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🌺 Capítulo 20 - A cerimônia - Parte I 🌺

Raja fez questão de circular comigo pelos arredores para explicar cada detalhe do funcionamento e costumes da tribo. Notei que em grande parte do dia os homens se ocupam em cuidar dos rebanhos e da manutenção das tendas, quando não estão viajando pelo deserto para negociações. Enquanto as mulheres, cozinham, tecem, lavam roupas e buscam água no oásis próximo.

__ Minha avó me contou que nossa tribo já foi totalmente nômade. Na época de sua juventude viajava por dias de camelo por esse deserto. Porém, hoje em dia, estamos cada vez mais sedentários.

__ Deve ser uma vida difícil, não fincar raízes em lugar algum. __ Comento olhando ao redor em busca da figura de Khan.

__ Acho incrível a ideia de viver aventuras, conhecer lugares e gente nova todos os dias . __ Raja rodopia de braços abertos.

__ Não acredito que essas caravanas vivam só de aventura e diversão, Raja. Os viajantes precisam enfrentar muitos desafios. Além do clima imprevisível, a precariedade de comida e água, negociações arriscadas, entre outras dificuldades.

Raja torce o nariz.

__ Falou como nosso Qayid agora. Apesar de valorizar nossas tradições, ele luta perante o conselho de anciãos para que aceitem estabelecer a tribo permanentemente em uma região de Durab fi Alsahra.

__ Seu Qayid é um homem sábio.

Raja concorda com um aceno de cabeça.

O movimento na tribo é intenso nesse horário. Alguns homens passam por nós e me observam com curiosidade. Um grupo de crianças se entretém cuidando do rebanho de cabras, enquanto algumas mulheres preparam algo em uma espécie de forno em formato de oca feito de argila.

__ Em breve, começarão as festividades do casamento. Vamos até a tenda das mulheres escolher algo para você vestir.__ Raja me puxa pela mão...

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Da primeira vez em que usei esse tipo de traje, me senti fantasiada. Como alguém que tenta se encaixar em uma realidade totalmente diferente da sua. Mas dessa vez, de alguma forma, não me sinto tão ridícula. A sensação é de inclusão.

Assim que Raja me apresentou, as mulheres me rodearam curiosas e sorridentes. Uma se ofereceu para cuidar de meu cabelo, outra da maquiagem e o restante em escolher a roupa. Logo estávamos todas opinando na vestimenta uma das outras. Sorrio imaginando que hábitos femininos são os mesmos em qualquer parte do planeta.

O céu começa a se colorir de um tom rosado em direção oeste. Uma fogueira foi acesa no centro do terreno. Aliso o vestido de linho fino transpassado em meu busto. A parte de baixo não passa de uma saia longa com fendas laterais. Nos pés, sandálias rasteiras de tiras e pulseiras nos tornozelos. As mulheres não exageraram tanto na maquiagem como Aiyra. Foi usado somente uma espécie de Kajal preto em meus olhos que evidenciou bastante o verde.

Um alvoroço vindo da tenda reservada à noiva e sua família chama a atenção de toda a tribo. Me estico na ponta dos pés para ver o que acontece, pois as pessoas ao redor impedem minha visão. Afasto-me um pouco de Raja e das outras. Mas logo sinto um toque possessivo em minha cintura. Olho para trás e me surpreendo com Khan em um traje diferente do que estou acostumada.

A roupa mais parece de um guerreiro, porém não menos exótica que as vestes nobres do palácio. Usa apenas um colete aberto no peito. Na parte de baixo, uma espécie de calça saruel com uma adaga presa à cintura. Minha face esquenta quando seus olhos hipnotizantes me pegam o analisando.

Se aproxima lentamente. As pessoas estão muito distraídas com o que parece ser o início da cerimônia, então acabamos entrando em uma espécie de "bolha". A mão desliza na pele nua de minha cintura. Fico meio que sem reação com sua aparição repentina. Não nos vimos desde o ocorrido pela manhã. Khan praticamente desapareceu por todo o dia. Cheguei a me sentir culpada pela situação em que a senhora Soraia nos encontrou.

Sua mão continua em um percurso perturbador. Cruza a cintura até as costas. Sobe por minha espinha causando-me nova onda de arrepios. Ao chegar na nuca, desliza para um ombro e desce por meu braço. Ergue minha mão e deposita um beijo na palma. Perco o foco do que acontece ao nosso redor. Ele acomoda um objeto no local onde beijou.

__ O que é isso? __ Uno as sobrancelhas ao notar o brilho metálico.

__ Achei que combinaria com a cor de seus olhos. Posso?

__ Si-sim.__ Gaguejo desconcertada.

Khan abre uma peça dourada. Trata-se de um bracelete que se ajusta no pulso, preso por correntinhas até um anel, formando uma teia na parte de cima da mão toda cravejada de pequenas pedras verdes.

__ Que linda!__ Observo o efeito em minha mão.

__ Que bom que gostou. Olhando agora, o tom de seus olhos ainda é mais escuro. Talvez mude conforme o sol.__ Khan parece concluir mais para si.

__ É talvez...

Estou repetindo o que ele diz feito uma idiota!

__ É sua.

__ Khan, isso deve ser somente emprestado para esta noite. Quando voltarmos, lhe devolvo.

__ Não. Ela é sua.

__ Por que está me dando isso?

__ Porque quero.

Dou um sorriso irônico.

__ Sempre age assim?

__ Assim como?__ Une as sobrancelhas.

__ Tudo tem que acontecer do seu jeito.

__ Na maioria das vezes.

__ E se eu não quiser aceitar? __ Ergo o queixo em provocação.

Desde quando me divirto com esse tipo de joguinho?!

__ Tenho minhas formas de convencer.__ Dá um passo a frente. Dou outro para trás.

__ Adrielle!__ Raja vem ao meu encontro. Mas estanca ao ver Khan. __ Qayid! __ Faz uma reverência.

Khan acena a cabeça.

__ Espera! Você é o Qayid?!

Os dois me observam como se eu estivesse alcoolizada.

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__ Nossas cerimônias de casamento costumam durar três dias. Nessa primeira etapa, o noivo vai ao encontro da família da noiva para pedir a mão dela em casamento. __ A voz de Khan está bem próxima ao meu ouvido. Está narrando cada detalhe da festividade.

Oscilo o corpo apenas alguns centímetros para trás por causa de meu tornozelo doente e minhas costas batem em seu peito. As pessoas disputam por espaço para assistir a cerimônia. A mão de Khan volta a tocar minha cintura. Dessa vez, me puxa com gentileza acomodando-me entre seus braços. Meu corpo aquece e minha respiração acelera com a intimidade da posição, porém torço para que esse momento se eternize e não precisemos nos afastar.

__ Agora que os pais da noiva aceitaram o noivo, as famílias trocarão presentes. __ Seu hálito quente aquece minha nuca.

Aceno a cabeça apenas para lhe certificar que estou acompanhando tudo. Sinto um beijo ser depositado em minha cabeça. Seu polegar acaricia minha cintura. Fecho os olhos sentindo-me derreter.

__ Você cheira a rosas, Adrielle...

__ Khan, eu...

Nesse momento, os noivos são erguidos em espécies de tronos e ambos são carregados pela multidão. Khan é chamado para participar de alguma parte da cerimônia. Apenas me encara, beija mais uma vez minha mão e se afasta...

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A primeira etapa da cerimônia encerrou com um jantar coletivo e danças ao redor da fogueira. Mais uma vez Khan me surpreendeu celebrando o casamento civil do casal. Mas de certa forma fez todo o sentido, já que é o governante do país e chefe dessa tribo incomparável.

Jamais me esquecerei da experiência que estou vivendo nesse lugar. Olho ao redor encantada com a alegria dessa gente simples. As mesmas mulheres que tecem e cozinham durante o dia, essa noite mais parecem exímias dançarinas. Contorcem os quadris com uma desenvoltura fascinante. Acompanho com palmas e assobios.

__ Espere!__ Raja interrompe meus aplausos.

__ O que foi?__ A observo confusa.

__ Onde arranjou essa pulseira?__ Puxa minha mão para examinar.

__ Khan me deu. Por quê?

Ela leva a mão ao peito.

__ Qayid lhe deu?__ Seu olhar é ao mesmo tempo incrédulo e emocionado.

__ O que é que tem, Raja? Fale logo! Está me assustando.__ Aumento o tom da voz por causa do som da música.

__ A pulseira de jade significa compromisso. Em nossa tribo, quando um homem dá uma pulseira como essa para uma moça quer dizer que ele a quer para si.

Ouço a explicação da garota de boca aberta.

Algumas pessoas ao redor escutam e me observam com a mesma expressão surpresa.

__ Raja, acho que como sou estrangeira, não deve ter o mesmo significado...__ Giro a cabeça e busco a figura de Khan.

Nossos olhos se encontram. Ele já me observava em uma posição de destaque entre os homens da tribo. Ergue a taça que tem na mão. Cerro os olhos tentando desvendar o que se passa na cabeça desse homem...

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