Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 15


A claridade dava contornos sobre aqueles corpos entrelaçados na cama da garota que pela primeira vez soube o que era fazer amor. Seus olhos verdes abriam tímidos, relutantes, ainda preguiçosos. A visão tomava foco e a imagem que se formava era do rapaz com os lábios entre abertos entregue a sua exaustão. Observou cada detalhe daquele rosto quase que totalmente coberto pela sua barba loira. Os cílios às vezes se moviam involuntariamente e Ana sorria feliz ali do seu lado.

Recostou seu corpo mais próximo ao dele. O calor lhe aqueceu e as sensações sentidas horas antes voltaram rapidamente até sua memória. Seu nariz buscou caminho naquele pescoço alvo. Precisava do seu cheiro. Arthur se mexeu com o toque e dessa forma seu braço caiu sem pretensão por entre as penas da garota. Ana sentiu o toque sutil ali sobre seus pelos pubianos e quis mais. Buscaria por mais.

Ana moveu-se de encontro à mão que sem entender a invadia. Arthur ainda estava totalmente imerso no reino dos sonhos, porém Ana estava bem acordada, em todos os sentidos. Roçava seu sexo ali devagar. O cheiro da sua excitação entraram pelas narinas de Arthur. O rapaz ainda não sabia se o que estava sentindo era real ou imaginário o sono ainda o puxava enquanto que Ana intensificava. Praticamente inebriante no seu desejo deitou-se em cima dele grudada ao seu corpo, movendo sua pélvis para frente e para trás.

O sono podia dominar ainda os olhos de Arthur, mas as ondas de tesão já fazia com que outra parte de seu corpo correspondesse aos apelos de Ana. A respiração da menina vinha acelerada de encontro aos ouvidos de Arthur, seu membro já disputava espaço com as carícias que Ana infligia. E foi assim que a imensidão azul daqueles olhos se abriram para ver a garota implorando por mais.

— Quero você de novo dentro de mim, Arthur! — murmurou em seu ouvido.

Não teria tempo de responder, Ana esticou-se sobre ele e pegou novamente o pacote com as camisinhas. Rasgou com voracidade a embalagem e ela mesma colocou no ainda sonolento, porém excitado Arthur. E assim aconteceu. Estava com ele todo dentro dela.

— Ah! Como isso é bom! — se mexeu lentamente para frente e para trás.

O sono acabou naquele instante. Dessa forma ajudou aquela garota esperta se movimentar sobre o seu corpo. E novamente os gemidos foram surgindo, os movimentos aumentando e o corpo caindo extasiado sobre o outro.

— Bom dia! Dorminhoco!

— Bom dia é pouco! Ótimo dia!

— Bora levantar! Quero te mostrar tantos lugares!

A felicidade sentida por Ana vinha estampada em seu rosto. Correu até a estante em que ficavam seus discos de vinil e colocou um para tocar no último volume. Arthur apenas a observa completamente anestesiado.

— Queria ter essa disposição ao acordar. — seus olhos azuis seguiam aquele corpo nu dançando pelo quarto.

— Nem que você queira! — Ana vai até ele e lhe beija no nariz — Não é da sua natureza. Vou tomar um banho, me espera lá cozinha... — colocou um roupão e já ia deixando o quarto — Se achar qualquer coisa naquela bagunça me faça um café!

Sem poder argumentar já que Ana havia lhe abandonado naquele quarto, sem ter alternativa Arthur colocou as roupas de volta e desceu para o andar debaixo. Caminhou sorrateiro. Sentia-se intruso ali naquela casa imensa e tomada pela desordem. Tentou lembrar em sua mente do caminho que fez na noite anterior e assim chegar até a cozinha, não encontraria muita dificuldade, porém Ana estava certa. Achar o que fosse ali seria digno de um prêmio. Torcendo o nariz procurou pela chaleira. Ao encontrar colocou água, ligou o fogo quando estava indo até a geladeira algo lhe assustou.

— E aí? Estava bom transando com minha irmã?

Liam estava sentando no cantinho da cozinha tomando seu café da manhã e ficou apenas observando o baixinho andando atordoado pela cozinha.

— Er...eu — Arthur ficaria de todas as cores, não sabia o que responder — Deus!

— Ei! Não coloca Deus nisso! — Liam fez menção em levantar e Arthur dá um salto para trás — Calma! Não vou te bater! Eu sou o irmão bonzinho. Sorte sua do Kevin não estar aqui... — fez uma pausa e sorriu, estava adorando tudo aquilo — A coisa vai ficar feia é quando meu pai aparecer. Depois do escândalo que vocês estavam fazendo não quero nem estar perto.

Nesse momento a porta da cozinha que dava para área externa se abre e por ela entra um homem muito alto de cabelos loiros quase grisalhos.

— Estou exausto! — falou dirigindo-se para Liam ignorando a presença do Arthur — Fez café?

— O rapaz ali está fazendo. — Liam aponta para o Arthur.

— Ah e aí? — Colin sentou-se na cadeira e colocou a cabeça entre suas mãos em sinal de cansaço.

Arthur olhava para aquele homem imenso comparado ao seu tamanho, sem saber como agir. Não era dessa forma que pensou em ficar diante ao pai de Ana, ainda mais depois do que aconteceu naquela noite, ou melhor, nessa manhã embaixo do seu teto.

— Dormiu onde? — Liam ignorando também a presença de Arthur inicia seu interrogatório costumeiro ao pai.

— No pub. Bebi demais e apaguei lá. — o homem coçava os olhos ainda cansados da noite mal dormida.

— Sabe que não pode ficar fazendo isso. Estava doente mês passado e o médico o proibiu...

— Escuta aqui moleque! O pai sou eu! — sua voz alterou em questão de segundos — Não vou aturar sermões de um fedelho que nem saiu das fraldas! — levantou bruscamente da cadeira — Vou deitar... Por que diabos essa música está tão alta?

— Ana está em casa. — Liam murmurou.

— Puta que pariu! Era só que faltava! Não era para ela vir semana que vem?

Liam deu de ombros para o pai não sabia o que haviam combinado. E justamente nesse momento que Ana escolheu para se juntar aqueles homens, completamente alheia ao que estava acontecendo.

— Pai! — se jogou em pescoço e encheu de beijos.

— Bonequinha! — Colin retribuiu o beijo. Novamente seu tom de voz mudou em segundos — Achei que vinha semana que vem.

— Não! Te disse que era nessa. — largou o pai e foi em direção ao irmão — Liam! Cadê meu abraço? Estava com saudades!

No momento do abraço entre os irmãos, foi quando Arthur pode reparar na semelhança gritante entre eles, até pareciam gêmeos a diferença é que Liam era tão alto como o pai e Ana tinha praticamente a mesma altura que a sua.

— Vejo que já conheceram meu Arthur. — Ana lançou uma piscadinha em direção ao rapaz acuado no canto da cozinha desejando que abrisse um buraco onde pudesse entrar e sumir.

— Arthur? E quem é Arthur? — o pai ficou meio perdido.

— Lembra pai! Arthur o meu namorado. Olha ele aqui! — Ana sentia-se confusa.

"Namorado" teria sido mesmo essas palavras que saíram da boca de Ana? Era o que Arthur se perguntava mentalmente. Ficou feliz em ter sido apresentado dessa forma.

— Sr. Jones — Arthur estendeu a mão para o pai da Ana.

— Namorado? Que novidade é essa? — Colin não retribuiu o gesto do menino e o olha com desconfiança — Esse rapaz não combina nada com você.

— Pai! Para com isso. — Ana ficou extremamente irritada com o comentário do pai.

— Bom... É Arthur? — o homem o olhava agora de cima para baixo, achou que fosse amigo do filho nunca imaginou que poderia ser algo da Ana.

— Sim. – Arthur responde sério.

— Pode me chamar de Colin e desculpa você é muito diferente dos namorados que Ana já teve. Preciso descansar um pouco e Ana; por favor, desliga aquele maldito som. — e assim deixou os três a sós e sobiu para seu quarto.

— O que ele tem? — Ana indaga o irmão.

— Voltou a passar dos limites com a bebida. — suspirou — Olha não tá fácil, você escolheu o pior momento para vir aqui e apresentar o cara ali. Desculpa a brincadeira de antes, mas com ele em casa acho bom maneirarem ai nos gemidos, o humor dele tá daquele jeito... — ia deixando a cozinha em direção ao quintal — E faz o que ele pediu Ana. Desliga o som.

Ana arregalou os olhos para o Arthur e sobiu correndo as escadas, sabia como ninguém como era o humor do pai. Arthur permanecia no canto da cozinha sem saber o que fazer e levou um susto quando a chaleira apitou avisando que a água havia fervido. Tomaram o café da manhã praticamente em silêncio, o clima de alegria havia sido interrompido momentaneamente.

— Vamos passar o dia em Dublin tem coisas legais para fazer lá, melhor do que ficar aqui quando meu pai está assim. — Ana fez cara de culpa — Desculpa não sabia que ele estava assim novamente.

— Não é culpa sua.

— É sim! Devia ter falado com Liam antes. — Ana recolheu as xícaras e colocou na pia — Sabe ele é muito legal, mas tem problemas com a bebida e sendo dono de um pub não ajuda muito. Ele tenta, consegue por um tempo, aí quando algo dá errado volta a se afundar nelas.

— Quer voltar?

— Não! Quero que você conheça onde cresci e meus amigos que ainda moram por aqui. Será divertido prometo. — enfim somiu a ruga de preocupação que havia se formado naquele rosto lindo e novamente Arthur pode ver o seu sorriso.

— Está sendo maravilhoso.

— Você é um doce! Vamos?

Pegaram seus casacos e sairam caminhando de braço dados. Arthur quis perguntar por que o apresentou como namorado, mas ficou com medo da resposta e então decidiu não tocar no assunto, iria esperar para ver se ela continuaria apresentando daquela forma e assim foi para todos os amigos que encontrou "Esse é o Arthur. Meu namorado" às vezes dava mais ênfase para alguns rapazes presumiu que talvez eles fossem algum rolo do seu passado, mas também não ousaria em perguntar.

— Dever ter sido divertido crescer aqui. — Arthur estava fascinado com o passeio, raramente havia saído de onde cresceu; talvez o lugar mais longe que fora era justamente o campus da universidade.

— Muito! Tenho muitas saudades, gostou dos meus amigos?

— Gostei, mas prefiro você. — a puxou contra si lhe dando um beijo.

— Que bom! Fome?

— Faminto. — foi até o ouvido dela e sussurrou — Principalmente de você.

— Mais tarde menino levado, mais tarde! Meu pai já deve estar lá no pub e ele faz um sanduiche incrível!

— Seria uma boa ideia irmos até lá? — Arthur ainda estava com um pé atrás com Colin devido à forma como se conheceram algumas horas atrás.

— Depois de ter dormido o humor deve ter melhorado... — suspirou — Não se preocupe ele é muito legal você vai gostar dele.

— O problema é o oposto ele não gostar de mim.

— Quem está namorando contigo sou eu e não ele. Sou maior de idade faço as minhas escolhas. — Ana viajou com seus pensamentos relembrando o passado — Sempre fiz, mesmo sendo erradas.

— Então é isso estamos namorando? — finalmente a questionou.

— É né! Parece que defini isso sem te consultar antes. Desculpa, mas não quis te apresentar de outra forma. — Ana ficou sem graça.

— Gosto da ideia de ser seu namorado muito mais do que ser apenas seu amigo. A única coisa que me deixa aflito é sobre que vamos fazer depois.

— Depois que você se formar? — Ana olhou confusa — Temos praticamente um semestre inteiro para pensar nisso. Também não sabemos se isso que nós temos vai ser longo. Vamos pensar apenas no dia de hoje e hoje você é o meu namorado e eu sua namorada.

— Pratica como sempre.

— Aprendi a ser com a melhor professora que conheci: minha mãe! — abraçou-o mais forte e continuaram caminhando até o pub — Chegamos!

Ana entrou toda animada deixando Arthur para trás que vinha timidamente observando tudo. Devido ao horário estava vazio, porém alguns dos músicos que tocariam nessa noite já preparavam os seus instrumentos e o pai de Ana estava nos fundos organizando o estoque de bebidas.

— Pai! — Ana gritou — Está ai atrás? Oi Mark! — acenou para um dos músicos.

— Ele está no depósito. — Mark parou o que estava fazendo e foi até Ana — Está tudo bem com você menina?

— Está sim! — se abraçam apertados — Mark deixa te apresentar uma pessoa — procurou por Arthur que ficou esperando ela na entrada do bar — Arthur!

— Oi! — caminhou até ela sem graça e intrigado sobre o homem que lhe abraçava.

— Esse aqui é um amigo de infância do meu pai. Mark praticamente foi meu segundo pai.

Mark e Arthur trocam olhares e se cumprimentam com a cabeça.

— John estará aqui essa noite. — Mark diz para Ana a olhando fixo em seus olhos ignorando a presença de Arthur.

— Ah é? — Ana ficou séria com aquela informação — Bom para ele. — havia rancor em sua voz nesse momento.

— Boneca! — Colin gritou para filha; vindo do fundo da loja com uma aparência bem melhor do que estava pela manhã.

— Pai! — Ana passou para o lado de dentro do balcão e o abraçou apertado — Vim aqui mostrar o pub para Arthur e pedir para você fazer aquele sanduiche.

— Que bom que veio. — lhe deu um beijo sobre os cabelos e se voltou para o rapaz — Desculpa pela manhã; precisava dormir direito... — e enfim estendeu a mão para Arthur que retribuiu o gesto — Sentem que vou fazer os sanduíches.

Os dois seguiram em direção as mesas ainda na maior parte desarrumadas com as cadeiras sobre elas. Ana e Arthur desceram as que iram usar e sentaram aguardando a volta de Colin com os sanduíches.

— Quem é John? — Arthur ficou curioso porque Ana fez uma cara feia quando escutou esse nome.

— Outra hora falo sobre ele. Não vamos estragar nosso dia e pretendo sair daqui antes que ele chegue. — Ana olhou pelo vidro que dava para a rua e pensou — Na verdade não precisamos ir. Ele que se foda! — deu de ombros e tentou esboçar um sorriso para Arthur. O "assunto John" ainda era doloroso para jovem Ana.

— Acho que Mark não foi com a minha cara. — Arthur percebendo a mudança de humor em sua namorada tentou mudar de assunto.

— Ele não vai com a de ninguém! — Ana riu alto — É pior que meu pai, viviam provocando os meus namorados.

— Você teve muitos? — Arthur ficou sério, sentiu-se com ciúmes.

Ana inclinou a cabeça para ele e o observou com cara fechada. Pensou por alguns momentos e então decidiu responder.

— Não foram poucos. Não irei mentir para você, mas fazem parte do meu passado e eu jamais apagaria isso da minha história. Cada um foi especial em um determinado momento e não precisa me olhar sério assim... — Arthur estava com o cenho franzido à medida que as palavras saiam da boca de Ana — Você fica feio e nem precisa sentir ciúmes por que como disse: são do meu passado e você é o meu presente.

— Esse John foi um deles não é? — a curiosidade de Arthur falava mais alto.

— Quem foi a sua última namorada? — Arthur a olhou sério novamente — Quer falar dela comigo? — Ana olhava para Arthur com ar triste.

— Não!

— Eu também não quero falar dos meus exs com você, podemos mudar de assunto? — remexeu na cadeira procurando conforto, estava incomodada com aquele assunto e não entendia o motivo.

—– Pronto! Dois sanduiches especial da casa! — Colin interrompeu a conversa trazendo os lanches — Quem sabe ocupando as bocas essa cara de vocês melhorem. —puxou uma cadeira — Uma dica de homem... — dirigiu-se direto para Arthur — Concorde com tudo que elas falam e um aviso do pai: se você a fizer chorar te viro do avesso.

— Pai! — Ana olhou brava largando o sanduiche — Não estamos brigando, apenas conversando.

—– Não parecia uma conversa à toa. — Colin o olhava de cima para baixo.

— A última coisa nesse mundo que faria é fazer Ana chorar; tem a minha palavra. — Arthur ficou tenso com a forma que Colin o encarava.

— Não use palavras, apenas gestos, comam! — Colin levantou deixando os dois sozinhos.

— Deixei a pior impressão que podia para o seu pai. — a fome de Arthur tinha até passado.

— Está sendo protetor tardiamente. Vai ver é aquela crise dos cinquenta se aproximando. Quando ele devia ter sido assim não foi, mas vamos comer por que estou faminta e você também. — piscou para ele — E você tem que estar com as energias recuperadas; quero mais daquilo de ontem. Muito e muito mais —– Ana se inclinou na mesa e o beijou então voltou a se sentar e comer o sanduiche.

Aquela garota era incrível. Em um momento estava lá com o ar triste e pensativa e no outro o sorriso a torna invadir como se nada tivesse acontecido. Arthur não conseguia acompanhar o seu ritmo.

Colin atravessou o salão e se juntou a Mark que ficariam observando o casal.

— O que acha disso? — Mark perguntava para Colin.

— Regulam na idade. E isso já me deixa mais tranquilo. Sinal de que ela esqueceu a porcaria do último.

— Não sei se gosto dele é quieto demais. — Mark ainda olhava para os dois com desconfiança.

— Tem que ser assim para conseguir aguentar. — suspirou — Podia ter saído à mãe, mas veio com meu temperamento. Se ela encontrar alguém igual aí sim não dará certo.

— Uma coisa é boa; ele parece gostar dela. Viu como olha? Parece que está enfeitiçado.

— Maldita beleza que herdou da mãe! — Colin fechou os olhos; a imagem da ex-mulher reavivou em sua memória — Ela e o Liam são os dois filhos mais bonitos que tivemos e os mais temperamentais.

— E os dois que ficaram com você. — Mark riu baixo.

— Para lembrar-me todos os dias daquela mulher! — riu — Inferno!

Colin voltou para os fundos do pub, precisava deixar tudo em ordem, dali uma hora o local estaria tomado. Mark também seguiu com seus afazes e juntou-se com o resto da banda.

Como previsto a casa começou a encher. Sábado era um dos dias mais lotados e com a melhor banda. John havia voltado a ser o vocalista apenas alguns meses. Ana estava um pouco ansiosa. Fazia pouco mais de um ano que não o via e a forma como tudo acabou entre eles a incomodava. Sentiu-se aliviada quando viu em cima do palco e não sentiu absolutamente nada. John havia se transformado apenas em um cara que cantava dentro de um pub.

— O que acha de voltarmos? — Ana estava agarrada ao Arthur tentando fazer com que dançasse mesmo que discretamente.

— Uma ótima ideia. — apertou Ana contra si.

— Então vamos. — segurou pela mão e foi puxando para a saída.

— Não vai se despedir do seu pai?

— Não precisa. Ele está atolado, veja! – apontou – Se formos lá vai nos dar bronca ou pior nos colocar para trás do balcão e eu não estou com vontade de passar a noite aqui.

Voltaram para a casa que estava vazia como na noite anterior. Liam passava a maior parte do tempo livre na casa da namorada deixando assim o casarão para os mais novos amantes desfrutarem e não perderam tempo. Correram para o quarto com aquela urgência e voltam a se amarem como na noite anterior, se explorando, se conhecendo cada vez mais. Depois da diversão desceram novamente para a sala e ficaram deitados aninhados no sofá assistindo televisão quando Liam e Colin voltaram com a madrugada já pronunciada aos berros.

— Moleque! Filho da puta que você é! — Colin o xingava ferozmente.

— Olha a sua idade e faz o que faz! — Liam abriu a porta da cozinha a batendo com força.

— Veja como fala comigo! Mora na minha casa vive das minhas custas! — Colin vinha logo atrás cambaleando.

— Já estou providenciando isso... — Liam foi em direção da sala e viu a irmã — Ana some que o negócio tá feio. — advertiu a irmã antes que o pai completamente bêbado os vissem ali.

Ana mais que depressa levantou e puxa o Arthur pela mão fazendo o que o irmão sugeriu e saíram pela a porta da frente. Ana andava rápido à frente puxando apertado uma de suas mãos querendo ficar mais longe dali que pudesse.

— Calma! — Arthur a fez parar.

— Não! Continua. Vamos embora. — Ana não queria olhar para ele estava morrendo de vergonha e chorava.

— Você está chorando? — Arthur a abraçou e Ana desabou a chorar colada ao seu peito.

— Odeio quando ele fica assim! —– apontava em direção da casa — Vem vamos lá para praia.

Arthur a seguiu até a praia. Ana avistou um barquinho e entrou nele. A noite estava linda, o céu limpo com estrelas e a lua estava imensa iluminando a madrugada.

— Foi isso que os separou? — Arthur havia se deitado e Ana se aninhava em seu peito dentro do barco.

— Sempre ultrapassou os limites e brigava feio com minha mãe só que ela também revidava. Não foi muito fácil minha infância quando eles ainda eram casados. Aposto que nunca viu isso em sua casa.

— Meus pais às vezes brigam, mas não acho que tenha sido nada parecido com os seus. — Arthur acariciava os cabelos de Ana tentando assim acalmá-la.

— Sorte sua. É horrível ver as duas pessoas que você mais ama na vida se odiando. — Ana se aprofundou mais em seu peito sentindo a proteção que ele lhe oferecia.

— Ele chegou a bater nela alguma vez?

— Várias vezes. — Ana fechou os olhos — Então sumia por uns tempos e depois voltava cheio de culpa e ela o aceitava de volta. Quando isso aconteceu comigo eu não aceitei. Nunca mais quis ele perto de mim.

— De quem você está falando? — Arthur levantou um pouco o corpo. Ficou preocupado com aquela revelação.

— É vou ter que entrar no assunto "John" com você. — suspirou e voltou a se aninhar em seu peito — Conheci lá no pub do meu pai. Ele era filho de um dos músicos que trabalhavam com o Mark; o pai dele já faleceu algum tempo e John meio que ficou no seu lugar. Bom você reparou que ele é bem mais velho que eu né? — voltou a olhá-lo nos olhos.

— Sim notei. — respondeu sério.

— Ele é tipo... Uns dez anos mais velho e já havia sido casado quando começamos a sair juntos. O começo sempre é muito legal, mas com o tempo vi o verdadeiro John. Estava envolvida demais e conforme o tempo ia passando ele ficava mais agressivo e compulsivo. Não podia fazer praticamente nada. Buscava-me no colégio e me mantinha o tempo todo colada a ele. Sufocando-me completamente. Ele tem algo em comum com meu pai a bebedeira e quando estava completamente bêbado ficava pior do que você viu hoje com meu pai.

— E o seu pai nisso tudo? Como ele deixou? — à medida que Ana contava sua história Arthur ia ficando mais sério e preocupado.

— Como explicar isso para alguém que teve seus pais presentes o tempo todo. — Ana olhou para o céu tentando pensar em algo e se voltou para ele — Nem minha mãe e meu pai foram muito presentes. Deixei de viver com ela para vir morar com meu pai por causa do namorado que ela tinha na época. Ele veio com insinuações para cima de mim, até tentei falar com ela. Se um dia você a conhecer vai entender e meu pai nunca teve essa responsabilidade diária de ser pai em tempo integral. Ele sempre foi mais um amigo que um pai. Na verdade quem cuidava de mim eram meus irmãos.

— Vocês são em quantos mesmo?

— Em quarto. Eu sou a caçula. E sim, fui mimada por eles. — fechou os olhos lembrando-se da sua infância com os irmãos — Kevin era quem me arrumava para a escola quando pequena, apesar dele não ser tão mais velho que eu. Somos escadinha. Então imagina um menino de onze anos arrumando a irmã para escola... — novamente sorriu lembrando como Kevin arrumava seus cabelos. — E assim desde pequena nunca fui apegada a coisas de meninas gostava das brincadeiras de meninos e andar com eles.

— E a sua mãe?

— Trabalhando como uma louca. Não que ela precisava. Meu avô pai dela tem muito dinheiro e sempre nos ajudou. Ela ficava fora para não ter que ficar com a gente mesmo. Imagina. Quarto crianças gritando em sua cabeça! Confesso que até entendo. Liam deu muito trabalho era o mais agarrado com meu pai e brigava muito com ela. Quando falo muito é muito mesmo. — Ana parou um pouco para respirar, percebeu que estava falando muito rápido — Família de loucos é o que está imaginando.

— Estou é preocupado com você, nunca imaginaria tais eventos acontecendo com você sendo tão alegre e otimista. — a manteve ali protegida cada vez mais em seus braços.

— Puxei para o meu pai, somos assim: tudo fodido mais sempre olhando o lado bom da coisa. E metendo sempre os pés pelas mãos.

— Agora entendo porque quase não fala deles.

— Sinto muita falta dos meus irmãos, principalmente do Owen que é apenas um ano mais velho que eu.

— Morram com sua mãe?

— Não juntos. Kevin até mora em Londres só que mora com a namorada ele tem uma banda. Owen morava com ela até ir para a faculdade de jornalismo, ano que vem ele se forma. É o mais inteligente dos quatros e o mais quieto também.

— Você é muito inteligente.

— Obrigada, mas nem chego perto do que Owen é. Vocês dois iriam dar-se bem. Dos meus irmãos é o mais parecido com você. Ele e Kevin são parecidos com papai e eu e o Liam somos a cópia da minha mãe.

— Os dois mais bonitos então! Na verdade apenas você!

— Bobo! — Ana deu risada — Minha mãe é lindíssima até hoje, muito mais que eu serei um dia.

Voltaram a se abraçarem e ficaram em silêncio por algum tempo.

— Sabe amei ver você com sua família apesar das circunstâncias. Pareceu serem tão unidos.

— Sim nós somos. Minha mãe é filha única só meu pai tem um irmão mais novo que ele. Tenho um casal de primos mais ou menos da mesma idade. Nossa família é bem pequena, mas sim somos bem unidos.

— Não é vantagem ter família grande, pelo menos não no meu caso. Vivemos todos separados. Meu pai e minha mãe têm dois irmãos, mas quase nunca vejo meus tios e primos. Era legal quando crianças e passávamos as férias aqui. Essa casa que meu pai mora era dos meus avós, já morreram e meu pai acabou ficando com ela. — Ana se vira para Arthur olhando em seus olhos azuis — Então quando eles eram vivos era totalmente lotada de crianças. Nos divertíamos muito o meu quarto era o das meninas. Tenho duas primas tão molecas como eu, mas o quarto legal era o Kevin com Owen lá era o QG deles — veio bem perto do rosto dele e falou baixinho — Perdi a minha virgindade no sótão dessa casa... —se afastou e fez cara de travessa.

— Com um primo seu aposto. — Arthur aperta os olhos para ela.

— Errado! — Ana apertou o nariz dele — Foi com um amigo do Kevin. — começou a rir descontroladamente — Kevin deu uma surra nele tadinho. Ele ficou anos sem me olhar de medo de levar outra. Como eu te disse Kevin meio que assumiu o papel de nosso pai e era muito autoritário. Você perdeu com sua prima?

— Er... – Arthur se ajeitou no barco um pouco constrangido — foi.

— Realmente é previsível. — o beijou e voltou a se encaixar em seu peito — Não é ruim ser assim. É bom, Arthur. Você acaba não sofrendo tanto.

— E não vivendo também. — suspirou.

Ana ficou pensativa não soube o que responder.

— Mas voltando o assunto sobre John, ele bateu em você?

— Aham. — Ana apertou a mão dele como se lembrasse da dor — Mas foi uma vez. — como se aquilo justificasse qualquer coisa.

— Tinha que ter sido nenhuma! — a voz dele ficou mais alta. A vontade que teve foi de voltar naquele pub e lhe dar uma surra.

— Foi algo inesperado. Nunca imaginei que fosse capaz, sabe, provoquei também.

— Olha para mim! — puxou o rosto dela para o seu — Não existe isso de provocar. Ele nunca deveria ter batido em você. Como o seu pai reagiu a isso? Ele me ameaçou hoje mais cedo se te magoasse?

— Meu pai enlouqueceu! Deu uma surra no John que o fez parar no hospital. Chegou a ser preso por isso, foi uma tremenda confusão. Mas John retirou a queixa por que eu ameacei ir até a polícia já que era menor de idade na época em que tudo aconteceu e então ele sumiu do mapa. Estranhei ver ele lá novamente ontem.

— Muito me admira seu pai ter deixado voltar. — Arthur estava com raiva de Colin naquele momento.

— Meu pai é complicado. Deve ser obra do Mark e John é a alma daquela banda e como eu não estou mais aqui... Não sei o que acontece. É isso Arthur um pouco da minha história complicada e é isso que você vai ter se quiser continuar comigo; muita complicação.

— Nada que uma equação não resolva. — tornou a suspirar a puxar para mais perto.

— Que lindo! Ele faz piada! — o beijou e Arthur não à soltou.

O beijo começa a intensificar. Realmente estavam naquela fase que só de encostar o tesão se acende e os queimam. Não resistiriam e se entregariam novamente ao torpor do momento e fariam amor ali ao relento. Ao voltarem para casa encontrariam praticamente virada do avesso.

— Cuidado! — Ana falou baixo para Arthur ao passar por um vaso estilhaçado no chão.

— Devia ter ficado aqui e ajudado o seu irmão.

— Nunca! Liam dá conta. Sempre deu. — começaram a subir as escadas — Kevin e Liam são os únicos que podem com ele, Owen é pequeno como eu; somos os mais fracos e você não tem nada a ver com isso. Estou muito envergonhada de fazer você presenciar tudo isso que aconteceu.

— Não tem por que se desculpar.

Quando finalmente estavam entrando no quarto Liam apareceu e os seguiu. Ficariam os três trancados no quarto de Ana.

— Ele estava tão bem quando sai do pub o que aconteceu Liam? — Ana e Arthur sentaram na cama e Liam na frente deles no chão.

— Mark me ligou pedindo ajuda. — fechou os olhos em sinal de desespero — Está cansando isso, Ana. Não sei quanto tempo aguento. — suspirou e abriu os olhos — John provocou e aí você já pode imaginar... Brigaram e quase destruíram tudo por lá.

— Filho da puta! — Ana levantou agitada e andou de um lado para o outro — Deveria ter ido à polícia quando dava agora não dá mais! E esse imbecil vai ficar infernizando.

— A culpa é do pai. Ele não tinha que ter aceitado aquele cara de novo.

— É por causa do Mark que faz isso.

— Esse é outro que só leva o nosso pai para baixo.

Arthur apenas ficou observando os dois conversarem. Não tinha como se meter na conversa. Era algo só deles.

— É amigo, essa é a merda da nossa família. Pensa bem antes de querer entrar nela. — Liam finalmente falou com Arthur.

— Para com isso Liam! Não somos todos péssimos. Temos dias ruins.

— Você e seu otimismo barato! É fácil não fica aqui.

— Você veio morar com ele porque quis. — Ana deu de ombros e voltou a sentar-se na cama ao lado de Arthur.

— Ei! Ei! Não vão brigar vocês dois; o ambiente já está tenso. — Arthur interrompeu sabia que aquilo podia evoluir para uma briga — Seu pai foi te defender Ana, de alguma forma esse cara ai deve ter feito ou falado alguma grosseria sobre você, eu acho que faria mesmo.

— Está tarde vou tentar dormir... — Liam levantou e foi até a irmã — Nem nos vimos direito sua chata! Me dê um beijo e um abraço — Ana sorriu e se abraçaram.

— Gigante bobo! Também sinto a sua falta.

— Que horas vocês vão amanhã?

— Depois do almoço lá pelas 14hrs — Arthur respondeu.

— Então não vamos ter muito tempo só a parte da manhã. Vê se acorda cedo. — aperta o nariz dela e lhe deu um beijo — Olha nem sempre é assim. Espero se tiver uma próxima vez seja menos atribulada. — cumprimentou Arthur e saíu do quarto — Ah! Mais uma coisa! Se forem fazer sexo, por favor, sem escândalos é muito chato saber que é a sua irmã. — piscou para o Arthur e fechou a porta.

Ana voltou o olhar para Arthur que estava com os olhos arregalados devido ao último comentário.

— Agora se fosse ele que tivesse transando podia fazer o barulho que fosse. — Ana começou a trocar a suas roupas.

— Ele tem razão é muito desagradável isso, saber que sua irmã transa.

— Já pegou a sua irmã no flagra?

— Não!

— E ela já te pegou?

— Também não.

— Eu já flagrei todos, mas só o Kevin me viu de fato fazendo.

— Foi quando ele bateu no carinha lá?

— Não! — Ana começou a rir — Daquela vez contei para ele que tinha feito com o amigo dele — riu de novo — Ele ficou muito bravo, mas depois fizeram as pazes, essa vez que ele me flagrou foi lá em Londres mesmo e não tem muito tempo, também ficou bravo, mas porque eu estava no carro na rua. Lavou o sermão em cima de mim e do rapaz que eu estava.

— Você é doida! Podia ter sido presa.

— Várias vezes eu podia ter sido, como hoje! — deu uma piscadinha e terminou de se trocar deitando embaixo das cobertas. Arthur colocou a calça do seu pijama e pulou para a cama com ela abraçando apertado.

— Não é só a sua barba que é macia você inteiro é e cheiroso também. — roçava seu nariz no pescoço de Arthur.

— Obrigado pelo cheiroso, agora quanto ao macio estou na dúvida do que isso possa significar.

— Que você é gostoso. — Ana deu de ombros.

— Ah! Gostosa é você.

Ana boceja e se aninhou junto do seu corpo.

— Boa noite! — Arthur diz.

— Boa noite. — Ana responde já com o sono a invadindo.

Arthur apagou a luz e a envolveu mais em seus braços. Logo o sono tomou conta dos dois. O dia seguinte prometia. Não sabiam ao certo o como encarariam Colin, então era melhor que descansassem.

xXx 

Oi amores! O capítulo de hoje foi para conhecermos um pouco mais dessa menina que só faz coisas erradas e que tá colocando nosso amor de menino em apuros! Espero que tenham gostado. Beijos! 

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro