haviam muitas estatuas de grandes animais com detalhes em ouro e pedras preciosas, dois grandes jardins ladeavam a passarela, e uma grande fonte com o formato de um sol dourado brilhava na entrada principal. Deixando claro que era muito rico, e sempre recebendo visitas importantes o Imperador Idris Alooma fazia questão de manter tudo impecável. Quando sua esposa ainda era viva, ela quem administrava e cuidava dos cento e trinta e seis quartos, que foram usados pelos refugiados durante as Guerras do Sangue e agora recebiam os convidados do Imperador, mas desde que ela faleceu era Zahra, filha mais velha, quem mantinha a ordem no palácio e quem cuidava dos afazeres diários de Idris. Os outros dois filhos do imperador, ainda eram novos e pouco participavam dos assuntos sérios, eles eram mais interessados nas festas.

O amanhecer no Império do Sol era valioso à toda população, era o renascer das forças, o novo dia repleto de possibilidades. Os raios solares faziam brilhar o sol de ouro do palácio e como simbolismo sagrado, enchia os corações de esperança para a nova oportunidade em que viviam. Cada dia nascido era digno de celebrações e benção e todos no Império Central rezavam e louvavam por estarem vivos.

Em especial naquela semana, o povo central estava exaltado em felicidade por receber mais uma vez os regentes dos outros Impérios. As ruas cheiravam incenso, casas e lojas eram decoradas com flores coloridas e sorrisos eram esbanjados a medida que os navios chegavam aos portos. A comitiva ia do Porto do Sol até o Palácio numa grande alegria encaminhando os regentes até a reunião.

Nos aposentos do palácio todos se preparavam para esperada reunião, os Imperadores e Imperatrizes deveriam apresentar-se pontualmente para o início cerimonial frente ao público que os aguardava ansiosos. Guiada pela Primeira Conselheira, que apesar da pouca idade tinha o respeito de muitos, a reunião acontecia na antiga e luxuosa sala do trono dentro dos muros do Palácio e era responsabilidade do Imperador vigente organizar tudo.

Zahra estava muito ocupada naquela manhã, havia muito o que checar, não queria que nada desse errado, havia acordado muito mais cedo que de costume para conferir os arranjos das flores, o sabor das comidas, a limpeza das salas, e quando tudo estava impecável, ela foi enfim conferir o Imperador.

Ela encontrou-se com o Imperador e após certificar que estava tudo indo de acordo com o desejo dele, Zahra admirou seu pai. Idris Alooma, ou apenas Idris, como preferia, estava perfeito em seu dashiki dourado e vermelho com mangas compridas, bastante ornamentado, havia colocado os anéis de ouro e o colar com o grande pingente de leão, exatamente o que ela havia escolhido para o dia.

— O senhor está ótimo. - Ela checava cada detalhe, buscando imperfeições que devessem ser corrigidas, mas não havia nenhuma, assim como ela, Idris era rigoroso com sua aparência.

— Você também está. - O boubou de Zahra era de cor única, abaixo dos joelhos, um turbante que combinava e um par de brincos verde esmeralda que havia sido de sua mãe. Idris deu o braço direito a Zahra e juntos caminharam até a sacada da sala Imperial. — O sol já vai nascer.

Os dois conversaram pouco antes de serem interrompidos por uma das colaboradoras do palácio. Já era hora de dar início a reunião.

— Boa sorte pai. - Ela disse baixinho.

Ele deu um beijo na parte exposta de sua testa e sorriu, discreto "Obrigado" ele disse apenas para que ela escutasse.

Idris, o Imperador do Sol, atravessou os vários corredores serpenteados em direção a sala onde a reunião seria feita, ao chegar na grande porta de ouro ainda fechada, Idris pôs por cima da roupa sua túnica branca, observou a lapela de "King Protea" presa a ela e sorriu. Além de ser símbolo do Império Central, era também a flor preferida de sua falecida esposa, cujo amor ele ainda nutria em seu coração. A porta foi aberta pelas colaboradoras do palácio que usavam roupas douradas com ornamentos verdes e brancos, os cabelos muito bem penteados em cachos presos nos altos das cabeças ou caídos na altura dos ombros. A maior parte dos colaboradores do Palácio Central eram mulheres e servir ao Imperador e sua família era uma grande honra.

O local da reunião era a antiga sala do trono. No tempo da Segunda Guerra do Sangue era um lugar de pesar e sentenças frias, agora o local era cercado de flores e cheirava a incenso. O trono antes autoritário, agora era apenas adorno para o local. A boa comida era servida pelas colaboradoras que sorriam e todos desfrutavam de melodia fina e suave. O lugar fazia jus a riqueza, as várias estatuas douradas de animais encontrados nas savanas do Império tinham colares de flores brancas que perfumavam o ambiente e Zahra fazia questão de não poupar luxo para que Idris fosse admirado. Enfim, as pessoas convidadas vinham de todo Império e aguardavam para verem os importantes participantes da reunião, e desde o lado de fora do palácio havia sido formando um grande cortejo até a entrada da sala do trono.

Os colaboradores atentos indicaram a Zahra que a Primeira Conselheira estava pronta, e a música cessou para tomar outro ritmo mais a ver com a ocasião e todos olhavam para trás, para verem Priscilla Keuwa chegar.

A porta da sala do trono foi aberta e a Conselheira Imperial vinha sozinha, sua túnica branca arrastava no chão com a lapela presa ao lado direito, exibia a flor de lis dourada, símbolo dos que pertenciam a alta classe da Ordem Imperial. Ela caminhava com passos firmes, nem tão rápidos e nem tão devagar, observou a grande mesa frente ao antigo trono e pondo-se frente a mesma aguardou seus colaboradores retirarem sua túnica. A lapela foi presa em seu vestido branco, ela fez uma reverência ao trono vazio e tomou seu lugar ao centro da mesa.

Enquanto Priscilla falava sobre a importância daquela reunião para todos e o quanto estava agradecida por estar ali, muitas pessoas observavam algo estranho em seus olhos. A maioria que a via pela primeira vez se assustava. Por mais que as suas palavras fossem sobre amistosidade, paz e nova Era após um tempo de caos, aquelas pessoas não paravam de fofocar sobre algo incomum nos olhos da conselheira. Ela ajeitou uma mecha do cabelo atras da orelha, suspirou, levantou-se e caminhou levando os olhares consigo até um pequeno grupo.

— Senhores, não imagino que estejam aqui sem que seja de suas vontades. Então, ao invés de ouvir o que eu tenho a dizer, o que estão olhando? - Ela os encarava de propósito, sabia muito bem o que era. E como eles nada disseram, ela continuou. - Estavam até agora olhando pra minha cara e falando tanto, agora ficaram mudos? Vamos, não fiquem com vergonha, estão reparando nos meus olhos, não é?

E como o silêncio já estava constrangedor o bastante, um deles tomou a palavra.

— Você tem a "Maldição do Gato", - disse com rubor em seu rosto, estava um pouco irritado com aquela aproximação hostil da jovem.

— Sim, alguns chamam dessa forma, mas eu prefiro algo mais sutil.

Ela sorriu e ele torceu o nariz.

— Um absurdo aceitarem tipos como você neste conselho! Você trará a maldição para este lugar! – Ele olhou em volta para aqueles outros homens e mulheres que arregaram os olhos e taparam as bocas com as mãos. — Os demônios iram se levantar novamente se você estiver entre nós!

Antes que ele continuasse, Priscilla pôs a mão frente a seu rosto, dedos magros com unhas muito cumpridas taparam a visão do homem.

_— Maldição? - Ela sabia que todos sempre a olhariam e não se importava mais com isso. Mas algumas pessoas faziam comentários maldosos que ela não podia suportar. — Não, Senhor, eu não sou amaldiçoada. - Ela sorriu, olhando bem nos olhos dele. - Eu sou uma sobrevivente assim como o senhor, assim como muitos aqui. Se eu tenho algo em mim que me faz ser diferentes dos outros, isso não me torna horrível e nem menospreza minha existência. Pelo contrário, isso mostra o quanto eu sou forte e o quanto eu quero viver. Eu tenho o que vocês ainda chamam de "A Maldição do Gato", mas eu não sou amaldiçoada, vocês com essa mente do tamanho de uma semente de mostarda é que são. – A fenda negra e felina nos olhos dela fizeram um suor frio descer pela careca do homem.

Houve depois da Segunda Guerra do Sangue, quando as coisas começaram a se ajeitar, casas foram reconstruídas, os animais começaram a parir de novo, as plantações vingavam, as árvores davam frutos e a população enfim se sentia segura. Não tardou, os bebês começaram a nascer em todos os Impérios. Festas para comemorar surgiam em todo lugar, taças e canecas eram erguidas e a alegria da esperança enchia todos os corações. A humanidade não estava mais perdida e logo as terras estariam repletas de pessoas novamente.

Nas primeiras semanas de vida tudo parecia normal, então as crianças começaram a abrir os olhos e algumas aparentavam algo diferente. As mães perceberam, e logo havia burburinho nas vilas. As crianças nasciam com os olhos bem azuis, o que era muito bonito, mas o detalhe estava principalmente nas pupilas que eram tão finas, como se fossem fendas nos olhos. Com as crianças crescendo, a cor dos olhos ia mudando, cores exóticas para humanos. Olhos dourados e amarelos começaram a surgir, crianças com olhos azuis numa família onde ninguém mais os tinham, crianças ruivas em famílias de cabelos negros. E os olhos estavam sempre se diferenciando: um pouco maiores que a maioria, as pupilas quase sempre em fenda, as cores diferentes, o modo como observavam a sua volta e principalmente à noite, como se pudessem ver e ouvir mais que a maioria, mesmo os bebês eram alertas a noite como felinos a estreita.

Enquanto pequenas, eram carinhosas, dóceis e arteiras, sempre subindo em cima de árvores ou qualquer coisa que fosse no alto, brincavam com os amigos e mostravam grandes aptidão com o corpo, mas à medida que cresciam, iam se tornando mais impetuosas, com mais selvageria e solitárias.

Mães passaram a não querer conceber filhos assim, outros passaram a isolar famílias que tinham alguma criança com os olhos diferentes e o título "Olhos de Gato" começou a andar nas bocas. Famílias foram isoladas, dizimadas e exiladas por terem crianças com os Olhos de Gato, logo um rumor surgiu de que essas crianças seriam enviadas dos demônios para reconstruírem seu reinado entre os humanos. Claro que ninguém sabe onde isso começou, evidente que isso era uma bobagem absoluta e obviamente, por ser uma grande idiotice, muitos acreditaram e os Olhos de Gato passaram a ser chamados de Maldição do Gato.

A Maldição do Gato se alastrou principalmente no Império Central, que era pra onde as mães que podiam pagar iam com seus filhos em busca de alguma ajuda médica especializada. Uma vez que o Exército e Marinha concentravam-se ali, tudo em que dizia respeito a medicina avançava era enviado para lá também.

O que os médicos puderam constatar não ajudou em nada, o que havia sido feito já estava feito. Disseram que a maldição do gato foi causada pelo consumo do sangue dos demônios que morreram em batalha e enxarcaram os campos do liquido preto de suas veias. Nesses campos, mais tarde, foram cultivados e plantados alimentos que mitigaram a fome de numerosa população. Na época ninguém pensou que a chuva tivesse entranhado o sangue no solo dos campos e que as plantas que ali nascessem fossem carregar aquele material que mudaria a forma das crianças.

Priscilla continuou seu discurso, deixando o desdém do homem de lado, convidou os outros membros do Conselho para se juntarem a ela. Cada um entrava na sala, vestidos da túnica branca, porém, somente mais dois possuíam a lapela da flor de lis dourada e foram estes que sentaram na mesma mesa de Priscilla, enquanto os outros sentaram-se mais atrás, de onde pudessem ouvir toda a conversa, mas não opinariam em nada.

A Primeira Conselheira então chamou os representantes do Exército e Marinha Imperial. O primeiro, trajado com seu fardo branco, caminhava rápido e com passos pregados ao chão, como se seu peso fosse muitas vezes mais do que era. As pessoas jogavam-lhe pétalas de flores brancas por todo percurso, mas seu olhar era tão fixo em Priscilla que ele sequer olhou para os lados o que deixava moças e rapazes disputando ainda mais por qualquer migalha de atenção que ele pudesse oferecer.

— Capitão Mitchell. - Ela o cumprimentou com um sorriso pequeno.

— Primeira Conselheira. - Ele fez uma pequena reverência frente a moça, mas não sorriu de volta. Outra reverencia para o trono vazio, e caminhou para seu lugar indicado por uma das colaboradoras, ficando de pé ao lado de um dos conselheiros de flor dourada na mesa principal.

Mais à frente, acenando e esbanjando um belo sorriso, vinha o representante do Exército Sr. Jules Bragança, que demorou pouco mais do que deveria para se juntar ao Capitão Mitchel na mesa de reuniões. Ele bajulou Priscilla o máximo que pôde, o que deixou Zahra aborrecida, afinal, as coisas tinham uma ordem e um tempo certo para acontecer.

Logo que conseguiu despachá-lo, Priscilla pôs-se a postos para receber os Imperadores e Imperatrizes. A hora mais aguardada e mais importante. Zahra estava ansiosa para ver o pai passar e ser admirado e não era a única a sentir-se assim.

Cornetas, trombetas e flautas anunciaram a entrada dos governantes de cada Império, flores diversas cobriam o chão num tapete colorido e vozes fortes entoavam o nome daqueles que entrariam para decisões importantes de cada parte que sobrou sob as águas. O primeiro a entrar foi o líder do Império do Sol, recebia de bom grado os elogios e as pétalas de flores que caiam sobre ele e os gritos alegres de seu povo enchia seu coração.

Assim que se aproximou de Priscilla, a túnica foi retirada atraindo a atenção de todos para suas vestes, a Primeira Conselheira fez uma breve reverência e ele sorriu, indo ficar ao seu lado, sorrindo e acenando ao povo, procurando por Zahra e lhe dirigindo um olhar de confiança. A filha, recordou-se da mãe, pela lapela que estava presa na roupa do Imperador Idris.

A Imperatriz do Leste seguiu os passos de Idris, e depois de ficarem impressionados com o luxo do Imperador, as pessoas ficaram encantados com a beleza elegante de Priyanka em seu saree azul claro com bordados dourados nas barras e joias delicadas nos pulsos e no pescoço. Ela parou à frente de Priscilla, as duas se cumprimentaram e Priscilla fez questão de elogiar com amabilidade sincera o vestido dela.

— Uma homenagem a meu pai. - Priyanka era mestiça e estava sempre deixando claro o orgulho que sentia por pertencer a duas culturas tão ricas.

Priscilla sorriu, tinha tantas coisas que queria conversar com Priyanka...

A Imperatriz do Norte foi anunciada, ela andava rápido, era uma senhora que chamava a atenção por motivos adversos ao de Priyanka, ela tinha o olhar forte, seus loiros cabelos eram curtos e penteados para trás com grande volume e usava algo como uma farda com mangas bufantes em púrpura. Era como se um general do Exército participasse de um desfile de moda.

— Primeira Conselheira, Imperador, Imperatriz. - Ela cumprimentou, em tom alto e voz forte. Fez uma grande reverencia frente ao trono.

— Imperatriz Florence, uma honra tê-la conosco mais uma vez. - Priyanka era sempre muito amável.

Florence sorriu amarelo e pôs-se ao lado de Idris, reparando-o da cabeça aos pés, como era de costume. Ela fez algum comentário invejoso, ao que Idris apenas ignorou e continuou sorrindo.

O Imperador do Oeste mancava de uma perna, Priscilla sorriu ao recebê-lo, mas não fez nenhuma pergunta sobre o ferimento que devia estar ali, Hathor sorriu de volta e pôs-se ao lado de Priyanka. Ele era o único que usava o cabelo realmente solto. O Imperador das terras quentes sempre acrescentava uma boa opinião sobre tudo, tinha o humor jovial que combinava com sua aparência e não dispensava boas bebidas.

Sem demora, o Imperador Estevão, do Sul, seguia os passos dos demais, cumprimentou os que já estavam ali e pôs-se ao lado de Hathor. Como sempre estava sério, olhando fixo para frente, deixando alguns jovens extasiados por verem de novo o Imperador que domava cavalos e encarava javalis com apenas os punhos! Estevão tinha o peito estufado e alguns pelos teimosos saiam para fora de suas vestes, o que para ele não era incomodo nenhum já que ele não se importava muito com essas coisas. Seus ombros largos eram frutos de trabalho pesado e muito treino, era um dos Imperadores que não viera de linhagem nobre, mas sua família havia sido escolhida pela força e coragem durantes os tempos de guerra. Medalhas de muitas batalhas ilustravam as paredes do Palácio do Sul, uma coleção entre os homens da família.

E a última Imperatriz quase fez as cornetas silenciarem quando entrou. Não por ela em si, mas pelas companhias que a seguiam. O trio era de tirar o fôlego. O Império de Sunacai foi o último e também o mais novo a ser reconhecido pela Ordem Imperial, e talvez por isso - ou apenas porque eles podiam mesmo - eles gostavam de se exibir. As duas feras ao lado da Imperatriz eram enormes, pareciam quimeras com cabeça de leão, patas de urso, chifres de cabra e rabo de lagarto e tinham dentes monstruosamente grandes.

A Imperatriz Aurora por si já era um espetáculo aos olhos, ela tinha os cabelos negros cacheados e cheios que à luz do sol brilhavam vermelhos, olhos castanho-dourados e o rosto redondo como uma maçã. Enquanto as duas feras ficaram com um de seus colaboradores, ela cumprimentou Priscilla e aguardou junto aos outros, ficando ao lado de Estevão que a cumprimentou com um sorriso.

— Há quanto tempo.

— Quatro longos meses. – Disse ele. O bigode movimentava-se junto ao lábio.

— Espero que tenha gostado das ervas que mandei a você.

Se Estevão fosse um homem um pouco mais tímido teria corado as bochechas.

— Foram ótimas. – E ele acrescentou ainda mais baixo. — Dirceu também as adorou, talvez pudéssemos aproveitá-las juntos numa próxima vez.

Aurora sorriu para ele com algo que ele poderia julgar como uma resposta afirmativa e então ambos viraram o rosto para frente. Aurora podia notar Florence a observando de lado e sentiu vontade de revirar os olhos para a carranca da mulher. Todas as vezes que se encontravam era a mesma coisa e Aurora já não tinha paciência para lidar com Florence e suas reclamações importunas.

Selvagem! – Era o que Florence pensava toda vez que via Aurora com seus cabelos esvoaçantes e pele limpa fresca.

As dançarinas entraram com véus transparentes erguidos no ar, a música tocou e uma diversão colorida foi apreciada por todos. Zahra via as moças e analisava seus movimentos, havia escolhido pessoalmente aquele grupo entre tantas e tinha certeza que elas seriam perfeitas. E assim foi. As bebidas e comidas não pararam de serem servidas um só instante e todos riam alegres em presenças tão importantes quanto dos Imperadores e Imperatrizes. Esse momento era bom para fortalecer vínculos e ter conversas agradáveis. Nobres, ricos e endinheirados vinham de vários lugares e ficavam satisfeitos de comerem e beberem juntos de pessoas tão importantes. Finalmente a reunião do Conselho podia ter início. Como de costume, em frente a todos, os Imperadores e Imperatrizes colocaram as palmas direitas sob o coração e repetiram o juramente de servir e proteger ao povo. Receberam muitos aplausos e flores diversas foram jogadas pelo ar,lá de fora podia-se ouvir as vozes gritando "vivas" e "salves". Por fim, Priscilla assumiu seu papel e educadamente começou a dispensar cada um dos que não pertenceriam a reunião e assim o grande salão ficou vazio e a ala dos Imperadores foi liberada. Portas imensas e douradas foram fechadas.

Estava aberta, mais uma reunião da Cúpula Imperial.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro