•/Luísa Souza/•

Bato na porta, escuto passos se aproximando, a porta é aberta e Alex me encara surpreso.

- O que faz aqui? - dou um sorriso divertido para ele. - E a essa hora? - diz olhando o céu já escuro por passar das oito da noite.

- Preciso de você. - digo e vejo um sorriso um tanto malicioso se formar em seus lábios, o que me faz revirar os olhos.

- Do que precisa?

- Preciso que me deixe olhar a sala de segurança. - vejo seu sorriso desmanchar. Sério que ele pensou que eu queria algo com ele?

- Da sala de segurança? Para quê?

- Preciso ver as gravações. Vai colaborar ou não?

- O que eu vou ganhar com isso?

- O que você quer? - pergunto cruzando os braços. Agora que eu vi que ainda estou no quintal.

- Você sabe muito bem o que eu quero.

- Tem mais alguma coisa?

- Não.

- O que ele quer? - Matheus brota do meu lado fazendo Alex tomar um susto.

- Eu quero pelo menos um beijo. - fala confiante como se isso fosse normal. Olho para Matheus e posso ver ele de braços cruzados, com um sorriso no rosto e com um olhar de quem quer matar um. O sorriso e o olhar transmitem deboche.

Ele está andando muito comigo.

Me aproximo de Alex, meus braços envolvem seu pescoço. Ele fecha os olhos e eu dou um tapa em sua nuca. Ele abre os olhos assustado e eu me afasto rindo.

Empurro levemente ele e entro. Subo as escadas enquanto Matheus impede Alex de subir atrás de mim. Procuro nos corredores a porta da sala de segurança.

Abro uma porta e encontro as telas com as imagens ao vivo dos cômodos da casa. Posso ver os meninos brigando na sala.

Me sento na cadeira e digito no teclado. Após abrir os arquivos no computador, procuro pela data do meu acidente.

Encontro a gravação da calçada da casa e avanço para o horário do "crime''. Assisto a mesma e depois pego meu celular e começo a gravar a tela.

Minha moto se aproxima. Eu estaciono a mesma e a desligo. Tiro o capacete e um carro se aproxima. Olho para o mesmo e o vejo vir em minha direção. Antes que eu possa  sair do local, o carro atinge minha moto, fazendo com que eu caia dela, bata a cabeça no chão e desmaie. O carro se distancia rapidamente e Alex aparece para me socorrer.

Encerro a gravação e me retiro da sala. Desço as escadas e puxo Matheus até a saída. Mando um beijo no ar e fecho a porta. Logo vamos em direção ao carro do meu parceiro de investigação.

- O que achou? - Ele pergunta.

- Deu para ver a placa do carro.

- É conhecido? Tu sabe de quem é?

- Ana. O carro é da Ana.

•/??????? ??????/•

Por que documentos de empresa demoram tanto?

Bom, o importante é que estou a caminho da minha nova cidade.

Estou a caminho do amor da minha vida.

Matheus, me aguarde.

Matheus, se prepare.

•/Luísa Souza/•

Empurro a porta do refeitório tão forte, que toda a atenção vem para mim.

Perfeito!

Entro e vejo Ana no meio do espaço entre as mesas. Vou até ela e dou um tapa muito forte em seu rosto, depositando toda a minha raiva.

- Você ficou maluca? - grita para mim. Ela acha mesmo que tem direito de gritar nessa situação?!

- Maluca ficou você que é tão baixa, tão baixa que precisou forçar um acidente para me tirar do seu caminho!

- O que? - me olha perplexa.

- Você não achou que eu não iria descobrir, não é?! Tadinha! Ela realmente achou que eu nunca iria descobrir que foi você que bateu na minha moto! Eu devia ter pena de você, sabia? Devia ter pena de você porque você é imatura demais a ponto de me acidentar para me tirar do seu caminho. Encare as coisas de frente! Acredite, você não me tirou do seu caminho. Eu é que vou te tirar do meu. - falo mais calma.

- O que você vai fazer? Me bater? Puxar meu cabelo? Contar para o meu irmão? Contar para os meus pais? Você diz que eu tenho que encarar as coisas de frente, mas seus métodos são mais baixos que os meus.

Como ela ousa me desafiar?

Agora ela vai conhecer uma Luísa que ela jamais conheceu.

- Primeiramente, não são só seus métodos que são baixos, você é baixa. E a única coisa que me fez não ter acabado com você antes é eu ter a ciência que você quer me puxar para baixo porque eu estou acima de você. Se prepare, queridinha. Você vai se arrepender de um dia ter batido de frente comigo.

Ela vem para cima de mim, mas eu a empurro fazendo com que ela caia no chão. Ela levanta e sai correndo. Acho que agora ela aprendeu a lição.

Viro as costas e vou até a diretoria. Isso ia acabar ali, mas ela quis me provocar, então ela sofrerá as consequências.

Depois de contar tudo para a diretora e mostrar a gravação, saio da escola e entro dentro do carro do Matheus que estava me esperando.

Assim que entro vejo ele dormindo no banco do motorista. Fecho a porta com força fazendo ele dar um pulo.

- O que aconteceu lá? - fala após se recuperar e ligar o carro.

- Nós brigamos, eu fui na diretoria e agora estamos indo na casa dela.

- Por que?

- Porque a Ana é uma pessoa que revida, mesmo se não tiver mais argumentos.

- Ela veio para cima de você?

- E foi parar no chão. - dou um sorriso vitorioso para ele que dá uma risada leve, provavelmente está rindo da minha cara.

Ele para o carro em frente a casa dos gêmeos Cavalcanti. Abro o porta-luvas e pego uma carta e um pendrive. Coloco o pendrive dentro do envelope e coloco no correio da casa.

Estamos, eu e Matheus, tomando um belo sorvete até que ele esbarra em uma ruiva.

- Desculpa.

- Eu que peço desculpas. - a ruiva diz tentando ser simpática. Eu disse tentando porque ela não parece ser nada simpática.

- Eu te sujei? - Matheus pergunta olhando o braço da menina sujo de sorvete.

- Não, Matheus. Não sujou, não. Essa mancha de sorvete de morango é uma tatuagem.

Matheus olha para mim e revira os olhos. A ruiva fecha a cara, mas logo força uma risada.

- Prazer, meu nome é Rebecca. Rebecca Martin.

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❤Luísa denunciando Ana. Sensata, sim ou claro?!😅❤

❤Rebecca, Rebecca, qual é a tua?😕❤

Desculpa a demora para postar capítulos. É que por mais que eu já saiba o que tenho que escrever, eu não me animo para escrever. Sinto como se a história estivesse chata demais e as pessoas só estão lendo porque estão esperando a história voltar a ser boa.💔😫

❤Amo vocês!✌😗❤