Só Pra Você
Ella Johnson
-Ella...- sinto beijos no meu pescoço.- baby....
-Hum?- escondo meu rosto no travesseiro.
-Já amanheceu.- ele morde minha orelha e sorrio.
-Foi?- finjo inocência.
-Foi.- ele acaricia minha coxa.- Tenho um presente pra você.
-Sabe o que mais seria um presente?- pergunto contra o travesseiro.- Se você me deixasse dormir...
-Ah, vai, você vai adorar isso.- ele aperta minha coxa e gemo.
-Passamos horas voando e se chegamos há pouco tempo...
-Mais tarde você dorme o quanto quiser.- ele afasta meus cabelos.- Pensei muito nessa surpresa....só pra você.
-Só pra mim?- sorrio quando ele aperta minha bunda também.
-Só pra você.- ele repete.
-Ok.- suspiro.- Eu vou tomar um banho e já vou.
-Espero você lá fora.- ele beija minha bochecha e se afasta.
Ouço a porta fechar e lembro do que aconteceu nas últimas horas...e não era pouca coisa, era muita.
Tinha matado dois homens, um deles queria me matar e outro queria matar Chris, não tive o que fazer.
Depois pegamos um helicóptero para um aeroporto privado e então pegamos um jatinho para Vermont, estávamos em um condomínio de luxo.
Sento na cama e vejo as árvores e a paisagem verde, não está na época de nevar, então está apenas chovendo muito, o que deixa tudo mais frio.
Não sei por que tínhamos vindo para Vermont invés de ir logo para Nova York, mas Chris fazia tudo por uma razão, então confiava nele para fazer isso.
Vou até o banheiro e fecho a porta, a luz amena passa pela enorme janela de vidro na frente da banheira e lavo meu rosto com calma enquanto acordo.
Pego a escova nova e passo um pouco da pasta, começo a escovar os dentes e percebo que estou mais ansiosa para essa surpresa do que pensava.
Respiro fundo e cuspo lavando minha boca, então limpo o rosto e saio do banheiro mais rápido do que queria, vou até a porta e vejo que a mesa está cheia de comida.
-Isso é a surpresa?- pergunto me aproximando.
-Não.- ele sorri me observando.
-Então a gente pode pular a parte do café e ir logo?- pergunto me aproximando.
-Até parece que você vai querer pular o café.- ele me puxa para o colo e rio.
Passo meus braços pelos ombros de Chris e ele abraça a minha cintura, fico séria de repente e ele acaricia minha bochecha com os lábios.
-O que?- pergunta baixinho.
-Tem certeza que eu não vai dar ruim?- pergunto.- Eu matei duas pessoas...
-Nem tem problema, Ella.- ele beija de leve meus lábios.- Ninguém vai descobrir que foi você. Ningue vai descobrir de todo jeito.
-Chris...
-Esquece isso.- ele segura meu queixo.- Você vai comer e vamos sair depois.
-Não quero comer.- me arrumo no colo dele e o monto.- Quero outra coisa.- seguro a gravata vermelha dele.
-Ah, Ella, assim você atrasa todo nosso horário.- ele geme quando mexo meus quadris.
-Ah, é?- levanto as sobrancelhas.
-É sério, Ella.- ele fica sério rápido.- Cima algo para não passar mal.- ele me vira no colo dele e fico de frente para a comida.
-Tá, mas você vai falar pra onde a gente vai?- pego uma torrada e começo a passar geleia.
-Vamos voltar para Nova York.- ele beija meu ombro.- A surpresa é lá.
-É uma surpresa boa ou ruim?- dou uma mordida na torrada.
-Tem surpresa ruim?- ele pergunta perto do meu pescoço.
-Tem, tipo a da Leila grávida e eu tento que ir para Paris....
-Não fala disso.- ele me ajeita no colo dele.- Já passou.
Fico sentada de lado e ele me observa, então passa os dedos pelas minhas coxas, logo depois beija meu pescoço enquanto eu continuo comendo a torrada.
-A grande ou pequeno?- continuo perguntando.
-Grande.- ele sorri me observando.
-Pare de olhar assim.- peço.
-Assim como?- ele passa o dedão pela minha mandíbula.
-Como se eu fosse...- não consigo achar a palavra.
-Linda? Perfeita? Gostosa?- ele começa e eu rio.
-Esquece.- termino de comer.- Já terminei. E agora?
-Agora vai se trocar.- ele me levanta e bate na minha bunda.
Sorrio mordendo o lábio e entro no quarto de novo, a sacola em cima da poltrona perto da janela enorme já diz tudo.
Abro e vejo um vestido branco leve e cheio de pássaros pequenos, sorrio colocando em cima da cama e pegando o cinto preto junto com os saltos Prada.
Começo a me vestir e o vestido fica ótimo, a barra roça perto da minha coxa, não fica tão curto e nem tão longo para mim, coloco os sapatos e arrumos os cabelos.
Saio do quarto e ele pega o casaco novo e branco no gancho, me ajuda a vestir e pega o cachecol, por que deve estar fazendo um frio dos infernos lá fora.
-Espere.- ele prende o casaco direito.- Pronto.- me puxa dando um beijo na minha bochecha.
-Outro.- peço com um sorriso bobo.
Ele segura meu rosto e beija levemente meus lábios, seguro o blazer dele enquanto Chris da beijos no canto da minha boca e então passa a língua.
Abro meus lábios e nossas línguas se tocam, gemo contra os lábios dele quando sua boca parece querer devorar a minha e me sinto disposta a deixar.
Sua mão vai até minha nuca e aperta meus cabelos, mordo o lábio dele e me afasto, estou mais ansiosa para saber da surpresa do que para mais beijos.
-Podemos ir agora?- ele pergunta.
-Podemos.- mordo a bochecha.
Ele abre a porta do quarto e descemos as escadas de pedra e cheias de água por causa da chuva, olho para frente vendo a BMW.
O motorista abre a porta para mim e sorrio agradecida enquanto entro, coloco o cinto de segurança e Chris dá a volta no carro.
O motorista entra e dá a partida quando Chris fecha a porta, apoio o braço na janela e fico vendo os outros apartamentos passarem naquele condomínio.
Sinto a mão de Chris no meu joelho e ele começa a acariciar, não sei por que estou tão animada, nem sei o que é e nem desconfio, mas estou animada demais.
☘︎
Chris Reed
Dava para ver a animação de Ella em seu rosto, as bochechas estavam coradas, os lábios não paravam de se repuxar para cima, seus olhos brilhavam.
Queria ver a reação dela quando descobrisse o que eu tinha feito, acho que ela iria gostar, contratei uma pessoa especial para atender aos mínimos detalhes.
Brenna já tinha dito que o trabalho de Ella estava seguro e que ela podia voltar a trabalhar depois de amanhã, o que era mais um dia livre para mim.
Não conseguia ficar sem tocar nela, mesmo ao seu lado, então estava acariciando sua coxa com calma, em movimentos lentos e circulares.
Os portões do condomínio entram e ela franze as sobrancelhas vendo as casas de luxo passarem.
Escolhi naquele bairro justamente por ficar mais perto de Nova York e do trabalho dela, assim era uma viagem de menor tempo e tinha muita segurança.
-Não acredito.- ela murmura.- É o que eu estou pensando?
Não consigo falar, por que assim que o motorista para ela sai do carro, vou atrás dela tentando acompanhar a corrida dela até a porta.
De salto ela era mais rápida que eu, fecho a porta atrás de mim e vejo ela olhando para a sala de estar bem decorada, do jeito que achei que ela gostaria.
-Não acredito!- ela grita e ecoa pela casa.- Você comprou uma casa?
-Achei que devia comprar algo para comemorar.- explico.
-Uma casa!- ela destaca vendo a cozinha de última geração.
-Gostou?- sorrio.
-Eu amei!- ela pula em mim e seguro sua cintura.- Obrigada.
-De nada, baby.- sorrio beijando a bochecha dela.
-E o quarto?- ela sussurra no meu ouvido.- A gente tem um quarto?- ela passa os lábios pelo meu ouvido.
-Vou te levar lá.- começo a subir a escada.- Tem uma cama enorme.
Ela sorri e no meio da escada a porta abre, deixo ela um degrau acima do meu e Ella arruma a roupa com vergonha nas bochechas, acaricio sua coxa.
-John falou que era importante.- o motorista informa.- Acharam alguém com informação.
-Ok.- suspiro.
-Chris...- ela segura minha gravata.
-Vou tentar ser rápido.- seguro o queixo dela.- Prometo.
Ela apoia a mão no corrimão e eu desço as escadas com um nó na garganta, odeio deixar ela assim sem ninguém, mas eu também pensei nisso.
Ando lentamente até o carro.
-Ninguém entra nesse condomínio sem dar o nome e me avisar.- falo para o segurança que está na porta.
-Sim, senhor.- ele assente.
Entro no carro, agora no banco do carona, se John me chamou é por que era importante, informação assim...ainda mais desse ataque na ilha...
Eu quero torturar o desgraçado que fez isso até ele perder a voz de tanto gritar, ninguém mais ia vir atrás de Ella, eu não ia deixar.
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