Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 12

Nanda já se encontrava à espera de Charlotte, mas não demonstrou a menor impaciência. Ela estacionou o carro com muita dificuldade e as duas amigas entraram num simpático restaurante de comida tradicional.

— Você parece tão tensa quanto eu. — Observou Nanda sem tirar os olhos de sua amiga.

— É que tive um dia difícil.

— Eu também!

— Encontrei-me mais uma vez com Dante Mayweather. É o homem mais persistente que já conheci.

— Não quer tomar um drinque?

— Não, apenas café.

— Pois então me fale de seu teimoso admirador. Ele ainda não desistiu? Sabe que estou começando a gostar e muito dele! Afirmou sorrindo.

— Engraçadinha!... Dificilmente aquele homem desistirá. Você acredita que ele foi procurar Lenny Blosson a fim de fazer perguntas a meu respeito? E olhe que isso é apenas o início! Nós havíamos concordado que não existiria nenhum envolvimento pessoal enquanto eu tratasse de Anne. Pelo menos era o que eu pensava, até que hoje à tarde ele me beijou no consultório.

— E o que você fez?

— Infelizmente correspondi... Suspirou cansada.

— Por que infelizmente? Isto apenas prova que existe um interesse de sua parte.

— Nanda, jamais neguei que existisse uma atração física entre nós. Dante acusou-me de me defender, sob o pretexto de que ele é parente de uma paciente. Acho que uma simples atração não basta.

— Mas é um bom começo. Você tem ideia de quantas relações são bem-sucedidas, devido a uma atração inicial? Por que se sente tão incomodada? Quem sabe isto acabará resultando em algo mais sério?

— E quem disse que eu quero descobrir?

— Eu. Creio que você deve tentar. Sei como você é capaz de repelir um homem, quando ele não lhe interessa, mas a persistência de Dante é um ponto a favor dele.

— Você acha, é?

— Mas é claro, Charlotte! Como pretende descobrir o que está acontecendo, se não quer se expor de verdade?

— É um pressentimento... Não quero me arriscar nunca mais. Tenho muitas dúvidas sobre os motivos de Dante. Hoje ele disse que poderíamos ser amigos...

— Essa não...

— Por que você diz isso, Nanda?

— Acho que você já o perdeu!

— Ele nunca foi meu, portanto não posso tê-lo perdido. Nanda, você é impossível! Até parece Dante!

— Mas não sou tão esperta quanto ele! Cuidado amiga, com um homem desses deve ter um monte de mulheres correndo atrás dele e uma hora dessas uma acaba o vencendo pelo cansaço.

Nanda percebera o que estava por detrás da sugestão de Dante. Através da amizade, Charlotte teria a oportunidade de conhecê-lo melhor e ele teria outras razões para estar em contato com ela, razões que não se relacionavam com o tratamento de Anne... Era realmente um bom plano!

— Já que você louva tanto as virtudes de um relacionamento, por que estava tão nervosa quanto nos falamos? Brigou com Luca? — Perguntou Charlotte.

— Não exatamente. Ele me acusa de me envolver demais com meu trabalho.

— É verdade, mas se não fosse assim você não conseguiria os resultados que deseja. Por outro lado creio que Luca tem certa razão.

— É, aceito a posição dele, mas as minhas emoções me levam a agir de maneira oposta. Bem, vamos mudar de assunto. Quais são os seus planos para o fim de semana?

— Não vou fazer nada de especialmente interessante.

— Não será por falta de convites...

— Eu sei, Nanda, mas há meses venho adiando a pintura do meu quarto e da despensa. Não tem como adiar mais isso.

— Pois eu terei de me resignar a jogar tênis com Luca durante o tempo todo. Ficarei com o corpo moído de cansaço!

— Telefone-me na segunda-feira e conte quem ganhou as partidas.

— Que programa dos infernos! — Comentou Nanda, bem-humorada.

Ambas caíram na risada e logo após se despediram.


A loja de ferragens estava repleta de fregueses, como acontecia todos os sábados pela manhã. Charlotte tirou a lista do bolso, enquanto esperava o balconista acabar de atender alguém. Pretendia comprar pincéis, um rolo e um avental, além das tintas. O quarto seria pintado num tom bege, bem claro, e a despensa levaria uma mão de tinta branca.

Encomendou as tintas ao balconista e foi até o setor de acessórios de pintura, onde escolheu dois rolos e um conjunto de pincéis. De repente, alguém dirigiu-se a ela, num tom de voz sensual e melodioso. Assustada, Charlotte derrubou a cesta aonde ia colocando o material de pintura. Dante Mayweather estava diante dela e sorria com malícia.

Pelo visto, ele escolhia os momentos mais inesperados para aparecer! Charlotte agachou-se, a fim de pegar o cesto e evitar os olhares curiosos dos outros fregueses. Dante agachou-se em frente a ela.

— Desculpe. Não tive a intenção de assustá-la.

— O que você está fazendo aqui?

— Eu poderia lhe fazer a mesma pergunta.

Ele usava jeans desbotados, mas elegantes, e as mangas de sua camisa branca estavam enroladas, mostrando braços musculosos.

— Está pretendendo pintar sua casa? — Perguntou Dante.

— Não, pretendo usar este rolo para fazer biscoitos. É uma velha receita de família... O que acha que eu vou fazer e... Ela parou quando ele soltou uma delíciosa gargalhada, a fazendo sorrir quase que imediatamente.

— Não se esqueça de me convidar para prová-los.

— A troco de que eu o convidaria? Perguntou ainda sorrindo.

— Você não costuma recompensar quem lhe faz favores? Ou será que não precisa de mim?

— Como assim?

— Posso ajudá-la na pintura da casa.

— Jamais lhe pediria isso.

— Não precisa pedir, pois estou me oferecendo. Você, aliás, pode aproveitar-se de meus conhecimentos quando quiser. Por exemplo, compre esta marca de pincel. É bem mais barata, ótima para pintar rodapés e muito recomendada para iniciantes...

— Qualquer coisa que facilite minha tarefa será bem-vinda.

— Pois então conte comigo. Preciso fazer algumas compras. Eu a encontro no caixa daqui a pouco.

O balconista entregou a Charlotte três latas de tinta e ela enfrentou a fila, num dos caixas. Enquanto esperava, ocorreu-lhe que o dia seria bem mais agradável, já que Dante se dispusera a ajudá-la. Apesar dos pesares, apreciava a companhia dele.

Dante aproximou-se e furou a fila.

— Estamos juntos! — Explicou, quando um homem protestou.

— Para que é tudo isso? — Perguntou Charlotte, referindo-se às placas de madeira e compensado que ele trazia.

— Vou fazer um presente para Anne. O aniversário dela é no mês que vem.

— O que você vai lhe dar?

— Uma casa de bonecas. Sei que ela já está um pouco velha para isso, mas esta casa é especial. Foi desenhada por Sloan. Seria o presente dele para a filha, encontrei o desejo junto de alguns documentos que estava analisando. Você acha que faço mal?

— Não, acho que será um lindo presente e, além do mais, será bem recebido, se é que conheço Anne. Onde é que ela está?

— Na casa de uma amiguinha. Aline há tempos vem insistindo para ela ir passar o sábado lá. Você me tem à sua disposição durante três longas horas e talvez até mais, caso Anne esteja se divertindo... Minha sobrinha estava empolgada demais, elas iriam fazer uma tal de festa de pijama. Ela deve telefonar para a Sra. Addams. Assim que chegarmos à sua casa, entrarei em contato com minha governanta e deixarei com ela o número de seu telefone.

Daí a pouco saíam da loja de ferragens, cada um em seu carro. Dante ofereceu-se para levar as compras e Charlotte aceitou. Estabelecia-se entre eles uma certa intimidade, o que a deixou um pouco perturbada. Não queria chegar a conclusões precipitadas. Dante certamente saberia manter a distância e tudo ficaria na base da amizade.

Dante apreciou a rua tranquila onde Charlotte morava, cheia de árvores. Era um pouco mais afastado do centro da cidade de Miami, uma área mais repleta de verde e ainda com poucas casas.

— Que bonita a sua casa! — Disse, assim que entrou.

— Gosto muito dela.

— Por onde começamos?

— Pelo quarto. É o que dará mais trabalho.

Dante seguiu-a e colocou as compras ao lado da porta. Charlotte já tinha afastado a mobília, para facilitar a tarefa.

— Você não fez tudo isso sozinha, não é mesmo? — Perguntou ele, admirado.

— Não, meus amigos Luca e Nanda me ajudaram. Eu deveria ter feito isto na última primavera, mas achei melhor tirar férias.

— Não teria sido mais fácil contratar um pintor?

— Creio que sim, mas já estou acostumada a pintar e a trocar o papel das paredes. Certa vez cheguei até mesmo a calafetar o assoalho!

— Por que não começa a pintar os rodapés? — Sugeriu Dante. — Enquanto isto, preparo o café. De que lado fica a cozinha?

— Vá até o hall e entre na porta da esquerda. O café está na prateleira junto ao fogão.

— Você não tem uma escada pequena?

— Sim, no armário embutido, perto da geladeira.

Dante começou a assobiar, muito animado, e ligou para sua casa, deixando o número de Charlotte com a Sra. Addams. Em seguida preparou o café e abriu a janela da cozinha. O canto dos pássaros nas árvores do quintal se fez ouvir por toda a casa.

A cozinha possuía uma atmosfera muito agradável. Frascos de vidro, cor de ametista, âmbar e azul-cobalto, Além de xícaras e canecas de porcelana, vários copos e taças de diferentes cores que estavam dispostos no parapeito da janela e algumas plantas enfeitavam a mesa, tanto da cozinha como da pequena varanda. Do lado de fora havia mais plantas ornamentais, algumas que já estavam floridas que exalavam um perfume agradável.

Quanto mais Dante penetrava na intimidade de Charlotte, mais gostava do que via. Prometera, porém, que seriam amigos, e pretendia cumprir essa promessa, antes de tornar-se seu amante... e talvez quem sabe algo bem mais duradouro. Aquele pensamento o fez sorrir, animado, enquanto levava a bandeja com o café para o quarto.

— Qual é a graça? — Perguntou Charlotte.

— Oh, nada. Vi um gato preto enorme correndo atrás dos pobres passarinhos, mas acho que o bichano não deu muita sorte.

— Com certeza era o Felix, aquele gato é terrível!... Afirmou vendo o olhar dele com um brilho estranho e divertido. — Dante, não lhe ocorreu, assim que nos conhecemos, que eu poderia ser casada?

— Sim, mas, se você fosse de fato casada, eu não poderia beijá-la, não é mesmo?

— Não.

— O que não consigo entender é que você se recuse a um envolvimento com alguém. Bem, pelo menos fico sabendo que não existe outro homem em sua vida.

"De fato, não existe ninguém...", pensou Charlotte. Recomeçou a pintar a parede, prestando atenção no assobio de Dante, que mergulhou o rolo na lata de tinta. Os dois trabalharam em silêncio por mais de uma hora e deixaram o quarto quase pronto. Charlotte sentia cãibras nas mãos e suas costas doíam. Ia sugerir que fizessem uma pausa quando ouviram um barulho na porta da rua.

— Ei, Charlotte, chegamos! — Era a voz de Nanda.

— Puxa, mas que carrão é esse, parado aí em frente? — Perguntou Luca entusiasmado pelo carro esportivo de Dante, um Mustang 1965 Fastback.

Charlotte os apresentou a Dante, que limpou a mão num trapo.

— Dante e eu nos encontramos por acaso na loja de ferragens. — Apressou-se em explicar Charlotte, ao notar a curiosidade de Nanda. — Estávamos para tomar café. Vocês aceitam?

— Prefiro uma cerveja. — Disse Luca, voltando-se para Dante.

— Você não era do time de futebol da Faculdade de Arquitetura, há alguns anos atrás?

— Sim.

— Seu nome me pareceu familiar. Eu estava dois anos antes de você, mas não cheguei a me formar. Por sorte não foi pro Vietnã por causa de problemas respiratórios na época. — Luca sorriu para Nanda. — Você sabia que ele era o campeão da faculdade onde estudávamos?

— Não me diga! — Ela exclamou.

Dante não escondeu sua surpresa e Charlotte teve de se controlar para não rir.

— Aceita uma cerveja, Dante? — Perguntou Luca.

— Na geladeira há várias latas. Sirvam-se à vontade!... — Disse Charlotte.

— Fiquei muito surpreendido ao saber que você não se tornou um profissional de futebol americano. — Comentou Luca, trazendo a cerveja. — O que você fez, após se formar, Dante?

— Alistei-me na Marinha.

— Você está brincando!

— Bem, se eu me recusasse, não escaparia da prisão.

— Que pena! Você teria ganho uma fortuna se jogasse em certos times. E o que está fazendo agora?

— Trabalho com construção.

— Na execução ou no planejamento?

— Um pouco de cada na verdade.

Charlotte teve a sensação de que Dante estava sendo interrogado. Sabia que Luca se interessava muito pelas pessoas, mas de vez em quando suas perguntas se tornavam um tanto inconvenientes. Nanda, bem-humorada, dizia que era porque ele trabalhava como vendedor para uma companhia que vendia tecnologia em comunicação.

— O que acha da pintura? — Perguntou Charlotte a Nanda.

— Gosto muito dessa cor! Seu quarto adquiriu outro aspecto. Até me dá vontade de pintar minha casa.

— Não concordo de jeito nenhum! — Declarou Luca. — Da última vez que você tentou, tive de tirar licença de uma semana para pôr um pouco de ordem nos estragos que você fez.

— Que exagero! Luca fez questão de vir até aqui. — Revelou Nanda. — Parece que ele está planejando jogar tênis hoje à tarde.

— Pelo que estou vendo, Charlotte tem quem a ajude e eu bem que apreciaria uma boa partida. — Disse Luca, aliviado pelo fato de não precisar cooperar na pintura da casa.

— Dante e eu daremos conta de tudo. Não se preocupem! — Afirmou Charlotte ao casal de amigos.

— Bem, vamos deixar esses dois trabalhando então... Eu por outro lado preciso dar uma surra em um certo homem presunçoso! — Disse Nanda piscando.

— Só em seus sonhos mais loucos meu amor! Afirmou Luca sorrindo de lado. — Telefonarei durante a semana, Charlotte. Se precisar de mim ou de sua amiga aqui, é só chamar.

Quando eles voltaram a ficar sozinhos, Charlotte sorriu.

— Espero que você não tenha se sentido mal por ficar na berlinda, Dante.

— De modo algum! Conheço muitos sujeitos como Luca.

— Ele é muito simpático. Se tiver oportunidade de encontrá-lo mais vezes, verá que não é tão indiscreto como parece. Nanda reclama dele de vez em quando, mas não é para valer.

— Eles têm filhos?

— Não, mas Nanda cuida de crianças excepcionais como se fosse uma verdadeira mãe.

Charlotte falou do trabalho de sua amiga e de sua enorme dedicação.

— Eu sabia que vocês tinham algo em comum. — Observou Dante.

Charlotte terminou de pintar os rodapés e passou para as janelas. Assim que Dante concluiu a sua tarefa, ele ficou a contemplá-la. Seu jeans e a camisa estavam sujos de tinta, assim como seu rosto. Naquele momento não havia nada nela que lembrasse a austera e profissional Dra. Charlotte O'Neal.

Dante ficou pensativo. O que havia em Charlotte que a tomava tão defensiva diante de um relacionamento?

Por que preferia a solidão, em vez de compartilhar a vida com alguém?

A carreira lhe bastava ou preenchia o tempo com tarefas e projetos?

Quaisquer que fossem as respostas, nenhuma delas importava realmente. Há muito tempo ele não se envolvia com uma mulher, mas Charlotte o deixara muito intrigado. Era linda, emotiva, mas se fechara para os sentimentos. Por quê? A pergunta estava na ponta de sua língua, mas, em vez de interrogá-la, Dante enfiou a mão no bolso, à procura da chave do carro.

2549 Palavras

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro