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24 - Serendipity (não reescrito)

Fuck.

— Faz tempo que eu não faço isso. — Mordisquei a boca, atraindo a atenção dele. — Acho que eu devia ter uns quinze anos quando dancei na frente de tantas pessoas pela última vez.

— Está no lucro então. Eu nunca nem tinha dançado. Na frente de tantas pessoas nem se fala. — Olhei para ele. — Eu disse que a gente deveria ter colocado fralda. Vamos cagar nas calças juntos.

Tampei a boca para não rir alto, afinal, o diretor estava dando palestra para os pais que, naquele momento, estavam todos sentados nas cadeiras do auditório.

Os alunos que apresentariam estavam todos ali, atrás do palco. Atrás da cortina. Eu não conseguia parar de me mexer e Jungkook já tinha roído todas as unhas dele.

— Besta. — Deixei um tapa fraco em seu braço.

— Vocês estão reclamando do que, carai? Eu vou ser o primeiro a apresentar. — Hoseok apareceu do nada segurando uma guitarra.

— Mas você vai estar com mais quatro pessoas. Toca desde pequeno. E eu que aprendi há quatro meses? — Hoseok riu.

— É. Tu tá na merda mesmo, brother. — Deu tapinhas no ombro dele.

— Para de falar isso para ele, ruivo. — Puxei Jungkook para perto de mim, o abraçando pela cabeça. — É mentira, amor.

— Aigoo... Vocês são muito gays. Não aguento. — E saiu.

Ele fica ainda mais imperativo quando está nervoso.

— Amor — o escutei me chamar abafado, contra o meu peito. — Está me esmagando. — Ri e o soltei.

— Desculpa. — Sorriu e envolveu meu pescoço com os braços.

— Me abraça direito — pediu, com um bico. — Exercício de relaxamento: abraçar o cabeludinho até a hora de apresentar.

Sorri, todo idiota, e abanei a cabeça de um lado para o outro.

— Você é inacreditável, Jungkook. — Sorriu também, mostrando todos os dentes.

— E você não resiste a mim. — Revirei os olhos, mas o abracei.

Ele estava encostado na parede e eu entre suas pernas; ele me abraçava pelo meu pescoço e eu pela cinturinha dele; ele tinha o queixo apoiado em meu ombro e eu usava o seu como travesseiro, deitando a cabeça ali. Ambos quietos, sem trocar uma única palavra. Eu estava de olhos fechados e ele... eu não sei. Assim como não sei quanto tempo ficamos ali. Ou se tinha alguém nos olhando – já que ali estava cheio de alunos aguardando como nós.

Foi um abraço assustadoramente gostoso. Eu ainda não entendia como uma pessoa conseguia me fazer tão bem sem nem abrir a boca. Jungkook era... inexplicável.

Uma galera se apresentou antes de nós sermos, de fato, chamados. Eu escutei Hoseok tocando no começo junto com alguns outro alunos que cantavam ou tocavam outro instrumento – como bateria e baixo – que formavam aquela "banda". Mas a apresentação dele era a única que me interessava, então nem prestei atenção nas outras. Jungkook era mais interessante mesmo quieto.

— Garotos. — Me afastei do Jeon quando senti um tocar minhas costas. Me virei e vi a coordenadora ali com um punhado do papel em mãos. — Two men in love? — Engoli em seco e assenti quando ela leu no papel. — Ok. Vocês são os próximos.

Fuck... Again.

Eu olhei para Jungkook e ele desmanchou a expressão séria quando me olhou também, sorrindo suave.

— Vem. — Segurou minha mão.

Nós andamos juntos até próximo da cortina e foi ali que tiramos nossos sapatos, ficando descalço.

— Aí... — Hoseok apareceu de novo, agora sem a guitarra. — Vocês vão arrasar. Sei que vão. — Ele deixou um beijo na bochecha de nós dois. — Eu vou para lá porque eu quero muito ver isso. — E, por ali mesmo, ele foi. Passando pelo palco correndo, arrancando risadas de várias pessoas antes de descer e se enfiar no meio das pessoas sentadas, ficando atrás do Yoongi.

— Ah, caralho — ele soltou baixinho quando enfim conseguimos ver o tanto de pessoas ali.

— Hey... Relaxa, Nochu. — Segurei sua mão de novo. — Não olha para eles, ok? Olhe para mim. O tempo todo.

Assentiu e segurou meu rosto com a mão livre para deixar um beijo rápido em meus lábios.

— Você também. — Eu sorri e assenti, o beijando uma última vez.

E aí nós entramos.

Só ali já foi uma porrada de gritaria. Provavelmente pelo Jungkook ter aparecido do nada, afinal, ninguém sabia que ele participaria daquilo.

Eu o vi acenar timidamente para todo mundo – já que apesar de alunos, havia pais ali também – e eu, que queria enfiar minha cabeça na terra, me abaixei, sentando no meio do palco madeirado e esperando que Jungkook fizesse o mesmo.

E foi aí que eu vi.

No meio daquele mar de gente, eu o vi. Minha avó. Minha mãe E meu pai. Meu sorriso foi... instantâneo.

Ele veio.

Cutuquei Jungkook e apontei, não me importando se aquilo atrasaria alguma coisa, e olhei para o garoto ao meu lado a tempo de ver ele sorrir tão largo quanto eu ao também notar meu velho ali.

Depois daquilo, ao ver todos os três ali – mas, principalmente, meus pais –, eu me senti... não sei o que eu estava sentindo. Mas... era muito bom. Eu me sentia muito bem.

Estiquei as pernas e Jungkook fez o mesmo para depois acenar para a menina que estava tomando conta do som.

E aí começou.

Jungkook e eu fizemos exatamente como nos ensaios. Depois de meses escutando a porra da mesma música eu prometi para mim mesmo que nunca mais a escutaria. Eu já estava enjoado dela. Mas eu juro que quase me emocionei dançando e eu vou explicar o porquê.

Era uma cadeia de coisas que aconteceram para que, hoje, nós dois estejamos ali em cima daquele palco; dançando.

Jungkook e eu.

Jungkook, sei lá... Um garoto completamente aleatório que me enchia a porra do saco todo o santo dia desde que eu tinha quatorze anos. Já eu, totalmente problemático. Arrisco. Irritante. Irritado. Ansioso. Fodia com todo mundo com medo de foderem comigo primeiro, porque eu não suportaria mais fortes emoções. E aí, de um dia para o noite, trocamos de corpos; eu e meu pior pesadelo. Pior pesadelo porque eu sabia que sentia algo a mais por ele e não podia. Por medo. Mas eu não tinha outra escolha a não ser ser ele e ele, eu. E foi isso que aconteceu.

Por meses.

Jungkook solucionou metade dos meus problemas em cinco meses. E aí eu fico me perguntando... E se? E se nada disso tivesse acontecido?

Eu provavelmente estaria ali em cima sozinho.

Dançando sozinho.

É. Eu, definitivamente, quase chorei.

Mas isso não quer dizer que a performance foi um desastre. Ao meu ver, muito pelo contrário. Eu só me deixei levar junto com Jungkook pelo palco. Não prestei atenção em nada e nem ninguém além dele.

O fato é que, além da dança, tinha atuação. Tipo na parte em que só ficava o toque da música e começava a passar reportagens, entrevistas, de pessoas que testemunharam violência e homicídios contra a comunidade LGBTQIA+. Porque esse era o tema da nossa dança. Eram dois garotos apaixonados. E enquanto esses trechos de reportagens passavam, compiladas em formato apenas de áudio, Jungkook e eu nos distanciávamos lentamente, desfazendo nosso abraço forte. Como se, de fato, as pessoas que cometeram os crimes contra a comunidade estivessem tentando nos afastar. Como se a parte podre da sociedade tentasse nos manter separados.

E o que aconteceu no final nem era planejado. A intenção era finalizar com um abraço, mas ele me beijou. E eu não me importei nenhum pouquinho. Apesar de surpreso e cheio de adrenalina, só deixei rolar. As palmas e gritos vieram naquele momento, ainda mais fortes do que quando entramos.

— Viu? Nem precisou de fralda — sussurrei contra o seu ouvido quando descolei as bocas e o abracei.

— Você que pensa — devolveu e riu junto comigo.

Depois daquilo, nos afastamos e reverenciamos rapidamente as pessoas antes de sair do palco e voltar para trás da cortina ainda sob aplausos.

— Será que esse beijo vai foder a gente? — ele questionou, jogando o cabelo para trás. — Eu nem olhei para o diretor com medo de ver a cara dele.

— Vamos descobrir daqui a pouco — falei, mas não estava nem aí para aquilo.

Eu estava extasiado.

— Gosto quando sorrir assim — ele disse a mim.

Eu sorri mais e o puxei para outro abraço, não querendo nunca mais soltá-lo.

— Eu também gosto de te ver sorrindo — sussurrei para ele.

Haviam poucas pessoas ali. A maioria já havia apresentado, então estavam juntos das outras pessoas para ver o restante das apresentações.

— Você quer ir lá para fora? Acho que Hoseok vai tocar de novo — ele perguntou e eu assenti.

Antes que a penúltima apresentação começasse, nós pegamos nossos sapatos na mão, passamos pelo canto e descemos do palco, sentando no chão mesmo, ali na frente já que as cadeiras estavam todas ocupadas. Yoongi também estava ali e sorriu ao nos ver.

— Esse é meu garoto! — Me abraçou meio desengonçado por estarmos sentados.

— Está me esmagando — resmunguei, mas não me importava com aquilo. Eu estava feliz.

Cacete... Eu estou feliz!

Depois ele abraçou o Jeon, dizendo o quanto ficou impressionado por vê-lo dançar tão bem.

— Cadê o Hobi? — ele questionou.

— Subiu. Ele vai encerrar as apresentações junto com a banda — Yoongi respondeu. — Aí... eu não chorei, mas vi muita gente que sim.

— Sério? — ele assentiu e eu olhei para Jungkook, que tinha a mesma cara de surpresa que eu.

— Dahyun foi uma delas — exemplificou. — Sério... Ficou muito bonito. Vocês quase me fizeram chorar.

— Isso é quase impossível — falei divertido, calçando meu tênis. — Só te vi chorar uma vez desde que a gente se conheceu e foi pelo mesmo motivo que eu.

— Não fomos os únicos. — Olhei para ele, que tinha um sorriso suave no canto da boca. — Enfim... Parabéns. Mandaram muito bem.

— Eu ainda estou meio nervoso. Acho que realmente caguei nas calças. — Ri do Jeon.

— Tinha que ser escorpiano mesmo. Dramático — Yoongi soltou e eu ri da cara que Jungkook lançou para ele.

— Relaxa, amor. — Beijei a bochecha dele. — Liga para ele não.

Depois daquilo, nós prestamos atenção nas duas últimas apresentações. Uma era um curto teatro. E a outra era a banda formada temporariamente apenas para tocar naquele dia – para ganhar ponto, resumidamente –, com Hoseok na guitarra. Ele tocava muito bem. Além dele, tinha uma menina na bateria. E os restante eram garotos também. Um no baixo e o outro no vocal, esse que também tocava guitarra. Ficou realmente muito boa a apresentação deles.

Aplaudidos de pé, inclusive.

Depois todos os que haviam participado daquilo tiveram que subir ao palco para agradecer uma última vez. E de mãos dadas, um do lado do outro, todos nós reverenciamos quem nos assistiu e fomos aplaudidos de novo.

O diretor disse mais algumas coisas antes de liberar os pais para visitarem o resto da escola. E, aos poucos, o auditório foi esvaziando.

Eu sorri ao ver que meus pais haviam levantado, porém, diferente das outras pessoas, vieram na nossa direção.

Jungkook e eu descemos do palco juntos e esperamos eles chegarem perto para abraçá-los e sermos abraçados.

— Você mentiu — falei quando abracei forte o meu velho. — Você disse que não viria.

— Eu não viria. Mas... — Me apertou também. — Eu não aguentei ver a cara de vocês dois quando saí hoje de manhã. Prefiro perder o emprego a ver vocês tristes.

— Você é completamente maluco, pai.

— Obrigado. — Eu ri junto dele e me distanciei para beijar sua bochecha.

Obrigado por ter vindo — sussurrei a uma gota de chorar. — Eu te amo.

Depois eu abracei a minha mãe e Jungkook abraçou meu pai.

— Por que você está com cara de choro? — brinquei com ela.

— Seu pai que chorou. Não foi eu. — Sorri e beijei sua testa. — Só estou orgulhosa. Só isso.

Ela chorou também. Certeza.

— Eu te amo. — Beijei a bochecha dela, recebendo um "eu também amo você" de volta. — E essa coisa ainda nem nasceu, mas eu também a amo. — Toquei a barriga dela.

— Como? — E eu vi a cara de desespero da minha mãe. — Você está... grávida?

Acho que minha avó não sabia ainda...

Ér... — Acho que fiz merda. — Conversamos sobre isso em casa, mamãe.

— E... a senhora gostou, vovó? — Jungkook quem mudou de assunto, sorrindo para a mais velha.

— Precisava mesmo terem feito... isso? Na frente de todas essas pessoas? — Eu não sabia se "isso" significava a dança, o tema dela ou o beijo, mas eu não queria saber porque eu não queria me aborrecer. Não agora que estava tudo bem.

— Precisava. E que bom que veio, vovó — sorri e disse, mesmo que ninguém mais tenha respondido o que ela perguntou. — Vocês querem ir nas salas?

— Jimin? — E foi aí que eu vi minha ex-professora de dança. Sorri quase que instantaneamente.

— Vão na frente — falei e segurei Jungkook pela mão, o arrastando até a mulher que não estava tão longe dali. — Você realmente veio.

— Eu disse que não perderia por nada. — Sorri junto do Jeon. — Eu não me arrependi de ter cedido minha escola para vocês ensaiarem nem um pouquinho. Vocês arrebentaram!

— Obrigado. Você nos ajudou bastante — Jungkook quem agradeceu, tirando as palavras da minha boca.

— Faria mil vezes de novo. E estendo meu convite para você também, Jungkook. Minha escola vai estar aberta para os dois.

Ela está chamando Jungkook para estudar lá também?

— Eu vim correndo. Deixei a escola sozinha. Só para ver vocês — Ela sorriu. — Fico muito feliz que tenham me convidado. Vocês estão de parabéns.

Depois disso, ela se despediu e foi embora. E eu fiquei ainda mais bobo que já estava e Jungkook ficou junto.

— O dia nem começou e já é o melhor aniversário — ele virou para mim e disse, todo sorridente. — Nunca recebi tanto elogio que não fosse do meu corpo. E seus pais estão aqui também. E nossos amigos. E você. Fora o boquete gostoso que eu ganhei quando acor– Cobri sua boca.

— Você não quer que a vovó escute, quer? — questionei, mas ri. E ele riu também quando descobri sua boca. — E nós vamos fazer de tudo para o seu aniversário ser o melhor até quando o sol se pôr. Eu prometo.

— Tenho certeza que vão.

Nós fomos atrás dos mais velhos quando acabamos ali. Eles estavam exatamente no mesmo lugar, nos esperando. Eles até andaram um pouco entre as salas, vendo os trabalhos dos outros alunos, mas as pernas da vovó começaram a doer e eles resolveram ir.

Nos despedimos dos nossos amigos, onde Hoseok zoou o Jungkook. Mas disse que ficou realmente surpreso já que não esperava que o Jeon realmente pudesse dançar algum dia. E, depois disso, fomos para casa de carro.


🌶️ི꙰͝꧖๋໋༉🌶️


Depois do almoço, Jungkook e eu ficamos na sala enchendo algumas bolas e decorando aquele cômodo. Dois patetas que não entendem nada de decoração... Certo que vai dar merda, né? Mas até que não ficou tão ruim.

Jungkook ficou gastando o gás hélio para ficar me imitando, disse que o tom da minha voz era exatamente aquele e era só ficar xingando tudo e todos e revirar o olho toda hora que ficava parecido comigo.

Eu achei um absurdo, sinceramente.

— Você quer seu presente agora ou mais tarde? — questionei quando amarrei o último balão, me jogando ao seu lado no sofá.

Como assim? — questionou com a voz fina por conta do gás, o que me fez olhar para ele com os olhos espremidos e o pegar me olhando com uma das sobrancelhas arqueadas. — Mais presentes?

— Você não achou mesmo que eu iria te dar só o bola gato, achou? — Ele deu de ombros e eu peguei o balão que estava na sua mão, soltando todo o ar que tinha dentro. — Para de engolir isso toda hora. Faz mal.

Ele choramingou, fez bico, mas pareceu esquecer segundos depois; como uma criança.

— Eu não me importaria se fosse só o boquete. — Sorriu de forma safada.

— Não, Jeon. Tem mais. — Ele pareceu gostar.

— Eu quero agora. Você sabe que eu sou curioso. — Parecia realmente uma criança com aqueles olhões.

— Vou lá buscar então — anunciei, ficando de pé e correndo escada acima.

Eu sabia que a minha avó estava dormindo, então tive que entrar no quarto sem fazer barulho e pegar a caixinha pequena dentro do guarda-roupa. E fechar a porta ao sair ainda por cima.

— Eu não sei se você vai gostar. Provavelmente vai ser tosco demais e você vai rir, então... caso isso aconteça, considere só o boquete mesmo. — Ele franziu o cenho e negou.

— Tenho absoluta certeza de que vou gostar — foi a resposta dele.

Suspirei e me sentei ao seu lado de novo no sofá, tirando a caixinha das costas e passando para frente.

— É grande demais para ser um anel de noivado. — Fez bico e eu revirei os olhos.

— Porque não é um anel de noivado, abestado. — Aumentou o bico, mas sorriu em seguida.

— E o que é? — Dei de ombros.

— Abre.

Ele me olhou por um tempo antes de pegar o presente da minha mão.

— Não é um sapatinho de bebê, não, né? — Ri com seu palpite, porque a caixinha era a mesma que minha mãe usou para contar que estava grávida.

— Não. — Riu comigo. — Inclusive, você tem que me devolver a caixa depois. Eu só peguei emprestado.

— Ah, hyung, você é o melhor. — Beijou minha bochecha, puxando a tampa devagar.

E aí o nervosismo bateu. Ainda mais quando finalmente abriu e ficou olhando o presente sem dizer nada.

— Talvez você... — Comecei, coçando a nuca. — Talvez você não entenda, mas–

— Serendipity... — Me interrompeu, agora nascendo um pequeno sorriso no canto da boca. — É uma feliz descoberta ao acaso, ou a sorte de encontrar algo precioso onde não estávamos procurando. — Engoli em seco. — É quando, de repente e sem querer, alguém descobre algo que o faz mudar de vida, a solução para os seus problemas, a resposta para as suas perguntas. — Me olhou. — É isso?

— C-como você sabe? — Ele sorriu mais, levantando do sofá e subindo correndo.

E eu fiquei sem entender até ele voltar.

— Eu comprei isso antes mesmo da gente trocar de corpo de novo. Pouco tempos antes, na verdade. — Abriu a mão fechada, mostrando a mim. — Eu iria te dar em algum momento, mas eu fiquei com medo de ser cedo demais porque... você ainda negava o que sentia e tal...

Serendipity — sussurrei o que li. Era uma pulseira prata com uma placa fina e estreita, também de prata, onde lia-se: serendipity.

O meu presente era um colar com um pingente escrito a mesma fucking coisa.

Serendipity.

— Acho que devemos nos preocupar? Quero dizer... primeiro a gente troca de corpo. E agora pensamos a mesma coisa. Temos algum vínculo com alguma força sobrenatural bizarra e não estamos sabendo? — Ele riu.

— Eu sou você e você sou eu, lembra? Você é meu soulmate. Só pensamos igual por causa disso... Eu acho... — Deu de ombros. — Não importa porque eu amei o presente, amor. — E me abraçou.

Eu sou soulmate dele.

Depois ele colocou a pulseira em mim e eu não conseguia largar o sorriso idiota.

— Qual é a graça ser seu aniversário e eu ganhar o presente? — questionei, pegando o cordão de dentro da caixinha.

— Tá' brincando? Ver esse sorriso bobo no seu rosto já é mais que o suficiente. — A resposta dele me fez meu rosto esquentar como há tempos não esquentava. — Meu Deus! Você ficou vermelho. Um evento raro! É quase um arco-íris noturno.

— Idiota. — Bati em seu peito. — Isso nem existe.

— Arco-íris noturno? — Assenti. — Existe. É raro, mas existe. Exatamente como você todo coradinho. — Espremeu minhas bochechas. — Gracinha.

Tsc... — Suspirei. — Deixa eu colocar o cordão em você.

— Ok, ok. — Me soltou e virou de costas. O cordão não era comprido de forma que ficasse pendurado, mas não era curto a ponto de ser grudado no pescoço. Era mediano. Delicado e bonito. Como o meu que eu ganhei da minha avó meses atrás. — Fiquei gato?

Perguntou quando virou-se para mim, tocando o nome.

— Você é gato.

Miau. — Revirei os olhos quando miou e peguei a caixinha.

— Deixa eu devolver isso.

— Não. — Se jogou com cuidado em cima de mim, me fazendo deitar no sofá e me impedir de levantar. — Obrigado pelo presente. Mesmo. Eu adorei.

Sorri.

— Também gostei do meu. — Selou minha boca algumas vezes. — Agora deixa eu levantar.

— Fica só mais um pouquinho. — Beijou o canto dos meus lábios, se ajeitando entre minhas pernas. — Vamos dar uns pegas aqui.

— Você é insaciável? — perguntei retoricamente, mas ele me respondeu com um aceno positivo de cabeça.

— Me dá um beijinho. — Fez bico.

Soprei um riso e enrosquei meus braços em seu pescoço, juntando nossas bocas. Mas o beijo nem demorou tanto porque meu pai apareceu.

Ele puxou a parte de trás da camisa do Jeon e o tirou de cima de mim, o que me fez suspirar e revirar os olhos.

— Preciso de ajuda. Vai ajudar o sogrão, não vai? — ele perguntou, ainda segurando Jungkook pela camisa.

— Com certeza — o garoto respondeu, assentindo várias vezes com a cabeça.

— Ótimo. Bom garoto. — Me sentei. — Vamos lá comprar bebida comigo. E você... — Apontou para mim. — Meu bebê lindo. Papai ama você, tá?

— Você é irritante, pai. — Ele sorriu mostrando todos os dentes e me mandou um beijo no ar antes de carregar Jungkook com ele.

Exercícios de respiração, google pesquisar.

Eu ainda estava ali, jogado no sofá, quando minha mãe apareceu minutos depois.

— Cadê aqueles dois? — ela perguntou.

— Foram comprar alguma coisa — respondi, ficando de pé.

— Ele atrapalhou vocês, não foi? — Nem precisei responder. — Ele adora provocar vocês.

— É. Eu notei. — Me escorei no balcão. — Eu vou atrapalhar vocês também.

— Não tenho nada a ver com essa história — se defendeu, lavando as mãos na pia.

— Aí... Foi mal por mais cedo. Eu não sabia que ela não sabia. — Ela se virou e me olhou.

— Eu precisava de um jeito para contar a ela, de qualquer forma. — Beijou meu rosto. — Mas tudo bem. Agora eu tenho que aguentar ela falando sobre roupinhas. Berço. Brinquedos. Nome. — Suspirou longamente. — Nunca pensei que passaria por isso de novo. É um pouco nostálgico até. Me faz lembrar você pequeno. Você cresceu tão rápido, nem acredito que já tem dezoito anos.

— Ô meu deus... Não vai chorar, ein? — Ela riu.

— Enfim... É mais um no time meninas. — Tocou meu pulso. — Essa eu não conheço.

— Ahn... — Segui seu olhar. — Jungkook me deu. Bonita, né?

— Muito. — Olhei para ela e a peguei me olhando. — Até quando vai negar que gosta dele?

— Faz muito tempo que eu parei, Park Shinhye. — Estalei o dedo no ar seguidas vezes. — Tá atrasada.

— Você não me contou! — Desencostei do balcão e dei a volta.

— Te contei sim. — Na verdade, não lembro de ter contado. — Enfim... Eu gosto dele pra caralho. Nível apaixonado, boiolinha, quase vomitando arco-íris. Agora... Me deixa te ajudar, sim? Eu aprendi a fazer torta vegetariana muito gostosa. — Lavei as mãos. — Não quero ninguém comendo carne nessa bagaça.

Ela riu, mas juntou na pia comigo.

Eu costumava cozinhar com ela quando mais novo, nem me lembro quando foi a última vez. Mas eu gostava.

Foram minutos ali. Ela já havia assado o bolo pela manhã, mas esperaria Jungkook para recheá-lo e confeitá-lo, como o prometido. E nós estávamos super concentrados em conversar e fazer as coisas que nem notamos os outros dois chegando.

Minha mãe estava ao meu lado e eu vi quando meu pai a abraçou por trás. E eu já estava pronto para implicar com eles quando senti Jungkook fazer o mesmo comigo; me abraçando pela barriga e apoiando o queixo em meu ombro.

Coisa linda — sussurrou no pé da minha orelha antes de deixar um beijo demorado na minha bochecha e se afastar.

Cacete... Eu estou hiperventilando.

— Vamos guardar as coisas na geladeira e já ajudamos vocês — meu pai falou e, junto a Jungkook, colocou todas as bebidas na geladeira.


🌶️ི꙰͝꧖๋໋༉🌶️


Quando começou a escurecer, nós fomos para o banho. Como sempre, juntos. Eu vesti uma calça escura com rasgos nos joelhos, uma camisa branca e uma jaqueta preta que imitava couro, mas não era couro. Porque é óbvio que eu não usaria uma de couro legítimo.

Era difícil eu usar maquiagem, mas achei que ficaria legal então resolvi escurecer a linha d'água dos meus olhos e passar alguma coisa que deixasse minha boca chamasse mais atenção do que ela já chama. Como um brilho labial.

Não é para impressionar o Jeon, por incrível que pareça. Eu só... fiquei com vontade. E eu gostei quando vi o resultado no espelho. Eu estava bonito. Esse era o objetivo: me agradar.

Já Jungkook pode arrastar a cara no asfalto que ele vai continuar gato. Mas ok. Ele vestiu uma camisa de uma banda aleatória, uma calça jeans e pronto. Só isso.

E está lindo.

Deus tem seus favoritos.

Ah, e ele prendeu o cabelo num coquezinho super fofo, mas sexy ao mesmo tempo. Eu realmente não sei como lidar com a dualidade dele.

— Caralho, jagi — foi a primeira coisa que ele disse quando eu desci para o térreo. Nós, de fato, tomamos banho juntos, mas ele ficou pronto primeiro e desceu antes. — Você está lindo.

— Obrigado. — Tentei controlar a temperatura do sangue das minhas bochechas, mas acho que falhei. — Você também está.

— Vai dar mole para mim? — Deixei um beijo em sua bochecha quando passei por ele, melando seu rosto.

— Não. — Me escorei no balcão da cozinha. — Tô' com foooome.

— Vai esperar todos os convidados chegarem. — Minha mãe bateu na minha mão quando tentei filar um salgadinho.

Eu suspirei e saí dali, me jogando no sofá com a cabeça deitada para trás, no encosto, e de olhos fechados para o teto.

— Você vem sempre por aqui, gato? — Me arrepiei quando o escutei sussurrar no meu ouvido.

Fodido. Ele sabe que eu sou sensível ali e parece fazer de propósito.

Uhm... Não faz isso. — Torci o pescoço para o lado dele.

— Olha só... ficou todo arrepiadinho — continuou falando ali perto. — O que é isso na sua boca, uhm? Está me dando vontade bizarra de te beijar.

Ele enfim se distanciou e eu abri os olhos, notando que ele estava por trás do sofá e com os cotovelos apoiados no encosto de forma que seu rosto ficasse bem perto do meu. E ele ficava de cabeça para baixo naquela posição.

— Quer descobrir? — Ele arqueou uma das sobrancelhas, desviando os olhos dos meus para a minha boca.

— Quero — respondeu, mantendo o olhar ali. E eu subi o olhar para a sua boca. — Beijo homem-aranha?

— Tá, mas eu não sou a Kirsten Dunst. Não curto ela. — Ele riu. — A Zendaya é muito mais gata e descolada.

— É. Eu também prefiro o Tom Holland. — Sua boca chegava cada vez mais perto da minha.

— É. Combina com você. Cara de bebê num corpo fortão. — Enfim senti sua boca na minha e eu fechei os olhos já que eu não via mais nada além do seu pescoço. Afinal, ele estava de ponta-cabeça.

— Eu sou um bebê, amor. — Lutei contra a vontade de revirar os olhos.

Eu juro que senti ele abrir minimamente a boca sobre a minha. Senti até mesmo a pontinha da sua língua tocar meu lábio, mas... Grr... só ficou nisso.

— Por que todas as vezes que eu olho para vocês, — Senti sua boca desencostar da minha quando meu pai começou a falar. — vocês estão com a boca colada uma na outra? Uhm?

Desencostei a cabeça dali e abri os olhos, olhando por cima do encosto. Meu pai segurava Jungkook pela parte de trás da camisa. De novo.

— É só não olhar pra gente — falei simplista.

— É só vocês manterem a boca de vocês meio metro uma da outra. — Deixou tapinhas nas costas do garoto. — Acho que seus convidados chegaram.

Jungkook até tentou me dar um beijinho antes de ir, mas meu pai continuou o segurando.

— A porta é pra lá, garanhão. — Revirei os olhos, voltando a olhar para frente.

Afundei no sofá e peguei meu celular, resolvendo conectar – sem sequer levantar dali – o aparelho na caixa de som.

Santo seja o deus da tecnologia. Amém, bluetooth.

E aí eu virei o DJ. Os convidados que chegaram foram o casal trepa-trepa. E aí todos os convidados estavam na festa.

Eu nunca vi Jungkook tão feliz como naquela noite. Sinceramente.

— Achei que vinhessem mais, Kookie. Jimin sempre falou que você conhecia muitas pessoas na escola — escutei minha mãe comentar, seguido de uma risada baixa do garoto.

Olhei para trás e os vi perto do balcão.

— Bom... Eu conheço, mas... — Ele coçou a nuca. — Resolvi convidar só os amigos esse ano.

Eu sabia que ele estava satisfeito. Haviam seis pessoas na festa além dele e eu tinha certeza absoluta que ele estava feliz por aquilo. Porque eram os amigos dele. Os verdadeiros.

E eu estava feliz por ele.

— Por que está sorrindo? — E aí o Yoongi apareceu.

— Boa noite para você também — falei olhando para ele, que estava sentado ao meu lado no sofá.

Ele soprou um riso e beijou minha testa.

— É o sorriso de alguém que quer acabar com a vida sexual do próprio pai — o respondi.

— Não parecia. — Tirei os olhos dele para o celular. — Parecia o sorriso apaixonado de Jimin para Jungkook.

— Pau no seu cu.

— Talvez no seu mais tarde. — O olhei com a sobrancelha arqueada. — Por que quer acabar com a vida sexual do seu pai? Aliás, eles tem uma vida sexual?

— Não, abestado. Minha mãe ficou grávida do Divino Espírito Santo. — Ele riu alto. — E é porque ele está fodendo a minha. — Olhei para ele, mudando de assunto. — Quero você me ajudando a fazer ele sorrir a noite inteira, ein? Vai ser o aniversário mais foda que ele já teve.

— Claro que vai. Eu estou na festa. — Ficou de pé. — Desliga isso. Vamos colocar um Just Dance. Vai animar mais.

Não é má ideia.

— Beleza.

Juntos, arredamos um pouco mais os sofás, abrindo um espaço maior em frente a televisão. E aí só ligamos os aparelhos, desligando a música.

— Vovó — Yoongi chamou. — Quer dançar comigo? Te desafio a uma derrota.

— Sua derrota? Eu aceito — todo mundo riu com a resposta dela.

— Ela é uma Park. Não mexe com quem está quieto — comentei para a cara de espanto do Yoon.

Depois os dois dançaram. Meus pais e Hoseok e Jungkook ficaram na sala assistindo eles. E eu fui comer porque estava realmente com fome.

Enfiei dois salgados na boca e abri a geladeira, pegando e abrindo uma das latinhas de cerveja.

— Aí — escutei Jungkook chamar quando saiu do sofá e veio até mim, se apoiando no balcão. — Não fica bêbado.

— Por? — Ele sorriu ladino e esticou a mão na minha direção, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

— Quero você sóbrio quando for meu. — Quase engasguei.

— Tá — soltei apenas, tomando mais um gole.

— Relaxa, jagi. — Cruzou as mãos sobre o balcão. — Quer dançar?

— Não sei dançar. — Ele riu no mesmo instante que eu.

— Da última vez que tivemos essa conversa, eu virei você.

— Então... — Estiquei minha mão para ele. — Eu quero.

Ele riu alto, mas segurou minha mão, me esperando dar a volta no balcão para seguirmos juntos para a sala.

E eu dancei quando os outros dois terminaram. Jungkook e eu. Foi realmente muito divertido. E aí meus pais dançaram, o que arrancou risadas de todo mundo.

Nós comemos. Bebemos. Jogamos outras coisas como, "quem sou eu" ou baralho enquanto os mais velhos conversavam sobre alguma coisa que eu nem fiz questão de saber. Mas nós perdemos desta vez já que a dupla era Jungkook e eu contra os outros dois. Não tivemos sorte nenhuma nas cartas desta vez.

— Tá, mas e a carne? — Yoongi provocou.

— Sai da minha casa! — Jungkook mandou, apontando para a porta.

— Isso está gostoso — Hoseok comentou com a boca cheia da minha torta vegetariana.

— Eu que fiz. — Fiz um V com a mão e aproximei do olho, sorrindo.

— Já pode casar — ele disse e Jungkook me olhou quase instantaneamente.

— Eu disse, querubim. Eu disse — soltou em tom de lamento.

— Não dei a bênção ainda. Não pode, não. — E esse foi o meu pai.

Nós nos espalhamos depois. Voltou a tocar música na caixa de som e nós sentamos no sofá, conversando sobre várias coisas e sobre nada ao mesmo tempo.

— Você está gostando? — questionei quando consegui puxar Jungkook para um canto sossegado. A cozinha. — Te fiz uma promessa e quero saber se estou conseguindo cumprir.

Ele sorriu e encostou na pia, me puxando pela cintura para mais perto.

— Está — apesar da resposta curta, o sorriso estampado no rosto valia por mil palavras. — Eu... estou tão feliz. É a primeira festa que eu faço que só há amigos de verdade e... Eu nunca ganhei tantos presentes. Nem nas festas com cinquenta pessoas.

Enrosquei os braços em seu pescoço.

— Eu fico feliz por você. Você sabe, né? — Ele sorriu ainda mais e assentiu.

— Sei. — Beijei sua bochecha e continuei com a boca colada ali sem pressionar. — Quero sua ajuda para abrir depois.

— Sempre. Para qualquer coisa. — Beijei ali de novo, sentindo ele me abraçar com mais força enquanto desencostava da pia. — O que está fazendo?

— Vamos dançar. — E foi aí que eu notei que a música era mais calma que as outras. — Nossa formatura será em breve. Temos que ensai–

— Não diga essa palavra. — Ele gargalhou e eu ri junto porque era muito gostosa de ouvir.

— Ok, ok. — Afundou o rosto em meu pescoço. — Vamos dançar agarradinho então.

E isso, de fato, aconteceu. Quero dizer... Continuamos abraçados e balançando de um lado para o outro até a música acabar.

Meus braços estavam sobre seus ombros e ele me segurava pela cintura. Minha bochecha tocava a sua enquanto nossos pés sequer descolavam do chão com o ritmo lento que nos movíamos.

Foi tão... bom. Eu passaria horas fazendo aquilo.

— Quer cantar parabéns? — minha mãe apareceu na cozinha e questionou, e Jungkook concordou.

Usamos o balcão mesmo como mesa, mesmo que a decoração esteja na sala. Meu pai quem acendeu as velas. Minha mãe não largava o celular para tirar fotos de nós e, principalmente, do Jeon. Eu já havia notado que Hoseok e Yoongi estavam estrategicamente perto para passar glacê na cara do menino e eu e a vovó estávamos batendo palmas antes de começar.

Eu vi os olhos dele se encherem d'água enquanto cantávamos, mas o sorriso largo não saía do seu rosto alegre um segundo sequer.

Jungkook brilhava naquele momento. Brilhava em alegria.

— Faça um pedido — minha avó falou entre as palmas.

Jungkook hesitou, mas fechou os olhos. E não demorou tanto depois para que assoprasse as velinhas de número. E, enquanto eles começavam o com quem será, eu já me preparava para girar meus olhos 360° e o fazer voltar para o lugar sem ficar tonto.

— Jimin! Jimin! Jimin! — E foi isso que eu fiz, só não foi 360°.

— Jimin aceita? — Yoongi questinou.

— Acabei de mudar meu nome para Sebastião — foi a minha resposta.

Eles riram, mas foi por outra coisa. Hoseok e Yoongi passaram glacê nas bochechas do aniversariante.

— Eu odeio vocês — Jungkook disse de olhos fechados e com a cara quase toda branca.

Depois o bolo foi cortado. E o primeiro pedaço foi para o próprio Jungkook. Ele mesmo se agraciou com o primeiro pedaço.

— Amor — o escutei me chamar depois de um tempo.

Todos estavam espalhados de novo. Tiramos até fotos juntos já. Todos nós.

— Uhm? — Olhei para ele, esperando que continuasse. Ele já havia limpado o rosto.

— Eu... — E, pela terceira vez só naquele dia, vi seus olhos encherem d'água. — Eu estou tão feliz. Você cumpriu sua promessa. Muito obrigado.

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