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Um Clarão No Meio Da Noite

Estávamos meus três amigos — Diogo, um moreno forte e alto, Gustavo, um negro musculoso e alto e Janaína, uma loira, de cabelos ondulados e cumpridos (namorada de Gustavo) — e eu no telhado da casa. Faz um tempo que Diogo nos convidou para morarmos aqui com ele — ao todo se passaram três meses — e recentemente descobri uma claraboia no teto do meu quarto, que fica no segundo andar. Por ela conseguimos chegar ao telhado. E aqui a visão do céu é fantástica.

Por isso nos acostumamos a pegar algumas guloseimas, umas latas de cerveja e refrigerante — Janaína não bebe álcool — e ficarmos aqui, jogando conversa fora.

Essa noite está especialmente quente aqui em “BELA ROSA”. Mas não é uma temperatura que nos faz suar. É somente uma corrente de ar que está nos aquecendo de fora para dentro. E misturado a isso, um cheiro delicioso do pomar existente no quintal ao lado. As flores desabrocharam recentemente, por isso seu perfume fora espalhado por toda a rua.

Antes das vinte e duas horas, as famílias da região costumam fazer o mesmo que nós — mas não em cima de um telhado, obviamente — e ficar observando as estrelas, cantando e tocando algumas músicas de boa comunhão.

O cenário daqui é realmente espetacular. As estrelas cintilantes reluz no céu escuro — a lua cheia domina-o, imponente e rechonchuda — e ao longe é possível ouvir o barulho do mar.

É uma pequena cidade litorânea. Mas não é popular, visto que banhistas não são permitidos, devido a insurgência de ataques de tubarões. Há muitas espécies por aqui.

Na verdade, o lugar é até um pouco exótico. Há corais que formam uma esplêndida visão. Golfinhos e baleias também já foram vistas rondando a praia.

Sem dizer que a cidade faz questão de manter uma vasta reserva florestal. É cercada por uma, por sinal. São dezenas de quilômetros de mata. E no meio — bem no centro mesmo — fica o pequeno “mundo” desenvolvido.

Lógico que não tem nada de especial. São apenas casas residenciais e pouquíssimos estabelecimentos — parece até que há uma política de boa vizinhança, que permite apenas um tipo de cada comércio.

Sério! Se rodar os quatro cantos da pequena cidade, vais encontrar somente uma farmácia, um posto de gasolina, uma padaria e assim por diante. Nem parece que o capitalismo entra por aqui.

Na verdade foi o que mais me chamou a atenção na cidade — que mais parece uma vila.

Eu sou biólogo e luto veementemente pela preservação de espécimes no território brasileiro. Sou natural do interior do Espírito Santo, mas sempre viajei a procura de algo que faça eu me sentir útil.

Quando fui para o Ceará, conheci Gustavo e Janaína — na época eles ainda não se intitulavam namorados — e acabamos nos tornando amigos. Fiquei hospedado no chalé do pai de Gustavo.

Por coincidência, os dois enamorados também eram biólogos. Mas com especialidade no mar. Foi quando me contaram sobre um lugar — quase mítico — que ficava beira-mar no Espírito Santo.

Fiquei surpreso por não ter ouvido falar sobre tal maravilha, mesmo sendo capixaba.

Decidimos nos juntar e pegar estrada para tal paraíso natural.

Já em solo espiritosantense, nos esbarramos com Diogo em um hotel. Uma noite ele teve que jantar conosco, já que o restaurante estava muito cheio, então acabamos trocando algumas informações. Foi aí que descobrimos que ele morava nesse tal paraíso. E nos convidou para nos alojarmos em sua casa.

A ideia inicial era passar uma semana, fazer um levantamento de dados da região e em seguida tomarmos rumo. Contudo, uma bela amizade floresceu entre nós quatro. E quando demos por nós, já tinham se passado duas dezenas de dias.

O lugar também contribuiu para nos enfeitiçar. Com uma beleza tridimensional. Nem é possível esclarecer em palavras. A pequena cidade, muito acolhedora, a melodia dos pássaros nas manhãs e o alvorecer. Nunca vi tamanha beleza em nenhum outro canto do Brasil.

Tenho certeza que tal beleza só se mantém, virgem e imaculada, por ser de conhecimento de poucos. Até minha alma estremece quando penso o que pessoas mal intencionadas podem causar nessa maravilha natural.

Aos poucos percebi que há uma aura diferente na região. É como se nos entorpercesse de uma calmaria e bem-estar.

Garanto a você: é difícil chegar a esse lugar, porém é ainda mais difícil querer sair.

Por fim, Diogo fez a proposta para morarmos com ele. Afinal era uma casa espaçosa e solitária. Ter companhia o deixou feliz e ele não queria despedir-se disso.

Os dias foram passando melodicamente. Na verdade, sem a preocupação sobre o mundo lá fora, aprendi a apreciar cada segundo — o que tornava-o infinito.

Com meu conhecimento científico, formei um grupo de vitalização  — preparamos mudas e cuidamos de animais feridos — o que gerou uma renda extra. O prefeito muito se agradou do nosso desempenho, por isso passou a me pagar um salário.

Por ser um lugar pequeno, é possível sobreviver com pouco dinheiro. Grande parte do que é utilizado, provém da natureza. Somente o que é industrial e necessário — como produtos de higiene — que compramos em uma das pequenas lojas.

Uma vida paradisíaca.

— Quem diria que um dia eu teria tantos amigos compartilhando desse céu comigo... — disse Diogo se inclinando para trás, encostando os cotovelos nas telhas.

— Também nunca imaginei que existisse um lugar tão bonito e especial. — Janaína repetira essa frase milhares de vezes, desde que chegamos aqui. — Mas vocês também tem uma sensação de que algo vai acontecer? — ela olha cada um de nós, com a testa franzida.

— Eu pensei estar louco, por isso não mencionei, mas tenho essa sensação também — concordou Gustavo.

— Para mim, somente o ar está ainda mais acolhedor — digo bebericando a cerveja. — Aliás, aqui raramente algo diferente acontece.

Compartilhamos uma gargalhada.

— Acho que já está na hora de entrarmos — Diogo fala já se arqueando.

De repente, uma luz muito forte surgiu no céu. Um clarão muito intenso!

As pessoas que estavam fora de suas casas se agitaram. Foi possível ouvir seus burburinhos de espanto e até de medo, à medida que a luz se intensificava e se aproximava.

— Será um meteoro? — Janaína pergunta entusiasmada. Seu entusiasmo foi tanto que fez com que virassemos para encará-la por alguns segundos, antes de voltar a atenção para a luz.

Num piscar, a luz ficou tão intensa que nos obrigou a cobrir os olhos e ao abrir novamente, é como se nada tivesse acontecido. Não havia mais nenhuma luz, somente a calmaria de sempre.

As pessoas se entreolhavam se perguntando o que acabara de acontecer. E, obviamente, ninguém sabia explicar.

— Será que caiu em algum lugar distante? — questionou Diogo. — Espero que não tenha ferido ninguém.

— Vamos ligar o Rádio. Eles costumam anunciar coisas urgentes — Gustavo disse já pulando para dentro do quarto. Ele esticou os braços para ajudar Janaína a descer.

Diogo e eu fomos os próximos.

Sintonizamos a rádio e uma música da década de setenta soava pelos alto-falantes. Esperamos por mais de uma hora e nada de anormal fora anunciado.

Por fim, desligamos o aparelho e decidimos ir dormir. Se algo tiver acontecido em algum lugar, mais cedo ou mais tarde saberemos.

Na manhã seguinte o burburinho da cidade era esse: “O que foi aquela luz?”

Algumas teorias religiosas surgiram, do tipo: “é um sinal de que Deus está voltando” ou “é um dos sinais do apocalipse”, contudo no decorrer das atividades diárias, o assunto se esvaiu. No fim da tarde ninguém mais se lembrava do que havia acontecido.

Exceto eu.

Vamos, sou um cientista! Esses fenômenos muito me chamam a atenção.

No final do expediente eu estava exausto. Carregamos um caminhão com as mudas de árvores, para ser enviado para Muniz Freire. Como grande parte dos envolvidos no grupo são crianças e adolescentes — o que me deixa muito feliz e esperançoso — os trabalhos pesados ficam sob minha responsabilidade.

Coloco os fones e seleciono uma música aleatória, e continuo andando pela calçada. Um passo após o outro... Inspirando e expirando... Sentindo a brisa leve das cinco da tarde... O céu está um misto de azul e laranja... O sol não demora a se pôr.

De repente, sinto uma estranha sensação de que estou sendo seguido.

Tiro o fone esquerdo e em seguida o direito. Continuo andando, só que dessa vez mais rápido.

Quando chego no portão — um pequeno, de madeira, pintado de azul-claro — de casa, e estendo minha mão para abri-lo, sinto minha blusa ser puxada levemente:

— Me ajude...

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