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Capítulo 48: Vou Voltar Para Você

- Você percebeu como aquele cliente está me encarando? - Júlia perguntou, tirando minha atenção do caderno que o Edison tinha me dado para anotar as coisas que estavam faltando na dispensa do restaurante.

Era sempre assim. Quando eu começava a trabalhar, ela vinha para puxar assunto.

Ser filha do dono tinha suas vantagens pelo jeito.

- Talvez porque você também esteja encarando ele. - falei, e ela sorriu mostrando seus dentes perfeitamente brancos.

Júlia era uma adolescente de 17 anos que achava que o mundo girava ao seu redor. Ela pensava assim porque o pai dela fazia todas suas vontades. E, mesmo tendo todos os privilégios do mundo, ela gostava de perturbar pessoas como eu, que só queriam trabalhar em paz.

Só que nem ela ia conseguir me tirar do sério. Não hoje.

Ontem eu tive um dia incrível e meu humor estava ótimo.

- Será que eu deveria me aproximar dele? - ela perguntou se apoiando ainda mais no balcão.

Eu também estava encostada no balcão, só que atrás dele. E, como Júlia estava perto, tentei fazer de tudo para não revirar os olhos com sua pergunta.

- Vai em frente, você é livre pra isso. - falei, e voltei a escrever no caderno.

Comecei a fazer as contas do que estava faltando no restaurante. Arroz, feijão...

- Então o que eu falo? - Júlia voltou a falar. - Não quero parecer muito atirada.

Meu celular tocou no bolso da minha calça e eu larguei a caneta para pegar ele.

- Meu pai não gosta quando vocês mexem no celular. - Júlia disse.

- É minha mãe. - menti.

Ignorei o olhar reprovador da Júlia e fui ver a mensagem que tinha chegado.

"Você pode me encontrar atrás do restaurante?"

Era o Bruno, e não, eu não podia me encontrar com ele agora. Mas ia dar um jeito.

"Posso sim"

Ele respondeu segundos depois.

"Estou aqui te esperando"

Guardei o celular e olhei para a Júlia.

- Você pode ficar de olho no caixa enquanto eu vou lá fora? - perguntei, já andando até a cozinha.

Lá tinha uma porta que levaria para os fundos do restaurante.

- O que? Eu não sei mexer no caixa. - ela disse, confusa. - E se meu pai aparecer?

- Fala que eu estou no banheiro e que você está no meu lugar por enquanto. - foi a última coisa que eu disse antes de entrar na cozinha.

Quando sai do restaurante, olhei em volta em busca do Bruno, no entanto, só encontrei latas de lixos.

Eu estava pensando em pegar meu celular para mandar uma mensagem para ele, mas desisti quando senti sua presença nas minhas costas.

Me virei para encarar seus olhos azuis e sorri.

- Achei que fosse te encontrar só mais tarde. - falei.

A gente tinha combinado isso depois que fui embora do apartamento dele.

- Você tem quanto tempo? - Bruno perguntou, e estava me olhando de forma tão intensa que quando deu um passo na minha direção, eu automaticamente fui para trás.

Fiz isso até encostar minhas costas na parede.

Ele ficou na minha frente e inclinou o rosto na minha direção me fazendo sentir um frio na barriga.

- Dois minutos. - respondi sabendo que não podia demorar mais que isso.

Ele colocou a mão no meu rosto fazendo meu coração acelerar no peito.

- Eu não consegui ficar longe sabendo que você estava só alguns minutos de distância. - ele exclamou e levou sua mão até a parte de trás do meu pescoço.

Eu quis fechar os olhos quando ele começou a acariciar meu pescoço da mesma forma que tinha feito no apartamento dele.

Bruno se aproximou mais encostando seu corpo no meu me fazendo sentir cada parte dele.

- Você tem um minuto agora. - consegui dizer.

E quando seus lábios tocaram os meus eu esqueci de todo o resto e só foquei nele.

Coloquei meus braços em volta do seu pescoço e ergui a cabeça para aprofundar ainda mais o beijo.

Eu queria sentir mais daquilo.

Sentir mais dele.

Bruno passou o braço em volta da minha cintura e me manteve perto como se tivesse com medo que eu me afastasse.

E, como eu estava perto, consegui sentir seu celular tocar no bolso da sua jaqueta. Ele ignorou e continuou me beijando, mas o aparelho continuou tocando.

Eu nunca odiei tanto um celular em toda minha vida.

Bruno desacelerou o beijo e me deu um selinho antes de afastar sua boca da minha.

Eu observei ele pegar o celular e ficar sério depois de ler uma mensagem.

- Tudo bem? - perguntei depois que consegui controlar minha respiração.

Bruno voltou a me olhar me deixando triste porque nosso momento tinha chegado ao fim.

- Eu sinto muito, Helena, mas preciso voltar. - ele falou em tom que me preocupou.

- Voltar para seu apartamento? - perguntei.

- Não, para minha casa. - respondeu.

Fiquei olhando seu rosto querendo saber se ele estava brincando comigo.

- Tá falando sério? Você acabou de chegar. - exclamei não acreditando.

Bruno notou meu desespero e colocou uma mão em cada lado do meu rosto me obrigando a ficar quieta.

- Eu não vou demorar. - disse. - Vou voltar para você.

Engoli em seco sentindo minha garganta seca.

- Quando você vai? - perguntei querendo saber quanto tempo a gente tinha ainda.

- Amanhã.

- E quando você volta? - perguntei novamente tentando ficar calma.

A gente se encontrou depois de três anos, eu podia esperar mais um pouco.

Não podia?

- Logo.

- Logo? Logo não é uma resposta, Bruno. - falei. - Se você veio só para brincar com...

- Eu quero ficar com você, Helena. - me interrompeu..- Só estou voltando para minha casa para resolver alguns assuntos. Depois disso a gente pode finalmente recomeçar.

- E por que você não resolveu "esses assuntos" antes de me encontrar? - perguntei.

- Eu achei que tinha resolvido, mas estava enganado. - disse. - Vamos fazer assim, passa no meu apartamento mais tarde e a gente conversa melhor lá.

Eu assenti sabendo que não tinha outra escolha.

- Ok.

Quando voltei para dentro do restaurante, Júlia notou que eu não estava bem.

- Você saiu com um sorriso e voltou com essa cara de quem acabou de perder o cachorro pra um caminhão. - disse. - Nem vou perguntar o que aconteceu.

E eu nem ia responder mesmo.

- Obrigada por ficar no meu lugar. - falei e voltei a pegar a caneta que estava no balcão.

Ela deu de ombros.

- Foi legal me sentir útil. - ela disse e sorriu. - Vou dar uma volta.

Meu bom humor de hoje mais cedo foi para ela pelo jeito.

Voltei para o meu trabalho e tentei não pensar muito no Bruno, e no fato dele estar indo embora.

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