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🌺 Capítulo 16 - Fuga no deserto - Parte I 🌺

__ Lembra-se de mim, Adrielle?__ O sorriso do homem vai crescendo.

__ Farid Al-Maktoum...__ Pronuncio o nome do adversário de Khan.

Uma risada gutural e sinistra faz o peito do jovem homem vibrar.

__ Mas que honra! Você lembra do meu nome! __ E o sorriso artificial desaparece de repente.

__ Foi um prazer revê-lo, senhor Al-Maktoum. __ Tento driblá-lo e escapar logo dali.

__ Onde está Khan?__ Segura meu braço.

Um sinal de alerta ecoa em minha mente.

__ Ah, ele já está vindo! Ficou de me encontrar por aqui mesmo! __ Olho para os lados disfarçando.

Farid me analisa intrigado.

__ A acompanharei até que ele chegue.

__ Não precisa!__ Respondo rápido demais.__ Estamos bem perto do palácio. Vou me adiantando.__ Tento me desviar novamente.

__ Espere!__ A mão em meu braço se aperta mais.

__ Por favor, me solte. Está me machucando.__ Olho séria primeiro para os dedos dele em minha carne, depois em seus olhos tentando transmitir autoridade na voz.

__ Quero conversar com você. __ A voz sai áspera.

__ Não temos nada para conversar.__ Tento responder à altura entredentes.

Farid sorri novamente.

__ Temos muito o que conversar...

Me puxa pelo braço tentando me arrastar para uma parte mais sombria da ruela. Me debato.

__ Já disse para me soltar!__ Aumento a voz entrando em desespero.

Não acredito que está acontecendo novamente! Meu Deus, parece que sou a isca perfeita para sequestradores!

__ Seu Sultão achou mesmo que ia sabotar minha empresa, interferir em meus planos, armar aquele "showzinho" naquele jantar para me humilhar e depois ficar por isso mesmo?!

__ Não tenho nada a ver com os negócios de vocês!__ Luto com Farid que tenta me dominar.

__ Claro que tem! Sua beleza virou a cabeça de Khan a ponto de fazê-lo criar uma indisposição com outro líder político. Pagou uma fortuna só para roubar a modelo contratada por minha empresa. __ Farid me sacode.

__ Acham que sou algum tipo de troféu para ficarem me disputando? Estou cansada disso! __ Debato as pernas tentando golpeá-lo.

__ Você tem olhos que enfeitiçam qualquer homem. __ Farid me observa sério como se tivesse desvendado algum mistério. Rugas se formam em sua testa.__ É o ponto fraco dele! Agora entendi.

__ Me deixe em paz, seu lunático!__ Em outra descarga de adrenalina, me debato com todas as forças que consigo reunir.

Farid é bem maior que eu e muito mais forte. Nessa luta já conseguiu me puxar para uma parte bem mais afastada da movimentação das ruas. Meu coração está tão acelerado que parece que vai saltar pela boca a qualquer momento.

Não posso permitir que aconteça de novo! Preciso fugir! Essa é minha última chance antes que me arraste para alguma dessas portas!

Em uma última tentativa desesperada, reúno o pouco de força que me resta, giro em seus braços, curvo meu corpo e abocanho a carne de seu antebraço. Aperto ao máximo que consigo até sentir gosto de sangue na boca. Ouço um urro de dor.

__ Sua vadia desgraçada! __ Imediatamente o abraço se afrouxa.

Sem olhar para trás, disparo pelo beco, giro na ruela, corro até a rua lateral ao palácio. Seco a boca suja de sangue com uma das mãos. Somente agora noto que lágrimas escorrem por minha face. Meu tornozelo começa a latejar, mas não me permito parar. Algumas pessoas me observam curiosas. As sandálias levantam uma poeira que sufoca meus pulmões. Algumas pedrinhas me fazem derrapar, mas um alívio surpreendente me invade quando visualizo os portões do palácio. Assim que me aproximo, os portões se abrem. Me projeto para dentro do pátio. Sou amparada pelos braços de Aziz que me observa sobressaltado...

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__ Minha consciência está martelando por causa do que aconteceu ontem.__ Anette comenta sentada na cadeira em frente a mim.

__ Relaxe, você não tem culpa de nada. Se há um culpado por isso é Khan que me colocou no meio dessa disputa ridícula entre ele e Farid.

__ Depois da história que Kalled contou ontem e agora isso, estou começando a detestar esse Sultão. __ Anette sussurra para que Aiyra não ouça enquanto serve nosso café da manhã no jardim do palácio.

__ Não se deixe envolver tanto com o que ouviu. Apesar da arrogância, Khan ficou com o peso da responsabilidade do país nas costas, enquanto Kalled vive do jeito que quer.

__ É impressão minha ou está defendendo o Sultão?__ Anette me observa com um sorrisinho malicioso.

__ Deixe de dizer besteira! Apenas estou a mais tempo aqui e observei melhor as coisas.__ Levo a xícara de café à boca.

__ Tudo bem!__ Anette ergue as mãos. __ Digo apenas porque vi alguns quadros retratando o Sultão e notei que ele é bem bonito...

Reviro os olhos e solto o ar dos pulmões com impaciência.

Realmente Khan é mais bonito do que deveria para a segurança de minha sanidade mental. Porém, o que o torna mais perigoso é a atração inexplicável que paira entre nós. Seus olhos me prendem de tal forma que as vezes tenho a impressão de que posso mergulhar neles. Ainda sinto a pele esquentar onde seus dedos tocaram e meus lábios pinicam ao recordar o beijo...

__ Adrielle?!__ Anette me desperta dos devaneios.

__ Sim?__ Levo a mão à face que parece estar febril.

__ Kalled está falando com você!__ Anette me observa com estranheza.

__ Ah, desculpe!__ Olho para Kalled que acaba de chegar.__ Bom dia.

__ Como está se sentindo depois do ocorrido de ontem?__ Kalled me analisa em pé ao lado de minha cadeira.

__ Estou melhor agora. Obrigada. __ Respondo ao mesmo tempo em que olho atravessado para Almir que se aproxima com uma cadeira para Kalled.

O homem abaixa a cabeça e se retira apressado.

__ Fiquei muito intrigado com o ocorrido. O que Farid Al-Maktoum queria com você?__ Kalled passa geleia de damasco em uma torrada e leva à boca.

__ Ele disse o que queria?__ Anette franze a testa.

Aceno a cabeça em negativa.

__ Não especificamente. Mas parece que, além dessa rivalidade com Khan nos negócios, também acredita em alguma superstição ridícula.

__ Que superstição?__ Anette olha de mim para Kalled.

Kalled sorri ironicamente.

__ Em meu país, as pessoas costumam acreditar que mulheres com os olhos da cor dos seus possuem algum tipo de poder que enfeitiça os homens.__ Kalled me observa com um sorrisinho de lado.

__ Que besteira!__ Anette solta uma gargalhada.

__ Não é?__ Kalled me lança um olhar incerto de volta.

Será que ele também acredita nessa bobagem? Com certeza, não. Por ter ficado tantos anos fora, o jeito de Kalled assemelha-se muito mais ao nosso, totalmente ocidentalizado. Já Khan, mesmo tendo estudado fora, transpira a cultura de seu povo. Parece respeitar as crenças e valorizar muito a cultura de seu país.

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__ O que acham de um passeio a cavalo para espairecer a mente, meninas?__ Kalled propõe após o café da manhã.

__ Seria incrível!__ Anette bate palmas.

__ Acho que passo o convite, desculpe. Primeiro, porque ainda estou assustada com o que aconteceu ontem. Segundo, porque nunca montei um cavalo.__ Faço uma careta. __ Nem sei por onde começar...

__ Por que não tenta, Drica? Seria muito útil para o nosso trabalho. Pensei em gravar umas externas. Ficaria incrível para o clipe algumas imagens suas em um cavalo no deserto.

__ Não é tão difícil quanto parece. Basta ficarmos juntos o tempo todo. Posso te ajudar.__ Kalled se oferece.

__ Vamos, por favor!__ Anette pisca me implorando.

__ Não sei, não. Ainda tem esse meu tornozelo...

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Dois guardas do palácio se aproximam trazendo os cavalos. Anette está completamente excitada. Suspeito ser muito mais pela companhia de Kalled do que pelo clipe propriamente dito.

__ Não sei onde estava com a cabeça que a deixei me convencer a fazer isso.__ Suspiro tensa ao admirar os equinos puro-sangues árabes.

__ Não se preocupe. __ Kalled segura minha mão e entrelaça os dedos nos meus.__ Estarei aqui todo o tempo.

O encaro surpresa. Ele me lança um olhar insinuante. Desvio o olhar para Anette, que abaixa a cabeça.

Me irrito ao notar o "joguinho" que Kalled está tentando fazer. Sua imaturidade é visível. Ora encoraja Anette, ora se insinua para mim. Fora o tanto de outras garotas que ele deve iludir.

Espero que Anette não se magoe. Por mais que minha agente seja uma garota moderna e experiente, sinto que realmente se encantou pelo jovem Sheik.

__ Acho que posso fazer isso sozinha.__ Desvencilho meus dedos dos de Kalled. __ Aziz! Pode me ajudar?

O chefe da guarda e melhor amigo de Khan nos observava todo esse tempo de perto.

__ Com toda certeza, senhorita.__ Aziz acena a cabeça.

__ Obrigada.__ Me aproximo de um dos cavalos castanhos que trouxeram.

__ A senhorita me permite uma sugestão?__ Aziz sussurra ao meu lado.

__ Claro.__ Observo atenta sua orientação.

__ Monte Akhal.

__ Quem?__ Encaro Aziz confusa.

__ Monte o cavalo do Sultão.

__ O cavalo de Khan? Não! Acho que não seria apropriado.

__ Muito pelo contrário. __Aziz solta um leve sorriso.__ Tenho certeza que se estivesse aqui, essa seria a decisão do Sultão. Além do mais, Akhal é a melhor montaria que temos. Foi treinado pelo próprio Sultão.

Olho para o garanhão branco separado em outro cercado. Sinto um misto de segurança e intimidade por montar o cavalo de Khan.

Akhal é mais inteligente do que imaginava. Aziz o tira do cercado e o trás para o meio do pátio. Sempre dando comandos baixos junto a cabeça do equino. O animal trota com uma elegância que só poderia ser mesmo de um soberano. Aziz me passa o básico de orientação. Faço uma carícia no dorso de Akhal e me preparo para montá-lo. Porém, para minha surpresa, o garanhão se abaixa nas patas traseiras facilitando minha montaria.

Após se certificar de que estou bem acomodada e segura, Aziz dá outro comando em sua língua. Akhal se ergue firme e imponente.

__ Anette! Anette!__ Um dos rapazes da equipe de filmagem surge na escadaria que dá acesso ao pátio.

__ O que houve Franco?__ Anette já está montada em seu cavalo.

__ Parece que houve um problema na agência. O chefe está "cuspindo marimbondos"! Quer falar imediatamente com você por vídeo-chamada.

__ Droga. Passeio adiado, pessoal.__ Anette desmonta.

__ Te esperaremos, Ane.__ Consolo Anette. Sei que ela queria muito fazer esse passeio.

__ Não. Melhor irem sem mim. Não sei quanto tempo essa vídeo-chamada irá durar. Reconheçam o ambiente e memorizem o melhor lugar para gravarmos. Voltaremos lá amanhã. __ Anette acena e sobe apressada.

__ Não se preocupe. Ela ficará bem.__ Kalled me conforta.

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Nunca imaginei que gostaria tanto de montar um cavalo. Akhal trota em um ritmo confortável pelas dunas do deserto. Por ser ainda bem cedo, o sol ainda não está castigando a pele. Fecho os olhos ao sentir o vento sobre meu rosto. O cavalo de Kalled trota pareado ao meu. Ele se diverte ao ver minha expressão de descontração e divertimento.

__ Veja!__ Kalled aponta para um amontoado verde mais a frente.__ Vamos parar naquele oásis.

Paramos e desmontamos dos cavalos. O pequeno oásis é formado por uma nascente que brota da fenda de uma rocha. O fio de água serpenteia a areia por alguns metros e desaparece por outra fenda. Ao redor, pequenos arbustos e algumas árvores de pequeno porte.

__ Foi bom termos vindo sozinhos. Assim podemos conversar sem interrupções.__ Kalled puxa assunto enquanto desenha na areia com um graveto.

__ O que quer conversar?__ O observo intrigada.

__ Adrielle, sabe que gostei de você desde a primeira vez que a vi. Até Almir percebeu, por isso fez aquela loucura.

__ Nem me lembre.

__ Fiquei muito chateado quando não consegui encontrá-la no dia seguinte. Mas graças ao destino, nos encontramos novamente. E estou disposto a retornar de onde paramos.

__ Kalled, já te disse que não estou disponível para relacionamentos amorosos.

__ Eu entendo. Sei que não está pronta. Mas posso esperar.

__ Não! Esperar o quê? Não quero alimentar as expectativas de ninguém. Nem tenho certeza se estarei pronta algum dia.

__ Tudo isso vai passar. E quando precisar de alguém para conversar quero que saiba que estou aqui.

__ Obrigada, mas não quero que espere nada de mim. E Anette? Achei que estivesse interessado nela.

__ Anette é bonita, divertida e espirituosa. Mas, não é você.

__ Não fale assim...

O som de relinches de cavalos se aproximando chama nossa atenção. Como a areia abafa qualquer barulho, só demos conta de um grupo chegando quando já estavam bem pertos.

Kalled me puxa pela mão para atrás dos arbustos. Sinaliza para que eu fique em silêncio. Entre os galhos observamos que os homens estão com os rostos cobertos.

__ São bérberes.__ Kalled sussurra agachado.

Assim, que os homens veem o cavalo castanho de Kalled se movimentando por perto, começam a procurar o dono ao redor.

__ Adrielle, eles podem ser perigosos. Vou tentar afastá-los daqui.

__ Não faça isso!__Seguro Kalled pelo braço.

__ Fique aqui. Não se preocupe comigo. Não me farão mal. Já você é mulher. Não sei do que são capazes.

Um arrepio sobe por minha espinha ao imaginar o que Kalled quis insinuar. Fico paralisada.

__ Tome cuidado.

__ Assim que eu os afastar do oásis, suba em Akhal e volte para o palácio, entendeu?

Balanço a cabeça atordoada.

Como consegui me expor novamente em menos de vinte quatro horas?
Estou começando a achar que o deserto é um lugar muito perigoso. Ou talvez eu realmente seja uma figura que atrai má sorte para os que se aproximam...

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