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Conversa

Dante Bernadi

Acaricio as coxas que estão em cima do meu colo e viro o rosto para dar um beijo na cabeça que está deitada no meu ombro, Kate está brincando com uma mecha do cabelo e os outros estão sentados na poltrona.

-Acho que ele é de confiança.- começo.

-Ele não pareceu estar mentindo.- Bruno mexe os ombros.

-Mas ele estava nervoso.- Pietro lembra.

-Talvez estivesse nervoso por nossa causa.- falo calmo.- Conheço Sérgio, ele fica nervoso fácil.

-Acha que ele está mentindo?- Bruno pergunta.

-Sinceramente? Não.- balanço a cabeça.- Pelo que eu vi, ninguém está gostando da avó de Kate comandando essas áreas, não querem alguém de fora aqui.

-Isso é tudo que precisamos saber. Se fizermos do jeito certo, o pessoal vai cair em montes do nosso lado.- Bruno explica esperançoso.

-Mas se a avó de Kate quiser lutar, vai ser uma guerra.- Pietro, de novo, é a voz da razão.- Ela não deixaria que a gente ganhasse tão fácil.

-Por isso que quero tentar matar ela antes de fazer qualquer coisa.- explico.- Não quero arriscar homens, nem nossas vidas.

-Pelo que Sérgio falou, ela não sai muito da casa em que está.- Pietro balança a cabeça.

-Vamos ter que entrar lá com eles nos colocando.- Kate fala e fico surpreso, achei que estivesse dormindo.

-Como assim?- Bruno fica confuso.

-Acho que ela ainda me quer, não?- Kate levanta a cabeça e observo os olhos azuis cansados.- Vou me entregar.

-Não.- nós três falamos na mesma hora.

-É perfeito.- ela explica mais calma.- Eu sou a distração e ela vai deixar todos focados em mim.

-Você não entra lá sozinha.- falo com toda calma que tenho.

-E se eu for com ela?- Bruno pergunta.

-Eles vão matar você e torturar ela.- Pietro o observa.- Não podemos arriscar.

-Eu e Bruno podemos sobreviver lá dentro enquanto você e Pietro entram.- ela mexe o dedo.- A guarda vai diminuir...

-Não é uma opção, Kate.- a encaro sério.

-É a melhor ideia que temos até agora.- ela fala com raiva.

-Não vou arriscar Bruno e você.- balanço a cabeça e dou o assunto como encerrado.- Podemos ficar de guarda e esperar ela sair.

-Dante, isso é ridículo.- ela bufa.- Precisamos do elemento surpresa, quando ela souber que está aqui tudo vai pelo ralo abaixo.

-Não vou discutir isso com você.- informo não olhando para ela.- É uma ideia maluca e sem fundo...

-Você está sendo idiota.- ela levanta.- Não temos tempo e fica ignorando as ideias que temos. Ela vai descobrir que chegamos, e você vai querer ter seguido meu plano quando isso acontecer.- vejo ela ir até o quarto e bater a porta.

Tudo fica em silêncio e eu coloco a cabeça para trás a encostando nas costas do sofá, passo minhas mãos pelo rosto soltando uma respiração profunda e tentando relaxar antes de fazer algo.

-Ela está certa.- Bruno fala baixo.

-Bruno.- Pietro o repreende.

-É a melhor, quer dizer, é a única ideia que temos até agora.- ele explica enquanto me levanto.- Sei que não quer arriscar, Dante, mas precisamos.

-Eu falo com vocês amanhã.- murmuro indo para o quarto.

-Se você estiver vivo amanhã.- Bruno fala divertido.

-Bruno!- Pietro repete e os dois começam a discutir.

Entro no quarto e assim que fecho a porta atrás de mim vejo que ela não está em nenhum canto, meu coração erra uma batida antes de a porta do banheiro abrir e ela sair de lá.

Respiro aliviado e vejo ela ajeitando a camisola preta, minha garganta seca quando ela passa por mim e me ignora totalmente.

-Ok, eu não fui um bom ouvinte.- tranco a porta.- Mas imaginar você lá dentro é algo que não consigo, Kate.

Ela deita na cama e se cobre com o lençol, ok, ela vai fazer o jogo do silêncio comigo e eu vou ter que fazer ela falar. Não posso me dar o luxo de estar brigado com Kate esses dias.

-Eu amo você.- tiro meus sapatos.- Você sabe disso e sabe que eu não quero que se machuque.- subo na cama.- Vamos pensar em algo, mas até lá, esse vai ser nosso plano de emergência, ok?

Nenhuma resposta. Ela apenas abraça o travesseiro e fecha os olhos, respiro fundo me acalmando e passando a mão pelo braço dela enquanto fico atrás.

Se Kate sente algo quando passo a mão por ela, parece me ignorar completamente. Eu não sei mais o que dizer ou fazer, então me curvo e beijo perto da sua orelha.

-Kate.- a chamo.- Por favor, não quero brigar com você.

Ela parece ficar mais mole e eu deslizo a mão para baixo do lençol, encontro a barra daquela camisola e começo a subir fazendo com que meus dedos toquem a pele dela.

-Estamos todos considerando esse plano.- sussurro perto do ouvido dela.- Mas vai ser em última hipótese.

-Achei que quisesse retomar o que é seu.- ela fala baixo e meus dedos param na barra da calcinha.- Achei que quisesse voltar aqui para arriscar tudo.

-Algumas coisas são muito preciosas para que eu arrisque.- meus dedos entram na calcinha dela.

-Dante...

-Como isso.- abro ela com os dedos e toco seu clitóris.- Como você.- deslizo os dedos mais para baixo.- Você é preciosa demais, não suportaria perder você.- meus dedos entram nela e sorrio.

Úmida e quente, Kate está sempre pronta para mim quando eu quero ela e isso me faz sorrir que nem um idiota. Meus dedos deslizam dentro dela e ouço um gemido baixo.

-Então, sim, quero recuperar tudo que eu perdi.- beijo a orelha dela e meus dedos entram e saem dela em um ritmo constante.- Mas não admito perder você, se for o preço.

Ela aperta as bordas da cama quando meu dedão começa a estimular seu clitóris ao mesmo tempo que meus dedos entram mais rápidos dentro dela.

-Dante...- ela geme.

-Estou aqui.- coloco meus quadris contra os dela.- Sempre vou estar.

Ela geme mais alto e afunda a cabeça no travesseiro enquanto meus dedos entram dentro dela facilmente. Sentir ela assim nos meus braços já é o bastante e começo a acelerar os movimentos.

Seus gemidos começam a ficar mais altos e ela mexe as pernas enquanto esfrega os quadris nos meus, tenho certeza de que vou ficar maluco quando ela vira o rosto e me beija.

Minha língua entra em sua boca e roda a língua dela enquanto meus dedos deslizam cada vez mais rápidos, a mão de Kate vai até minha coxa e aperta com força fazendo que eu gema contra a boca dela.

Deslizo meus lábios dos dela e desço até o pescoço, Kate coloca a cabeça para trás e leva a mão que estava na minha coxa até minha nuca e acaricia com as unhas.

Sei que ela está quase lá quando a sinto tremer em meus dedos, vou cada vez mais forte e mais rápido junto com os beijos em seu pescoço, minha língua desliza por ele e Kate solta outro gemido alto.

Assim que meus dedos entram nela de novo posso a sentir gozando, Kate aperta minha nuca e deita a cabeça enquanto fecha os olhos com força sentindo seu orgasmo.

Ela beija meus lábios de novo e tiro meus dedos dela para impedir que se vire com a mesma mão. Kate solta um ruído de frustração e tenta mais.

-Você está cansada.- explico.- Quando recuperarmos tudo, eu transo com você em cada parte daquela casa enorme.

-Eu quero você, agora.- ela sussurra.

-Vai ter que lidar com isso.- falo no mesmo tom e beijo acima da sua sobrancelha.- Vamos, vamos dormir.

Ela suspira e se ajeita em meus braços, cubro nossos corpos e afundo meu rosto nos cabelos cheirosos de Kate. Abraço ela com mais força e não consigo fechar os olhos.

Parece que a qualquer momento alguém vai entrar aqui e a única coisa que eu não posso deixar é que aconteça algo com Kate, então não prego os olhos por um segundo, ou pelo menos tento.

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