Capitulo 18 - Você é minha.
As semanas passavam e Karolin e Brandon se aproximavam cada vez mais, a todo tempo inventando desculpas para ficarem juntos.
Fora da faculdade, o tempo da guerreira era inteiro dedicado a Trent e os seus treinos. De dia eles treinavam e a noite faziam rondas.
Sempre perto de Meredith, mantinham-se invisíveis enquanto treinavam.
Era de manhã e Karolin estava atrasada para a primeira aula, no entanto continuava a protelar na cama. A ronda do dia anterior havia sido cansativa demais, porém finalmente havia matado todos os demônios sozinha.
- Karolin, Brandon está na porta com um buquê lindo nas mãos. - ela olhou interrogativa para Alicia parada na porta de seu quarto. - Aliás Feliz Aniversário! Noite de Karaokê no sábado?
Karolin fez cara feia, odiava karaokê, entretanto Alicia tinha um prazer inexplicável naquilo.
- Ah, qual é, você vai sim! - Disse Alicia saindo do quarto correndo, sem dar tempo da amiga negar.
Karolin levantou-se da cama em um pulo, nem acreditava que Brandon lembrou de seu aniversário. Não era o aniversário de verdade, sua real data de nascimento era em 15 de Novembro. Mas ela foi encontrada dia 03 de Dezembro e desde então, eles consideram essa sua data de nascimento.
Ela estava chegando na sala quando sentiu o arrepio, que agora ela chamava de ligação, que emanava sempre que Trent estava por perto.
Como pôde esquecer que ele ficara ali após a ronda de ontem à noite? Ela teria que ir antes que ele notasse Brandon ali, e vice-versa.
Azarada como era, quando chegou na sala os dois já estavam lá, se encarando como se pudessem matar um ao outro.
- Bom dia! - Ela disse, tentando amenizar o clima.
Brandon desviou o olhar para Karolin, rapidamente, olhá-la fazia tranquilizar o monstro que estava dentro de si naquele momento. O que Thomas fazia ali? Quando eles se tornaram tão amigos? Ele não lembrava, mas não tinha gostado nada disso.
Estranhamente, pensar que Karolin pudesse estar se apaixonando por outro cara fazia o monstro dentro dele se contorcer de raiva.
Não, ele não podia estar se apaixonando por ela.
É o medo do que vão pensar, era isso. Todos sabiam que eles estavam juntos. Iriam pensar que ela o traiu.
"A quem você está tentando enganar?"
Brandon podia ouvir a voz de Mer no fundo de sua mente.
Balançou a cabeça para espantá-la, de forma alguma trairia seus sentimentos por Sarah.
- Você está bem? - Karolin o despertou de seus devaneios.
"Nossa como ela é linda."
Mesmo já conhecendo ela há 3 meses, sua beleza ainda o encantava, e o sorriso que ela acabou de abrir pra ele, fez seu coração errar uma batida.
Um rosnado vindo de Trent fez a bolha de Brandon estourar.
"Que diabos, qual o interesse desse otário na minha garota?"
Alicia engasgou com o suco que tomava. Por vezes, Brandon esquecia que a ruiva era capaz de ouvir pensamentos.
- Para você. - Brandon disse entregando o buquê que carregava nas mãos e beijando-a na boca.
Mais uma vez, seu beijo não tinha nada a ver com o namoro falso, e sim com a possessividade que sentia por ela.
Karolin retribuiu, amava os beijos de Brandon. Principalmente quando ele a beija para provar a alguém que ela era dele.
Ele era bem possessivo, mesmo que fosse apenas um namoro de mentira. Brandon era o que chamam por aí de homem das cavernas, principalmente na cama. Sempre que ele a via conversando com outros garotos, eles iam parar na cama.
Era como se ele precisasse de uma afirmação de que ela era dele. "Era como se" é um eufemismo. Era o que ele precisava, já que depois de gozar dessa vez, ele disse "Minha, você é minha".
Karolin estava se odiando por ter gostado tanto de ouvir aquilo, por se apaixonar por ele. Sim, ela estava completamente apaixonada por Brandon, o mesmo Brandon que tentou matá-la. Patética, não?
Mas as pessoas não mandam no coração. Bem que ela queria, ele ainda era apaixonado por Sarah. No começo, quando percebeu que estava gostando dele, ela teve esperanças de que ele fosse amá-la de volta.
Pura ilusão, Brandon tem uma paixão cega por Sarah. Ele não baixa as defesas, não permite que ela adentre seu coração. Karolin decidiu aproveitar o momento.
Era ridículo como ela se sentia hipócrita, mês passado disse que não iria aceitar suas migalhas, mas era exatamente o que estava fazendo. Aceitando uma relação carnal.
"Patética, você é patética!"
E foi por ser tão patética que quando Brandon propôs que eles tivessem uma amizade colorida, ela aceitou de prontidão. Sabia que os motivos de querer uma amizade colorida com ela, não era por estar se apaixonando, mas aceitou porque o pouco dele que pudesse ter já seria o suficiente.
As coisas andavam calmas desde que decidiram assumir uma amizade colorida, Karolin era ótima, as ofensas que antes eram pura raiva, hoje eram direcionadas com carinho. Brandon amava o humor ácido da menina, amava como era vulnerável e forte ao mesmo tempo.
O que ele não amava, era a proximidade de Thomas, desde o aniversário dela que ele vinha percebendo que o rapaz é apaixonado por sua garota.
Ele não disfarça e isso faz Brandon fervilhar, por inúmeras vezes quis fazer Thomas sentir um pouco, só um pouco de dor.
Como na semana passada, quando estavam todos no tal Karaokê de Alicia e Thomas decidiu que Karolin deveria cantar uma música com ele, mais especificamente " Need You Now", mais óbvio impossível.
- Será que dá para você disfarçar? - Mer disse, segurando as mãos que Brandon não havia percebido que fechou em punhos.
- Disfarçar o quê? Ele que tem que disfarçar, porra! - Brandon disse entre os dentes. - Eu juro por Deus que se ele não desencostar dela em 5 segundos eu vou desfigurar essa carinha de anjo fodedor de freira do caralho!
- Só espera eu pegar minha pipoca - Mer disse achando graça do ciúme do amigo.
Brandon dirigiu-lhe um olhar feroz, e notou que Mer deu um pulinho. Aquilo atraiu o olhar dele para o palco, vendo a testa dos dois grudadas ao encerrar a música.
Brandon viu vermelho e tentou entrar na mente do rapaz, sem sucesso. Sem pensar muito ele dirigiu-se em direção onde a namo... amiga estava.
O bruxo o mataria, se tivesse a chance de colocar as mãos nele. Mas Karolin o interceptou no meio do caminho e eles foram embora.
Naquela noite, transaram como loucos e por puro instinto, Brandon gozou dentro dela, marcando-a como sua. Foi quando propôs a amizade colorida.
Brandon estava deitado, sorrindo sozinho, pensando em como o sexo com ela era incrível - como ela era incrível - quando ouviu a notificação de uma nova mensagem.
Mer: Brandon, você está com a Karolin?
Brandon: Não, estou em casa.
"Quando foi a última vez que esteve com ela, ou Alicia?"
"Ontem na faculdade. Estou começando a ficar preocupado.
Aconteceu algo?"
Desesperado e estranhando a conversa, Brandon desceu as escadas correndo para ir ao encontro da amiga em sua casa.
Bateu na porta e Dona Amélia abriu, lançando-lhe um lindo sorriso ao vê-lo.
- Brandon, querido, como vai?
Dona Amélia tinha 65 anos e era uma mulher muito amável, sempre tratara Brandon como um membro da família e por anos tentou juntá-lo com Meredith.
- Estou muito bem, e a senhora? - Dona Amélia assentiu, notando que o garoto estava ansioso. - Eu posso falar com a Meredith?
- Ela não está em casa querido, saiu mais cedo com Anne e ainda não voltou.
- Ah, ok. Obrigado Dona Amélia.
Brandon já ia saindo quando a anciã segurou-lhe o braço.
- Querido, fiquei sabendo que está namorando. - Dona Amélia disse, tentando parecer despretensiosa.
- Ah sim, estou! O nome dela é Karolin, ela é linda Dona Amélia. Parece um anjo.
A bruxa ergueu as sobrancelhas, um misto de surpresa e desconfiança, ela havia perguntado algo, mas Brandon não prestou muita atenção já que havia chegado mais uma mensagem em seu celular.
Mer: Mais uma morte. Katherine, dominadora de água.
Brandon: Você acha mesmo que ela é suspeita? A Karolin?
"Claro que não, né?! Mas o conselho sim, liga pra ela
e venham nos encontrar, estamos indo para a ponte de
SaisonWood, o corpo ainda está lá. Se apresse."
"Ok."
Guardou o celular e notou que dona Amélia esperava por alguma resposta, e por um acaso ele não ouviu a pergunta.
- Desculpe dona Amélia, o que disse?
- Perguntei se pode trazer sua namorada pra eu conhecer qualquer dia querido.
Brandon estranhou o pedido, mas estava com pressa então apenas concordou dizendo que traria assim que possível.
Brandon discou o número de Karolin correndo, se as anciãs definissem que a menina era a assassina, estaria ferrada. As bruxas mais velhas não eram conhecidas por sua piedade, ainda mais com quem mata os seus.
Karolin atendeu no quinto toque.
- Alô? - As coisas pareciam conturbadas do outro lado da linha e ouviu a menina ofegar, ele ficou apreensivo. - Brandon? É muito importante? Eu estou um pouco ocupada.
"Cuidado, atrás de você!" - Alguém disse atrás dela, o que deixou o bruxo apreensivo. Seria possível que os anciãos estivessem tentando capturá-la?
- Se você não for falar nada eu vou desligar. - Karolin o despertou de seus devaneios.
- Oi, desculpa. Onde você está agora?
Algo horripilante gritou, será que ela estava assistindo um filme?
- Linha de convergência 7. Por quê?
Definitivamente não estava assistindo o filme e pior, perto demais da ponte.
"Porra Trent eu teria dado conta" - Karolin exasperou, falando com alguém que estava com ela.
"Ia? Você estava ao telefone, abaixou a guarda! E segura sua língua pra falar comigo"
Ira tomou o corpo de Brandon, e ele apertou o volante com força, ela estava com outro cara. Quem era Trent?
- Eu preciso desligar, você quer conversar melhor à noite?
Claro que ela acharia que ele tinha ligado para transar, "Conversar melhor" era um código sempre que precisavam que ele estivesse dentro dela. Brandon não podia negar que adoraria, ainda mais sabendo que ela estava com outro cara.
Adoraria, mas não era momento para isso.
- Karolin, espere. Outro assassinato, Mer e Ellen estão perto de você, na ponte.
- Ok, vou chamar Eddy e Alicia e estamos indo pra lá.
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