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Capítulo 2 - Sonhos

Você já teve um pesadelo no qual você sabia que estava sonhando, mas não conseguia acordar? Como se seu corpo estivesse desconectado do seu cérebro? Eu já tive: estar em coma era mais ou menos assim. Não sei há quanto tempo estou aqui, mas posso ouvir os barulhos das máquinas e dos funcionários do hospital ao meu redor.

Dizem que nos sonhos a pessoa acorda quando acontece algo muito absurdo, fora da realidade. Claro que isso não é muito válido para mim, que já sonhei com dinossauros. Mas como eu tinha assistido Jurassic Park na época, isso deve ter influenciado.

Preciso saber dos meus pais! Eu me lembro de algumas coisas do acidente. Eles devem estar em alguma outra ala do hospital e minha mãe com certeza estará surtando...


♪♫ ♥ ♪♫


– Onde está Helena? – uma voz masculina me chama de volta da escuridão.

– Senhor, aqui é uma UTI, não estamos em horário de visita, como chegou aqui? Só podem entrar parentes próximos. – uma mulher contrariada responde.

– Minha entrada foi autorizada, eu subi logo, eu estou com um crachá...

Eu conheço esta voz. Estou sonhando? Preciso acordar.

A voz feminina é controlada, porém incisiva:

– Isto é um hospital, o senhor não pode ir...

– Bom dia, enfermeira Lara – uma voz desconhecida interrompe – Eu liberei a visita deste jovem, mas já expliquei as regras e ele não irá demorar.

– David? Isto é incomum!

O que está acontecendo? Preciso abrir os olhos, vamos lá, mexa-se.

– Estou ciente disso e a diretoria também, é um caso especial. – seu tom não deixa margem para discussão.

– Certo, mas estarei aqui na enfermaria vigiando-a pelos monitores.

– Obrigado, enfermeira.

Passos. A porta é fechada. Sussurros.

– Obrigado, DJ. – definitivamente é Chris, reconheceria sua voz em qualquer lugar.

– Sabe que liberei sua visita agora porque seria uma confusão mais tarde caso as pessoas descobrissem que você voltou. Sorte que com a máscara e o gorro de proteção a enfermeira não te reconheceu. Helena precisa de descanso, não de repórteres. – suas vozes estão distantes e próximas ao mesmo tempo.

– Sei disso. Posso vê-la agora? – Chris está impaciente.

– Sim, ela está atrás daquele biombo.

Passos. Respiração suspensa. Choque? Silêncio.

– Meu Deus, Elle, o que aconteceu com você?

– Chris, você deve agradecer, ela está bem. – a voz de David é tranquila, tentando acalmar.

– Bem? Ela está toda machucada e em coma! – seu tom é de desespero.

– Sim, segundo o prontuário que li, estes machucados são superficiais, as costelas estão luxadas, não quebradas e provavelmente apenas uma das pernas precisará de fisioterapia. A concussão na cabeça é o mais preocupante, só teremos certeza quando despertar, mas aparentemente nenhuma função cerebral importante foi afetada.

Minha nossa, isto é bem?

– E para você isto é estar bem?

Chris está chocado. Ele não é o único.

– Sim, dada às circunstâncias, ela teve sorte – o homem pausa por um momento – Vou te dar um minuto a sós com ela, não mexa em nada ou tire sua máscara de proteção, certo?

– Sim, obrigado.

Escuto apenas os sons de passos e bips da sala até que uma porta se fecha. Como será que me pareço em uma maca de hospital toda machucada, ligada a diversos aparelhos e sem me mover? O que estará passando na cabeça dele?

– Oh, Elle, como deixei isso acontecer com você? Deveria ter te levado embora logo. Não se vá, por favor, volte para mim. – Chris fala em tom de súplica.

Ele suspira e prende a respiração, está tentando não chorar? Quero tocá-lo e dizer que estou bem, mas não consigo me mover.

Meu corpo ainda não é meu.

– Te deixar foi uma das coisas mais difíceis que fiz. Tive medo que O Delegado jogasse sua ira em você, mas sabia que seus pais te protegeriam... Eu me enganei, não é? Os pais não são infalíveis...

Acho que ele caminha para mais perto de mim. Será que tocou em mim? No meu cabelo talvez? Não tenho certeza, estou flutuando em uma nuvem, com todos os meus sentidos abafados. Mesmo as vozes estão distantes.

– Eu sempre cuidei de você e agora te vendo assim... Acorde, Elle, eu voltei por você. Agora é sua vez de voltar por mim.

Eu quero fazer isso, ele está chorando. Concentre-se, desperte.

– Chris, desculpe-me, mas já permiti tempo demais. – David voltou.

– DJ, quando ela melhorar, o que vai acontecer? – posso perceber a derrota em sua voz.

– Não posso discutir isso com você.

– Me diz, DJ! – Chris quase grita de raiva controlada.

Ambos ficam em silêncio por um minuto, escuto apenas os ruídos dos aparelhos e suas respirações pesadas. Minha mente estava começando a divagar novamente quando DJ finalmente quebra o silêncio com voz resignada.

– Helena é menor de idade por mais três semanas, alguém precisa vir exigir a sua guarda ou ela irá entrar no sistema.

Não estou entendendo o assunto desta conversa. Não preciso de guardiões, tenho meus pais.

– Eu serei o responsável por ela. – Chris diz decidido

– Creio que isto não seja possível. – DJ responde.

Chris responde com voz superior:

– Tenho bons advogados.

DJ continua a falar em voz apaziguadora:

– Mas você não é parente de sangue, Chris.

– Elle não tem outros parentes de sangue! Estão todos mortos, ela está sozinha no mundo, não há ninguém, só tem a mim. – Chris responde nervoso.

O quê? Mortos?

– Chris! Eu não deveria estar discutindo isso com você e muito menos aqui. Vamos embora. – DJ não parece estar tão calmo agora.

– Certo, desculpa cara.

Alguém se aproxima de mim, mas agora estou anestesiada, nada importa:

– Tchau, Elle, eu voltarei logo.

Não pode ser, eu ouvi errado. O acidente... Luz e escuridão, frio e calor, gritos e silêncio. Estou confusa, nada faz sentido, Chris está mentindo, ele é mau, meus pais não morreram. Estou alucinando? Será que enlouqueci?

Todos mortos, sozinha no mundo, não há ninguém, só a mim.

Eu apago e minha mente voa...

Todos mortos, sozinha no mundo, não há ninguém, só a mim.

Por que não posso acordar?

Todos mortos, sozinha no mundo, não há ninguém, só a mim.

E se for verdade? Prefiro não acordar mais.

Todos mortos, sozinha no mundo, não há ninguém, só a mim.

Bip, bip, bip...

Correria ao meu redor.

Todos estão mortos.

Oxigenação está caindo.

Estou sozinha no mundo.

Rápido, máscara de ventilação não invasiva. Preparem tudo, podemos precisar entubar.

Não há ninguém, todos que amo já me abandonaram um dia.

Massagem, respirador, vamos lá, não desista agora, Helena.

Só posso confiar em mim.



♪♫ ♪♫ ♪♫ ♪♫

E agora, Elle? Deixe seu comentário! ;)

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