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Capítulo 16: Deixar Quieto

Também atualizo em 2024

Sabe aqueles dias que você só quer ficar na cama e esquecer que tem um mundo lá fora? Então, eu estou com vontade de fazer isso. Só relaxar, mas claro, minha mãe tinha outros planos.

- Tá falando sério? - perguntei. - Você quer ir no salão de beleza? E quer ir comigo?

Eu já tinha recusado seu convite da última vez quando ela quis me levar para conhecer suas amigas, agora ficaria estranho recusar de novo. Agora era um bom momento para uma dor de cabeça me atacar de verdade.

- Sim, Helena. - respondeu, sorrindo. - Vai ser divertido.

Defina diversão, mamãe.

- Prefiro ser atropelada por um caminhão. - respondi, e fingi estar pensativa. - Por um não... por dois caminhões.

Ela passou as mãos em seus brilhantes cabelos loiros com clara impaciência.

- Quero passar um tempo com você, filha. - confessou, me fazendo estranhar. - Sinto que estamos afastadas uma da outra.

Isso é verdade.

Eu tinha certeza que o spray de cabelo dela tinha um espaço maior que eu em seu coração.

- Ok. - respondi, fazendo ela sorrir satisfeita.

Vamos lá, não vai ser tão ruim. Eu só vou sentar lá no salão e esperar minha mãe arrumar seu cabelo. Depois, voltaria para casa e passaria o resto do dia no meu quarto.

- Você vai ver como vai ser legal. Vou te apresentar algumas garotas da sua idade, assim você não vai ficar tão sozinha enquanto estiver morando aqui. - ela disse, com os olhos brilhando. - Talvez até possamos arrumar esse seu cabelo. Cortar...

Não.

Se eu um dia fosse cortar meu cabelo era porque eu queria isso, não porque minha mãe pediu.

- Eu vou com você no salão, mas você será a única que vai arrumar o cabelo. - exclamei firme. - É sério, mãe.

Ela deu de ombros.

- Se quiser que seu cabelo continue parecendo um ninho de rato o problema é seu. - falou. - Te espero lá em baixo em vinte minutos.

Fechei a porta e parei em frente ao espelho que ficava perto da cama.

- Meu cabelo não parece um ninho de rato. - falei, ainda encarando minha imagem. - Parece?

Fofo continuou dormindo na cama me deixando resmungar sozinha.

Dez minutos depois, desci as escadas e fui até a cozinha. Precisava estar com a barriga cheia para conseguir aturar minha mãe. Mas, assim que entrei na cozinha, senti vontade de voltar para meu quarto.

O Bruno estava lá sentado na mesa enquanto lia um livro de capa branca. Isso me deixou um pouco surpresa.

Estávamos nos evitando depois daquele dia que ele me levou para o parque e me beijou.

- Bom dia. - falei, e me sentei do outro lado da mesa.

Ele levantou seus olhos azuis e me olhou rapidamente.

- Bom dia, Helena. - disse, e voltou a ler.

Peguei um pedaço de bolo e dei uma mordida.

Tentei não encarar o garoto na minha frente, porém, era impossível. A imagem clara do que aconteceu continuava rondando minha cabeça.

- Você está bem? - perguntei, querendo mudar esse clima tenso.

- Ótimo. - respondeu, dessa vez sem me olhar.

- Bom. - murmurei.

Mordi os lábios querendo ficar quieta.

Eu sabia que era horrível quando você queria ler em paz e alguém ficava te perturbando. Mas, eu sentia uma vontade absurda de ouvir sua voz.

Loucura, não? Eu pensaria sobre isso outra hora.

E a culpa era dele por ter mudado nossa relação. Se não tivesse me levado naquele passeio eu não estaria me sentindo tão confusa.

- Eu também estou bem. - respondi. - Só pra você saber.

Ele não respondeu.

- Não é legal ler enquanto toma seu café da manhã. O livro fica todo cheio de migalhas, é horrível. - falei.

Bruno balançou a cabeça como se estivesse concordando.

- É sobre o que o livro? - perguntei quando o silêncio ficou insuportável.

Bruno suspirou parecendo impaciente e depois se levantou. Colocou suas mãos em cima da mesa e se inclinou na minha direção.

- É sobre uma garota que não sabia quando ficar quieta, então um belo dia arrancaram sua língua grande fazendo todos da cidade cantarem de alegria. - ele falou.

Comi mais um pedaço do meu bolo e sorri nervosa.

- Leitura interessante. Depois você me empresta? - perguntei.

Ele se virou e começou a sair da cozinha.

- Bruno? - chamei me levantando também.

Ele se virou.

- O que? - perguntou.

Passei as mãos nos meus cabelos enquanto criava coragem.

- Sobre aquele dia... - comecei.

Ele levantou uma sobrancelha parecendo estar se divertindo.

- Que dia? - perguntou.

Ele com certeza estava zuando com a minha cara. Bruno sabia muito bem sobre o que eu estava falando.

- Você sabe. - falei. - Quando a gente saiu e nos beijamos.

Mesmo que eu tentasse negar, aquele beijo significou algo. Não só o beijo, como tudo naquele dia.

Não podia ser coisa da minha cabeça.

Ele me encarou por alguns segundos me deixando desconfortável e então se aproximou.

- Sabe... - ele parou na minha frente e pegou algo da mesa. - Eu não me lembro disso.

Ele comeu o resto do bolo que eu tinha pegado e sorriu.

Observei enquanto ele mastigava me perguntando se o idiota estava de brincadeira.

- Que jogo é esse? - perguntei.

Bruno deu de ombros e se afastou.

- Não tem jogo nenhum, Helena. Só esqueça. - exclamou. - Não ia dar certo mesmo.

Então, ele saiu da cozinha me deixando inquieta.

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