CAPÍTULO TRINTA E NOVE
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CLAIRE CAMINHAVA AÉREA pelos corredores da escola, pois sua mente sempre voltava a Derek reaparecendo para ela. Havia alívio em seu corpo, sua mente e coração, pelo ou menos até outro problema sobrenatural aparecer, o que não demorou muito quando Scott se aproximou da garota.

— Preciso de apoio. Vem comigo? — O McCall pede e Claire não hesita em aceitar.

Eles caminham rápido pelos alunos que voltavam a suas classes, parando em frente a porta aberta da orientadora escolar.

— Desculpa, mas me lembro de não ter mais consultas. — Marin Morrell avisa, sem perceber quem havia entrado em sua sala de espera.

— Tem certeza? — Scott diz, chamando a atenção da morena para o garoto e sua sobrinha. — Porque precisamos de orientação agora. — Ele insiste e a mulher os leva até o escritório, trancando a porta e se sentando de frete aos dois.

— Por que você se preocupa comigo, Scott? Quando sabe que o tempo está passando. Quando sabe que outra pessoa será levada. — Morrell começa.

— Por você? — Claire pergunta de modo acusatório.

— Qual é, Claire. Sei que não gosta de mim, mas não devia deixar o interrogatório para alguém como o Stilinski? — Ela desvia da pergunta com naturalidade suspeita.

— É você que está matando as pessoas? — Scott continua.

— Está ouvindo a batida do meu coração? — Marin pergunta e o lobisomem aguça seus sentidos. — Eu não estou matando pessoas. — Ela diz pausadamente e Scott suspira. — A verdade, é que sou eu quem fica entre o Deucalion e a vida dos seus amigos. Sou eu quem puxa a coleira quando ele saliva por uma mordida.

— Como assim? — Scott quem pergunta e Claire se inclina, concentrada.

— Ele quer um verdadeiro alfa e a última eletricon do planeta na alcateia. Ele acha que o alfa é você, Scott. — Morrell aponta. — E uma distraçãozinha como sacrifícios humanos não vão dissuadi-lo do prêmio.

— Eu não sou um alfa. — Scott relembra.

— Mas está no caminho, não está? E a Claire já tem tudo o que precisa, e pode conseguir mais. — Morrell responde.

— Então ele tá esperando o que?! — Claire se levanta e bate com as duas mãos na mesa. — O que ele quer que façamos?

— Ele quer que você se torne um assassino. — A morena reage da mesma maneira, referindo-se a Scott. - Enquanto a você, sobrinha, ele quer que você use tudo o que tem pra tentar acabar com ele.

— Mas se eu matar alguém, eu não posso ser um verdadeiro alfa. — O McCall comenta.

— E eu não sei o que acontece se eu 'usar tudo o que tenho pra tentar acabar com ele'. Nem sei se sou capaz. — Claire continua.

— Exatamente. — A morena concorda. — Vocês querem a perspectiva de um psicólogo? Ele é um obsessivo que deseja vocês e se sente ameaçado. Se o obsessivo não consegue o seu objeto de desejo, opta por destruí-lo. Ou vocês se tornam parte da alcateia, ou ele transforma vocês. Para Scott, destruindo seu potencial de ser um verdadeiro alfa. Já para Claire, a matando. — Morrell afirma com convicção.

— Nenhuma dessas duas coisas vai acontecer. — Scott rebate e Claire concorda, levemente assustada.

— Não esteja tão certo. — Marin volta a se sentar. — Estão jogando o jogo dele, e enquanto vocês tentam pensar no que fazer, ele está a dez passos na frente com o checkmate já em vista. — Ela comenta e os adolescentes saem da sua sala.

— Não me sinto bem. Nada bem. — Claire suspira e Scott segura seus ombros, preocupado. — Estamos perdendo, tudo descarrilhou muito rápido, Scott. — Ela diz exasperada, passando as mãos pelos cabelos, sentindo o medo retornar ao seu corpo com violência. — Somos adolescentes, o que vamos fazer? — Ela pergunta ao amigo, que não hesita em abraçá-la, sendo prontamente retribuído.

— Vai ficar tudo bem, Claire. Nós vamos conseguir, isso vai acabar e nós vamos ganhar. — O McCall a garante, mesmo tendo suas dúvidas. — Preciso que seja forte. Como você já disse para mim e para Stiles, você é a mente sã. Você é a responsável por ter mantido a gente vivo por tanto tempo desde o Peter, e vamos juntos conseguir superar mais essa, entendeu?

— Sim, sim eu sei. — A garota suspira, buscando suas âncoras por toda a mente. — Tenho medo, Scott. Apesar de tudo, tenho medo. — Claire desabafa.

— Eu também. Você não está sozinha nessa, confie em mim. — Scott a afasta um pouco e beija o topo da cabeça da mais baixa, a tranquilizando significantemente.

De repente, um grito agudo é ouvido e muitos correm até o lugar de origem, inclusive os dois. Na sala de aula de história, Lydia estava lá conversando com a professora Jennifer e os seguranças da escola.

— Eu já falei que ele sumiu! Como os outros, ele foi levado. — A Martin afirma sobre o professor, assustada.

— Tá bom, estamos tentando entender. Só sabemos que o Sr. Westover não apareceu para a aula. — A professora Blake responde.

— E da última vez que isso aconteceu foi com o Sr. Harris. Alguém ouviu falar dele? Ele sumiu, e vai ser o segundo assassinato. — Lydia volta a dizer, indo até o quadro verde e apontando o número dois desenhado por ela mesma num símbolo celta.

— Lydia, você escreveu esse número. — Jennifer argumenta.

— Tá, tudo bem. Eu sou médium. — A ruiva revela e o olhar de dúvida da professora recai sobre ela. — Eu sou alguma coisa! — Ela insiste, quando Ethan chega por trás de Claire e Scott, que ouviam tudo que a amiga dizia.

— Um policial e um professor? Qual é o padrão? — O alfa pergunta para ambos.

— Não sabemos. — Scott responde com um tom sombrio.

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MAIS TARDE, SCOTT e Claire já estavam na escola para o recital em homenagem às vítimas, quando recebem informações de Allison sobre o sacrifício do professor sequestrado mais cedo, então a Tyton liga para Stiles, que estava no hospital.

— Não são guardiões como homens da lei, são filósofos, como professores. A Allison e o pai dela acharam o Sr. Westover. — Scott diz ao amigo do outro lado da linha.

— Faz sentido. A Tara não foi sempre policial, ela era professora no ensino médio. — Stiles revela, referindo-se ao corpo que Lydia havia achado há alguns dias.

— Então o último vai ser outro professor. — Claire deduz.

— É, mas tem um monte de professor e eles já foram pra casa. — O Stilinski rebate.

— Não, não foram. Estão todos indo pro recital. — Claire comenta ao perceber a incrível coincidência.

A ligação foi encerrada e os amigos que já estavam lá entraram no local onde ocorreria o recital, encontrando Lydia.

— Achei que fosse pra casa. — Claire comenta com a amiga.

— Não posso. — Ela responde, parecendo apreensiva. — Eu não sei por que sou eu quem encontra os corpos, mas talvez, se eu parasse de lutar contra isso, eu encontrasse antes de acontecer. — Lydia levanta a suposição. — Talvez com tempo suficiente, para alguém como vocês terem chance para agirem. — A ruiva afirma, então Claire entrelaça suas mãos num gesto de confiança.

— Se você nos der o tempo necessário, podemos agir. Eu juro por Deus, que agiremos. — Scott a garante, segurando na outra mão da Martin.

Eles tinham uma ligação, todos eles. Claire, Scott, Stiles, Lydia, Allison, Isaac e até mesmo Derek. Podem ser fortes e corajosos separados, mas só não sabiam que poderiam ser muito melhores juntos.

Alisson e Isaac chegam com Chris Argent no recital, que já havia começado. Todos estavam sentados em suas cadeiras, enquanto Claire permanecia ao lado de Scott em pé, alimentando força de quem acreditava que juntos conseguiriam. Stiles se juntou aos amigos, e ali ficou claro que nunca iriam se separar. Lydia havia saído para algum lugar, enquanto os outros esperavam pelo pior, notando apenas quando Stiles perguntou.

O trio saiu do local onde a música quase fúnebre demais tocava, gritando por Lydia, mas sem resposta.

— Ela não responde as mensagens. O que faremos? — Stiles pergunta, mas Scott não responde, parecendo aéreo.

— Tem algo errado, muito errado. Eu sinto. -  Claire comenta, apertando levemente o braço do Stiles.

De repente, um grito tão estridente e alto ecoa por todo lado, afetando os sobrenaturais. Scott e Claire taparam os ouvidos em agonia, tentando não sucumbirem ao som agonizante emitido por algo, ou melhor, alguém.

— Lydia? — Claire se esforça para perguntar, quando o barulho cessa.

Scott corre com a Tyton até onde o barulho havia sido emitido, encontrando a garota Martin amarrada a uma cadeira, a "professora" Jennifer Blake em pé, e Noah Stilinski com uma faca no peito caído ao chão. O McCall assume sua interface lobo e ruge o mais alto que consegue, enquanto Claire tinge seus cabelos em branco, sentindo a eletricidade estalar sobre sua pele, iluminando levemente o seu arredor, revelando o sobrenatural ao pai de Stiles.

Scott avança, tentando atacar a mulher enquanto Claire corria para conferir o estado do xerife, que estava mais crítico que Lydia por ter uma faca no peito.

— Vai ficar tudo bem, Sr. Stilinski. — Claire tenta manter-se positiva, mas logo passa quando vê Scott sendo arremessado e vomitar sangue, desmaiando.

Claire corre até Jennifer a segura pelo pescoço com força, tendo sorte por não ter sido devagar. A eletricon aplicou muita eletricidade naquela área de contato, mas não parecia fazer efeito algum.

— Acha que é párea para mim, filha de Zeus? — Jennifer pergunta, com um sorriso debochado enquanto era segurada.

Cansada daquilo, a agora recém descoberta Darach, usa o mesmo golpe que usou em Scott no peito da garota, que voou longe. Parecia que haviam revirado seus órgãos internos inteiros, a fazendo vomitar sangue puro e apagar parcialmente. Jennifer vai até Noah e arranca seu distintivo, o levando como refém.

Stiles entra na sala, enquanto Scott ajudava Claire a se levantar, mal assim como o próprio. De repente, a garota recebe uma mensagem no celular, o pegando com esforço e conferindo, deixando o aparelho cair ao ler do que se tratava.

— Meu pai... — Ela sopra, atraindo a atenção dos amigos. — Ela levou meu pai também. Ele me enviou uma mensagem há 30 minutos dizendo que havia chegado em casa, me ligou várias vezes e eu não atendi, e ela o pegou. Meu pai foi levado, eu... — Claire diz rapidamente, sequer conseguindo terminar, tremendo como nunca antes e mais apavorada.

Stiles pegou o celular que a garota havia derrubado, enquanto Scott a consolava do choro intenso e sem mais contenção, lendo o torpedo em voz alta.

— "Estou com ele, filha de Zeus."

Começou com Scott e Claire sendo perfeitos e terminou com treta, barraco e confusão.

Papai Daniel voltou e já foi sequestrado, isso que eu chamo de maré de azar.

Finalmente descobriram que é a Jennifer! Vem aí um final trágico? Estão preparados? Pq eu não KKKKK

Até a próxima!