Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 5

(...)"Amargo como,
Todas as contas não pagas e decepção,
Como, todos os feitos errados que traz solidão,
Como um limão,
Como um limão."(...)

(Kamaitachi - Café das seis)

Aspiral

Amê se afundou de uma forma que ninguém imaginava que fosse acontecer.
Os dias começaram a ficar idênticos, fluidos, mas não de um jeito bom, tudo muito rápido:
as crises,
os choros,
os vinhos,
os cortes,
os telefonemas acumulados,
as milhares de embalagens dos diversos deliverys que a mantinham viva,
as várias garrafas dos mais diversos tipos de bebidas que a trancaram em um vício,
as baratas e ratos que começaram a se embolar em seus pensamentos e cabelos sujos.

Passaram-se assim três meses.

Em um dia como qualquer outro, ela ouve alguém bater, levanta-se praticamente se arrastando e vai até a porta.

Quando vê o outro lado, pelo olho mágico, fica surpresa ao  ver todos os seus funcionários esperando que ela abrisse.

Olivia, o seu braço direito e sua melhor amiga.
Dona Jane, a senhora  mentora de todos que fazia  ótimos bolos e dava conselhos melhores ainda.
Washington, um rapaz que intercalava o horário do trabalho com o da faculdade de contabilidade, e além disso intercalava mesas como ninguém, sendo ele o melhor dos garçons da torteria.
E o caixa, Jonilson, um menino extremamente amável que vivia dizendo como amava seu país, seu estado, sua cidade e sua favela.

- Amê, abre a porta, sabemos que você está aí... - Olivia enfiando o rosto no olho mágico.

- O que vocês querem?

- Como assim o que queremos? - Diz Washington - Amê não te vemos têm três meses, nós não podemos tomar conta da loja por você, afinal você é a dona... Não estamos dando conta sem você...

- Os investidores amor, querem uma posição sua, disseram que se não te verem vão parar de apoiar o seu negócio, mana! - Agora quem fala é Jonilson.

- Vocês dão um jeito, tirem o pagamento de vocês, fiquem com a loja, com tudo...

- Amê, não queremos a loja... Queremos você de volta, nenhum de nós fazemos o que você faz mulher! - Diz Olivia aflita.

Amê, ainda do lado de dentro, chora.

- Nada mais importa agora...

Jane finaliza - Amê, querida, tudo importa... Vamos embora gente...

- Mas ela nem abriu a porta... - diz Jonilson.

- Ela precisa pôr a cabeça no lugar, não vai resolver nada agora. - Afirma Jane.

Todos vão andando pelo corredor do prédio. Olivia continou parada na porta.

- Amê, quero que saiba que sempre te achei incrível, uma mulher grande e inspiradora, você não precisa se remoer por causa dele... Você é bem mais que isso... É bem mais...

- Vá embora Olívia! - Amê berrou de dentro do apartamento.

Olívia se calou, Amê jamais havia gritado com ela antes. Ela se assustou, não sabia o que seria de sua amiga e patroa Amê. Ela foi embora mas, não iria desistir.

Amê ficou ali chorando, no mesmo lugar até adormecer.

Quando amanheceu, no dia seguinte, ela se viu obrigada a levantar do chão.

Arrastou-se até o centro da sala, chutando as embalagens espalhadas pelo chão, passou a mão no sofá derrubando as diversas garrafas de vinho que ali estavam depositadas e praticamente despencou no móvel que parecia estar mais vivo que ela. Pegou o controle remoto e ligou a televisão de plasma que estava acoplada à parede.

Começou a ver o jornal que estava apenas repetindo qualquer desgraça que havia acontecido no dia anterior, de repente a TV desligou, e todo o resto também.

- Cortaram a luz? Eu deveria imaginar...

Ela levantou do sofá e, se arrastando novamente, foi até a janela do apartamento, começou a olhar a rua, os diversos carros, e no prédio que ficava de frente para o seu, as janelas abertas, as pessoas vivendo, fazendo várias coisas diferentes dentro de cada apartamento.
Observava os detalhes, enquanto estava ali, presa naquele inferno que parecia eterno.

- O que vamos fazer Amê? - Disse para si mesma - O que faremos agora?

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro