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🌺 Capítulo 37 - Dubai - Parte II 🌺

A partir do momento em que Khan pôs os pés no local do evento, passamos a travar uma espécie de dança silenciosa em que toda vez que ele avança eu recuo.

Estamos em lados opostos do salão que tenho a impressão de ter ficado menor. Ele conversa com um grupo de convidados, porém olha em minha direção de tempo em tempo.

__ Quem sabe o Sultão queira se juntar a nós na mesa.__ Fred se levanta com a intenção de convidar Khan e Najla.

__ Preciso ir ao banheiro.__ Levanto logo em seguida.

__ Drica, não demore.__ Anette avisa entredentes.

Desvio-me das pessoas e me refugio no imenso e luxuoso toalete. Apoio as mãos na bancada de mármore em frente a parede de espelho. Fecho os olhos e respiro fundo algumas vezes.

Ele está aqui, ele está aqui...

Mal consigo raciocinar e me concentrar nas conversas ao redor. Uma angústia se apossou de mim ao encarar a frieza em seu olhos.

As unhas de Najla fincadas em seu braço como garras é sinal de que seguiu em frente depois da conversa que tivemos no Brasil.

Abro os olhos e me surpreendo com Najla bem atrás me observando pelo reflexo do espelho.

__ Que susto...__ Levo a mão ao peito.

Os olhos dela lembram os de uma víbora pronta para atacar a presa.

__ Assustada?__ Ergue as sobrancelhas e sorri com segurança. __ É uma garota inteligente. __ Se aproxima da bancada. Saca um batom vermelho da bolsa e retoca a maquiagem.

__ O que quer dizer?__ Cerro os olhos.

__ Que é inteligente de sua parte temer a futura sultana.

__ Você?__ Sorrio com desdém.

__ Quem mais seria? Veja, tenho um anel de noivado.__ Najla estende a mão e exibe o enorme solitário.

Dessa vez o aperto no peito vem acompanhado de um soco no estômago.

Ele não fez isso! Não tão cedo!

__ Surpresa outra vez?__ Najla dá um sorrisinho.__Ele disse que escolheu um jaspe negro para combinar com a tonalidade de meus olhos.

Dou um passo atrás.

__ Espero que...__ Respiro antes de continuar. Não me permitirei chorar.__ Sejam felizes.

__ Ah, com certeza seremos.__ Sorri e fica séria em uma fração de segundos. __ Continue sendo inteligente e mantenha-se afastada. Não queremos que nos incomode.

Penso em inúmeras respostas regadas a desaforos. Mas não me dou ao trabalho de ceder às provocações de Najla. Saio do banheiro decidida.

Desvio dos convidados que a essas horas parecem ter se multiplicado. A visão fica turva pelas lágrimas que contenho. Esbarro nas pessoas até que alguém me segura firme pelos ombros.

__ Adrielle, estava procurando...__ Ergo a cabeça piscando.

O alvo principal de minha ira está a poucos centímetros de meu rosto.

__ O que aconteceu?__ khan une as sobrancelhas grossas.__ Por que está chorando?

Ergo a mão e seco a lágrima traiçoeira.

__ Nada.__ Sorrio sem alegria.__ Estava procurando sua noiva? Está no toalete retocando a pele de cobra.

__ Como disse? Noiva?__ Khan tomba a cabeça de lado.

__ Me deixe em paz.__ Puxo os braços e me afasto apressada.

Assim que chego à mesa, busco a bolsa tiracolo com intenção de fugir sem que percebam. Francis toca meu ombro em atitude conspiratória.

__ Acha que o Sultão aceitaria participar daquele nosso encontro?__Pisca malicioso.

__ Com licença...__Meu estômago embrulha.

__ Adrielle!__ Anette vem em meu encalço. __ Onde vai?

__ Foi um erro ter vindo, Anette. Não consigo permanecer um minuto a mais nesse lugar. __ Desço o primeiro degrau da escadaria.

__ Adrielle, se controle.__ Me leva para um canto longe das câmeras.

__ Não está entendendo! Ele armou tudo isso para me humilhar! Acredita que deu um anel de noivado para aquela cobra peçonheta?!

__ Você que não está entendendo! O que está em jogo vai muito além de seu "romancezinho" com o Sultão.__ Anette me encara perplexa. __ O trabalho de várias pessoas está em risco. Pessoas perderão empregos se for embora agora.

Encaro Anette em silêncio por alguns segundos. Pela primeira vez percorro o ambiente com o olhar.

Fred e toda a equipe da agência depositaram muita expectativa em mim. Acreditaram em meu potencial quando outras agências me recusaram por me considerar inapta pela dificuldade no tornozelo.

Sei que devo isso a eles.

__Todos trabalharam muito para que esse evento acontecesse.__ Anette suaviza a voz.

__ Está certa.__ Solto o ar que vinha prendendo. __ Estou sendo egoísta e pouco profissional.

__ Se alguém tentou te humilhar, não faça o que esperam. Enfrente. Tenha um espírito indomável.

Olho rápido para Anette.

__ Uma pessoa me chamou assim uma vez...

__ Essa pessoa sabia o que estava dizendo. Você é uma mulher forte, Drica. Soube disso desde a primeira entrevista que fez na agência. Olha quanta coisa passou e continua aí firme...

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Retornamos para a mesa e muita coisa mudou enquanto estivemos fora. A orquestra que vinha tocando encerra a apresentação e Francis sobe ao palco ovacionado por palmas. Se apresenta como o mestre de cerimônia da noite e conta algumas piadas.

Toda a imprensa está focada nele por ser o atual "queridinho da América".

Um breve histórico sobre as conquistas petrolíferas no Oriente Médio é lido por Francis e tradutores reproduzem o discurso em outros idiomas.

Quando finalmente o pequeno país Durab fi Alsahra é citado como o mais novo gigante da indústria petrolífera, Khan é convidado a subir ao palco.

__ Palmas para o benfeitor dessa noite! Khan Al-Abadi, o Sultão se Durabi fi Alsahra.

Com a elegância e segurança de costume, Khan se acomoda ao lado de Francis e discursa fluentemente em inglês. Cita nomes importantes em seu sultanato, além de patrocinadores e investidores. Faz agradecimentos e revela o projeto de expansão petrolífera nas Américas, um sonho que já havia nascido no coração de seu pai.

Nesse momento, Francis retoma a palavra e anuncia o nome de nossa agência, responsável pelo marketing da campanha.

__ Gostaria de convidar ao palco a garota propaganda da campanha visionária que promete diminuir a distância dos continentes. Adrielle Machado venha ao palco! Nossa super modelo brasileira.

Uma nova onda de aplausos inicia quando levanto. Meu coração dispara. Percorro a multidão com o olhar ainda não acreditando que estou vivenciando o momento.

O pessoal da agência assobia e grita incentivando-me. Ergo a barra do vestido e caminho entre as mesas. Ao chegar ao centro do salão observo vários rostos curiosos. Najla me encara como quem envia um aviso.

Respiro fundo. Ergo o queixo e olho para a frente. Encontro um ponto de apoio no palco, nos profundos olhos azuis vidrados em mim.

Caminho pelo tapete vermelho. Após alguns passos sinto o tornozelo tremer. Antes que vacile, paro para me equilibrar. Khan movimenta os braços e dá um passo a frente. Aceno discretamente em negativa. Ele comprime o queixo e põe as mãos nos bolsos.

Volto a caminhar lentamente como se a parada fosse proposital.

Ao pé da escada, Khan vem ao meu encontro de mão estendida.

Três telões ao fundo exibem em vários ângulos o ensaio fotográfico que fizemos na paisagem do deserto, além de vídeos filmados no interior do palácio de Durab fi Alsahra.

A trilha sonora escolhida para o clipe invade o ambiente. Khan ergue a cabeça e assiste ao clipe com o restante da plateia.

Cada imagem tem um significado marcante. O colorido em minha pele projetado pelos mosaicos das janelas do palácio. O passeio nos jardins repletos de folhagens, fontes e pequenos animais exóticos. A piscina de lajotas azuis rodeada por luminárias ao entardecer. Os longos corredores da edificação e minha imagem parada ao fundo olhando para trás como quem foge de algo. A areia do deserto em meus pés e o vento sacudindo o hijabe que escapa e alvoroça meus cabelos.

A emoção é inevitável. Um nó se forma na garganta. Nossos olhos se encontram ao fim da projeção. Acredito ter visto um brilho em seu olhar e dos ombros se movimentarem mais rápidos. Porém pode ser minha imaginação pregando uma peça. Para Khan faço parte do passado e significo menos que uma aventura.

Recebo um buquê das mãos de um assistente de palco enquanto Francis encerra a cerimônia de abertura.

__ Parabéns! Você foi incrível!__ Anette me dá tapinhas nas costas quando retorno ao assento.

Fred e os outros brindam pelo sucesso.

Mal tenho tempo de me recuperar e Khan surge em pé ao meu lado na mesa.

__ Dança comigo?__ A mão firme estendida em minha direção.

Olho para cima. Abro e fecho a boca sem saber o que dizer.

__ É claro que ela dança! Nosso benfeitor dançando com a garota propaganda da campanha renderá fotos incríveis!__ Fred acena para que o fotógrafo da agência entre em ação.

Olho para Anette que ergue os ombros impotente.

Khan aguarda.

Seguro sua mão e levanto. Ele entrelaça os dedos nos meus e me guia para o centro da pista de dança.

A música é de um famoso cantor americano com uma batida semelhante aos ritmos tocados pela tribo que Khan lidera. Fala de um amor encontrado e depois perdido. Fala de olhos, de vozes e toque.

Uma mão toca minha cintura e desliza até a curva nua das costas. A outra fecha sobre a minha na altura do peito embriago-me com o cheiro almiscarado único e inconfundível que exala de seu corpo.

Era isso que tinha que evitar. Perderei a dignidade se não resistir...

Recuo um passo na tentativa de clarear a mente. A mão em minhas costas me puxa para mais perto. Espreme o corpo ao meu ao ponto de não ter uma só parte de nossos corpos sem se tocar.

A mão em minhas costas inicia uma deliciosa e torturante carícia. Percorre minha espinha causando-me ondas de arrepios.

Abro os lábios e solto o ar lentamente. Sinto-me ferver por dentro.

Não devia tê-lo dado chance de me tocar.

__ Por que está fazendo isso?__ Sussurro próximo ao seu pescoço.

__ Também está sentindo? __ A voz rouca em meu ouvido.__Jamais haverá outro encaixe como esse. Somos perfeitos um para o outro, Adrielle. Do que tem medo? Por que vive fugindo?

Afasto o rosto de seu ombro e o encaro.

__ É a pessoa mais indecifrável que conheço, Khan Al-Abadi. Como pode admitir que tem uma conexão forte com uma mulher estando noivo de outra?

Posso ver a confusão novamente em seu rosto.

__ A não ser que... __ Paro por alguns segundos como quem encontra a resposta de um dilema.__ Está tentando adotar o estilo de vida de seus antecessores. Pretende acumular esposas e concubinas.

__ Novamente esse assunto? Afinal, do que está falando? Não é a primeira vez essa noite que fala que estou noivo.

__ Me refiro à Najla e o enorme solitário que carrega no dedo. __ Desmascaro-o.

__ Não sei de onde tirou a conclusão. Mas não estou noivo de Najila. Esqueceu que ainda somos casados? Ela me acompanhou porque viria com o pai, porém ele teve um imprevisto e não achei justo cancelar sua vinda.

__E o jaspe negro que a deu?

__ Não sei a procedência do anel. Talvez seja herança de família...__ Khan ergue os ombros.

Analiso seu rosto em busca de vestígios de dissimulação.

__ Não adianta, não é? Por mais que eu fale, sempre duvidará de minha sinceridade e de meu amor.

Khan para de dançar e apenas me segura.

__ Essa não é mais a questão. Não podemos ignorar que tem uma nação para governar. E não estou pronta para isso. Seu conselho não me aprova. E tenho uma carreira e família no Brasil. Discutimos isso em meu aniversário.

Khan sacode a cabeça inconformado.

__ Não me interessa o que o conselho pensa. É a sultana de Durab fi Alsahra. A mulher que escolhi. Quanto sua carreira e família, estou disposto a fazer concessões. Podemos negociar.

Dou um passo atrás. Dessa vez ele não insiste em me prender.

__ Não tenho que negociar minha vida. Sou livre, Khan.

__ Eu sei. Respeito isso.__ Segura meus ombros.

Seus olhos percorrem meu rosto com expressão urgente.

__ Não me ama mais, Adrielle?__ As sobrancelhas se unem.__ Não me diga que tudo o que vivemos foi fruto de minha imaginação...

__ Khan, eu...

As mãos escorregam por meus braços e caem.

__ Você estava fingindo. __ Seus olhos ficam duros.

__ Não, eu...

Fico sem ação. Não sei o que dizer. O que sinto por Khan é tão forte que me assusta e ao mesmo tempo me confunde. Temo tomar alguma decisão precipitada.

__ Prometo não insistir mais. Te deixarei em paz. Adeus, Adrielle. __ Vira de costas e sai andando me deixando parada no meio da pista...

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