Kate Bernadi

Observo de longe a areia branca e a água do mar azulada, é tão bonito que ainda nem acredito que eu estou aqui. Nunca sai da Itália e, para mim, isso é o paraíso mais próximo.

Cruzo meus braços e os apoio na sacada da varanda, pegamos a suíte nupcial e tinha uma vista maravilhosa. Via as crianças correndo perto da piscina e na areia, via os pais despreocupados...

E também via os seguranças que ficavam ao redor do hotel, quase tão imperceptível que nem eu notei antes de Dante me mostrar os pontos de segurança para onde eu iria se acontecesse algo.

Respiro fundo e sinto o vento fresco batendo em meu corpo, minha pele fica arrepiada e eu abaixo a cabeça pensando na minha família e na família de Dante.

Estávamos aqui há um dia e nada de informação sobre eles, estava começando a ficar bem preocupada com as duas partes, não queria causar o mal de ninguém.

-Boas notícias.- Dante fala e me viro.

Observo ele com uma calça moletom e o peito completamente nu, eu tinha acabado de acordar e não sabia onde ele estava, mas nem me importo quando ele fala que tem notícias.

-Sua família já está segura e a minha está a caminho do ponto seguro.- ele guarda o celular no bolso.

-Nossa, você não sabe o quão é bom ouvir isso.- parece que um peso desce das minhas costas.

-Eu falei que tudo ficaria bem.- ele se aproxima enquanto massageio a minha testa.- Tudo bem?

-Eu só estava muito preocupada.- falo baixo.

-Vem cá.- ele toca minhas costas e me aproxima de si.

Encosto minha testa em seu ombro e sinto as mãos dele tocarem minhas costas na parte em que a camisola não cobre. Fecho meus olhos minhas mãos vão até os quadris dele.

-Eles vão enviar mensagens uma vez por semana, vai poder falar com seus pais logo.- beija minha cabeça.

-Ok.- sinto a pele quente sob meus dedos.

-O que você quer fazer hoje?- ele parece tão calmo que eu fico calma.- Podemos descer para a praia.

-Temos dois meses para aproveitar a praia.- levanto a cabeça e o encaro.

-Por favor, não me provoque se vai interromper depois.- ele murmura.

-Eu quero aproveitar.- movo minhas mãos até o abdômen dele e Dante trava o maxilar.- Estamos casados agora, acho que você tem que fazer o que eu quiser, não?

-Isso mesmo.- ele abaixa a cabeça e me observa brincando com a barra da calça.

-Ótimo.- tento não demonstrar que estou tremendo.- Me leva lá pra dentro.

Ele toca minha cintura e então desce as mãos para minha bunda, solto um ruído surpresa quando me coloca no colo com um movimento grosso e então me leva para dentro.

Passo meus braços por seus ombros e meus dedos acariciam a nuca dele com cuidado, avanço contra os lábios de Dante e ele passa o braço pela minha cintura.

Nossos lábios se movem um contra o outro e a língua dele provoca os cantos da minha boca, gemo contra os lábios dele e sinto meu corpo ser deitado na cama.

Ele apoia os braços ao lado da minha cabeça distribuindo o peso do corpo e sua língua avança contra a minha antes mesmo que eu possa pensar.

Sinto como se eu pudesse fazer tudo naquele momento, então levo minhas mãos para a calça dele e começo a descer. A mão de Dante agarra meu pulso e ele me encara.

-Ainda não, fiore.- sussurra colocando minhas mãos ao lado do corpo.- Quero explorar você.

Ele nem acaba de falar e já está beijando meu pescoço, fecho meus olhos com força ao sentir a respiração dele em minha pele provocando arrepios intensos.

A língua dele faz um caminho até minha clavícula e ele desce as alças finas da minha camisola. Minha respiração vai acelerando e ele vai abaixando a camisola.

-Dante!- alguém bate na porta.- Precisa resolver aquilo!

Olho para ele e vejo que parece frustrado, a testa dele descansa em meu peito e sorrio acariciando seus cabelos e passando as mechas pelos meus dedos.

-O que é?- pergunto.

-Não precisa se preocupar.- ele levanta o rosto e beija meus lábios rapidamente.- Provavelmente vai demorar.

-Então eu vou aproveitar a praia.- passo meus dedos pela bochecha dele.

-Ótimo, qualquer coisa peça para um dos caras de terno que vão estar vigiando.- ele beija a ponta dos meus dedos.

Sorrio quando ele levanta e arrumo a camisola enquanto me sento, aperto as coxas tentando ignorar a sensação que ele tinha libertado em mim.

Ele sai rapidamente do closet já vestido com um terno e ajeitando a gravata, ajeito meus cabelos e levanto quando ele vai embora junto com Bruno.

Assim que entro no closet vejo que eu não vou me preocupar com o que vestir por muito tempo, vou até uma gaveta e abro vendo calcinhas, tem outra com sutiãs e logo acho a dos biquínis.

Pego um vermelho escuro e vou até o banheiro, talvez aproveitar a praia seja uma boa ideia. Tomar um bronzeado e tentar me acalmar depois do que aconteceu no casamento.

Estava realmente precisando disso.

♧︎︎︎

Dante Bernadi

Arrumo o blazer enquanto andamos até a sala de segurança do hotel. Bruno me garantiu que mesmo o hotel sendo grande e bem requisitado eles aceitariam o que eu estava oferecendo.

E também eles sabiam a outra forma que eu faria com que meus homens fizessem a segurança, apontaria uma arma para a cabeça deles com uma facilidade enorme.

Meu foco era Kate, qualquer pessoa que não fosse Kate podia estar na minha linha de tiro. Agora que éramos casados, ela era minha responsabilidade.

Abro a porta da sala de segurança e vejo as câmeras, sorrio quando vejo que meus homens assumiram e não tem ninguém da equipe de segurança contratada pelo hotel.

-Como estamos?- pergunto.

-Acesso ao hotel todo.- um deles fala.- Temos câmeras em todos os pontos e concentramos mais segurança no andar em que o senhor está.

-Ótimo.- vejo as câmeras.- Onde ela está agora?

-Área dois da praia.- ele aponta para uma câmera.- Temos dez seguranças a protegendo nesse exato momento, mais o atirador que colocou no telhado.

-Muito bom, bom trabalho.- observo Kate amarrar os cabelos em um coque.

Meus olhos correm pelo corpo divino e percebo que tem um dos seguranças que também está olhando. Dou um tapa na nuca dele e logo desvia o olhar.

-Não quero ninguém olhando para minha esposa desse jeito, ok?- pergunto alto.

-Sim, senhor.- um coro soa.

-Dá próxima vez eu atiro em quem estiver babando nela.- me viro para sair.

Bruno me segue pelo saguão e vamos na direção do escritório, o bom de estar no comando aqui é que tudo é seu pelo tempo que quiser.

Entro no escritório e observo atentamente, vou tratar dos negócios da máfia Bernadi por aqui já que meu pai realmente quis tirar umas férias.

Então agora essa vai ser a central da nossa máfia, pelo menos pelos dois meses que vamos ficar aqui. Me sento na cadeira e olho para Bruno.

-Avise se alguém se aproximar dela ou fizer qualquer outra coisa.- falo lentamente.- Não quero arriscar nada.

-Claro.- ele mexe a cabeça.- Os papéis estão aí em cima e tudo já foi ajeitado para você.

-Obrigado, Bruno.- falo sério e ele sorri mexendo a cabeça.

Por dois meses essa iria ser nossa nova casa, e eu estava empenhado em fazer com que ela estivesse no lugar mais seguro do mundo. E esse lugar era ao meu lado.