🌻22🌻
- Eu adoraria ir. - Respondo já me sentindo ansiosa, para ver a minha família.
Doutor Miguel abre um sorriso e se põe de pé, como se estivesse apressado para ir fazer algo, talvez esteja mesmo.
Sorte nossa é que a Virgínia ainda não voltou de viagem, com a mãe do Nick, pois eu acho que essa conversa não seria tão tranquila assim.
- A Lola vai sozinha? - Gabo pergunta antes que o pai saia da sala.
- É claro que não, vou a uma reunião no hospital então a levo. - O mais velho responde.
- Posso ir? - Quase que engasgo com a minha própria saliva quando Gabriel faz ao pai o pedido.
- Se Lola não se incomodar. - Doutor Miguel olha para mim como se esperasse uma resposta.
- Posso chamar o Nick e a Haru? - Pergunto, não vou a um lugar apenas com o Gabo, ainda mais depois do nosso quase beijo.
- Se eles quiserem pode sim, bom, agora tenho que ir. - Eu assinto.
O mais velho depois de dar um leve tapinha no ombro do filho, me deixando sozinha com o mesmo.
- Vou mandar uma mensagem para o casal do ano. - Jogo no ar, quando vejo que Gabo ia abrir a boca para falar algo.
Digito rapidamente mensagens para os outros dois que logo me respondem com um "é claro, que sim", até nisso os dois parecem estar conectados.
- Quer minha ajuda para te levar até lá em cima? - Gabo pergunta.
- Se não for incomodar, eu aceito. - Estico meus braços como uma criança faria então, ele me pega no colo, para minha surpresa.
- Haru e Nick aceitaram ir? - O mais alto pergunta enquanto sobe comigo as escadas, parece até que eu não peso uma grama.
- Disseram que vão sim. - Falei me sentindo mais animada do que já estava.
Pela primeira vez na minha vida vou levar meus amigos, meus primeiros amigos na verdade, para conhecerem a minha casa, a minha mãe e se tudo der certo o meu avô.
Como eu queria que minha vozinha tivesse aqui, ela ia adorar eles.
- Que bom. - Gabo murmura e eu apenas aceno que sim.
Ele me deixa no meu quarto, me pondo na cama levemente. Agradeço a ele, antes dele dizer que mandará alguém vir me trazer algo para comer antes do jantar, já que comemos algo na hora do almoço na escola.
🌻🌻🌻
Por minha ansiedade de chegar logo o final de semana o resto da semana passou tão rápido que mal percebi.
As aulas de teatro e fotografia estão cada vez melhores, é como dizem atuar em frente às pessoas te ajuda muito com a sua timidez, é claro que não faz milagres pelo menos não a curto prazo, resumindo as aulas extras estão me ajudando a me tornar mais eu.
Digo tais coisas pois mesmo recebendo olhares feios a cada passo que eu dava, não me sentia acuada, não tinha o porquê, eu não fiz nada de errado.
Qual seria o problema de eu namorar o Gabo, nem se ele fosse o príncipe do país. Pessoas que nascem com dinheiro, deveriam ser estudadas.
A única coisa que sei em meio a isso tudo é que vai ser bom ver a minha família.
Agora estou aqui terminando de arrumar uma pequena mala para irmos até a cidade onde fica o hospital que a minha mãe e meu avó estão, só vamos à nossa fazenda no domingo.
Escuto uma batida na porta, fecho minha mala de mão e pego a minha bolsa de algodão cru, assim que abro dou de cara com o Gabo.
- Já está pronta? - Ele pergunta e eu assinto olhando para o que ele veste que ao contrário de mim é algo mais básico.
Gabo veste uma calça jeans clara com uma camiseta branca por dentro de uma jaqueta college preta com bege e detalhes vermelhos. Já eu visto uma saia midi, com minhas papetes de tiras brancas e uma camiseta azul sem detalhes, pus também meu colar de pingente de lua, por mais incrível que pareça Gabo está com o dele de pingente de sol, parece que sempre usamos eles juntos.
Por fim descemos para a sala onde o doutor Miguel já nos esperava, iríamos tomar o café da manhã depois que pegarmos Haru e Nick em suas devidas casas.
Pegamos o Nick primeiro depois Haru, ambos vão ao meu lado enquanto Gabo vai no banco do carona ao lado do pai que vai dirigindo.
A viagem é tranquila, paramos uma vez para comer e depois voltamos a seguir o caminho.
- Vamos ficar em um Hotel hoje à noite, reservei três quartos, um para mim que é o mesmo onde sempre fico quando vou sozinho, um para vocês meninos e um para vocês meninas. - Todos nós assentimos.
- Vamos ficar no mesmo quarto. - Haru fala animada ela vinha com o braço entrelaçado ao do Nicolau, enquanto eu e ela dividimos o mesmo fone, acho que já escutamos todas as músicas do bts.
Sorrio para ela me sentindo verdadeiramente feliz por ela estar aqui comigo.
🌻🌻🌻
Assim que chegamos em Butterfly City, vamos direto para o hotel onde deixamos nossas coisas, são quase meio dia agora e eu me sinto particularmente faminta.
Descemos do carro e então pegamos nossas coisas no porta malas. Quando me viro para entrar no hotel razoavelmente grande, vejo a minha mãe nos observando, entrego as minhas coisas a primeira pessoa que vejo e saio correndo para abraçá-la.
- Eu também estava com saudades do meu amor. - Ela diz me apertando contra seu corpo.
- Ai, mamãe, você não sabe o quanto eu queria esse abraço. - Digo sentindo o cheiro doce que ela emana.
- Não mais do que eu, querida.
Quando nós nos afastamos, ela cumprimenta o doutor Miguel e então espera que eu apresente os outros, é quando percebi que Gabo segura minha bolsa e a minha mala de mão.
- Mamãe, esses são meus amigos... - Quando vou apontar para os três um pouco atrás vejo o Gabo meio surpreso com as minhas palavras. - Este o... Gabriel filho do doutor Miguel. - Completo tendo a certeza que o mais alto não iria gostar de ser taxado como meu amigo para algum familiar meu.
Minha mãe os comprimenta com abraços até agradecimento por cuidarem de mim, Haru e Nick dizem os seus nomes a ela e há até quem são seus pais e mães, a minha amiga pareceu aliviada quando a mulher que me deu luz e me fez a pessoa que sou hoje não se importou como a família dela apenas fez elogios e perguntou o que elas fazem da vida, assim como fez com o Nicolau.
Depois que deixamos nossas coisas nos quartos, vamos almoçar em um restaurante pequeno perto do hotel. Diga-se de passagem a comida estava deliciosa.
Enquanto os outros vão andando na frente de volta para o hotel, minha mãe e eu vamos mais atrás, de braços dados como fazíamos sempre que íamos caminhar juntas pelas campinas perto do sítio dos meus avós.
- Os três tem muito dinheiro, isso não te incomoda, não é? - Ele pergunta com um ar preocupado.
- Não, eles são meus amigos mãe, assim como não incomoda a eles eu não ter dinheiro, não incomoda a mim eles ter. - Respondo o que realmente é verdade.
- Que bom, agora vamos ver o seu avô, eles não vão poder ir hoje, ok? Mas amanhã antes de vocês irem para sítio talvez dê para seus amigos conhecerem o meu pai. - Eu me assinto cada vez mais ansiosa para vê-lo.
Espero que o Vovô, me conte mais uma de suas histórias com a vovó como ele sempre fazia quando sentia saudades dela nos últimos quase dois anos, espero que ele consiga viver por mais tempo, não sei se aguentaria perdê-lo também.
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