Capítulo 17
A rotina em suas atividades precisava ser restaurada. E assim seguiram com suas vidas. Algo novo aconteceu para Ana: a saudade. Quando passava muito tempo longe daquele garoto loiro amoroso Ana sentia-se completamente perdida. E Arthur sentia-se como a muito deixou de sentir completo.
Ana dias depois da conversa que teve com Arthur na qual constatou que estava perdidamente apaixonada confessou para sua melhor amiga, Camila, seus sentimentos.
— Eu não estou acreditando! — Camila estava em choque.
— Você é uma bruxa sabia, disse que eu estava me apaixonando e realmente estava e isso doí.
— Eu sei que doí, mas é bom também, não é?
— É maravilhoso — Ana rodopiava pelo quarto.
— Me conta tudo! — Camila sentou em sua cama jogando seus materiais de qualquer jeito na mesinha de estudo aguardando ansiosa pelo relato de Ana.
— Isso senta mesmo porque a história é longa tem até o John no meio.
— Meu Deus! O John! Não faz isso comigo conta logo!
E Ana contou como foi durante esses dias que passaram na casa de seu pai e depois a conversa que tiveram quando voltaram. No lado oposto Arthur tinha basicamente a mesma conversa com seu amigo Chris.
— Posso ser sincero com você? — Chris estava sério.
— Por favor.
— Ela parece ser uma pessoa incrível, mas não se entrega assim demais logo de cara. Estou até te estranhando nesses anos todos de faculdade você manteve as garotas bem afastadas não querendo criar um relacionamento sério e agora faltando pouco para você se formar resolve se entregar. Está até parecendo que quer mudar seus planos.
— Não sei explicar o que rolou desde o primeiro instante que a vi. Algo voltou a despertar dentro de mim. Eu realmente não queria nada disso. — suspirou — E sobre meu futuro ainda não decidi se realmente vou ficar aqui ou se volto para casa.
— Sabe que suas chances de uma colocação naquilo que você pretende trabalhar ficando aqui não vai acontecer. E você sabe que penso uma parceria com você no futuro.
— Você disse bem; no futuro.
— Mas estou feliz por você sim, só peço para que seja racional como sempre foi, ok?
— Pode deixar. — não estava muito firme quanto a isso as dúvidas e incertezas o assombravam e então Arthur fechava os olhos e o sorriso dela vinha em sua memória e nesse instante tudo se encaixava.
Camila escutaria tudo quase que sem respirar para não perder nenhum detalhe do que Ana lhe contava.
— Então ele vai ficar aqui te esperando?
— Mais ou menos, pelo menos falou nessa possibilidade e eu estou me segurando nisso. — olhou a paisagem pela janela com o olhar vago — Não quero nem pensar nele longe de mim.
— E me fala uma coisa... — Camila foi para perto da amiga — Ele sabe do Andrew?
— Não. — Ana ficou com o semblante sério.
— Vai contar para ele?
— Ainda não sei. Eu dei um corte no Andrew antes de viajar com o Arthur então não existe mais "ele" e isso aconteceu antes de estarmos de fato namorando então não vejo sentindo tocar nesse assunto. Só falei do John porque não tive alternativa... Arthur também não comentou nada sobre suas ex-namoradas — Ana ficou pensativa — Engraçado, não sei quase nada dele.
— Talvez se você deixasse o rapaz falar — Camila começou a rir.
— Engraçadinha. Até perguntei, mas ele desconversou e a mãe dele deu a entender que algo ruim aconteceu.
— Você vai ficar sabendo é só ir com calma e jeitinho.
— Ah isso eu vou mesmo! — nesse momento escutou alarme do celular informando que recebeu uma mensagem. — Olha isso! –— mostrou para Camila — Está me desejando boa noite. — abraçou o celular e começou a digitar uma resposta.
Camila ficaria observando Ana toda apaixonada e não sabia dizer se estava confortável com aquilo. Ana nunca foi assim e de repente estava até pior que ela. "Repreendeu demais isso dentro de si, estou com medo de ver você sofrer Ana" era o que pensava ao ver amiga deitada na cama mandando e recebendo as mensagens.
xXx
Havia uma claridade irritante que de certa forma fazia Ana semicerrar seus olhos e mesmo assim não conseguia enxergar direito, mas aquela voz. Sabia de cor a quem pertencia e o efeito que ela tinha em todo o seu corpo.
— Como foi o seu final de semana? — Andrew veio sorrateiro atrás de Ana falando bem próximo ao seu ouvido o que fez seu corpo inteiro se arrepiar.
— Foi extraordinário Andrew! Obrigada por perguntar.
— Isso realmente ficou incrível... — se aproximou encostando seu corpo e tirando de suas mãos os pinceis colocando-os na bancada — Agora incrível mesmo é você. — depositou um beijo em seu pescoço.
— Ah! – Ana suspirou — Não faça isso!
— Não tenha medo... — Andrew voltou a lhe beijar e com uma de suas mãos subiu por entre as suas pernas — Aquele garoto não vai ficar sabendo. — suas mãos já estavam em contato com o seu sexo que lhe respondia positivamente ao toque.
— Como você sabe dele? — Ana estava confusa envolta em suas sensações.
— Eu sei de tudo Ana! — virou Ana para o seu encontro e começou a desabotoar o seu vestido. — Arthur não ficará sabendo de nada. — lhe beijou e ela o afastou.
— Não posso fazer isso! — respondeu com o rosto queimando e com todos os seus pelos arrepiados.
— Claro que pode e irá. Sabe como eu sei disso? — continuou a despi-la.
— Não!
— O seu corpo, querida! Ele fala por si. — e Andrew introduziu um dos seus dedos por entre o sexo úmido de Ana — Veja como você está só de lhe tocar.
— Não posso fazer isso! — Ana respondia como se implorasse que ele parasse mais ao mesmo tempo queria que continuasse.
— Arthur não vai te satisfazer nem por um segundo Ana... — Andrew segurou os seus seios entre suas mãos — Você sabe muito bem disso...
— Como você sabe que o nome dele é Arthur? — a confusão e o prazer tomava conta de Ana.
— Ele não tem nada para lhe oferecer como tenho... — foi afastando as suas pernas e se posicionando para toma-la — Ficando comigo você terá o sucesso que busca... — o seu sexo roçava no dela que a fazia gemer. — Viu como entende; isso gema para mim!
— Não Andrew! Para! — afastou o seu corpo do dele ainda relutante.
— Não quer que eu pare. — Andrew colou sua boca ao seu ouvido e começou a sussurrar — O que você quer é o oposto. — Andrew invadiu e Ana arqueou o seu corpo para trás.
— Para! — Ana gritou.
— Vislumbre o que será da sua vida com Arthur...
Nesse momento o corpo de Ana é transportado daquela dimensão para outra. Ana ficou ainda mais confusa, consegui se ver e a Arthur também. Andrew continuava:
— Você será uma daquelas donas de casas entediadas e frustradas repletas de filhos agarrados na barra de sua saia...
Ana pôde ver quarto crianças invadindo o local em que estava, se via ao longe rodeada por aquelas crianças todas loirinhas gritando incansavelmente, pulando, correndo e objetos caindo ao chão. Andrew continuava:
— O seu sonho, querida, terá ido por água abaixo; o mais perto que estará dele são os vasinhos que pintará no quintal nos poucos momentos de paz que lhe restar e quanto ao seu adorável Arthur estará tão frustrado quanto você...
Novamente é transportada para outro local e Arthur aparece diante dos seus olhos, um pouco mais velho que o habitual. Andrew seguia com sua sentença:
— Afinal a mulher com que ele casou não será mais fantástica ou fabulosa, nem a mais bonita, agora o que ele tem ao lado é uma mulher sem vaidade e amarga que mal troca com ele meia dúzia de palavras e quando as faz são apenas para criticar...
Ana conseguia ver a cena nitidamente dela brigando com o seu tão amado Arthur de forma incontrolável, da mesma forma que via seus pais brigarem, cheios insultos e agressões. Andrew não parava:
— Sabe o que vai acontecer? Ele começará a sair com uma colega de trabalho que o trata bem e consola do terrível fardo que carrega: você!
E Ana vislumbrou Arthur com outra mulher na cama uma névoa invadiu o local em que estava e sentiu seu corpo caindo. Ana se debatia na cama e falava coisas sem nexo. Camila acordou assustada.
— Ana! Ana! — Camila a chamava baixinho.
— Não! — Ana saltou da cama gritando.
— Calma! Foi apenas um sonho.
— Não! — Ana olhou para a amiga assustada e com lágrimas nos olhos — Foi um pesadelo! Um terrível pesadelo!
— Calma amiga; estou aqui — Camila abraçou Ana que havia começado a chorar — Quer me contar o que aconteceu?
— Acabei de ver meu futuro com o Arthur e estava acontecendo tudo que não quero! E quem me mostrava era o Andrew... Ele queria que visse como seria a minha vida se eu ficasse com o Arthur e não com ele. — abraçou mais forte a amiga — E o que eu vi foi horrível. Cheia de filhos, cuidando de uma casa enquanto Arthur tem casos por ai.
— Você sabe que nada disso vai acontecer... — acariciou os cabelos da amiga — Olha para mim! Você sabe que não vai ser assim?
— Eu já não sei mais nada até ontem eu achava que era imune ao amor e olha o que aconteceu estou completamente apaixonada por aquele baixinho de olhos azuis. — levantou da cama e foi até a janela, precisava de ar, precisava respirar. Aquele quarto a estava sufocando.
— Você está com medo e isso é natural. Então está projetando todos os seus medos nessa relação com o Arthur.
Ana apenas a olhava com o canto dos olhos e puxava o ar mais fundo.
— É aceitável você sentir medo isso é novidade para você, como mesmo disse: nunca amou antes e agora não está sabendo o que fazer. — Camila levantou e foi para perto de Ana — E sabe o que é pior? — Ana balançou a cabeça negativamente — Ninguém nunca sabe.
— Muito reconfortante. — seu semblante era pesado.
— O que eu sei é que você jamais desistirá dos seus sonhos, está apenas confusa por conta da novidade, passando isso saberá o que fazer. — segurou as mãos de Ana — Você é prática e decidida diferente de mim, esse seu sonho acontece com pessoas como eu e não como você.
— O pior você não sabe no sonho eu estava transando com o Andrew.
— Isso é algo que está te incomodando, por isso ele estava no seu sonho, tem que ver o que ele realmente significa para você. — foi até o seu lado do quarto e começou a arrumar sua cama — Eu só acho que você perderá muito escolhendo o Andrew.
— Pensando profissionalmente ele é a minha melhor opção.
— Nem por um minuto! — Camila a olhou com cara de brava — Jamais pense que um homem possa fazer isso por você! Você tem meios para isso é incrível Ana! Por favor, não venha com inseguranças agora! Nunca foi assim.
Ana voltou a olhar pela a janela indo mais perto colocando seu rosto para fora. Ela pôde sentir o orvalho da manhã que nascia e puxou o ar mais fundo que conseguiu. Estava com medo, muito medo de tudo que aconteceu com ela nesses últimos tempos e pela primeira vez a insegurança e a angustia a invadiu a ponto de lhe dominar.
xXx
Capítulo de Domingo chegou!!! E o que vemos é Ana com problemas de consciência pesada!!! Só quem já possou por isso sabe o quanto pode nos dominar. Agora é esperar que ela saiba o que fazer. Beijos amores!!!
Recadinho chatinho: minhas férias acabaram então possivelmente não vou conseguir postar com tanta frequência. Pelo menos duas vezes na semana eu prometo.
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