Capítulo 6
Sair dali não foi a parte difícil, Troy deu um jeito nas câmeras para que a gente não aparecesse nas filmagens, embora que a cena do crime ficou intacta, eu queria que eles soubessem o quão perto eu estava de desmascara-los. Descemos pelas escadas de incêndio do prédio e pegamos um táxi duas ruas a frente, ao chegarmos no quarto de hotel que tinhamos reservado a tensão preencheu o ambiente. Troy se jogou sobre a cama e logo agarrou o seu notebook.
- Isso não faz sentido Ella. - comentou digitando algumas coisas, eu tratei de retirar o vestido cheirando a álcool e joga-lo no sexto de lixo. - Se ele sabia que Ligia estava envolvida porque ela nos deu o nome dele?
O deixei sem resposta, comecei a retirar a maquiagem e toda a tinta que tinha passado no corpo para esconder as tatuagens, tomei um banho demorado e tentei limpar minha mente que já borbulhava em ódio só de ouvir o nome daquele desgraçada. Assim que terminei coloquei uma blusa de alça e uma calcinha box, o leite já começava a escorrer dos meus seios, teria que fazer tudo de novo.
Me joguei na cama com a bombinha de leite e fechei os olhos enquanto drenava o líquido do seio direito, Troy resmungava muitos palavrões enquanto digitava.
- Ela me quer. - resmunguei abrindo os olhos, Troy me olhou de soslaio e mostrou uma gravação da câmera de segurança que ficava na sala de Eliot, ele não estava mentindo. Rikki e Gezy tinham ido lá e ele lhes entregou um cheque.
- Então isso tudo é uma armadilha. - sibilou jogando o notebook sobre a cama. - Provavelmente nem é o seu filho, eles só querem você agora que sabem que está viva. Que merda, Ella. Precisa voltar para Homeland e se esconder.
- Eu não fujo de uma boa briga, Troy. Eles me querem por algum motivo que nós não sabemos, mas eu sei que meu filho está vivo e eu vou encontra-lo com ou sem sua ajuda. - ele me encarou como se eu fosse uma louca, nós já sabiamos da possibilidade de isso tudo ter sido apenas uma armadilha, mas eu não podia simplesmente recuar e me esconder como um animal assustado.
- E o que vai fazer? Eles estão uns três passos a frente. - troquei de seio e encarei o teto.
- Vou dançar conforme a música. Eles não podem saber que descobrimos sua armadilha, eu preciso parecer uma mãe louca por vingança. - murmurei o olhando de soslaio.
- Então vai atacar Ligia. Eles provavelmente vão estar lá para te capturar... - seus ombros caíram, não tinhamos um exército, eramos apenas dois passarinhos tentando apagar um incêndio carregando água com bico.
- E vão me levar para o lugar onde escondem o meu filho. O plano deles é quase perfeito. Comprou as ações? - ele suspirou e assentiu. - Programe tudo para ser destrinchado e revendido com um preço abaixo do mercado, depois publique a nota do envolvimento da sua empresa com a Mercile... e espere a bomba estourar.
- O valor das ações vai despencar, dando prejuízo a empresa e consequentemente a Ligia. A bomba vai ser grande. - murmurou digitando.
- Todos os seus sócios e às pessoas que compraram as ações vao ser prejudicados, a empresa vai a falência e ela terá alguns processos nas costas. Mas guarde tudo isso para o segundo dia. - expliquei colocando a bombinha sobre o criado mudo.
- Segundo dia de que? - ele parecia preocupado, essa ideia era coisa de louco mas eu previsava tentar.
- Quando eles me sequestrarem eu quero que espere dois dias, se eu não der nenhum sinal prossiga com o plano das ações e peça ajuda a ONE, vamos precisar. - Troy abriu a boca para se opor mas eu estava determinada, o hacker realmente estava certo, eu só conseguiria entrar lá se estivesse disposta a morrer, e eu estava.
- E quando pretende fazer isso? - perguntou coçando a cabeça e indo até o mini bar, encheu dois copos de whisky e me entregou um.
- Eles vão nos dar uma boa oportunidade, deixe que façam esse trabalho por nós. Precisamos ser pacientes e mostrar a eles que estamos caindo na isca. - beberiquei o líquido gelado.
- Não vai ser difícil, agimos assim esse tempo todo. -
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