Capítulo 6
A música tomava conta do ambiente. Ana cantarolava enquanto tomava banho no vestiário. Fazia muito tempo que não se sentia tão feliz. Nem atrasada estava essa manhã, Andrew não poderia repreendê-la por conta disso.
— Ai! Ai! O amor! — Camila chegou no vestiário e ocupou o chuveiro ao seu lado.
— Não vamos exagerar. É apenas tesão mal direcionado. — Ana fez cara feia.
— Coitado!
— Você acha que ele não pensa o mesmo?
— Não posso dizer, não o conheço, o que você acha?
— Talvez não... — Ana ficou pensativa — Ele parece ser diferente desses idiotas que fico. Ele é doce e gentil e se eu não tivesse tomado à iniciativa acho que nem teria me beijado.
— Você irá magoar o rapaz.
Camila conhecia Ana bem demais para saber que isso que dissera era o mais provável de acontecer. Ter conhecido Ana desde a época do colégio ajudava nessa avalição. Camila já havia presenciado os diversos corações partidos que Ana deixou para trás.
— E eu? Esqueceu-se do John? — a resposta de Ana veio de forma indignada. Sabia que havia magoado dezenas de rapazes, mas um dele a deixou completamente destruída.
— Não esqueci. Está certo, mas acho que você está gostando dele, só digo isso.
— Talvez, mas não foi essa a intenção. — a última coisa que Ana queria era um relacionamento sério.
— Então amiga; transa logo, por que te conheço e enquanto não fizer isso não irá sossegar e o dispensa, senão é bem capaz de você se apaixonar.
Camila estava certa. Ana tinha que transar logo e acabar com isso. Ana queria nesse momento era curtir um pouco a vida de universitária, seu relacionamento anterior fora um pouco traumático e abusivo. Ana precisava de espaço e de paz, pelo menos por um tempo.
— O bom que ele está no último semestre, talvez nem queira nada sério. — isso era um alívio na cabeça de Ana.
— É muito talvez, não acha? — Camila falava em um tom sério — Anda logo com isso e acaba.
— Se nos encontramos hoje farei isso.
— E o lance com o Sr. Pearce?
— Pois é, tem isso ainda! Acho que agi prematuramente, ele podia ser meu escape se algo com Arthur complicar.
—– Depois fala do meu lance com Eric.
— Situações diferentes. Eric é um safado de mão cheia e você sabe que ele te procura quando está sozinho. Você se entrega demais ai fica sofrendo.
Camila era daquelas garotas sentimentais que ficam lendo romance e acreditando em príncipes encantados. Talvez Ana por crescido entre três irmãos mais velhos e ver como eles eram com as garotas deixou de crer nessas bobagens muito cedo e os namorados que cultivou pelo caminho reforçaram mais essa ideia de que pessoas românticas existem apenas na ficção.
— Fala isso por que nunca se apaixonou de verdade. No dia em que se apaixonar para valer vai saber o que é querer sair e não conseguir. — outro ponto questionável na vida de Ana, talvez ela nunca tenha se apaixonado de verdade ao ponto de se entregar por completo.
— Então espero que isso nunca aconteça comigo.
— Não pense assim, amar não é ruim.
— Mas machuca.
— Faz parte, mas também nos traz alegrias.
— Não sei se estou convencida.
Ana tinha um exemplo de sofrimento por amor dentro de sua casa, a sua mãe. E tudo que ela não queria era ter o mesmo destino. Chorar pelos cantos por homens que nunca lhe dão o valor. John havia deixado arrasada, mas não era por conta do amor, isso nunca sentiram um pelo outro, mas da forma como se deixou ser presa por ele.
— Só o tempo lhe dirá e te digo não escolhemos quando e como nos apaixonar simplesmente acontece.
— Preciso ir! — Ana não queria ouvir mais aquele papo e corre se arrumar.
— Pensa nisso amiga.
— Tentarei!
Retornou para seu quarto ainda pensando em tudo que Camila havia lhe dito. Terminou de se arrumar e ao pegar a sua bolsa percebeu que havia uma chamada perdida em seu celular. O coração acelerou. O número no visor era desconhecido e dessa forma apenas uma pessoa passou pela sua mente: Arthur.
xXx
Amores desculpem a ausência de postagem na sexta-feira, vou tentar recompensar vocês com mais postagens durante essa semana. Hoje vamos com um pouquinho mais da nossa Ana.
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