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🌺 Capítulo 5 - Khan Al-Abadi 🌺

__ Senhorita Adrielle, vim ajudá-la a se banhar para o jantar com o Sultão. __ Aiyra anuncia ao entrar no quarto depois que os seguranças me trouxeram de volta.

__ Ficou maluca? Não pretendo jantar com ele. Se pensam que vou cooperar com esse absurdo, estão muito enganados. Não serei subjugada tão facilmente como imaginam. __ Respondo agitada.

__ Está fazendo um julgamento errado sobre o Sultão, senhorita. Ele é um bom homem.

__ Quer dizer que acha tudo isso normal? Me manterem aqui contra minha vontade.

__ Converse com ele, senhorita. Tenho certeza de que a ajudará como um dia fez comigo.

Olho para Aiyra desconfiada.

__ Você é uma das concubinas dele?

__ Quê?!__ Aiyra arregala os olhos.__ Não senhorita! O Sultão sempre me tratou com muito respeito desde quando me tirou das ruas de Rahat Almusafir.

__ Como assim te tirou das ruas?__ Sento sobre as almofadas. Aiyra me acompanha.

__ Fiquei órfã muito cedo. Meus pais foram assassinados e salteadores levaram tudo o que tínhamos. __ Ela abaixa a cabeça.

Parece que é difícil para ela lembrar do passado.

__ Tudo bem se não quiser falar sobre isso.__ Toco em suas mãos que não param de enrolar o tecido do vestido.

__ Não, eu quero falar. Para que saiba que está julgando mal nosso Sultão. __ Agarra minhas mãos. __ Como não conseguia trabalho acabei nas ruas, senhorita. Vivi da caridade das pessoas por um tempo. Mas um dos mercadores tentou se aproveitar de mim.__ Aiyra soluça.

__ Ai meu Deus! Ele te tocou?__ Seguro nos ombros da garota que parece ser poucos anos mais nova do que eu.

Ela afirma com a cabeça.

__ Mas graças ao nosso Sultão, ele não conseguiu repetir. __ Ela ergue o rosto e me encara com olhos úmidos.__ Minha desgraça chegou ao ouvido do Sultão. E quando ele soube de tudo que havia acontecido com minha família e que aquele porco havia me tomado e levado para viver com ele, o Sultão invadiu a casa com os guardas. Me resgatou e prendeu aquele monstro. Como eu não tinha para onde ir, ele me trouxe para estudar e aprender um ofício no Palácio. Prometeu que os assassinos de meus pais serão caçados e que também pagarão pelo mal que fizeram.

__ Sinto muito por seus pais e tudo o que passou, Aiyra. __ Abraço a jovem. A princípio, ela fica surpresa com meu gesto, mas logo retribui.

__ Tudo bem.__ Seca uma lágrima. __ Isso aconteceu há dois anos.

__ Nossa, era muito jovem.__ Acaricio seus cabelos negros e ondulados.

__Eu tinha quinze anos quando toda essa desgraça sobrecaiu em minha casa.

__ Te entendo. Sei como se sente. Algo terrível aconteceu comigo também quando tinha pouco mais que sua idade. Só que além de tudo, me culpo, porque fui avisada, mas insisti no erro.

Aiyra me observa por um tempo. Apesar de não ter lhe contado detalhes, posso ver solidariedade em seus olhos.

__ Vá conversar com ele. Tenho certeza que a ajudará...

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Cruzo novamente o grande salão. Dessa vez sigo em outra direção. Os seguranças me guiam em sentido sul do palácio. Novos ambientes se descortinam. Caminho escoltada pelo largo corredor. As sandálias de tiras que Aiyra providenciou escorregam no piso vitrificado.

Esse chão poderia ser usado como espelho!

Sinto-me ridícula usando as vestimentas
trazidas por Aiyra. A calça de cintura baixa, tecido fino, cortes nas laterais e elásticos nos tornozelos, fazem com que me sinta em uma cena dos filmes de Alladim. Puxo a cropped branca em uma tentativa falha de esconder parte da barriga exposta.

Tive que concordar com Aiyra de que precisava de um banho. Havia areia grudada por todo meu corpo e em meus longos cabelos castanhos que agora balançam brilhantes pelas costas. Apenas achei desnecessário tantos óleos e perfumes, mas permiti que fizesse a hidratação que queria para não entristecê-la. Porém, quando sacou uma maleta com maquiagens, levantei apressada.

Aí já seria demais! Não quero chamar atenção para minha aparência. Preciso apenas explicar ao Sultão a confusão que aquele velhote armou, tomar meu celular de volta e conseguir uma carona até Dubai.

Os dois seguranças param diante de uma porta dupla dourada com desenhos em alto-relevo. Um deles abre e sinaliza para que eu prossiga. Um novo salão se revela. O teto é de vitrais coloridos. Longas cortinas douradas cobrem toda uma parede lateral. Há divãs, cadeiras, almofadas e tapetes espalhados ao redor. As cores douradas e vermelhas prevalecem no ambiente.

No centro do salão, uma grande mesa com tantos lugares que não dá para contar agora, pois em uma das pontas o Sultão me observa com os dois braços estendidos sobre a mesa. Permaneço parada como que congelada. Meus olhos batem no curativo na altura do bíceps direito.

Ele parece não ter pressa em falar. Me analisa de cima a baixo. Meu rosto começa a esquentar. Acho que foi uma péssima ideia ter vindo. Em um impulso, viro de costas e dou um passo em direção à porta.

__ Sente-se!__ Estanco no caminho.

Viro e retorno devagar. Evito encará-lo enquanto puxo a cadeira da outra cabiceira.

__ Aproxime-se mais, não pretendo conversar usando um alto-falante.

Ergo os olhos surpresa com a piada. Ele se mantém sério, mas há um leve arquear em um dos cantos da boca perfeita.

O que eu pensei?!

Sacudo de leve a cabeça.

Tanta coisa acontecendo que já está me deixando confusa.

Assim que me acomodo, um maitre aparece e começa a servir a refeição. Metade das coisas que colocam em minha frente nunca experimentei, nem ouvi falar.

__ Não se preocupe. Não há nada muito exótico para o gosto brasileiro. Alguns desses pratos são similares aos de sua culinária.

Ou esse homem consegue ler mentes ou meu olhar perdido foi muito evidente!

Após praticamente toda a entrada do jantar em um silêncio tenso, o Sultão finalmente larga os talheres, cruza as mãos sobre a mesa e me observa. Seus olhos são de um tom de azul claro que contrasta com a pele morena parecendo curtida de sol.

__ Agora que os ânimos estão mais calmos, gostaria que me explicasse o que faz em minha casa e por que estava fugindo daquele jeito.

Sua pergunta me desconcerta. Abro e fecho a boca. Por fim, dou um sorriso irônico.

__ Pensei que soubesse que fui trazida para cá contra minha vontade.

As sobrancelhas do Sultão se unem.

Ele realmente parece desconhecer todos os fatos. Esse homem não tem cara de que precise raptar mulheres para satisfazê-lo. Muito pelo contrário, as mulheres devem se jogar aos seus pés.

Reparo nos cabelos negros brilhantes em um corte moderno, a parte de trás bem rente a nuca e a frente maior com algumas mechas displicentemente caídas na testa. Ombros largos e braços fortes por baixo da túnica. Porém, apesar de todo o luxo que o rodeia sinto um certo toque selvagem no olhar e nos movimentos.

__ Meus funcionários disseram que é hóspede de meu irmão.__ Me analisa. A expressão desconfiada.__ É uma das namoradas de Kaled?

Sorrio novamente, dessa vez de ódio. Meu sangue começa a ferver.

__ Disseram também que fui trazida dopada por um de seus funcionários? Seu irmão e o secretário dele, senhor Almir, me doparam. Os conheci no aeroporto de Dubai onde perdi minha bagagem. Seu irmão se ofereceu para ajudar. Se fez de amigo.__ Abro os braços sentindo-me impotente. __ Dormi em um hotel em Dubai e quando acordei já estava em seu país sem saber o que havia acontecido.

Ele me observa com a expressão indecifrável. Depois de um tempo que pareceu uma eternidade. Expira, fecha a mão e bate com força na mesa. Estremeço de susto.

__Se Kaled estiver mesmo envolvido nisso, vai pagar caro dessa vez. Estou cansado de consertar seus deslizes. Só tem dado trabalho durante os anos em que esteve estudando.__ Diz mais para si mesmo.

__ Está insinuando que estou mentindo?__ Levanto da cadeira.__ Acha que armei toda essa palhaçada para quê?

Ele me observa de um jeito que me constrange de início, porém ergo o queixo e sustento seu olhar.

__ Exijo agora que devolva meu celular!__ Bato o pé saudável para enfatizar.

Os olhos cor de safira vão cerrando lentamente.

__ Acho que ainda não entendeu com quem está falando.__ Se levanta e me observa com altivez.__ Como se chama mesmo?__ A cabeça tombando de lado.

__ Adrielle Machado. E pouco me importa se é o Sultão desse lugar. Exijo ser levada de volta à Dubai imediatamente.

__ Silêncio. __ Ele não altera a voz, porém as palavras saem ásperas de sua boca de um jeito ameaçador.

Sai do lugar e se aproxima. Me recuso a recuar e demonstrar fraqueza. Apenas ergo o rosto para sustentar seu olhar.

__ Admiro sua coragem, Adrielle. __ A pronuncia de meu nome sai de uma forma estranha em sua voz. De um jeito desconfortável que não sei explicar no momento. Apenas sinto os pelos dos meus braços eriçarem.

Talvez seja a proximidade com um estranho.

Sinto minha respiração acelerar inexplicavelmente.

__Me chamo Khan Al-Abadi, sou o Sultão de Durab fi Alsahra. E apesar de valorizar pessoas destemidas, não atendo "exigências". Aconselho a se acalmar. Já aturei muitos surtos seus hoje.__ Ergue o braço ferido.

Meu instinto avisa que é melhor manter-me calada dessa vez.

__ Não faço a mínima ideia de onde está a porcaria do seu celular.__ Aproxima-se de meu rosto. As mãos apoiadas na mesa.__ Investigarei os fatos e se meu irmão e Almir estiverem envolvidos nessa confusão, os dois responderão por seus atos. Quanto a você...__ Faz uma pausa angustiante. Os olhos azuis percorrem meu rosto muito de perto. __ Aconselho a se comportar e esperar. Não terei misericórdia se aprontar novamente. Mandarei soltá-la no deserto escaldante para fritar essa sua língua ferina.

Ele permanece me encarando para ter certeza que entendi a advertência. Minha garganta arde por prender o choro.

__ Fui claro?__ Tomba o rosto novamente daquele jeito assustador.

__ Sim...__ Minha voz sai em um fio.

Deus, esse homem parece ter algo animalesco dentro de si. Como Aiyra pôde dizer que ele tem um bom coração e me ajudaria?!

__ Ótimo. Pode ir agora e fique longe de confusões até que tudo se resolva e eu possa mandá-la de volta para o lugar de onde não devia ter saído.

Engulo um soluço. Viro as costas e saio apressada do salão. Escancaro a porta e corro de volta para o quarto do palácio que se tornou meu único refúgio no momento...

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