Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Passatempo

Kate Bernadi

Estou sentada em uma das poltronas e anotando uma série de números que Dante pediu para eu fazer o balanço. Ou pelo menos era para eu estar fazendo isso, mas depois comecei a desenhar.

Ele continua concentrado e o observo, Dante passa os dedos pela testa em forma de massagem e lê aquele papel com tanta concentração que me pergunto o que está escrito ali.

Coloco a cabeça para o lado e ele levanta os olhos me encarando, um sorriso lento corre seus lábios e ele abaixa o papel para me observar também.

-O que está pensando?- pergunta.

-Nada demais.- balanço a cabeça.- Só estou curiosa.

-Com o que?- ele cruza os braços.

-Com você.- passo meus dedos pelos lábios.- Você e eu não nos conhecemos muito.

-O que você quer saber?- ele parece aberto para conversar.

-O que aconteceu com você?- franzo as sobrancelhas.- Duvido que tenha sido assim desde o começo...

Ele fica sério e então volta a olhar para os papéis, me levanto e ele ignora meus movimentos até eu estar afastando a cadeira dele.

-Você perguntou.- sento na frente dele.

-Não quero falar sobre isso.- ele suspira.

-Ok.- olho envolta.- Eu só aprendi a andar de bicicleta com treze anos e não sei nadar muito bem.- informo e ele me encara.- Eu também não gosto de sapos.

-Algum problema com sapos?- ele sorri.

-Quando eu era pequena um deles pulou em mim e fiquei sem sair por uma semana.- sorrio lentamente e ele ri.- Está rindo de mim?

-Não.- as mãos dele tocam minhas coxas.- Nunca iria rir de você.

-Então?- saio da escrivaninha e sento no colo dele.- Só uma coisinha, Dante.

-Quando eu tinha quinze anos estava andando pela rua quando levei um tiro.- ele desabotoa a camisa.- Quase morri.

Vejo a cicatriz e me pergunto como não vi antes, quer dizer, eu já tinha visto antes e não tinha me importado muito. Mas agora sabendo da história.

Passo meus dedos pela cicatriz e ele acaricia a parte exposta da minha cintura por causa da blusa ter subido. Desço meus dedos por seu abdômen e o encaro.

-E Lara?- pergunto.

-Não, sobre Lara não.- ele fica rígido.

-Você ainda ama ela?- pergunto e ele desvia o olhar.- Dante...

-Eu a perdi por que não soube protegê-la, por que era novo e burro.- ele segura meu rosto.- Não vou deixar isso acontecer de novo.

-Sei que não.- acaricio a mão dele.

-Não pergunte sobre ela.- ele pede e o observo.- Ainda não estou pronto para isso, ainda não estou pronto para falar sobre ela.

-Ok.- mexo a cabeça.- Ok.

Levanto voltando ao meu canto e ele abotoa a blusa de novo, pego o bloco que estava escrevendo e continuo escrevendo os números.

Coloco os cabelos atrás da orelha e me espreguiço encostando as costas em um dos braços da cadeira e passando as pernas pelo outro.

-Não sabe nadar, é?- ele pergunta.

-Não tinham muitas piscinas na minha cidade.- falo sorrindo e ele ri.- Dante!

-Se quiser eu ensino você.- ele me observa.- Ensinei minhas irmãs.

-Você tá me zoando, não?- franzo as sobrancelhas.

-Não, você precisa saber...

-Dante!- alguém bate na porta e abre logo em seguida, Bruno.- Um cara chegou no hotel e viram ele com uma arma. Não avisaram na hora e ele está por aí.

-Mande a equipe de segurança procurar pelas câmeras.- Dante levanta.- Leve Kate para o quarto.

-Não.- falo séria.- Eu vou ajudar...

-Você pode ajudar indo para o quarto.- Dante levanta e me tira da cadeira.- É só por segurança.

-Mas...

-Só até acharmos o cara.- ele beija minha testa.- Bruno.

-Vamos.- Bruno toca meu ombro.

Olho para Dante ele está abrindo um armário cheio de armas, sigo Bruno pela recepção e sorrio para algumas crianças que passam indo para a piscina.

Bruno aperta o botão do elevador e entra comigo logo em seguida, ele está com a mão na arma o tempo todo como se eu fosse uma carga preciosa.

O ele adora abre no nosso andar e caminhamos calmamente até o quarto, ele pega o cartão e abre a porta entrando primeiro. Entro atrás dele e o vejo revistando o quarto.

-Acho que não tem ninguém, Bruno.- ele entra no banheiro.

-Não podemos arriscar...

Algo bate contra minha nuca e eu caio no chão, fecho meus olhos com força e ouço alguma coisa quebrar. Toco minha cabeça e viro de barriga para cima.

Abro os olhos e vejo uma arma do meu lado enquanto Bruno está sendo sufocado por um cara de terno e com uma cicatriz enorme no rosto.

Pego a arma e destravo, me sento de costas para a cama e miro na cabeça do cara, estou quase apertando o gatilho quando minha cabeça lateja e tudo acontece bem rápido.

Puxo o gatilho e levo as mãos para minha cabeça, tento me levantar e alguém agarra meus braços. Já estou pronta para lutar quando Bruno segura meu queixo e me faz encará-lo.

-Kate?- ele franze as sobrancelhas.- Você me... O que você tem?

-Minha cabeça dói.- falo enquanto ele me senta na cama.

-Ah, merda.- ele se afasta indo até a porta.

Ele grita alguma coisa e eu olho para aquele corpo deitado no chão do quarto, respiro fundo várias vezes e vejo o sangue sujando o tapete.

Eu tinha matado ele. Eu matei alguém.

♧︎︎︎

Dante Bernadi

Estou de braços cruzados enquanto o médico que achamos examina Kate, ele está com uma lanterna pequena apontada para o olho dela e parece bem sério.

Não consigo parar de bater o pé e ele se afasta, ela volta a colocar o gelo na cabeça e ele guarda as coisas na maleta que trouxe do quarto.

-Então?- pergunto.

-Ela está bem, foi uma leve batida e não parece grave.- ele explica.- Só deixe ela acordada por mais alguma horas e fique de olho.

-Certo.- Bruno abre a porta para ele.- Obrigado.

-De nada, qualquer coisa é só me chamar.- ele passa pela porta.- Continue com o gelo.

Mexo a cabeça e Bruno sai junto com o médico, me agacho na frente de Kate e ela parece bem calada. Não sei se é por causa da batida ou por causa do homem que matou.

Pedi para os homens tirarem ele e cobrirem o sangue o mais rápido possível para o médico checar Kate. Eles iam limpar amanhã e quando voltássemos estaria tudo brilhando.

-Tudo bem?- pergunto.

-Eu matei um cara.- ela fala séria.

-Você salvou Bruno.- falo com um sorriso calmo.- Matou por bem...

-Eu sei.- ela respira fundo e abaixa o gelo.- Mas mesmo assim eu matei.

-É isso que é participar de uma máfia, fiore.- acaricio sua bochecha.- Você vai ter que matar alguma hora.

-Eu sei.- ela repete e me encara.- Onde ele está agora?

-Vamos queimar ele.- falo baixo.- E desaparecer com seus restos.

-Ah.- ela olha para o gelo.

-Que tal só se concentrar no agora?- coloco o gelo na sua cabeça de novo.- Descanse um pouco, mas sem dormir.

-Eu consigo fazer isso.- ela relaxa.

-Bom.- beijo os lábios dela.- Vou falar com Bruno e volto em cinco minutos, ok?

-Ok.- ela se ajeita na cama.

Me afasto dela ainda a observando preocupado, abro a porta e quando chego do lado de fora Bruno está falando com um dia caras da segurança do andar.

Ele me vê e fala algo antes de se virar e começar a andar na minha direção, passo a mão pelo cabelo e apenas o encaro esperando.

-Ele não entrou pela porta.- Bruno fala baixo.- Ele escalou e entrou pela varanda.

-Puta merda.- bufo.

-A segurança está concertando...

-Quero pessoal nas varandas envolta do quarto.- aponto para a porta.- Vinte e quatro horas por dia.

-Claro, vou falar com eles agora.- ele começa a se afastar.

-Bruno.- o chamo e ele me encara.- Como está?

-Bem.- ele toca o pescoço e vejo as marcas.- Kate me livrou.

-Que bom que está bem.- mexo a cabeça e toco a maçaneta.- Cuide do negócio da segurança.

-Claro, agora mesmo.

Entro no quarto novamente e Kate está ajeitando o gelo com uma careta, sorrio lentamente e me sinto aliviado por ela estar realmente bem.

Não sei o que aconteceria comigo se Kate tivesse se machucado mais, não consigo pensar no que faria se ela tivesse ferido algo mais importante.

É por isso que tomo todo esse cuidado, para ela não parar morta em algum canto. Minha proteção funciona para alguma coisa e sei que funciona.

Kate está segura. E ela sabe disso.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro