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Capítulo 16

O amanhecer veio cauteloso por tudo que a noite anterior havia representado. Arthur acordou primeiro, deixaria Ana ainda adormecida naquela cama que dividiram. Abandonou o quarto em silêncio e da mesma forma chegaria até a cozinha.

— Bom dia. — uma voz grossa ecoou assim que Arthur passou pelo batente da porta.

— Bom dia. — Arthur respondeu sem hesitar.

— Já tem café pronto; pega uma caneca e senta aqui. Nós dois vamos conversar. — Colin olhou para o rapaz com uma expressão séria.

Arthur mais que depressa faria o que o homem sugeriu e sentou um pouco assustado. Toda a sua postura decidida havia ido por água abaixo.

— Devo desculpas pela forma como cheguei ontem. — Colin ainda apresentava o rosto inchado e com as mãos machucadas da briga da noite anterior.

— Não precisa...

— Acontece que eu bebo demais e me irrito fácil... — ignorou o que Arthur ia dizendo e continuou: — Ontem aconteceu algo que não pude deixar passar. Mesmo se não tivesse bebido teria agido da mesma forma. — olhava atento para o rapaz que permanece em silêncio — Não sei o que ela te contou sobre o seu passado e não vou entrar em detalhes, afinal não acho que esse namoro de vocês venha a durar por muito tempo...

— Eu...

— Vou falar primeiro depois você argumenta. — Colin novamente interrompeu ficando ainda mais sisudo que antes — Como ia dizendo; vocês são diferentes e isso é nítido. Não sei se você vai aguentar o seu ritmo louco. Se ela tivesse puxado o temperamento da mãe ia continuar não sendo um bom negócio... — novamente a imagem da ex-mulher invadiu seus pensamentos e por alguns instantes ficou alheio sobre o que estava falando — Ontem te falei que se você aprontasse te viraria do avesso e vou fazer isso mesmo como fiz de novo um ordinário ontem! — puxou a cadeira para mais próximo de Arthur — Então presta atenção: se você está pensando em só curtir com ela já é bom dar o fora. — levantou da cadeira e Arthur se encolheu enquanto Colin passou por ele — Apesar de que acho que é ela que vá terminar com você, antes.

Colin terminou o que queria dizer e ficou olhando para o menino encostado na pia. Arthur ainda processava tudo que havia escutado, ficaria assim por um bom tempo até que as palavras voltaram até sua boca.

— Não tenho intenção nenhuma de magoar a sua filha e sei que somos muito diferentes. — Arthur o encarava.

— Bom saber que tem consciência disso.

— Quanto ao nosso namoro ou o que o senhor acha que seja também não posso afirmar o quanto irá durar. Meu curso acaba daqui alguns meses e provavelmente terei que retornar para minha casa, na verdade ainda não sei o vou que fazer... — coçou a cabeça e respirou fundo — Ana ainda tem dois anos pela frente. O que posso afirmar é que não sou um canalha como esse John; jamais encostaria um dedo nela. Não tiro a sua razão de ter espancado essa pessoa, ficaria espantado ou até mesmo revoltado se não tivesse tomado alguma atitude.

— Kelly e eu não fomos feitos para serem pais ou responsáveis por qualquer outra pessoa e mesmo assim tivemos quatro filhos que nos enchem de orgulho. Podiam ter sido má pessoas devido à nossa ausência... — voltou a se sentar e olhar Arthur nos olhos —, mas não. Foram crianças incríveis e estão se tornando adultos responsáveis, muito mais que Kelly e eu seremos um dia.

— Ana é maravilhosa e ama demais vocês. Ontem ela ficou muito triste com toda essa situação, no fundo sabe que é a causadora.

— Nunca! — praticamente berrou — Ela não tem que se culpar! O desgraçado aqui sou eu de ter permitido que aquele filho da puta namorasse com uma menina! — os punhos dele se fecharam — Nenhum pai em sã consciência poderia permitir aquilo!

— Quanto a minha parte, Sr. Jones. Não vou fazer mal a sua filha, e nem poderia! Já estou amando e isso o senhor tem razão; o termino provavelmente irá partir dela então quem vai acabar saindo magoado serei eu.

Arthur pela primeira vez admitiu para si que estava completamente apaixonado por aquela moça inconsequente cheia de vida.

— Então é aqui que vocês estão. — Ana juntou-se aos seus homens na cozinha.

— Estou conhecendo esse rapaz. Encontrou um rapaz bom. — essa frase surpreenderia Arthur.

— É acho que encontrei. — Ana foi até o pai e quando passa por Arthur lhe bagunça os cabelos — O que estavam conversando?

— Assunto de homens. — Colin desconversa e pisca para Arthur.

— Tá bom! — Ana se desvencilhou dos braços de seu pai e se serviu de uma xícara de café.

— Vão embora que horas?

— Logo depois do almoço. — Arthur responde.

— Então teremos que caprichar nele, né, Ana? — levantou depositando sua caneca na pia — Vou pegar algumas coisas e volto para fazer um típico almoço irlandês para vocês. — saiu deixando os dois sozinhos.

— O que ele conversou com você? — Ana sentou bem próxima a Arthur fazendo carinho em suas pernas.

— Como ele disse: assunto de homens.

— Já estão até com segredinhos. Bom para vocês!

— Ficou brava? – Arthur riu alto.

— Não! Porque estaria?

— Franziu a testa, só que não conseguiu ficar menos atraente do que já é! — Arthur a provocou.

— Acho bom desencostar ou subirem para o quarto. — Liam os interrompe e Arthur se afasta quase que imediatamente.

— Acordou cedo! Que milagre é esse? — Ana olhou intrigada para o irmão.

— Você vai embora hoje e queria passar um tempo com minha irmãzinha, não posso?

Ana pulou da cadeira e o abraçou pelas costas apertando.

— Seu lindo! Claro que pode! — e o beijava por todos os lados. Liam tentava se desvencilhar.

— Ei! Dá um jeito nisso aqui. — Liam ria e chamava por Arthur.

— Nem que fosse louco me meteria... — sorriu achando bonita a cena dos dois — Vou ver se ficou alguma coisa para trás.

— Relaxa! — Ana voltou para perto de Arthur — Está tudo em ordem lá em cima eu até já arrumei as minhas coisas, sabe Liam o rapaz aqui tem toque.

— Não tenho...

— Estou brincando com você! — diz beliscando e beijando por todos os lados.

— Vão para o quarto, por favor! — Liam esbravejou.

— Quando vou conhecer sua namorada? Busca ela. Pai disse que vai fazer o almoço e você sabe como é boa a comida dele... — olhou para Arthur — Em compensação a da nossa mãe é péssima. — fez uma careta.

— Vou ver com ela. — Liam coçou a cabeça.

— Está preocupado? — Ana observou a expressão no rosto do irmão.

— Não estamos em uma fase muito boa apenas isso. — Liam tomou um gole de seu café — Acho que ela está querendo casar.

— E está esperando o que para fazer isso?

— Talvez por serem muito jovens, não é? — Arthur se meteu na conversa.

— Não é nem por isso Arthur. Gostaria de estar em uma situação financeira melhor sabe, para dar uma casa decente para ela. — olhou em volta — Não dá para trazer ela para morar aqui nesse caos e tem o Ryan.

— É o filho dela. — Ana informou Arthur — É realmente não dá para trazer aqueles dois para essa loucura.

— E não sei se consigo deixar o pai aqui sozinho apesar de que iria morar aqui perto, mas não estando no mesmo teto que ele; acho que não teria paz.

— Olha Liam, sei que é nosso pai e o amamos demais, porém são nossas vidas também. Você merece olhar mais para si e ir viver a sua vida, não deixe o tempo passar.

— Talvez faça isso — voltou a suspirar.

— Kevin e Owen estão vivendo a deles. — Ana deu de ombros.

— E você também. — Liam ficaria triste nesse momento — Eu escolhi ficar então tenho que conviver com isso. Me fala tem notícias da mãe? — preferiu mudar de assunto falar de sua vida incomodava sabia que foi o único dos quatros que havia ficado estagnado.

— A mãe? — Liam acenou com a cabeça — Está ótima! Não tem ninguém a incomodando mais.

Os três ficariam ali praticamente à manhã inteira conversando, Arthur escutaria algumas histórias interessantes sobre sua infância. Sentiu até uma pontinha de inveja, percebeu que a deles foi muito mais divertida que a que teve.

Pouco antes do almoço Ana e Arthur decidem dar um passeio pelo vilarejo e encontram mais amigos que fizeram parte do passado e novas histórias brotariam. Quando retornavam para casa encontraram com Liam e sua namorada com seu filhinho de cinco anos.

Myrella tinha tido Ryan ainda adolescente com dezesseis anos e o pai do garoto era ausente. Liam meio que já o havia adotado em seu coração até Colin gostava daquele menino. Arthur vinha mais à frente brincando igual a uma criança com o pequeno Ryan enquanto os outros três vinham mais atrás observando.

— Vai dar um bom pai. — Myrella fez uma observação que fez com que Ana torcesse o nariz.

— Nem sempre, ter afinidade com crianças quer dizer que será um bom pai. — Liam e ela se entre olham sabiam a que se referia — Mas pode ser que sim, Arthur é um doce. — suspirou — Feliz da mulher que casar com ele.

— Não pensa em casar com ele? — Myrella achou aquele comentário estranho.

— Mal começamos a namorar e ele parte no final desse semestre então provavelmente nosso lance dure apenas até lá. — Ana ficou triste, mas essa era a realidade.

— Não sabia disso. — Liam também ficou triste. De todos os namorados que a irmã teve, de longe foi o que mais gostou apesar do pouco contato que teve sentia algo bom vindo dali.

— Ele se forma agora e provavelmente vai voltar para casa... Ainda não conversamos sobre isso... — Ana estava séria — O que aconteceu foi que acabei impondo um namoro sem ele existir.

— Como assim? — Liam segurou Ana pelos braços.

— Eu apresentei como namorado, mas na verdade não somos, sei lá que somos Liam... — se soltou do irmão e voltou a andar — Saímos juntos algumas vezes, bom foram quatro vezes e eu o trouxe aqui porque queria transar, só isso.

— Bem sua cara fazer isso. Mas está ciente que ele gosta de você? — Ana apenas o olhou e não respondeu — Porque está estampado na cara dele que está apaixonado.

Ana se afastou apertando o passo e encontrando Arthur mais à frente. Não queria tocar naquele assunto, sabia que Arthur gostava dela; e ela também estava gostando dele, o que incomodava era que não estaria mais com ele no próximo semestre. Arthur iria embora e não queria ficar com o coração partido. Quando voltassem teria que já por fim naquilo e era essa parte que estava deixando mais triste ter que dizer adeus aquele rapaz de olhos azuis incríveis.

— Aconteceu alguma coisa? – Arthur percebeu aquela ruga nascendo entre seus olhos. Já sabia o que significava. Em pouco tempo juntos Arthur já conseguia decifrar Ana.

— Não! — Ana entrelaçou seu braço no dele — Ainda.

— Fala comigo.

— Depois iremos; agora vou pegar esse menino e encher de mordidas! — Ana correu atrás de Ryan que sai gritando todo feliz.

Arthur ficou para trás observando Ana se distanciar pensativo tempo suficiente para que Liam e Myrella o alcance. E assim os três seguiram em silêncio. Ana e Ryan entraram iguais a um trator e correram para sala assistir televisão. Colin já tinha praticamente terminado o almoço estava apenas aguardando para começar a servir. O que seguiria foi uma refeição animada com mais histórias constrangedoras que fizeram todos rir e algumas horas mais tarde Arthur e Ana foram embora.

Ana demonstrava sinais de incomodo. Evitou conversar com Arthur durante a viagem de volta. Deixou que o sono adiasse para o último minuto a conversa que não desejava ter.

— Nossa dormi a viagem toda, mas ainda estou cansada. — Ana se espreguiçava.

— É porque acabou dormindo demais aí dá essa sensação. — Arthur pegava as mochilas — Vamos comer alguma coisa?

— Não estou com fome, comi demais no almoço; precisava mesmo ir para meu dormitório e você também precisa ir para seu apartamento. Te tirei da rotina e você ainda tem um monte de trabalho...

— Não tenho mais, já entreguei tudo.

— Ah! — aquilo a surpreendeu, era sua fuga.

— Quer ficar comigo essa noite lá no apartamento?

— É um convite tentador, mas preciso colocar algumas coisas em dia. — Ana retirou a mochila das mãos de Arthur — Não sou tão organizada como você, quem sabe um dia. — precisava pensar em algo rápido para se livrar da conversa que pretendia ter.

— O que fez com ela? — Arthur a segurou pelo braço.

— Fiz o que?

— Com Ana de algumas horas atrás, cadê sumiu? — olhou para os lados.

— Ela ainda está aqui só que um pouco mais pé no chão. Temos que conversar sim, porém não hoje. Não quero conversar agora só quero ir para minha cama e colocar a minha cabeça em ordem.

— Sabia que isso ia acabar acontecendo. — Arthur respirou fundo — Vamos fala logo que não quer mais me ver. Não tem porque prolongar.

— Eu quero te ver sim! — Ana olhou em volta —– Vem vamos sair daqui tem muitas pessoas, você tem razão não faz o menor sentido prolongar.

— Foi algo que eu fiz? — a seguiu confuso e ao mesmo tempo parecia que esperava por aquilo.

— Podemos ir para o seu apartamento e lá conversamos? — Ana apertou o passo em direção à saída.

— Podemos. — Arthur decidiu chamar um taxi. Seria mais rápido se pegassem o transporte público.

Ficaram mudos; o caminho todo e em vinte minutos chegam até o apartamento de Arthur. O silêncio era incomodo em ambos só que nenhum quis quebrar. Ana estava angustiada e Arthur triste.

— Entra... — havia aspereza em seu tom de voz — Vou ver se Chris está, pode ir indo para o meu quarto, você lembra o caminho?

— Sim.

— Tem certeza que não quer comer nada eu posso preparar alguma coisa...

— Tenho. Agora se você está com fome...

— Não estou mais. — e o tom áspero retornou para os lábios de Arthur.

Apartamento vazio. Silêncio incômodo. Apenas isso que Arthur encontrou na sua busca pelo colega. Antes de entrar em seu quarto e encarar aquela moça que acordou seu coração que há tempos resolveu colocar no modo avião, suspirou profundamente.

— Estamos sozinhos. — passou por ela e sentou em sua cama a encarando. Chegara o momento da conversa dolorosa. Arthur já havia tido um conversa nesse mesmo molde anos atrás e desejou nunca mais ter de passar por algo semelhante novamente. E lá estava ele encarando um fantasma do passado.

— Melhor assim... — Ana sentou-se de frente a ele no chão sobre os pés — Algo aconteceu fora do meu controle e eu não estou sabendo como lidar com isso.

Seus olhos verdes olhavam diretamente para os azuis dele tentando ler a sua reação. Arthur era um livro aberto e aquilo machucou Ana, mas tinha que prosseguir e assim foi:

— Não era para termos feito essa viagem, não era nem para termos nos visto assim tanto...

— Não entendo. Você que me chamou para ir com você até lá.

— Eu sei. — Ana fez uma pausa e desviou o olhar. O que iria dizer em seguida não era nada agradável — Te chamei porque queria transar e aqui não estávamos conseguindo. Sempre acontecia uma coisa que nos atrapalhava e indo para lá sabia que ia rolar e enfim poderia seguir. — Arthur a olhava com os olhos arregalados — É eu sou assim e não tenho vergonha de ser, não sou como a maioria das meninas que você deve ter saído que pensam em romance e essas baboseiras. O que eu estou com vontade de fazer eu faço e eu queria transar e sabia que você também queria. — Ana ajoelhada vem mais próximo dele — Só que você não é como a maioria dos homens com quem fiquei.

— Lógico que não! Eu sou um idiota.

— De forma alguma! Você é apenas diferente. — puxou o ar. Aquilo a estava matando — Mas que droga você fez comigo lá? — agora havia uma irritação no tom de sua voz.

— O que eu fiz? Diga-me você.

— Eu nunca tinha feito "aquilo" que você fez comigo. Ninguém nunca fez amor comigo. Porque foi isso que fizemos não é, Arthur?

— Não posso responder por você, apenas posso falar por mim. E eu fiz amor com você.

— Você me mostrou como é e agora terei que conviver com isso sabendo como é maravilhoso ser amada e não usada por alguém... E então você vai embora — ela falava rápido, mal respirava e as lágrimas começaram a cair de seus olhos — Não quero passar pelo que minha mãe passou quando meu pai foi embora e depois quando os outros namorados dela foram. Camila sofre horrores por conta disso... Não quero estar apaixonada por ninguém! — havia desespero em sua voz a sua blindagem havia sido rompida no momento em que seus olhos pousaram em cima daquele rapaz jogando sinuca no canto escuro de um bar.

— Está apaixonada por mim? — Arthur desceu da cama e se juntou com ela no chão.

— Acho que estou. — Ana abaixou os olhos. Estava envergonhada.

— Acha? — Arthur puxou o rosto dela de encontro ao seu.

— Acredito que sim. — Ana segura as suas mãos — Como disse: nunca estive então o que estou sentindo por você é algo novo, diferente. — suspirou tentando conter o choro — É bom e ruim ao mesmo tempo só quando a sensação fica ruim é insuportável não quero sentir isso. Lembro que falei para vivermos o momento e não pensar no amanhã? Não vou conseguir.

— Se afastando acha que vai melhorar?

— Sim.

— Não vai! Acredite já passei por isso e não vai. Não da forma como você acha. Demora muito e muito tempo para que a dor suma. — o coração de Arthur quase saltava do seu peito, a sensação de magoa estava voltando e dessa vez parecia doer mais.

— Por que teve que ser assim? Era para ser apenas uma diversão. — Ana olhava para o teto tentando evitar que as lágrimas voltassem a cair.

— Sabe o que é engraçado? — Arthur segurou o seu rosto — Desde a primeira vez que te vi naquele bar me olhando e sorrindo senti como se tivesse levado um soco no estômago, acho que já me apaixonei por você ali. Se eu queria transar com você? É lógico que queria, mas não era o que me motivava, diferente de você.

— E meu pai preocupado comigo de ficar magoada. — Ana levantou e foi em direção a sua mochila.

— Larga isso ai e volta aqui! — Arthur falou bravo com ela — Não vai fugir. Você não é assim.

— Não estou fugindo. — Ana deixou o peso sair do corpo e se voltou novamente para Arthur — Só que não há mais nada para ser dito.

— Como não? Você acabou de falar que está apaixonada por mim e eu falei que estou por você e mesmo assim pretende ir embora sem ao menos tentar?

— Tentar para que? — Ana aumentou pela primeira vez o tom de sua voz — Não quero um relacionamento com um prazo de validade e vamos combinar bem pequeno por sinal.

— E você que é a otimista e prática dos dois. — Arthur levantou e foi até ela — Meu curso termina daqui alguns meses, mas isso não quer dizer que eu tenha que ir embora, não necessariamente.

— Como assim?

— Posso conseguir um trabalho por aqui ou mesmo se for não é tão longe podemos continuar nos vendo nos finais de semana.

— Achei que você ia voltar para perto de sua mãe. — e então uma ponta de esperança voltou para o seu peito apertado.

— A intensão realmente era essa voltar para casa ainda mais depois do que aconteceu com o meu pai.

— Mudaria seus planos só para ficar comigo?

— Acho que já mudei. — segurou o rosto dela entre suas mãos — Mudei quando conversei com seu pai e percebi que você era tudo o que eu mais queria. Você me faz feliz e eu quero te fazer também.

— Que droga Arthur! Você só complica tudo.

— Acho que quem complica tudo é você, mas vou seguir o conselho do seu pai; você tem razão EU complico tudo! — Arthur sorriu para ela.

— Pela primeira vez eu não sei o que fazer. Acabei de ficar extremamente insegura com tudo. — e isso realmente era outra novidade para ela, sempre soube o que fazer e agora estava se sentindo impotente e até com medo do vinha pela frente.

— Bem – vinda ao meu mundo! — Arthur abriu os braços e voltou a sorrir.

— Como você suporta isso?

— Ninguém vai saber te responder. Se têm algo que aprendi com o pouco tempo em que te conheci é que: amanhã é futuro e ontem foi passado vamos nos ater ao presente.

— Tem certeza?

— Tenho. Quero estar com você o máximo que puder. Se vamos estar juntos até o final desse ano nenhum de nós sabe, ninguém sabe, só não quero me arrepender de não ter tentado.

— Eu vou te magoar tenho certeza disso, sou muito impulsiva.

— E eu sou inseguro, então teremos um bom aprendizado pela frente, somos jovens e nesse caso o tempo está ao nosso favor.

Arthur percebeu que Ana ainda está apreensiva com tudo aquilo e a abraçou apertado. Uma situação inversa para ele, afinal, geralmente era ele quem ficava assim apreensivo, mas ali naquele momento sabia o que queria e era ela, sendo assim faria o impossível.

— É isso então Arthur... — os olhos verdes Ana fitam os azuis de Arthur — Vai me ensinar a amar?

— Não. Vamos aprender juntos como será isso, como nos amar, como nos respeitar e como nos compreender, tudo no tempo que tiver que ser.

— Eu vou te enlouquecer e me enlouquecer! Só que já não consigo me imaginar longe dos seus braços, dos seus beijos e das coisas que você me diz. Você não traz solução pronta e sim a forma de como vamos conseguir.

— Como eu traria a solução? Se nem eu sei como as alcança-las. O que sei; é que depois de você senti necessidade de conhecer, de me arriscar, de sair da minha zona de conforto.

— Eu só sei que depois de você não aceitarei menos do que me mostrou em relação a tudo. — Ana esfregou seu nariz na camisa dele — Acho que meu apetite voltou.

— O meu também. — beijou seus cabelos — Vem vou preparar uns sanduiches.

Arthur entrelaçou seus dedos nos dela e foram para aquela cozinha apertada. Havia um entendimento depois daquela longa conversa e também havia consciência de que não seria fácil. Ana lutaria contra seu espirito livre que quer voar para longe com medo de se entregar para não sofrer. Enquanto que Arthur lutaria ao contrário, pois sabia que se tentasse prende-la a perderia para sempre, teria que aprender a confiar algo difícil depois de seu último relacionamento sério o causador de toda a sua insegurança.

Tiveram um sono agitado naquela noite e dormiriam juntos na cama de Arthur pela primeira vez. Como um casal de namorados se reconciliando após uma discussão. Uma das muitas que provavelmente viriam dessa jornada que se iniciava.

xXx

Quem ler esse capítulo e não se apaixonar pelo Arthur tem coração de pedra!!!

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