🌻20🌻
Ainda não encontramos Haru e Nick, parece até que eles sumiram de propósito.
- E agora, o que fazemos? - Pergunto ao mais alto que segurava o meu pulso, deve está com medo que eu me perca também.
- Vamos dar uma volta, talvez encontremos eles. - Assinto me soltando dele enquanto começamos a andar.
Caminhamos por algumas barracas, brinquedo e nada dos dois pombinhos, até que damos de cara com os amigos de Gabo. Valentina, July, os gêmeos e Clarissa em uma das centenas de barracas de tiro ao alvo.
- Gabo, você por aqui. - Sim, Valentina ignorou a minha existência praticamente gritando o nome do outro. - Vem, vamos brincar em algo juntos. - Nesse momento ela olha para mim com um sorriso triunfante, mas que logo some com as palavras que vem do amigo dela.
- Não vai dar, eu e a Lola estamos procurando o Nick e a Haru, você viu eles? - A pergunta dele faz ela fazer um careta de descontentamento.
- Não vai me dizer que vai fazer igual ao tapado do Nicolau e se bandear para o lado dessas esquisitas, aliás o que essa daí está fazendo com a sua camiseta? - Ainda me perguntou como ela não se engasgou com o próprio veneno.
- Acho que o Nick sabe muito bem escolher as amizades dele, até mais que eu. - Gabo segura meu braço e saiu me puxando para longe dela.
- Eu sei andar. - Reclamo, me soltando bruscamente dele. - Deveríamos ter trago os celulares para ligar para eles. - Digo dobrando o braço na frente do corpo.
- Vamos na roda gigante, talvez de lá dê para ver mais coisas. - Sem ter o que fazer ou falar o acompanho até o lugar citado.
Mas rápido do que se possa imaginar estamos sentados no brinquedo, que é particularmente chato. Meus olhos correm por toda extensão do parque lá embaixo, mas não vejo nada que pareça com o casal desaparecido.
- Nada deles. - Digo o óbvio me encostando na cadeira.
- Você acha que eles sumiram de propósito? - Gabo pergunta também colando as costas.
Eu acho que sim, pois se não fosse assim eles já teriam nos achado, não?
- Gabriel. - O chamo fazendo ele me olhar. - É verdade o que o seu pai disse mais cedo? - Questiono curiosa.
Ele ficou mesmo preocupado comigo? Certo que o comportamento dele foi bem esquisito no decorrer da semana, mas não foi pra tanto.
- Digamos que o meu pai exagerou. - É o que ele diz.
Dou de ombros, voltando a procurar os outros dois. A volta na roda gigante acaba, então resolvemos dar mais voltas.
- O que acha de desistirmos e ir curtir esse lugar da forma certa? - Gabo pergunta parecendo cansado de tanto procurar, eu não estou diferente.
- Acho uma ótima ideia, por onde começamos? - Haru e Nick que me perdoem, mas não vou perder a minha primeira vez em um parque de diversões desse tamanho procurando eles.
O mais alto abre um sorriso, e sem que eu espere ele segura a minha mão e começa a caminhar.
Vamos em tantos brinquedos, muito deles eu não sei ao menos o nome. Fomos até no carrossel, onde várias crianças ficaram claramente nos julgando.
Eu com toda certeza estarei rouca amanhã de tanto gritar e rir. Gabo faz piadas idiotas o tempo inteiro, além de aparentemente achar que vou sumir ou pior ser sequestrada, pois cada passo que damos ele está segurando a minha mão, ou meu pulso, e até mesmo meu braço.
- Eu quero uma pelúcia. - Digo apontando para uma barraca de tiro ao alvo que dá como prêmios o que pedi.
- Então vamos conseguir uma pelúcia, antes limpa esse nariz. - Antes que eu diga que não estou sentindo o meu nariz sujo, Gabo enfia o dedo no sorvete que eu estava tomando e o suja.
O filho da mãe sai correndo, me deixando para trás suja.
Foram algumas tentativas para que ele conseguisse uma pontuação digna de um bichinho. A moça pergunta qual ele quer, sendo que sou que quero, Gabo não pergunta já escolhendo.
- O que você escolheu? Eu queria. - Bato o pé irritada.
A moça tira uma pelúcia de abelhinha fofa meus olhos chegam a brilhar.
Eu quero ela pra mim!
- Uma abelhinha para outra abelhinha. - É que ela diz quando a mulher o entrega.
Mesmo ainda com o sorvete na mão, pego de uma só vez a abelhinha, não quero correr o risco dele não me dar. Só que o Gabo a toma de volta não me dando tempo de segurá-la com mais afinco.
- Só vou te entregar ela, se você beijar bem aqui. - Ele aponta para a própria bochecha.
- Não! Gabriel, fui eu que pedi pra irmos naquela barraca. - Digo cruzando os braços.
- Sem beijo, sem abelhinha, pegar ou largar. - Reviro os meus olhos querendo bater nele.
- Vê se matem essa sua cara de pau parada. - O aviso é ele assente entortando o rosto para que eu beije um dos lados. - Quer que eu vá até aí em cima? - Pergunto pois ela ainda está mais alto que eu.
Gabo rir soprado, se curvando um pouco. Respiro fundo segurando nos ombros dele e bum! Fogos de artifício nos assustam, sim nós poderíamos ter nos afastado, mas ele teve a proeza de se virar para olhar o barulho que estava atrás de mim.
Para quem pensou que eles se beijaram está errado, um enconstar de lábios não é beijar e ponto.
Eu arregalei os olhos e dei um passo para trás, Gabo também parecia surpreso, mas ainda estava parado no mesmo lugar.
O clima ficou estranho entre nós, mas conseguimos fingir que não até a hora combinamos com o doutor Miguel chegar. E para quem está se perguntando como sabíamos as horas sem celular, o Gabo tem um relógio.
- Então como foi? - O mais velho pergunta quando já estamos dentro carro.
- Foi muito bom. - Gabo é quem respondeu com um surpreendente sorrisinho nos lábios.
- E pra você Lola?
- Foi igual ao do seu filho, muito bom. - Pelo menos até antes do selinho, ficou, penso.
Logo chegamos na mansão deles, me sentindo exausta, nego o convite para jantar e vou para o meu quarto, tomo banho, ponho um pijama quentinho e quando estou prestes a deitar para dormir o Gabo literalmente invade o meu quarto antes de bater.
Dou um gritinho de susto. E se eu tivesse pelada, ele pensaria?
- Não sabe bater? - Perguntei irritada.
- Você já viu os grupos da sala e da escola? - Ele perguntou afobado, ignorando minha pergunta.
- Não, por quê? - Minha curiosidade se atiça então pego o meu celular.
Tem algumas mensagens dos traidores, tanto o Nick como a Haru, mas o que me chama atenção é a centenas de mensagens nos dois grupos citados por Gabo.
Assim que abro a conversa do que tem menos mensagens, a primeira coisa que vejo é uma foto, baixo a mesma e quase caio para trás me sentando na beirada da cama.
Uma foto minha com o Gabo no exato momento que ele vira o rosto e nossos lábios encostam um no outro. E agora todos da escola, sem exceções, acreditam piamente que estamos namorando.
- Por que você virou o rosto? - É a única frase que meus lábios declaram, pois não consigo pensar em nada.
- Eu me assustei com os fogos de artifício, não foi de propósito. - Ele diz se aproximando de onde estou.
- Você acha que vai adiantar alguma coisa se negarmos?
- Não, vão pensar que estamos mentindo para ter um namoro mais privado.
- Então vamos deixar eles pensando que estamos namorando? - Questiono.
- Uma hora eles vão perceber que não é verdade. - Ótimas palavras, só que não. - Você tá brava?
- Das pessoas pensarem que estou namorando o cara que me odeia? Claro que não. - Respondo com sarcasmos.
Os girassóis murcharam com essa história.
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