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- O que houve? - A diretora pergunta assim que entramos na sala dela.
Eu chorando e Haru possessa.
Haru explica o que viu, e deixa para que eu fale o que aconteceu antes, mesmo nervosa falei tudo sem tirar detalhes, mostrei até mesmo meu braço vermelho que ainda dói.
- Vamos ver o que fazemos. - É o que a senhora Margo diz.
- Não, diretora, não vamos ver o que fazemos ou a senhora faz alguma coisa vamos constatar a política, assédio é crime. - Haru constata.
- Senhorita Park se acalme, por favor vamos ver... O que você está fazendo? - A mulher mais velha questiona quando percebe a minha amiga com celular no ouvido.
- Minhas mães têm ótimas advogadas, vamos ver o que elas vão dizer quando souber que a minha melhor amiga foi assediada na escola e que a diretora quer ver algo que está óbvio. - Eu arregalo os olhos de surpresa.
Nunca imaginei que estaria no meio de uma situação dessas, mas agradeço aos céus por ter Haru ao meu lado nesse momento.
- Senhorita. - A diretora tenta chamar a atenção da coreana, mas ela ignora enquanto fala com alguém no celular.
- A polícia vai ser acionada, ainda hoje. Eles vêm aqui diretora, amanhã minha mães estarão tambémaqui já que estamos no final da aula, passar bem querida. - Haru se põe de pé, pois estávamos sentadas nas cadeiras em frente a diretora, ela me puxa e então saímos da sala deixando a mulher perplexa para trás.
Foi tudo tão rápido que mal consigo raciocinar, não passamos dez minutos dentro da sala da diretoria. Paro no meio do corredor, ainda sendo segurada pela minha amiga.
- Está tudo bem? - Ela pergunta visivelmente preocupada.
- Obrigada. - É o que consigo dizer já sentindo as lágrimas molhar o meu resto.
- Aquele desgraçado vai pagar pelo que fez, essa escola está cheia de câmeras ele vai se ferrar, mexeu com pessoa errada, querida. - Haru me abraça enquanto choro, me sentindo melhor por não estar sozinha.
- Como foi que você deu aquele chute nele daquela forma? - Pergunto assim que nos afastamos.
- Eu fiz aulas de judô quando era mais nova. - Ela arrebita o nariz orgulhosa de si mesma, o que arranca um riso de mim.
Quando saímos de dentro da escola nos deparamos com o Nick sozinho andando de um lado para o outro.
- Ei, onde vocês duas estavam? - Ele pergunta exasperado.
- O que ouve? Estávamos na sala diretora. - Haru é quem fala.
Nick não fala nada, apenas tira o celular do bolso, digita a própria senha e nos mostra uma foto. Na mesma está eu e Leon, o mesmo me beijando, ou melhor parece que estamos nos beijando em um comum acordo.
Meu olhos se arregalaram, enquanto Haru xingava alto.
- Quem mandou essa foto? - Pergunto sentindo meus olhos pinicarem, mais que ódio!
- A Valentina que enviou, está no grupo da escola.
- O Gabo, onde ele está?
- Ele viu a foto e saiu irritado, não sei para onde o mesmo foi. - Sinto o meu coração disparar, o que será que ele está pensando? - Você beijou o...
- Nem fala o nome dele, aquele idiota beijou a Lola a força acabamos de falar com a diretora e com as minhas mães isso não vai ficar impune.
- A minha irmã está na faculdade de Direito e ela pode falar com algum advogado.
- Não se preocupe amorzinho, já pensei em tudo.
- Lola eu sinto muito, o que você precisar eu estou aqui, você sabe não é? - Assinto antes dele me abraçar. - Amanhã estaremos do seu lado, não se preocupe.
- Inclusive se quiser ir lá para casa.
- Tenho que falar com o Gabo, ele deve ter ido pra casa.
- Faz assim, se acontecer alguma coisa me liga que eu vou te buscar. - Haru pede e eu apenas assinto.
- Eu te dou uma carona até a mansão dos Borges. - Nick quem fala.
- Obrigada, eu não sei o que seria de mim sem vocês dois. - Ambos me abraçam ao mesmo tempo.
O casal se despedem, então eu e o loiro vamos para o carro da família dele.
Por todo caminho eu tentei falar com o Gabo, enquanto também respondia a Haru que me deixava a par do que as mães dela estavam fazendo para me ajudar.
Segundo ela a polícia foi com um mandado na escola pedindo todas as filmagens da área do pátio, o que me deixa aliviada.
- Vai ficar tudo bem. - Nick fala ao perceber meu nervosismo.
- Desde que vocês estejam ao meu lado l, eu não preciso de mais nada. - Sorrio mínimo em sua direção.
- E vamos está, somos seus amigos, Lola. Aquele idiota não vai passar impune. - Ele aperta a minha mão que por sinal se encontra suada.
Eu preciso falar com o doutor Miguel, não posso constatar a minha mãe ainda, ela vai ficar nervosa e preocupada. Mando uma mensagem digitada para o médico, mas não é enviada pelo menos por agora, depois eu tento novamente.
Me despeço do Nick assim que chegamos a mansão, saio do carro e me identifico com os seguranças, logo sou liberada. Praticamente corro para dentro, subindo as escadas como uma louca.
Passo direto do meu quarto indo para o do mais alto, bato na porta mas ninguém atende quando desisto escuto passos vindo do corredor atrás de mim.
Gabo vem na direção que estou, o mesmo para de andar assim que me ver.
- O que está fazendo aqui? - Ele pergunta ríspido.
- Precisamos conversar. - Digo vendo ele morder o próprio lábio.
- Não, não precisamos, eu vi a foto, Lola. - Respiro fundo para não começar a chorar igual uma criança.
- Eu sei que viu, mas acho que não sabe o que exatamente aconteceu. - Digo engolindo o choro.
- O que? Um beijo seu com aquele babaca do Leon? Por favor, Lola, acha que eu sou um idiota? - Será que ele não percebe o quanto estou quebrada?
- Só me escute, por favor. - Peço vendo ele negar.
- Não quero escutar o quanto o beijo dele é melhor que o meu, não quero escutar como foi legal você me enganar, não quero. - Gabo fala entre os dentes.
- Gabriel, você não está se escutando, não é? - Minha voz sobe umas oitavas à mais.
Eu já estou ficando louca, quero chorar igual bebê sem leite, passei por uma das piores situações que alguém poderia passar e estou aqui me humilhando por alguém que pouco se importa com o que quero dizer. Acho que a minha vó, me mataria ao ver essa cena patética.
Ela me ensinou a ser empoderada, não ficar me martirizando por conta de um garoto que até pouco tempo dizia me odiar, acho que já tenho problemas demais com garotos.
- Podemos ou não conversar? - Tento uma última vez.
- Não quero saber o porque beijou ele.
- Não beijei ele.
- Não foi o que pareceu.
- Eu sei que não parece mais Gabo o Leon...
- Chega não quero ouvir mais nada, pode sair de frente do meu quarto? - Sua palavras me cortam como sei que navalhas fariam.
- Tudo bem. - É a única coisa que digo saindo da frente dele.
Passo ao seu lado sem esbarrar nele, e vou direto para o quarto que durmo. Pego algumas coisas e ponho rapidamente em uma mochila, ligo para Haru que rapidamente se prontifica em vir me buscar. Enquanto espero tento ligar para o doutor Miguel, mas ele não me atende, não quero ligar para a minha mãe, mas está quase impossível de não o fazer.
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