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Pintada de cinza

Naquela noite eu rodava. Rodava pelo salão com meu longo vestido vermelho, completamente sozinha. A festa havia terminado, todos já haviam ido embora, mas uma doce e melódica música ainda permanecia tocando.

Poucas luzes ainda estavam acessas, e a luz do luar adentrava pelas janelas. No chão ainda estavam as pétalas de rosas que haviam jogado nos noivos para a última homenagem da noite. Havia sido um belo casamento. Minha prima havia se casado com o amor de sua vida e foi tudo como sempre sonhou: usou um vestido digno de princesa, casou-se na igreja e depois deu uma festa íntima - mas bem divertida - para amigos e familiares. O salão era o do prédio que eu morava, mas eu ainda não queria ir para a cama.

Era uma noite interessante para se perder em pensamentos, então parei de rodar para me sentar em uma mesa no centro do local. Lembrei dele. Do amor da minha vida. E doeu. Ele havia desistido de nós há alguns meses... logo ele, a pessoa que eu imaginei casar e ter dois filhos e um cachorro. Logo ele com quem eu sentaria feliz ao redor da árvore todas as vésperas de Natal, o olharia e seria grata por estar ao seu lado. Sim... eu imaginei tudo. Com muitos detalhes.

Dei um sorriso fraco para tentar conter a enorme tristeza que começava a se abater sobre mim, mas não consegui. Ela era mais forte que eu e transbordou dos meus olhos. É sempre duro perceber que a vida é uma constante pregação de peças, que tudo está em constante mudança e que nem todos os sonhos serão realizados. É extremamente doloroso perder um amor quando ainda se ama. Quando ainda se é apaixonado. Passamos muitos anos juntos, e eu ainda o olhava como no início: completamente derretida, como uma manteiga que se põe na pipoca. Achava isso engraçado, mas me dava certeza de que ele era o certo.

E por que ele não está aqui agora, então? Eu me questionava constantemente.
Aparentava ser o de sempre: só amar não é suficiente. Corrigindo para o que houve entre nós: só amar o outro não é suficiente. Você precisa se amar também.

Ele constantemente estava se colocando para baixo. Aquilo doía como uma punhalada. Como ele não conseguia enxergar o quanto era especial? O quanto me fazia bem?

Não nego que tudo isso acabava me matando por dentro também. Vi meu amor ser apoderado por uma sombra que crescia cada vez mais, até que o dominou.

E eu fui parcialmente dominada também.

Levantei enxugando minhas lágrimas, a música que estava tocando agora era a última que eu queria escutar. Era uma das nossas (dois viciados em músicas e significados). Mas, ao mesmo tempo, queria me agarrar a algo dele naquele momento. Caminhei até a porta do salão que levava à varanda e a abri: a noite estava bela, refrescante, com uma lua amarelada no céu e algumas estrelas cintilantes ao redor.

Me debrucei no parapeito e fechei os olhos para sentir a brisa e a música. Quase foi possível sentí-lo segurando a minha mão e me abraçando por trás, como sempre fazia quando queria dizer que me amava, mas sem palavras. Era uma época amarela da minha vida. Agora, eu era um destaque vermelho em meio ao cinza que, aos poucos, se espalhava pela minha visão.

Naquele instante, tudo parecia sem vida. Mas eu esperava que um dia as coisas voltassem ao amarelo do brilho da luz do sol.

Onde quer que ele estivesse, queria que estivesse bem.

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