Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

3. Rafael e Ela

Depois de um dia cansativo, o que Liliana mais queria era relaxar no banho, tomar uma cerveja gelada e ouvir suas músicas favoritas. Enquanto abria o registro do chuveiro, ela ouviu carros apressados na rua, mas não deu bola, afinal, cidade grande e sexta-feira à noite, igual a dia de balada.

Dez minutos depois ela ouviu vagamente, por causa do barulho do chuveiro, o portão se abrir e passos apressados na brita e alguém bateu na porta da frente freneticamente. Ótimo, pensou ela, lá se vai minha calmaria. Liliana gritou de volta e depois de se secar de qualquer jeito vestindo um roupão branco felpudo, ela desceu as escadas correndo, levando um susto quando abriu a porta da sua pequena entrada.

Céus! Você esqueceu o portão aberto de novo Lily! — Disse Rafael entrando porta a dentro rapidamente e fechando atrás de si.

— Ai caramba, esqueci de novo! — respondeu ela dando um tapa na testa.

— Vou ser rápido, me escute — ele disse segurando seus ombros para que ela olhasse nos olhos dele — Otávio descobriu sobre nós.

— Estamos ferrados — a moça disse fechando os olhos já pensando na confusão que estava para acontecer.

— Ainda não, tenho contatos que vão nos ajudar — disse tentando passar calma, mas sua voz estava tensa, quase em pânico, — consegui um voo para você daqui a uma hora.

— E você? — a pergunta saiu num fiapo de voz tentando não chorar, Liliana entendeu que iria sozinha.

— Eu vou ficar aqui e tentar despistar ele até você estar segura — ela assentiu confirmando e depois aconchega sua cabeça no peito firme do seu amor. — Vai dar tudo certo — ele prometeu quase lendo os pensamentos confusos e angustiados da moça.

Alguém bateu de leve na porta e disse para eles se apressarem, Rafael assentiu e fechou a porta novamente.

— Precisamos ir amor, faça suas malas, pegue pouca coisa, lá você compra o que precisar — Liliana assentiu novamente e correu para seu quarto no andar de cima, enquanto Rafael fazia ligações como louco no andar de baixo.

Ela começa colocando mudas de roupa e sapatos que precisava dentro de uma mala prata de acrílico de tamanho pequena. Talvez se desse tudo certo ela voltaria para sua casa novamente, pensou enquanto colocava seus cosméticos favoritos na necessaire.

Assim que terminou, segurou na alça da mala e desceu as escadas do pequeno geminado para se juntar à Rafael, passando um olhar para cada coisa na casa antes de dizer adeus.

As paredes pintadas de beje, móveis brancos estilo antigo, eletrônicos tons de cinza, tapeçaria coloria e luminárias brancas foscas, mas eram todos conquistados com muito esforço. Era tudo que Liliane tinha na vida.

Depois que abriu a porta da frente ela percebeu que aquela agitação de carros estava  estacionado em frente à sua modesta casa.

— Merda.

Rafael acompanhou seu olhar e pensamentos amedrontados.

— Calma, eles são amigos.

— Mas são capangas de Otávio — retrucou a moça, depois de reconhecer os carros. Ela tentou soar calma, mas estava quase histérica por causa do nervosismo.

— Eu também sou capanga do Otávio — ele retrucou e deu um beijo doce nela e continuou em seguida — e estou do nosso lado — Liliana relaxou os ombros com essas doces palavras.

Liliana entrou e sentou no banco gelado de couro escuro da SUV seguida por Rafael e foram em comboio até o aeroporto, em um silêncio quase mortal.

Não era fácil ficar com um traficante poderoso — mesmo sem saber disso antes — terminar com ele e ficar tudo bem. Ele ia te seguir, te manipular e te intimidar, e todos os seus próximos namorados também. Onde quer que Liliana fosse, tinha um capanga do seu ex namorado a seguindo. E agora ele descobriu que o atual namorado da moça é o seu braço direito. Tentaram não chamar a atenção, mas pelo jeito, não deu certo.

Chegando no aeroporto, o casal se despediu e Liliana, junto com seu novo guarda costas um rapaz jovem e muito alto, pegaram o primeiro voo para a costa leste do país. Praia e calor. Ela realmente precisava de férias, e agradeceu por ser em uma cidade tropical, só queria poder curtir essas férias junto de seu amor.

Mas o clima não era o esperado quando o avião aterrissou na cidade de Havaiana. Chovia forte e fazia um clima propício para passar o dia embaixo das cobertas. Foram direto para seu destino, a casa dos pais de Rafael.

A viagem foi tranquila, porém a cabeça de Liliana não. Várias coisas passavam pela sua mente, como a incerteza do seu futuro, o que aconteceria dali para frente, e o que Otávio era capaz de fazer. Essa última parte ela preferia não descobrir.

Entrou rua, saiu rua, o cenário por trás da janela do carro alugado foi se transformando de cidade grande para residencial, com rua asfaltada e jardins em frente às casas. Liliana se sentia em filmes na California, de tão extasiada com a nova paisagem, era tudo muito diferente para ela.

A moça mal podia acreditar em seus olhos quando Vitor, seu guarda costas, manobrou no caminho limpo da calçada de cimento até a garagem coberta recém aberta pelo controle remoto.

A casa além de moderna, era enorme para os padrões de Liliana, e na medida que o carro se aproximava, ela  tentava calcular quantas da sua modesta casa caberiam dentro dessa pequena mansão.

Vitor pediu que a moça abrisse as portas enquanto ele pegava as malas. A cada passo que Liliana dava para dentro da casa banhada em luxo, várias perguntas iam sendo depositadas na ponta de sua língua, e não era difícil adivinhar isso.

— Rafael prometeu que tiraria todas as suas dúvidas quando ele chegasse, moça.

— Tudo bem, obrigada Vitor. — Liliana não conhecia Vitor, mas sentia empatia e segurança perto dele. Quando Rafael chegar não saía de sua mente.

— Com fome? Tem uma cabeleireira vindo para cá mudar seu visual e o que mais precisar, mas — ele olhou seu relógio de pulso — temos alguns minutos ainda.

Liliana só assentiu e foram para a cozinha. As dispensas estavam cheias, provável que alguém tenha cuidado disso, fazendo-a se questionar se Rafael já planejava antes de levá-la para lá. Liliana escolheu o que tinha o preparo mais rápido e quando terminou a refeição na bancada de ilha na cozinha estilo americano, a campainha tocou.

— Olá grandalhão — uma senhora de meia idade abraçou desajeitada o guarda costas que tinha quase o dobro da sua altura, Vitor era realmente alto, e depois cumprimentou a moça e desatou a falar enquanto embelezava Liliana.

Falou dos seus filhos, dos seus três maridos falecidos, dos gatos, e da cidade a qual nasceu e pretende morrer, esse último assunto realmente interessou Liliana, pois a cidade era essa onde ela chamaria de lar. E foi com essa contação de histórias que Liliana se transformou em outra mulher.

Os cabelos longos e ruivos deram lugar a um corte acima do ombro conhecido como long bob, mais curto atrás e mais comprido na frente, e de volta à sua cor natural, castanho escuro, sobrancelhas delineadas de uma forma mais sedutora, unhas mais compridas, depilação em dia.

Linha de cosméticos novos com batons, delineadores, máscara para cílios, esmaltes, cremes hidratantes para corpo e rosto, óleos corporais, esmaltes, tudo para repor o que Liliana deixou em Serenus.

Sacolas e mais sacolas de lojas de grife Vitor pegava no carro da senhora e levava até a sala espaçosa, a mágica acontecia em uma sala ao lado e a portas fechadas. Liliana se sentia como Cinderela sendo aprontada para a festa. Depois de tudo feito, a senhora se despediu e foi embora muito satisfeita com o seu trabalho, Liliana também.

De barriga cheia e toda produzida Liliana se despediu do seu guarda costas que foi para o quarto de hospedes, para conhecer os seus aposentos, a suíte principal, preparou seu banho de banheira, para enfim relaxar o que pretendia quando seu namorado bateu à sua porta na noite anterior.

Muitas perguntas rondaram a cabeça da garota. Onde ele estaria? Estava bem, ou ferido? E essa casa?

Ele ainda não dera nenhuma notícia, disse que quando estivesse tudo certo ele daria um sinal. Isso fez Liliana fazer uma viagem no tempo quando conheceu Rafael.

Era uma época em que ela saía muito com as "amigas" em baladas como era de praxe, Liliana só não contava que elas a largariam sozinha e bêbada no meio da festa por conta de um ingresso VIP em outra festa, ofertado por alguns rapazes que não eram de seus interesses, mas o dinheiro e os ingressos sim.

Rafael acompanhou o episódio desde que pusera os olhos naquela moça ruiva linda, parecia o próprio sol com o vestido dourado de paetês, e assim que percebeu a situação em que a moça foi jogada, ele se ofereceu a ajudar, apenas pagou o táxi para ela voltar para casa, se certificando de que o taxista era amigo seu e faria o trabalho direito.

Rafael, que estava trabalhando de segurança com seu porte "grande", alto, ombros largos e braços fortes, fez o que faria com qualquer moça naquela situação, ele só não esperava ver Liliana novamente naquele lugar.

Ela apareceu lá na semana seguinte procurando por seu anjo da guarda, ele estava trabalhando, então marcaram de se encontrar depois do seu expediente. Foram em um bar 24 horas, próximo da boate, ela o agradeceu muito pelo que ele fez, então conversaram mais um pouco e logo perceberam a empatia e o romance que estava no ar.

Nessa época Liliana já tinha terminado seu relacionamento com Otávio, e ele tinha parado um pouco de a perseguir e ...

— Os bombeiros foram chamados ao local, na Rua Bourbon, na cidade de Serenus, próximo ao shopping Papah — o repórter disse alarmado. Liliana saiu de seus devaneios no susto, pois havia deixado a televisão ligada, saiu correndo da banheira e aumentou o volume enquanto vestia o roupão e enrolava seus cabelos na toalha.

— Liga a tv no jornal, Vitor! — ela gritou para seu guarda costas, fechou a porta e correu para a frente da tv onde o jornalista começou a reportagem de última hora.

— A vizinhança percebeu o fogo pelas dez horas da noite, quase uma hora atrás, e se alastrou rápido segundo eles, infelizmente já era tarde quando os bombeiros chegaram. — o helicóptero sobrevoou a sua antiga casa e mostrou ela totalmente queimada — Havia um casal que dormia no quarto principal, e entraram em óbito com a fumaça.

Uma lágrima escorre pelo rosto de Liliana ao ver sua casa nessa situação, ela tem a confirmação de que não voltará mais para lá, nem para aquela cidade. Claramente aquele incêndio fora queima de arquivo. O telefone toca e o coração de Liliana quase para.

— Liliana meu amor, estarei indo para casa, terminei aqui. — Liliana chora emocionada com a ligação, e corre se vestir para esperar o seu amor.

Duas horas depois Vitor e Liliana foram até o aeroporto internacional de Havaiana, esperar por Rafael.

— Como você está linda Lily! Quanta saudade de você meu amor — Rafael diz e abraçou Liliana apertado que devolveu o abraço na mesma intensidade, era apenas dois dias, mas dada a situação, parecia anos sem se verem.

Partiram rapidamente para casa, onde era mais seguro. Depois de instalar Rafael na casa, pediram pizza e Vitor e Liliana foram colocados a par do assunto.

— E o que vocês fizeram com a minha casa — Liliana faz um gesto de assustada e soltou risadas.

— O importante que deu tudo certo meu amor — Rafael não esperou para depois — Otávio não irá nunca mais nos encontrar, segundo meus aliados e a própria imprensa, eles acham que estamos mortos.

— Como assim mortos? Otávio foi incriminado? — Liliana estava confusa com essas informações.

— Conseguimos colocar o nosso advogado nesse caso, foi lhe passado a lista de testemunhas que vão falar a verdade, que Otávio foi o namorado da Liliana, que o relacionamento era abusivo, eles terminaram e ele continuou perseguindo a moça, até colocar fogo na casa enquanto ela e o novo namorado dormiam.

— Entendi, uau, mas por que falou de nós em terceira pessoal? — indagou Liliana. Rafael deu uma piscadela para Vitor que ela não entendeu.

— Porque agora podemos ser quem quisermos ser, quem você quer ser meu amor? — Liliana pensou um pouco antes de responder.

— Eu gosto de Loren, sou Loren — a ex-Liliana sorri para Rafael, que a puxa do seu colo para ela sentar no sofá, ele se ajoelha aos seus pés tirando uma caixinha de veludo de um canto do sofá onde ele estava sentado.

— Loren, você aceita se casar comigo, Dominic?

Loren aceitou no mesmo instante, e agora poderão recomeçar suas vidas ao lado um do outro e sem serem perseguidos.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro