Epílogo
~ Helena ON ~
Dois Meses Depois
Encarei minhas duas filhas que estavam em cima da cama e tentei encontrar algo nelas que fosse parecido comigo.
Mas não tinha.
Elas tinham puxado o Bruno.
Só ele.
- O que você tanto pensa? - meu namorado perguntou, depois de trazer duas blusas de frio para as meninas.
Hoje, essa casa estaria cheia com nossos amigos. Todos eles estariam aqui para ver nossas filhas. Infelizmente, meu pai não conseguiu comprar passagens a tempo para a Camila e o Jonh, por isso a visita deles teria que ser adiada. Diferente da Beatriz que disse que já estava chegando.
- Eu só estou surpresa em como elas não puxaram nada meu. - contei, e Sophie que estava dormindo, abriu seus olhos e fez cara de choro.
Bruno pegou ela e começou a balançar a mesma em seu colo.
Era incrível a capacidade dele de acalmar nossas filhas.
Alexia continuava dormindo e eu comecei a falar mais baixo para não acordar ela.
- Você não sabe o que está falando. - meu namorado disse, também falando baixo.
- Bruno, elas puxaram a cor do seu cabelo. A cor dos olhos e até a cor da pele. - falei. - Passei horas para elas nascerem e não parecem em nada comigo.
- Meu amor, você não está olhando direito. - ele insistiu. - Seu nariz é idêntico aos delas. O jeito que elas franzem a testa é parecido com o seu, e a forma do rosto.
Encarei o rosto da Alexia e percebi que realmente o nariz dela era parecido com o meu. Bruno se aproximou, e depois de sentar ao meu lado, deitou Sophie de volta na cama para eu olhar o nariz dela.
Isso colocou um sorriso no meu rosto.
- Você tem razão. - falei, mais calma. - Elas parecem comigo.
Bruno segurou meu rosto e me puxou na direção dele.
Meu corpo respondeu de forma rápida ao seu toque.
- Vou matar minha saudade de você antes que elas acordem. - disse, com os lábios próximos dos meus.
Era difícil agora a gente passar um tempo juntos. As meninas estavam muito pequenas e a qualquer barulho, a gente já corria para o quarto delas.
- Eu acho uma boa ideia. - sussurrei.
E quando seus lábios tocaram os meus, ouvimos o som da campainha e então nossas duas filhas acordaram ao mesmo tempo.
- Fica para mais tarde. - prometi, e quando ele levantou da cama para sair do quarto e abrir a porta para quem tinha chegado, eu vesti as meninas com suas blusas de frio. - Mamãe quer que vocês se comportem.
A primeira a entrar no quarto foi a Ângela. Ela correu até a cama me fazendo rir.
- Você é a tia mais besta que existe. - exclamei.
Ela deu de ombros e colocou o dedo perto das mãos da Alexia para minha filha segurar.
- Eu tenho culpa se elas são adoráveis? - perguntou.
Não, ela não tinha culpa.
Um tempo depois quem entrou foi a Beatriz, e eu dei um pulo da cama ficando feliz com sua presença.
- Meu deus, você falou sério quando disse que estava vindo. - exclamei, e abracei minha amiga.
- Quem é louco de desperdiçar uma viajem para a França? - disse, e quando se afastou, olhou as garotas na cama. - Helena, elas são lindas.
A ruiva se aproximou e tocou o nariz da Sophie com a ponta do dedo fazendo minha filha segurar sua mão.
Ângela que estava ainda ao lado da Alexia, sorriu.
- Olá, Beatriz. - a garota de cabelo azul falou com certa provocação.
- Olá. - a ruiva, murmurou parecendo não querer conversa com minha outra amiga. - Elas são tão parecidas, como você sabe quem é quem?
Me aproximei da cama.
- Eu não sei. - confessei. - Cada uma tem tipo uma pulseira no pulso com seu nome.
Assim eu que não trocaria os nomes delas.
- É uma ideia legal. - Ângela disse.
Bruno entrou no quarto e sua expressão de alegria me deixou curiosa.
- Não acredita em quem acabou de chegar. - ele disse.
- Quem?
- Vem comigo e trás as meninas.
Obedecendo ele, Ângela e Beatriz pegaram nossas filhas e saímos do quarto.
No meio da nossa sala, estava a Jennifer, e ver ela ali tornou aquela noite mais especial.
- Você aqui. - desci às escadas e abracei a morena fazendo ela rir.
- É bom te ver também. - exclamou, e então olhou para os bebês. - Vocês estão de parabéns.
- Nós realmente estamos. - Bruno falou convencido me fazendo dar um tapa de brincadeira em seu ombro.
Jennifer se aproximou das minhas outras amigas e então as três começaram a paparicar nossas filhas.
Bruno me abraçou e deixou um beijo no topo da minha cabeça.
- Não é incrível como tudo está dando tão certo? - murmurei.
- E é só o começo. - falou.
A campainha tocou e dessa vez quem foi abrir a porta fui eu.
- Caio? - exclamei, surpresa.
Nosso ex colega de escola sorriu.
- Bruno me convidou. - contou, e eu dei espaço para ele entrar.
Com todos na sala, fui até a cozinha pegar uma bandeja com salgados. Era bom ver todo mundo reunido e se divertindo.
Voltei para a sala e deixei a bandeja em cima da mesinha. Meus amigos não perderam tempo e comeram tudo me fazendo rir.
Quando achei que mais ninguém fosse chegar, a campainha tocou novamente.
- Eu vou. - avisei, quando vi que o Bruno estava levantando do sofá.
Dessa vez, quem estava na porta era o Damon.
- Cheguei tarde? - perguntou.
- Não, pode entrar. - falei, abrindo ainda mais a porta.
Damon passou esses últimos meses fazendo tudo que podia para nós ajudar.
Isso tornou ele importante na criação das minhas filhas.
- Minha mãe? - perguntei, mesmo sabendo que era um erro.
Ela tinha até chegado a ir me visitar no hospital meses atrás, mas foi embora tão rápido que sua visita mais pareceu uma alucinação.
- Está ocupada. - falou.
- Claro que está. - falei, sem esconder a amargura.
Damon entrou e depois de falar com o Bruno, pegou uma das suas netas no colo.
Sorri quando vi todo mundo interagindo.
Eu não poderia estar em lugar melhor.
Agora sim acabou. Esse epílogo não é muito grande porque é só uma forma de mostrar que nosso casal está feliz nessa nova fase da vida deles.
Eu odeio despedidas. Esse livro é muito especial e encerrar ele me deixa feliz, e ao mesmo tempo triste.
Mas é isso, na próxima atualização a gente conversa melhor.
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