Avisados, Foram
Como eu prometi, o primeiro capítulo da história...
Mais uma vez obrigada pelos 3K, espero continuar crescendo e fazendo cada vez mais histórias para vocês.
E outra, vou tentar colocar fotos em todos os capítulos, voltar com isso pra não ficar chato :))
Boa leitura!!!
❤️❤️
Chris Reed
Se havia algo que eu odiava mais que tudo era ficar com raiva, mas eu nunca ficava mais de dois minutos sem ficar com raiva ultimamente.
O que eu podia dizer?
Meu casamento estava indo de mal a pior e mesmo assim ela não queria se separar amigavelmente, todos os dias tinham briga e eu nem sabia mais sobre o que brigávamos.
A única coisa que estava boa como crescendo eram minhas empresas, estavam distribuídas por toda a costa leste, o que antes era um sonho do meu avô agora estava se expandindo até o Japão.
E a única coisa que eu não podia ter feito apressado, era exatamente o que eu fiz, me casei achando que seria ótimo, que era a decisão certa, e na verdade a única coisa que eu pensava era:
"Deveria ter ouvido meu pai."
Mas agora não era mais tempo para lágrimas, a merda já estava feita e a única coisa que eu podia fazer era tentar convencer ela a se divorciar ou a melhorar nosso casamento.
-O que está dizendo?- Leila pergunta.
-Estou dizendo que não dá para continuarmos assim.- falo enquanto assino alguns papéis.
-Quer o divórcio?- ela fala em tom surpresa e levanto a cabeça.- Seu filho da puta!
-É o melhor para nós, Leila.- suspiro quando ela levanta.
-Não, você é um idiota egoísta, e deveria ter vergonha disso.- ela começa a pegar suas coisas.- Não vou assinar nenhum papel que fale sobre divórcio.
-Então podemos fazer terapia....
-Agora está dizendo que eu preciso de terapia?- ela sorri com raiva.- Chris, você me surpreende cada vez mais.
-Eu estou tentando, Leila.- bufo com raiva.
-Eu não vou pedir divórcio e nem terapia.- ela para na frente da porta.- Você e eu estamos casados e vamos ficar casados para sempre!
A porta bate e suspiro tentando encontrar alguma coisa em mim que me impeça de atirar o copo de uísque que estava na minha frente.
Respiro fundo e viro minha cadeira para a janela enorme que fica atrás da minha mesa, vejo os carros nas ruas e os prédios já acendendo as luzes.
-Deu para ouvir ela lá do primeiro andar.- John entra.
-Ah, não me diga.- viro tudo que tem no copo e minha garganta queima.
-Então, qual é o nível da sua raiva?- ele vem se aproximando.
-Oito, talvez.- passo a mão pelo rosto.
-Então é perfeito.- assim que ele fala eu viro a cadeira de novo e ele senta na poltrona em que Leila estava sentada há pouco.
-Perfeito?- pergunto não entendendo aquele sorriso idiota no rosto dele.
-Eu disse a um amigo que o meu chefe dono de uma enorme empresa ia aparecer na inauguração de um dos bares dele.- John cruza os braços.
-Deixe eu adivinhar, eu tenho que ir nessa festa de inauguração idiota?- pergunto e ele assente.
-Faça um favor para seu fiel e legal amigo.- ele fala pidão e eu balanço a cabeça.
-Eu só vou por que depois dessa briga ela vai me deixar dormindo no sofá.- falo mais baixo.
-Mentira, tem umas cinquenta camas na sua casa.- ele levanta.- Mas já que você topou, temos que sair às nove.
-Se você atrasar eu vou embora.- falo enquanto ele sai.
John balança a cabeça e sorrio comigo mesmo, pelo menos algo bom nesse dia, e depois quem sabe eu durma na casa dele.
Ele é como um irmão, fizemos o colegial, universidade e trabalhamos juntos, sempre estivemos juntos para falar a verdade.
Ele me avisou para não casar com Leila também, mas como sempre eu fui inconsequente e não dei ouvidos para ele, outra decisão de merda.
♧︎︎︎
Ella Johnson
-Acho melhor você não ir, Ella.- Daphne fala enquanto eu pego meus brincos.
-É só uma festa, Daph.- falo concentrada enquanto os coloco.
-Eu sei, nas eu tô com um pressentimento ruim.- ela fala deitada na minha cama.
-Você e seus pressentimentos.- suspiro levantando.- Eu só vou ficar uma ou duas horas.
-E por que não fica aqui comigo? Vamos fazer noite das meninas....
-Que tal amanhã, querida?- arrumo meu vestido.
-Se algo acontecer com você, eu avisei.- ela senta e me encara.
-Credo, Daphne, parece até que tá jogando praga.- falo arrumando meus cabelos.- Eu volto meia noite.
-E se não voltar? Posso ligar para a polícia?- ela me segue pelo curto corredor.
-Não, espere vinte quatro horas como manda o manual.- sorrio e a encaro.- Eu aviso você.
-Vai sair, El?- Julia sai de cozinha comendo biscoitos.
-Sim, obedeça sua mãe.- seguro a cabeça dela e dou um beijo na testa.
-Mas vai voltar para o filme da madrugada?- Julia pergunta tristonha.
-Vou tentar, amor.- sorrio abrindo a porta.- Amo vocês!
Elas respondem com desanimação e eu fecho a porta, então vou até às escadas e arrumo mais uma vez os cabelos.
Não podia dizer para Daphne que estava indo até lá arrumar algum emprego, a boate era nova e precisava de pessoas novas, ainda mais mulheres.
Estava economizando para a faculdade, mas tive que usar minhas economias para pagar o aluguel desses meses e estava lisa.
Tinha sido demitida da lojinha de café em frente ao parque há três meses e isso foi o bastante para eu ficar lisa
Só esperava que aquele cara tivesse algum lugar para mim naquela boate, por que eu já estava quase recorrendo a coisas piores.
Minha mãe trabalhou nas ruas, sabia como funcionava aqueles lugares e como me defender, então não iria ser algo novo para mim.
Mas o problema era que eu não queria fazer isso, e faria de tudo para essa ser realmente minha última opção.
Então comecei a andar pelas ruas cheias de Nova York e pensei no que realmente importava, o resto joguei para cima e ignorei.
Sabia que alguma hora ia dar certo, de uma forma ou outra eu ia conseguir o que eu queria, só tinha que prestar atenção nos sinais.
Atravesso a rua com a multidão de pessoas e recebi olhares de todos os tipos, odeio aquelas pessoas, odeio praticamente todas as pessoas.
Daphne e Julia são as únicas que eu gosto, Daphne teve ela muito nova e teve que sobreviver servindo café, e foi como eu a conheci.
Foi como se fosse predestinado, eu e ela éramos como carne e unha, e Julia intensificação ainda mais nossos laços.
Mas hoje era meu dia de tentar algo, eu precisava de um emprego, e eu era insistente, então essa noite eu conseguiria algo, nem que fossem por meios errados.
Eu tinha que conseguir alguma coisa, já bastava da vida me batendo dia por dia, não aguentava mais isso, eu precisava ganhar alguma hora, não?
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