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Capítulo 5

Seu apartamento não era em um andar muito acima, paramos no quarto andar e ele me guiou para fora do elevador, parecia animado e ao olhar para a sua calça realmente estava, revirei os olhos de um jeito discreto. O corredor era extenso e paramos quase no final dele, porta 400. Ele abriu devagar e esperou que eu entrasse para poder nos trancar ali. A luz acendeu quando ele pós o cartão em uma espécie de porta chaves eletrônico, o quarto era todo pintado e decorado em azul e dourado, um luxo. Tenho certeza que usou tudo que tinha para conseguir ficar nesse andar, ja que cada um custava um milhão a mais.

- O que achou? - perguntou próximo ao meu ouvido e beijou meu pescoço, disfarcei o sentimento de repulsa, odiava que outros homens me tocassem.

- É confortável. - sorri de lado andando devagar até a cama e me sentei sobre ela, ele me encarou de um jeito divertido e jogou o terno em um canto.

- É? Eu posso te deixar mais confortável, você poderia tirar essa roupa e se deitar um pouco. Eu tenho uma blusa que deve servir para lhe manter seca por um tempo. - ele sentou ao meu lado e passou a mão em meus ombros.

- Eu estou bem, não precisa se preocupar. - ele sorriu encostando os lábios nojentos em minha pele.

- Não viemos aqui para conversar, não foi? Hm? - mordeu meu lábio, em um movimento rápido o empurrei na cama e me sentei sobre ele, seu olhar excitado me dava ancia. - Oh, ela é selvagem. Rebole para mim querida!

- Eu dito as regras do jogo. - ele riu se divertindo com aquela pequena encenação.

- Sou todo seu. - sorri e retirei sua gravata bem devagar, levantei seus braços e o prendi na cabeceira de ferro da cama. - Ah, vai me dominar?

- Vou te matar se não calar a boca. - tudo para ele era uma maldita brincadeira, vamos ver até quando vai achar isso.

Depois de prende-lo bem contra a cama eu me levantei e retirei uma das facas presas a minha coxa, ele apenas ficou me olhando com um sorriso sacana, nada parecia dar medo a esse idiota. Me sentei ao seu lado e coloquei as mãos nos seus bolsos procurando pelo celular, o achei.

- O que está fazendo? - ele perguntou, finalmente notando que algo estava errado. Estalei a língua enquanto desbloqueava seu celular e olhava as mensagens.

- Olhando o seu celular. - respondi o óbvio, ele ficou alguns minutos em silêncio e depois se remexeu sobre a cama.

- Podemos começar logo, minhas mãos estão ficando roxas. - sorri para ele e coloquei o celular sobre o criado mudo.

- Que horas você vai entender que eu não sou uma garota de programa? Isso aqui é um interrogatório, e você vai me responder tudo que eu te perguntar, se não me falar a verdade eu vou cravar uma faca em cada parte do seu corpo. Entendeu?  - ele acenou tremendo, ouvimos um barulho do lado de fora e em poucos segundos segundos Troy entrou.

- Já ia começar sem mim? - ele perguntou se aproximando, lhe entreguei o celular de Eliot. - Adoro um enigma.

- Eliot, você está bancando um experimento da Mercile? - ele olhou de mim para Troy que estava focado em achar algo útil no celular. Assentiu. - Muito bem, estamos nos entendendo, ótimo. Qual experimento está pagando.

- U-uma pílula energética para meus funcionários. - a informação também confere. Passei a faca nos botões da sua blusa os abrindo e arranhando seu abdômen.

- Bom. Você tem presenciado algum avanço?  - se ele tivesse visto algo seria bastante útil, mas negou.

- Ontem mesmo os questionei sobre a demora do resultado, eles disseram que esse ano conseguiriam finalizar mas eu recebo prazos, nada do acordo está sendo cumprido. - esbravejou, isso era bom, a raiva dele ia nos dar as informações necessárias.

- Onde tem se encontrado com eles? - obviamente eles não deixariam que um idiota chegasse perto das instalações, era arriscado demais.

- Eles que vêm até meu escritório, ontem foi o dia do cheque semanal. - Troy me olhou de soslaio, ele tinha achado alguma coisa no celular do Eliot.

- Pode me descrever alguns deles? - perguntei me levantando, estava impaciente.

- Fora a vadia da Ligia? Posso, um deles é alto, cabelos loiros e olhos azuis, o outro é mais velho, ambos parecem ser militares. - aquela puta estava envolvida, eu vou tortura-la até pedir misericórdia, e os outros dois eu já sabia quem eram. Rikki e Gezy.

- Ligia te obrigou? - me aproximei novamente dele que riu pelo nariz.

- Foi ela quem encontrou a cobaia perfeita para os testes, com ajuda desses dois e a minha discrição em desviar alguns milhões dólares ela tem se dado bem. - peguei um pano liso que estava sobre a cama e apertei contra o seu rosto, ele começou a se debater em busca de ar.

- Achei que ia deixar ele vivo. - questionou Troy se encostando na parede de um jeito relaxado.

- Quero que a Mercile saiba que estou perto, muito perto. Vou fazer esses imbecis pagarem com a vida, cada um deles. -

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