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Capítulo 20

Um cheiro maravilhoso entrava pelas narinas de Ana. Seus olhos abriam enquanto sua boca salivava. Encontraria a família Shaller já toda reunia na mesa do café da manhã. E que café da manhã! Foi o que pensou.

Estava ali o típico café da manhã inglês: ovos mexidos, pão torrado, bacon grelhado, cogumelos salteados, salsicha e como não podia ser diferente o feijão cozido com molho de tomate doce. E não podemos esquecer-se do chá acompanhado de leite que os aguardavam.

— Bom dia! — Ana juntou-se aos Shaller.

— Bom dia Ana! — Wesley cumprimentou — Sente-se tome o seu café da manhã.

Ana toda tímida sentou ao lado de Arthur que já estava com o prato cheio.

— Podia ter me acordado. — Ana falou baixinho aproveitando que Ellen conversava com a filha sobre os preparativos dessa noite e Wesley entre uma garfada e outra lia seu jornal.

— Estava dormindo tão tranquila que não tive coragem. O que você quer? — Arthur perguntou pegando seu prato para lhe servir.

— Quero tudo que tem aqui! Mas não tanto como você colocou no seu prato. — esfregou as mãos e pegou uma xícara se servindo do chá — Faz anos que não tomo um café da manhã assim!

— Adoro voltar para casa por conta disso.

— Que feio! Tem que gostar de voltar para casa para estar com eles e não pela comida.

— Você não entendeu. — apontou para a mesa — Volto para ter isso: o contato com eles, sentar à mesa era sempre o nosso ponto alto onde conversámos, nosso momento união. E a comida é sim um atrativo gritante.

O café estava fantástico a mãe de Arthur era uma cozinheira muito talentosa até agora tudo que Ana provou estava excelente.

— Arthur assim que terminar o seu café pegue o carro de seu pai que vou te dar uma lista das coisas que ainda preciso para o jantar. — Ellen tinha um tom incisivo em sua voz — Leve Ana com você para escolher as flores, senão ao invés de jantar de noivado teremos um de velório.

— Adoro escolher flores! — Ana ficou animada com a possibilidade de escolher as flores e de ter Arthur só para ela.

— Fico tranquila que você vai junto Ana. — Lilian estava radiante o seu sonho ia realizar — Meu irmãozinho não é muito bom com essas coisas né Arthur? Eu sempre ajudei com os presentes para Elis... — Lilian vê a cara feia que Arthur fez e percebeu que falou demais.

— Filho tome cuidado com o carro. — Wesley jogou as chaves para o filho com o intuito de mudar de assunto.

— Tomarei — Arthur levantou-se da mesa — Vou subir e me trocar tudo bem?

— Sim, já estou terminando e subo para me trocar. — Ana respondeu.

Lilian ainda estava com uma cara de sem graça e evitava olhar para Ana que a observava atenta. Wesley as olhava com o rabo de olho.

— Fica assim não, Lilian. Ainda não sei o motivo que ele evita fala sobre ela, às vezes penso que ainda gosta dela.

— Ana, querida, saiba que ele não gosta mais dela. Não depois da forma que vi te olhando. — Wesley levantou da cadeira e foi até sua direção — Um segredo agora nosso... — olhou para filha e de volta para Ana — Ele nunca olhou dessa forma para ela. — lhe deu um beijo no topo da cabeça e foi ao encontro da esposa na cozinha.

— Isso que meu pai falou é verdade Ana. — Lilian também se levantou e recolheu algumas louças — Ele olha para você com mais amor do que ternura.

— É muito reconfortante ouvir isso. Não entendo porque não fala sobre ela. Eu contei sobre meus namorados e pior contei sobre John.

— John era o seu namorado anterior? — Lilian retornou interessada.

— Sim e é um idiota. Eu só namorei com idiotas.

— Agora não mais!

— É isso Arthur não é, mas pode ser que ele esteja namorando uma idiota. — Ana suspirou.

— Não! — Lilian riu alto — Nenhum de vocês. Elisabeth foi uma pessoa muito importante na vida dele então é difícil falar sobre ela.

— Não me diz que ela morreu?! — algo dentro de Ana nesse momento deu um estalo, será que a garota tinha morrido de forma trágica?

— Não! Pode ficar tranquila, ela está bem viva e talvez você ainda a veja por esses dias. A casa dela é apenas na quadra debaixo.

— Assim tão perto. — Ana ficou mais curiosa.

— Robert, meu noivo mora apenas a três casas acima. Aqui todos nós fomos para a mesma escola, frequentamos a mesma igreja, praticamente não saímos do bairro, nossas histórias acabam sendo muito parecidas e chatas.

— Lilian! — Ellen gritava pela filha da cozinha.

— Tenho que ir ajudar. Não fica preocupada com Elis. Ela já deixou de fazer parte da vida dele há muito tempo. Arthur que não gosta de falar, sempre foi assim calado, algo que terá que se acostumar.

Ana ficaria ali sentada por um tempo sozinha pensando em tudo que Lilian havia lhe dito. A moça morava bem perto então ele podia a ver sempre que vinha para casa se quisesse e aquilo a incomodou.

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— Estou pronta. — Ana correu até o quarto de Arthur que esperava ansioso.

— Vamos! — Arthur sorriu. Ver Ana sempre tinha esse efeito.

— Promete que vai falar comigo sobre Elizabeth? Fiquei sabendo que ela mora aqui perto.

— Lilian te contou. — Arthur juntou as sobrancelhas e passou a mão pela barba.

— Ela mencionou. Você brigou comigo por causa do Andrew e não vem falar que é diferente por que não é! No seu caso é ainda pior por que você gostava dela. Eu nunca gostei dele.

— Não vamos voltar nesse assunto. Prometo que assim que voltarmos falo sobre ela, não é nada demais. Apenas não gosto de falar sobre essas coisas.

— Dessa forma, fica parecendo que ainda gosta. — Ana estava sentindo ciúmes pela primeira vez na vida.

— Não tem como eu gostar mais dela depois de conhecer você, simplesmente é impossível. O fato de não ficar falando sobre ela é porque não acho legal.

— Tudo bem Arthur! Se não quiser falar não precisa a única coisa que preciso saber é se ela é um empecilho entre nós.

— Ela deixou de ser a três anos atrás e não vai ser agora que voltará a ser. Quando terminamos foi para valer não há a possibilidade de um retorno se é isso que te incomoda. Sim ela mora perto, mas foram raras às vezes que a vi durante esses três anos que estamos afastados.

— Tudo mais ou menos esclarecido, desculpa sou curiosa coloca isso do lado dos meus defeitos. — esfregou as mãos — Então vamos fazer essas compras senão quem vai surtar é a sua mãe e eu preciso ganhar pontos com ela.

— Vamos sim, mas antes será que rola aquele sorriso lindo que você sempre tem?

— Hum! Vou pensar no seu caso. — Ana sorriu e saiu correndo do quarto descendo a escada da mesma forma só parou quando deu de cara com Ellen ao pé da escada olhando com ar de reprovação.

— Está aqui a lista do que preciso e fala para Arthur não demorar. — Ellen com a cara fechada voltou para os seus afazeres.

— Arthur! — Ana gritou — Vamos! — Foi em direção à porta e colocando seu casaco.

— Prontinho! — Arthur juntou-se a ela e vestiu também seu casaco. Dessa forma partiram para a maratona de compras de última hora.

Última parada do dia — Arthur contava com isso —, supermercado lotado! Para não perderem muito e não terem de aguentar o humor de Ellen decidiram se dividirem nessa função:

— Vou pegar as bebidas e você vai atrás desses itens e finalmente podemos voltar. — Arthur apontava para o corredor de bebidas.

— Tudo bem. — Ana pegou o carrinho e foi em direção ao balcão em que ficava os queijos.

Quando Arthur voltava com algumas garrafas de vinho na mão indo de encontro a Ana um rosto familiar aparece em sua frente e ele não teve como evitar e se viu obrigado a cumprimentar.

— Peter. — Arthur sorri meio sem jeito para o amigo do tempo de escola.

— Arthur! Quanto tempo! — Peter lhe dá um abraço amigável.

— Achei! Ah... Oi Arthur! — Elizabeth chegou até os dois e fica um pouco sem graça quando viu Arthur.

— Elizabeth. — Arthur acena para ela com a cabeça e se voltou para Peter — Como estão as coisas?

— Tudo bem e com você? Nossa acho que faz séculos que não te vejo.

— É mais ou menos isso. — Arthur estava totalmente sem graça e incomodado.

— Soube da sua irmã, parabéns. — Elizabeth felicita-o pelo casamento de Lilian.

— Obrigado, ela está muito feliz.

— É aqui que você está. — Ana chegou até eles com aquele sorriso lindo nos lábios.

— Ana, deixe-me te apresentar. — Arthur fez uma pausa dando uma limpada na voz. Ana observava atentamente o casal à sua frente — Esses são Peter e Elizabeth, Ana minha namorada.

Ana arregalou os olhos e por um instante ficou sem saber o que fazer quando se deu conta de que aquela moça loira de olhos amendoado e pequena em todos os aspectos era a ex–namorada do Arthur.

— Prazer Ana. — Peter quebrou o silêncio estendendo a mão para Ana que retribui o gesto.

— Ana que linda que você é. — Elizabeth sorria sem constrangimentos — Arthur merece mesmo uma garota assim.

— Obrigada, Elizabeth. — Ana retribui o sorriso.

— Desculpa, mas estamos atrasados, sabe como é minha mãe com horários. — Arthur tentava sorrir, mas não conseguia disfarçar o incomodo daquele encontro — Legal ver vocês, vamos Ana.

— Ah! — Ana ainda estava sem saber o que fazer apenas olhava Elizabeth — Vamos sim, prazer em conhecê-los. Tchau! — Arthur a puxava pelo braço.

— Até mais, Arthur, não some. — Peter gritou acenando para os dois que se afastavam.

Arthur andava na frente com os passos largos e Ana vinha atrás empurrando o carrinho até o caixa do supermercado. Ana ainda olhava aos arredores procurando o casal que acabou de conhecer e não os via mais.

— É ela, né?

— Sim. — Arthur respondeu secamente.

— Quem é ele?

— Noivo dela.

— Ele é mais que isso Arthur! Vocês se conheciam e muito bem pelo que entendi.

— Peter era um dos meus melhores amigos quando estudávamos.

— Ah. — Ana ficou observando Arthur passar as compras com a cabeça baixa e deu a volta começando a embalar depois de algum tempo voltaria a falar com ele — Ela te traiu com ele?

Arthur parou o que estava fazendo olhando bem sério para Ana que sente um calafrio percorrendo o seu corpo. Ele nunca tinha a olhado daquela forma, nem quando soube do Andrew lhe deferiu aquele olhar frio que estava fazendo agora.

— Aqui não é o lugar para falarmos disso. — entregou o cartão crédito para a caixa que estava mais preocupada em terminar seu turno do que dar atenção às conversas entre os fregueses.

Ana sentiu que deveria ficar quieta se insistisse sairia briga. Quando discutia ficava mal e não queria deixar que uma manhã legal que tiveram fossem estragadas por aquele fantasma loiro e pequeno que o assombrava. O silêncio permaneceu até a volta para casa, apenas à música que tocava no rádio é que preenchia o ambiente daquele carro antigo.

— Espero que esteja tudo aqui, como pediu. — Ana deixava algumas sacolas na cozinha onde Ellen terminava de preparar o almoço, Arthur vinha logo atrás com o restante. — Falta pegar as flores... — Ana saiu correndo esbarrando em Arthur.

— Aconteceu alguma coisa? Sua cara está péssima. Já brigaram! — Ellen conhecia o filho melhor que qualquer pessoa nesse mundo.

— Não brigamos. — Arthur começou a tirar as coisas que compraram das sacolas e suspira — Apenas encontramos uma pessoa que eu não queria ter visto. — ele olha para a porta se certificando que Ana ainda não tinha voltado. — Na verdade duas.

— Elizabeth e Peter?

Arthur apenas acena com a cabeça afirmativamente. A mãe vai até ele e lhe dá um beijo na testa e o ajuda a desempacotar as compras.

— Ana! — Lilian vibrava na sala de jantar — São lindas! São perfeitas! Tulipas como sabia que eram minhas flores favoritas?

— O seu quarto. — Ana riu — Há muitas referências a elas lá.

— E a cor que escolheu, são perfeitas.

— Brancas e Amarelas combinariam melhor com a decoração dessa sala do que se fossem vermelhas.

— São perfeitas! — Lilian correu até a cristaleira e de lá tirou um vaso de cristal e passa um para Ana — Foram da minha avó Giovanna, mãe da minha mãe.

— São lindas!

— Só cuidado! Minha mãe morre de ciúmes. Está guardando para mim. É tipo uma herança vai passando de mãe para filha.

— Acho muito legal isso.

— Me ajuda a montar o arranjo?

— Lógico! — Ana começava a arrumar as flores no vaso que recebeu — Conheci Elizabeth.

Lilian deixou de lado o arranjo e encarou Ana. Era o mesmo olhar de desconfiança que Arthur.

— Ela é muito bonita. — Ana continou — Só achei-a pequena demais.

— Elis é muito pequena, mas ao mesmo tempo é forte e decidida.

— E simpática. Arthur que fica estranho... E também conheci Peter.

— Era de se esperar eles vão se casar no final desse ano.

— Arthur disse que eram amigos.

— Todos nós éramos. Tínhamos um grupo grande. Moramos todos perto e estudamos na mesma escola, esse bairro sempre foi o nosso mundo quase não saímos daqui para nada, o que nos afastou foi à universidade. Acho que te falei isso mais cedo.

— Falou sim, agora não são mais amigos?

— Não como antes. Cada um seguiu o seu caminho. Os mais velhos como eu e Robert já estão casados e os mais novos como o Arthur estão terminando a faculdade e provavelmente também se casarão em breve.

— Engraçado isso.

— O que?

— Não acham que são muito jovens para se casar? Eu não me vejo casando tão cedo.

— Ás vezes sim, mas é algo que sempre quis: casar e ter filhos. Acho que isso vai de cada um mesmo.

— Eu ainda pretendo viajar, conhecer o mundo e só então depois pensar em me casar.

— É dessa forma que te vejo. Pobre Arthur se quiser realmente ficar com você terá que se adaptar, e falo tomara que ele faça isso mesmo, saia desse mundo e se liberte. — Lilian olhou ao redor — É só não contarmos para nossa mãe que tudo isso é possível.

— Ela é "super" protetora com ele, né?

— Ela é chata com ele isso sim. Ela quase o perdeu quando estava grávida então desenvolveu essa necessidade de proteger-lhe de tudo.

— Nossa não sabia disso. Na verdade, não sei quase nada sobre vocês. — Ana suspirou — Ele não fala comigo. São raras as coisas que consigo tirar dele.

— Ana ele é assim com todo mundo somente comigo que fala mais abertamente, não ache que ele te exclui é apenas o seu jeito.

— Parece que ele não confia.

— Ah isso é! Arthur tem problemas com confiança.

— Por causa dela?

— Piorou depois dela, mas isso nasceu com ele, desde bebê era assim.

— Queria que falasse o que rolou.

— Uma hora vai falar, mas já adianto não é nada de extraordinário.

— Meninas! Preciso que arrumem logo essa mesa para servir o almoço. O dia será agitado e temos que acelerar. — Ellen vinha irritada da cozinha a programação que havia feito estava saindo do cronograma.

As duas mais que depressa terminam de arrumar os arranjos com as flores e colocam a mesa que logo em seguida Ellen veio da cozinha com o prato, seria algo simples uma massa para que não pesasse e atrapalhasse o jantar que ela estava preparando. Seria servido Lancashire Hotspot é um prato típico da região em que o pai do Arthur nasceu no norte da Inglaterra que demora praticamente o dia inteiro para ser feito. São fatias de cordeiro coberto com fatias largas de batatas e algumas tortas para acompanhar e como sobremesa escolheu fazer a sua famosa torta de limão. Os aromas que vinham da cozinha tomariam a casa o dia todo e todos com exceção de Ellen sentiriam fome praticamente o dia todo.

Após o almoço Arthur chamou Ana para dar um passeio pelo bairro queria mostrar para ela onde cresceu igual ela fez com ele quando estiveram na Irlanda. O momento alto foi quando pararam no centro esportivo onde ele reencontrou alguns colegas de escola e se arriscou a jogar um pouco de futebol com eles. Os amigos ali presentes acabam revelando mais coisas sobre ele. O tempo passou sem que percebessem quando se deram conta estavam atrasados. Os dois chegaram ofegantes e rindo muito pela corrida que travaram até chegarem de volta e a recepção de Ellen não foi nada agradável.

— Onde se meteu? — Ellen perguntava aflita.

— Fomos dar uma volta. — Arthur respondeu sem dar muita importância, cresceu com ela então já sabia quando estava exagerando.

— Lilian precisa de sua ajuda e Ana pode terminar de arrumar a sala de jantar?

— Claro que posso.

E cada um foi para um canto. Arthur saiu com Lilian. Faltaram algumas coisas que Ellen resolveu acrescentar de última hora. Ana terminou de arrumar a sala de jantar. Verificou se podia ajudar Ellen que dispensa então decide fazer companhia para o pai de Arthur.

— Posso ficar aqui com o Senhor?

— Por favor! — e Ana viu aquele sorriso familiar. Ainda não tinha se acostumado com a semelhança entre os dois

— Aquele é Arthur? — Ana apontou para um retrato de uma criança.

— É sim! Nosso menino grande e gordo! — Wesley levantou-se da poltrona e pegou um álbum de fotografias — Abre um espaço aqui para esse velho, vou te mostrar as fotos dele quando criança.

— Meu Deus! Isso é ótimo! — Ana se afastou no sofá e deixou que Wesley sentasse ao seu lado.

— Vamos ver o que temos aqui... — a primeira foto que aparece é de um neném enorme com os olhos inchados e com uma das mãos na boca.

— Que coisa mais linda! Tem razão ele era enorme. — Ana olhava fascinada para aquele bebê.

— Nasceu com quase 5kg. Deu muito trabalho para a Ellen.

— Lilian me contou que quase perderam durante a gravidez.

— Foi um susto! Aconteceu no sexto mês de gestação e por conta disso o rapaz ficou assim enorme, Ellen deixou o trabalho e foi até o fim em repouso absoluto e com isso acabou comendo demais e engordou os dois.

— Deve ter sido difícil para ela já que Lilian era tão pequena quando o Arthur veio.

— Ellen foi uma mulher muito forte. Eu pouco fiz. — Wesley virou a página e lá estava um Arthur tentando dar seus primeiros passos — Depois desse susto não tentamos mais ter outro. Queríamos ter tido três filhos, mas assim foi melhor tivemos duas crianças especiais.

— Como ele não me conta nada o Senhor poderia me falar como ele era?

— Se parar de me chamar de Senhor eu penso no seu caso.

— Muito justo. Wesley.

— Agora sim! Bem melhor! — Wesley trouxe Ana para perto dele e a envolveu com um dos seus braços e com a outra mão ia virando as páginas do álbum. Ana sentiu-se acolhida com aquele gesto que seus olhos encherem de lágrimas. — Arthur foi uma criança quieta. Demorou a falar, mas por outro lado sempre se mostrou muito curioso. Sempre quebrava seus brinquedos, mas não era por traquinagem, queria saber como funcionava. Lilian ficava brava, porque às vezes os alvos dessa curiosidade era os seus brinquedos.

— Brigavam muito?

— Nada! Sempre muito unidos. Não desgrudavam um do outro. Como era com seus irmãos?

— Unidos. Porém havia várias brigas, só que sempre que passava a raiva estávamos todos juntos se abraçando novamente.

— Ellen me disse que seus pais são separados.

— Sim. Se separaram quando eu ainda era muito pequena, por conta disso eu e meus irmãos somos unidos, sinto muita falta deles essa é a parte ruim de crescer, não é? Ficar longe dos irmãos.

— Têm muitas coisas ruins em se crescer, mas tem várias coisas boas.

— Meu Deus! Olha esse cabelo! — Ana riu alto quando chegam na fase adolescente de Arthur por volta dos seus treze anos.

— Aqui estamos nós todos os Shaller. — Wesley foii apontando para cada pessoa na foto e nomeando — Esse é meu irmão Alan a esposa dele Margareth e seus dois filhos; Jefferson que tem a mesma idade da Lilian e Gisele é um ano mais nova que Arthur e esses aqui você já conhece. E sentados eram meus pais Matheus e Laura.

— Família linda!

Era uma família muito bonita. E todos muito parecidos em tudo, na aparência e na forma de se vestir a família de Ana já era bem diversificada.

— Aqui temos os amigos do Arthur.

— Eu conheci alguns deles hoje lá no centro esportivo.

— Ele já lhe falou dela? — Wesley apontou para a moça na foto ao lado do filho.

— Também conheci hoje. — Wesley olhou espantado — Nos vimos no acaso no supermercado, ela pareceu ser uma garota legal.

— Ela é.

— Então o que aconteceu? —Ana se afastou olhando diretamente naqueles olhos — Por favor, me conte! Ele não fala de forma alguma, ela o traiu com o Peter foi isso?

— Se houve traição Arthur nunca afirmou. Conheceram-se muito jovem no colégio foram os primeiros namorados um do outro. Ficaram juntos até o termino do colégio.

— Fico cada vez mais confusa.

— Acontece que quando ela terminou o nosso Arthur ainda sentia que estava apaixonado e ele entrou em uma tristeza profunda, sempre foi assim o mais sensível de nós. Talvez Ellen o tenha estragado afagando demais, protegendo e não deixando o menino ser moleque, também errei em permitir isso.

— Agora entendo quando Ellen disse para não magoá-lo. Mas ela ter ficado com o amigo dele foi golpe baixo.

— Coisas do coração Ana. Reencontram-se na faculdade e se apaixonaram. Essas coisas acontecem, era para Arthur ter ido para a mesma universidade que ela. Ia ser engenheiro como eu. Foi difícil convencer ele de voltar a estudar, então no fim irritado se inscreveu na qual estão e foi fazer matemática só para irritar Ellen. E esse foi o único ato de rebeldia que o menino teve.

— Nesse ponto eu não acho ruim porque o conheci.

— Não ache mesmo, você trouxe vida para aqueles olhos teimosos novamente.

— Ah! Estão aí. — Ellen interrompeu a conversa — Ana, por que já não vai se arrumando, afinal mulheres demoram mais e como sabe só temos aquele banheiro para vocês três usarem.

— Vou fazer isso. — Ana levantou e deu um beijo na testa de Wesley e depois ao passar por Ellen lhe dá um abraço — Obrigada pelo filho lindo que tem.

— O que você falou com ela? — Ellen sentiu-se confusa.

— A verdade. – Wesley foi até a esposa a beijando — Que somos uma família feliz e que nos amamos.

— Somos? — Ellen abaixou a guarda e se deixa ser envolvida pelos braços do marido.

— Infinitamente!

Arthur e Lilian chegaram nesse momento e ficaram parados observando o beijo demorado entre os pais sorrindo um para o outro.

— Deviam ir para o quarto. — Lilian finalmente corta o beijo dos dois.

— E você menina malcriada, devia ir tomar um banho. Daqui a pouco os seus convidados estarão chegando. — Ellen respondeu no seu tom autoritário.

— Cadê Ana? – Arthur perguntou.

— Foi se arrumar...

Antes que a mãe terminasse de falar Arthur já estava no andar de cima, percebeu que Ana já havia tomado banho e se trocava a porta do quarto da irmã. estava fechada ele bateu na porta e abriu de mansinho.

— Posso entrar?

— Claro que pode, não vai ver nada que não tenha visto antes.

— Cada vez que te olho é como se fosse à primeira vez.

— Para com isso.

— Com isso o que?

— De me deixar sem graça com as coisas que fala.

— Está linda.

— Não acha inapropriado? Não está curto demais?

Ana vestia um vestido preto de organza com renda portuguesa na barra. Terminava um pouco acima dos joelhos. Tinha um decote bonito quadrado um pouco acima dos seios e as costas era um pouco mais aberta onde ficavam os botões aparentes. Dava para ver bem as tatuagens que ela possuía, ainda mais que ela prendeu os cabelos em um coque baixo com alguns fios soltos seguindo o desenho de sua franja.

— Talvez minha mãe torça o nariz para as suas tatuagens. Ana, você está perfeita, é você.

— Ela vai implicar com elas, né? — Ana olhava no reflexo do espelho suas tatuagens.

— Vai sim. Não se preocupe com isso porque eu amo todas elas.

Antes que ele conseguisse chegar perto de Ana sua irmã entrou afoita no quarto.

— Meu Deus! Como você pode ser assim tão linda! — Lilian olhava admirada para Ana e foi até seu guarda roupa pegar o vestido que usaria — Isso são tatuagens de verdade?

— São sim. — Ana riu sem graça.

— Foi ela mesmo que as desenhou. — Arthur interfere.

— Sério? É lindo! — Lilian a virou para si e passava a mão suavemente nas suas costas — Doeu?

— Sim, algumas mais que outras, mas dá para aguentar.

— Acho lindo, mas tenho medo da dor. — Lilian gargalhou — A mãe vai surtar.

— Melhor trocar de roupa. — Ana estava aflita.

— NÃO! — Lilian e Arthur gritam juntos assustando Ana.

— Quero que você seja você. Não está aqui para agradar ela e a mais ninguém, ok? — Arthur segurou o seu rosto de forma delicada.

— Só que não quero causar mal-estar.

— Ela vai torcer o nariz, mas não vai causar mal-estar. Relaxa! Bom deixe-me arrumar. — Lilian respondeu.

— Eu quem ia. — Arthur falou para a irmã.

— Perdeu! — Lilian gritou já dentro do banheiro.

— Agora vou ter que esperar uma hora. — Arthur suspirou.

— Então vamos nos ocupar lá no seu quarto quero escutar alguns de seus discos.

Ana escolheu um que tinha visto anteriormente e colocou para tocar, fica feliz em ouvir aquele som que só os vinis emitem. Fechou os olhos. Dançou um pouco então passou pelo rapaz hipnotizado a sua frente e fechou a porta atrás dele.

— Dança comigo? Vem! Só tem eu e você aqui.

Arthur a envolveu nos braços e a rodopiou o que a faz gargalhar e então a traz de encontro ao seu peito olhando diretamente naqueles olhos esverdeados. E novamente a sua boca encontraria os lábios cor de cereja. Beijou delicadamente, de mansinho. Vinha descendo com seus lábios pelo seu pescoço que estavam ali pedindo por isso. Era o cheiro dela que fazia isso com ele. Deixava sem raciocinar direito.

— Passei uma tarde bem legal com seu pai. — Ana cortou o silêncio.

— Foi?

— Ele me mostrou o seu álbum de fotografia, que neném lindo que você era! — Ana apertou Arthur na cintura lhe fazendo cocegas.

— Um dia na vida já fui bonito. — Arthur afundou seu nariz naquele pescoço.

— Já falei para parar com isso, você é bonito, para! — Ana soltou-se dele e sentou em sua cama — Ele me falou por cima o que rolou com você e ela. — Ana desviou o olhar e deixou seu corpo cair naquela cama.

— Então sabe que não foi nada demais. — Arthur suspirou e deitou ao seu lado.

— Certeza que ela não te traiu?

— Ela não me traiu. Ela só deixou de me amar.

— Mas está noiva do seu amigo.

— Dá para desconfiar. Passei por isso quando soube deles. Tive ódio quando soube que estavam namorando por que ela jurou que não tinha mais ninguém quando nós terminamos e eu acreditei e então alguns meses depois fico sabendo do namoro dos dois, achei sim que ela tinha mentindo. — Arthur abraçou Ana — Então depois de muito tempo consegui pensar direito e o que ela me disse fazia sentindo. Nos tornamos mais amigo do que namorados, gostávamos apenas da companhia um do outro porque havíamos nos acostumados com aquilo. Percebi isso só depois quando voltei a sair com outras garotas e o frio no estomago que sentia com elas há muito tempo tinha deixado de sentir com Elizabeth.

— Eu faço você sentir esse frio no estomago?

— Todo momento! Estou sentindo agora, só de te ter em meus braços. Sinto quanto ouço a sua voz no telefone ou até mesmo quando leio uma mensagem que me envia.

— De novo fazendo isso.

— O que? — Arthur riu sabia do que ela falava.

— Falando essas coisas que me deixa sem graça.

— Foi você quem perguntou. Eu só respondi.

— Eu nunca consigo falar essas coisas para você.

— E não precisa. Você consegue demostrar mais nas ações. – os dois se beijam.

O que aconteceria após esse beijo era inevitável. As mãos ficaram espertas e percorrem o corpo um do outro. Ana acariciava o seu braço com as pontas das unhas fazendo com que seus pelos arrepiassem enquanto Arthur a beijava mais profundo e dava sinais que havia ficado excitado. Abriram os olhos ao mesmo tempo. Ana abriu a sua calça e o acaricia por cima da cueca. Ficaram ali com testa coladas e os olhos brilhantes, Ana mordia o seu lábio inferior e Arthur ofegava.

— Me toca também, Arthur. — Ana afastou um pouco as pernas para que ele a pudesse sentir.

— Sabe que não poderemos terminar?

— Eu não sei de nada! Só quero isso agora. — Ana levou a mão dele até o seu sexo — Isso... É isso que eu quero! Desse jeito que só você sabe me tocar! — voltam a se beijar.

Estavam ali os dois deitados naquele minúsculo espaço de frente um para o outro se olhando profundamente nos olhos e se conhecendo ainda mais. A respiração era constante e compassada pareciam uma unidade e não duas pessoas separadas. Ana o provocava lambendo seus próprios lábios como se fizesse aquilo em seu pênis.

— Sei que não vai me deixar fazer o que eu quero. — Ana murmurava.

— Mais tarde, vou dar um jeito da gente fazer tudo o que quer.

— Mas eu quero agora, estou pronta agora...

Nesse momento uma batida forte na porta dele é dada e logo em seguida é aberta. Arthur deu um salto assustado assim que viu o rosto de sua mãe o observando.

— Ana, preciso da sua ajuda poderia descer? — Ellen estava lá plantada na entrada do quarto encarando a menina.

— Estou indo, Ellen. — Ana sorriu forçada.

Ellen se retira do quarto, mas antes escancara a porta e volta olhar para os dois.

— Oficialmente, sua mãe me odeia! — Ana riu e passa por cima dele — Fecha a sua calça dá para ver tudo!

Assim que Ana saiu do quarto deu de cara com Ellen.

— Não sei como é na sua casa, mas aqui esse tipo de coisa não acontece, estamos entendidas?

— Estamos. — Ana abaixou os olhos e suspirou.

— Muito bem. Lave as suas mãos e desça para me ajudar. — Ellen ia descendo então voltou a olhar para Ana que estava voltando para o quarto do Arthur — O banheiro é do lado oposto.

— Ah é mesmo! — Ana correu e se trancou no banheiro.

xXx

O jantar foi perfeito para Lilian que estava radiante no seu vestido romântico e florido como era de se esperar. Robert era um jovem rapaz alto, de cabelos negros totalmente diferentes dos Shaller. Seus pais, pessoas adoráveis. Lilian entraria para uma família incrível. Como era de se esperar Ellen realmente torceu o nariz para as tatuagens de Ana comentando com o marido que a repreendeu no particular. À medida que a noite avançava Ellen e Ana iam ficando mais confortáveis uma com a outra e vendo como a garota tratava o seu filho com todo o carinho ficou um pouco mais tranquila, mas jamais abaixaria a sua guarda por completo.

— Eles vão tomar café na sala. Sobe para o meu quarto. Daqui a pouco eu subo atrás. — Arthur falava ao ouvido de Ana.

— Tem certeza?

— Absoluta!

— A sua mãe ficou muito brava comigo.

— Se você não gemer alto ela nem vai saber.

— Agora a culpa é dos meus gemidos? Bem que você gosta de ouvir.

— Adoro ouvir! Me espera que vou distrair e já subo.

— Isso vai dar merda, mas é tão excitante. — Ana sobiu as escadas de mansinho para não chamar a atenção.

Arthur conversou mais um pouco com Robert para disfarçar então fez um sinal para Lilian. Era o código deles quando um tinha que dar cobertura para o outro e sobiu para o seu quarto.

— Cadê Arthur e Ana?

— Deixa eles em paz, Ellen, por favor! — Wesley deu um corte na esposa. Ele percebeu a movimentação e estava se divertindo com tudo aquilo — Você tem visitas ocupe-se com elas, eles não vão fazer nada demais.

— Você não viu "o nada demais" que eles estavam fazendo antes.

— Quer saber? Agora eles vão fazer "o demais". — Wesley deu risada e foi conversar com o pai do Robert enquanto Ellen ficou ali parada e não teve outra opção senão em ir fazer companhia para a mãe do seu futuro genro.

No quarto, o casal já estava praticamente unido. Não perderam tempo. Tinham que ser rápidos. Ana abafava seus gemidos mordendo o travesseiro. Arthur estava ajoelhado do lado de fora da cama com as pernas de Ana por cima de seus ombros a tomando de todas as formas que encontrava, mal se permitia a respirar

— Quero como fez na lavanderia. — Ana pedia.

— Tem certeza que é assim que você quer?

— Tenho!

Arthur realizou o pedido da garota Mexiam-se juntos. Esforçando-se para manter o silêncio. E assim foram até atingirem o máximo dos seus prazeres. Não se importaram com nada. E Ellen os deixariam em paz pelo menos naquela noite. 

xXx

Amores desculpa pelos capítulos gigantes, talvez eles fiquei assim de agora em diante. Ana soube mais ou menos o que rolou entre nosso amorzinho e a sua ex. Quem sabe assim ela consegue entender o motivo de sua insegurança. Obrigada de novo pelos comentários lindos e fofos . Quando nos autores pedimos por ele é porque eles são sim um estímulo para continuarmos. Beijos e até domingo. Nossa aventura ainda está longe do fim. 

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