Capítulo 7
No dia seguinte eles nos deram uma pista, ainda que eu não tivesse descoberto de seus planos estava muito na cara que era uma armadilha. Ligia estaria em um jantar com seu marido no Monnet Club, marido esse que nunca deu as caras, era uma armadilha. Troy ficou agitado quando achou a informação, ele sabia que eu iria morder a isca e o pior sabendo que seria retirada da água.
- Eu ainda acho que deveriamos chamar a ONE. - murmurou ele, o olhei de soslaio enquanto separava as armas que usaria para esse jantar com minha amada mamãe.
- Nós já conversamos sobre isso, Troy. Dois dias, se eu não voltar em dois dias você os chama. - ele suspirou derrotado, eu precisava ao menos saber onde estava me metendo, sabia que a força tarefa da ONE era forte, provavelmente venceriam mas conseguir que eles me levem até onde meu filho está sendo preso seria impossível.
- De todas as missões malucas que você já enfiou a porra do nariz, essa é a que eu mais temo por sua vida. - sussurrou levantando da cama e parando a minha frente.
Em todas as loucuras nós estavamos juntos, independente de qualquer coisa. Troy era um amigo leal, honesto e dedicado. O abracei pela cintura aonde eu alcançava, ele retribuiu o abraço beijando o topo da minha cabeça e fazendo um leve carinho entre meus cabelos.
- Eu vou ficar bem, essa é só mais uma missão. Eu sempre volto, lembra? - ele se afastou e riu passando a mão no rosto de um jeito preocupado, mas o sorriso ainda estava ali.
- Quando isso acabar eu vou pedir a Justice um mês de férias em uma daquelas casas, eu realmente preciso disso. - gargalhei voltando a selecionar minhas armas com cuidado. Algumas precisavam ficar a mostra e outras mais escondidas para que eu pudesse usar. - Eu pedi um rastreador para você, só não vai gostar muito da forma como ele vai ser implantado.
- Me diga que é uma incisão na pele. - ele riu e negou me mostrando um dente postiço, odiava dentistas, na verdade médicos em geral e tudo quanto ficava dentro de consultórios e hospitais.
- Não vai doer nada, eu uso a anestesia se você quiser. - mostrei a ele o dedo do meio.
[···]
- Eu odeio dentistas! - reclamei ao deitar na poltrona e abrir a boca para Troy fazer o serviço.
- Você odeia branco, eu já saquei. Agora fica quietinha porque eu não vou conseguir arrancar o dente se ficar me encarando como uma psicopata. - revirei os olhos sentindo o alicate frio segurar o dente.
- Ah. - resmunguei, ele tirou o alicate da minha boca e bufou.
- O que foi? - eu precisava de um bom argumento para não ter meu precioso dente arrancado. Minha mente trabalhou rápido.
- Vou ter uma hemorragia se arrancar meu dente, eu não posso simplesmente engolir esse troço? - ele encarou o alicate e cerrou os olhos para mim, parecia pensar no assunto.
- O ácido do estômago vai acabar com ele. - explicou gesticulando para que eu abrisse a boca.
- Coloca dentro do meu umbigo. - ele me mostrou seu melhor sorriso sarcástico e abriu minha boca contra a minha vontade.
- Quietinha. - o alicate segurou firme meu dente, em apenas alguns movimentos para a esquerda e direita eu pude sentir ele soltando, Troy estava pondo bastante força. Segurei firme nos braços da poltrona e ele puxou. - Consegui!
- Filho da puta! - gritei correndo para o banheiro cuspindo sangue na pia.
- Agora eu vou colocar o outro dente, volta aqui. - bufei. Colocar o outro dente foi tranquilo, tive que tomar vários medicamentos e drogas manipuladas para a cicatrização rápida. O que resultou em um dia inteiro dormindo.
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