Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

🌺 Capítulo 18 - Fuga no deserto - Parte III 🌺

Fecho os olhos em uma tentativa falha de conservar a lucidez. Respiro fundo para controlar as batidas aceleradas em meu peito. Mas quando os abro a miragem ainda está lá. Uma mancha branca avança rapidamente em minha direção. Apesar da visão turva, tento identificar o que se trata. O borrão branco se mescla a um risco negro que se movimenta sob ondas de calor.

__ Estou enlouquecendo.__ Gotas de suor se misturam às lágrimas.

Um relinche alto me desperta do topor. Arregalo os olhos ao reconhecer Akhal sob as patas traseiras no topo de uma duna.

__ Ah, graças a Deus!__ Consigo ainda erguer um braço antes de desabar na areia feito chumbo.

Em estágio de semi inconsciência vejo um cavalheiro saltar do cavalo e correr em minha direção.

Ele usa a mesma túnica preta que os outros bérberes do deserto. Que Deus me proteja! Estou muito fraca para fugir...

A cabeça e o rosto totalmente cobertos. Somente os olhos aparecem quando debruça sobre mim e me segura pelos ombros.

Não tenho forças para gritar, apenas o observo trêmula e de olhos arregalados.

__ Estou aqui. Não se preocupe. Vou cuidar de você agora.__ Passa os braços por minhas costas e joelhos.

__ Khan?__ Minha voz sai fraca.

__ Sou eu.__ Reconheço os olhos azuis vidrados me observando de um jeito preocupado.

Meu estado deve ser deplorável, se não ele não estaria me olhando dessa forma.

Me ergue e carrega até Akhal que aguarda obediente...

**************************************

Desperto depois de algum tempo. A cabeça pendendo para trás. Braços firmes me sustentam em cima do cavalo. O sacolejo do galope do animal provoca a colisão de minhas costas em seu peito. Giro o rosto e analiso o pescoço rígido e a pulsação rápida.

__ Estamos chegando. __Olho para frente, mas não vejo sinal das torres do palácio. Apenas um fio de fumaça ao longe que sobe serpenteando o céu.

Logo surge em nosso campo de visão, grandes tendas armadas e uma movimentação de pessoas, camelos e outros animais ao redor.

__ O que é isso?__ Sussurro franzindo a testa.

__ Minha tribo. __ Sinto o orgulho em sua voz.

Ergo a cabeça incrédula e encaro o rosto imponente de Khan que mantém os olhos fixos a frente.

Um grupo de crianças vem correndo ao nosso encontro. Saltam, riem e comemoram nossa chegada. Alguns homens se aproximam. Seguram Akhal e ajudam Khan a me tirar da cela. Ele mesmo me carrega para o interior de uma das tendas.

Ouço vozes de mulheres, mas minha visão começa a ficar turva novamente. A última coisa que ouço, antes de desfalecer no peito de Khan, é um comando dele em um dialeto local...

**************************************

Desperto com um toque delicado, quase imperceptível em meu rosto. Abro as pálpebras pesadas. Uma luz bruxuleante provoca sombras em um teto de tecido branco. Um cheiro de ervas invade minhas narinas. Tento movimentar um braço, mas uma mão o mantém parado.

Uma mulher de meia idade está debruçada sobre mim. Usa um véu sobre a cabeça e passa uma espécie de unguento em minha pele.

__ O que é isso?__ Ela dá algum tipo de explicação em sua língua.

Descanso a cabeça devolta na almofada e deixo que termine de pincelar o produto em meu corpo.

Pelo menos a ardência que sentia aliviou.

A roupa suja que usava foi trocada por uma túnica curta de linho branco. Ela também deve ter me banhado enquanto dormia, porque a camada de areia fina que cobria meu corpo foi removida.

Após terminar a tarefa, a mulher apoia uma das mãos em meu pescoço e me ajuda a levantar um pouco. Pega uma moringa e me oferece pequenos goles d'água.

__ Obrigada.

Ela me encara por um tempo como se me analisasse. O olhar é tão forte que chega a me constranger. Parece ler minha alma. Suas expressões vão variando entre surpresa, aflita, triste e pesarosa. Até que um sorriso começa a despontar em seu rosto.

__ Maktub. __ Diz apenas.

__ Quê?__ Ergo a cabeça. __ Desculpe, não a entendo. __ Olho ao redor da tenda.__ Onde está Khan?

A senhora balbucia algumas palavras em sua língua e aponta para fora da tenda, mas fico sem entender.

Um movimento repentino na entrada chama minha atenção. Giro a cabeça e o vejo parado me observando de longe.

__ Oi... __ Gostaria de dizer tantas coisas para ele, mas no momento, não lembro de nada.

A senhora recolhe os utensílios que usou, fala algo para Khan em sua língua. Ele acena a cabeça em afirmativa e entra. Em seguida, ela sai.

Khan caminha até o interior da tenda e me observa por um tempo em silêncio. Começo a me sentir desconfortável com sua inspenção.

__ Estava tão desesperada para ir embora que não conseguiu esperar meu retorno como pedi?__ Agora sem o tecido na cabeça, noto que tem a testa enrugada de contrariedade.

Khan está pensando que fugi novamente!

__ Não fugi. Não encontrou Kalled?

__ Tinha acabado de chegar de viagem quando ele surgiu no palácio acompanhado de alguns homens da tribo. Disse que vocês saíram para um passeio, mas quando ele decidiu voltar, você insistiu em tentar voltar para casa sozinha.

__ Quê?__ Ergo a cabeça com rapidez e sinto uma tonteira.__ Qual o problema do seu irmão? Por que vive mentindo?

__ Já não sei quem diz a verdade por aqui. __ Khan caminha pela tenda. __ Ainda assim, ele fez muito mal em deixá-la sozinha no deserto. Deveria ter insistido.

Khan continua achando que tentei ir embora.

__ Fomos escolher um local para as gravações. Paramos para descansar em um oásis quando os três homens apareceram. Kalled disse que eles poderiam ser perigosos. Então, combinou de afastá-los para que eu voltasse em segurança para o palácio. O problema é que me perdi no caminho.

__ Não sei por qual motivo Kalled mentiria. A única certeza que tenho é que só a encontrei graças a Akhal. Ele me levou até você.

__ Acho que se não tivesse caído da cela, uma hora ou outra ele encontraria o caminho de volta.

__ Teria sim. Ele é treinado para isso.

Khan fica me encarando por um tempo, como se estivesse processando tudo o que contei.

__ Sinto muito pelo trabalho que dei.__ Viro o rosto de lado.

Ouço um murmuro. Em seguida Khan avança até o leito composto por mantas e almofadas. Se ajoelha ao meu lado.

__ Tem noção do que poderia ter acontecido se eu não tivesse voltado a tempo?__ Suas íris estão dilatadas e os olhos brilhantes.

__ Achei que morreria dessa vez.

Khan fecha os olhos e expira com força.

__ Melhor não pensarmos mais nisso. Precisa descansar para se recuperar.__ Começa a se afastar, mas seguro sua mão.

Olha para meus dedos inseguros.

__ Obrigada. __ Deixo a mão cair.

Khan segura minha mão com delicadeza.

__ Não tem que agradecer. Só quero vê-la recuperada. Depois conversaremos. __ Suas sobrancelhas se unem. __ Aconteceram algumas coisas...

__ Que coisas?__ Sinto uma aflição no peito.

Será que ele desistiu e agora pretende me mandar embora?

__ Depois conversaremos. Você teve desidratação e leves queimaduras no corpo. Precisa se recuperar.

__ Está bem. __ Viro o rosto para que não perceba as lágrimas brotarem.

__ Durma. Amanhã conversaremos. __ Khan sai silencioso da tenda deixando um ar de mistério no ambiente...

**************************************


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro